Zumbis, Garotos E Armas! escrita por Andy


Capítulo 28
Lembra do posto de gasolina?


Notas iniciais do capítulo

Ei pessoinhas lindíssimas que leem a fic dessa - "nada"- humilde ficwiter. Procurei atualizar o mais rápido possível. Este capitulo é o caminho para a verdadeira historia por detrás do apocalipse, apesar de não tocar explicitamente no assunto. Os próximos dois capítulos que eu postar vai demorar sair dependendo de duas coisas: primeira por será os últimos divididos em parte um e dois. Segundo por como serão os ultimo vou ter trabalhar bastante neles para revelar toda historia com coerência e é claro para ter um bom final. Como está terminando o ano, estou pensando se ainda posto em 2014 ou só ano que vem, mas de qualquer forma vai depender da minha criatividade no final. Mas caso eu poste ainda esse ano, estou preparando o final com a possibilidade hipoteticamente falando de uma futura mais não tão bem planejada continuação com novos personagens, temática diferente e com grande chance de ser interativa. Bem chega de falação, vamos a fic.
Ps: No meio da fic tem um parte em que dá opção de voce ouvir a musica que escutei para me inspirar na cena. A opção1 é a que sempre uso para cenas da Amy com o Kentin e a dois foi a que pra mim casou com a situação. Ambas são instrumentais..



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A besta estendeu suas mãos com garras e correu descontrolada de encontro a uma Katherine imóvel.

Por mais que quisesse fugir, seu corpo simplesmente não respondia.

A garota teria tido seu fim no momento que o ataque da criatura choca-se com ela. E por um tris acabou escapando quando alguém correu em sua direção segurando a mesma pela cintura e impulsionou ambos jogando-os para um local fora da zona de ataque do Predador.

O impacto da fera na parede estremeceu o hall e criou rachaduras onde sua mão pegou.

– Castiel... - balbuciou Katherine abrindo os olhos após ambos aterrissarem no chão. E então viu um par de olhos verdes a encarando com o cenho franzindo.

– Não, ele não é tão rápido. - diz Kentin levantando-se e puxando a garota consigo, percebendo que a criatura já estava pronta para mais um ataque.

– Pra fora! –gritou assim que o Predador investiu na direção que estavam. Kentin e Katherine correram para a fachada do hospital chegando ao estacionamento, nesse momento eles ouviram o ecoar de sirenes através de altos falantes em postes e alguns prédios. O som era ensurdecedor e parecia ter grande efeito em seu psicológico.

Katherine olhou para Kentin assustada por não estar entendendo nada, mas notou que o mesmo estava de igual forma.

O predador rugiu novamente trazendo calafrios e uma tremenda onda de medo invadiu a ruiva. A criatura ao localizar seu alvo se dirigiu para fora do hospital.

– O grupo está vindo para cá. – diz Kentin pendendo seu olhar entre ela e o Predador. – Mas para eles saírem vou ter que despista-lo. – continua, ela acenou com a cabeça.

– Tome cuidado. – disse ao entender que caso ele não conseguisse deter aquele monstro, iria morrer.

– Mantenha-se o mais longe possível e depois junte-se ao grupo.- bradou o mesmo se voltando para o Predador em seguida.

Por alguns minutos ele e a fera encararam-se. Como se reconhece a ameaça que causavam um ao outro.

Kentin fechou os olhos pronto para liberar seus instintos vampirescos. O estado em que ele tinha cem por cento de sua força e habilidade em ação.

Quando abriu os olhos Kentin estava com aparência vampiresca. Os olhos vermelhos sangue, as presas afiadas, uma aura avermelha e o instinto assassino pronto para acabar com a fera.

O Predador rugiu e correu em sua direção, ele se não se moveu nenhum centímetro atento aos movimentos da fera, aguardando o momento certo para agir. Seria Monstro vs Monstro.

***

Trina encontrou uma saída de emergência pela lateral do hospital. Ela e Amy - que ainda a seguia somente por que a puxava-, se aproximaram da rua usando carros como camuflagem para não chamar atenção de zumbis. Quando estavam chegando próximo a avenida principal um som de disparo que passou próximo a elas assustou Trina.

– É a garota! - ouviu alguém gritar.

– Estão atrás de você? - perguntou olhando para Amy que nada dizia. Trina irritou-se. - Ótimo, era só o que faltava. É melhor você ser rápida pra correr. - continuou levantando-se e correndo em direção contrária aos homens de preto procurando usar os automóveis para escapar dos disparos.

Ela atravessou a avenida passando por uma pequena praça e ao se deparar com um grupo de zumbis vindo da direção que pretendia seguir ela virou-se e dobrou no beco entre dois prédios.

***

No corredor um silencio havia se manifestado. Todos seguiam logo atrás de Castiel, torcendo que o plano desse certo. Kentin iria fazer a primeira parte, descobrindo o que foi a coisa que rugiu e despistando-a para que os demais pudessem sair. Mas quando estavam chegando ao hall eles ouviram um som estranho de sirenes.

– Merda... - exclamou Castiel correndo para a fachada ao identificar aquilo como um mal presságio. Os demais o seguiram no mesmo ritmo. Logo que saíram na frente do hospital a visão que viram era assustadora.

Uma enorme criatura de dois metros com garras de dentes afiados lutava com Kentin que se esquivava de todos os seus ataques com sua velocidade sobrenatural. Ele possuía alguns arranhões ao contrario do monstro que parecia não ter dano algum.

– Temos que ajuda-lo! - exclamou Lysandre recarregando a metralhadora que tinha em mãos.

– Não. - interpôs Castiel. - Vocês dois cuidem do grupo. - disse olhando para Nathaniel e depois Lysandre. - Eu vou ajuda-lo.

– Vou com você. - diz Viktor se posicionando ao lado do mesmo. Castiel tentou faze-lo mudar de ideia porém não obteve sucesso.

Kentin se movia com mastreia, estava deixando a fera furiosa depois de desviar de todas suas investidas. No entanto, em dado momento o garoto não se moveu com a velocidade necessária e acabou sendo lançando no ar. Quando a criatura seguiu em direção do local onde Kentin caíra alguns disparos foram efetuados atingindo as costas do Predador, mas não lhe causou dano algum. Ele virou-se para localizar quem tentará ataca-lo e assim que seus olhos fixaram em um rapaz com uma pistola mirada nele o mesmo se dirigiu até o carro que havia ao seu lado e com toda a sua força carregou o automóvel jogando-o na direção de um grupo de pessoas onde o garoto estava. Ele soltou mais um de seus tenebrosos rugidos e pegou a moto que estava perto de si lançando-a também.

Após isso correu em disparada em direção ao grupo enquanto rajadas de disparos vinham em sua direção. Aquilo o deixava ainda mais alucinado, com veracidade e fome por sangue ele agarrou o rapaz que havia disparado contra ele desmembrando-o enquanto que um liquido escuro jorrava para todo os lados com gritos agudos ecoando e mais disparos sendo efetuados em sua direção.

A cena era aterrorizante. Elie gritava assustada e Morgana procurava não olhar para o corpo desfalecido e irreconhecível de Viktor. Os arremessos de automóveis fez com que elas se separassem dos demais ao correr para longe. Katherine que estava próxima foi quem ofereceu suporte a elas enquanto Castiel e os outros continuavam a atacar a fera com disparos inúteis. Aquela medida, somente Kentin era páreo ao Predador.

– Nós temos que sair daqui. - exclamou Katherine se aproximando de Morgana recarregando sua pistola. Ela não queria separa-se dos outros daquela forma porém tinha que tirar Elie daquela circunstância antes que fosse tarde. Seus pais deram a vida por elas e a fizera prometer que protegeria Elie, e isso era sua prioridade no momento. Não é como se estivesse abandonado os outros, poderia procurar por eles depois que as coisas se acalmassem.

Morgana fitou a ruiva sem reação nenhuma, estava em choque. Em um estado de liturgia como se o botão de condicionamento automático houvesse sido apertado e ela agia por puro instinto levantando-se com Elie agarrada ao seu braço.

– Fiquem atrás de mim. - exclamou Katherine julgando que a atitude da morena era um "sim".

***

Ao dobrar no beco entre dois prédios Trina percebeu tarde demais que não havia saída ali, somente um muro de tijolos avermelhados.

– Droga! - gritou chutando uma lata de lixo com raiva. Procurando tomar uma atitude pro-ativa a garota olhou para os prédios acima dela procurando por escadas de emergência.

Havia uma só que estava enferrujada e era um pouco curta, ela não alcançaria nem se pulasse. Trina olhou para Amy após esse último pensamento.

– Você tá horrível. - comentou se aproximando da ruiva com um sorriso debochado. " Essa é a grande Amy que todos falaram?", pensou se contorcendo de regozijo por dentro por sua sucedida vingança. - Bem, eu não sei você, mas eu tenho que sair viva daqui então vamos facilitar as coisas. Você vai me erguer até aquela escada e depois... Sei lá, arruma um jeito de subir. - finalizou. - Ou você não é mais a super Amy que eu tanto ouvir falar? - finalizou com um sorriso de escárnio.

– Por que, eu, ajudaria você? - sussurrou Amy pausadamente levantando seu olhar pela primeira vez. - Todos nós, vamos morrer aqui.

Por alguns minutos Trina ficou perplexa com a reação da garota. Mas não podia baixar a guarda, um de seus sorrisos repleto de ironia surgiu em seus lábios.

– Ela fala. - exclamou com uma postura arrogante. Fingiu um falso bocejo. - Ah, tudo bem. Você bem que poderia ter facilitado e muito o meu trabalho, mas Parkour deve servir pra alguma coisa, certo? - disse espreguiçando-se, preparando-se pegou impulso com uma leve corrida e escalou a parede até agarrar a barra de metal da escada. Aquele era o esforço que ela queria evitar. Com dificuldade Trina ergueu-se até conseguir apoiar seu pé na escada e então conseguiu subir até a sacada de um quarto.

Minutos depois ela ouviu o som de disparos, sabendo que aqueles cara tinham alcançando elas. Querendo evitar um confronto direto e não se importando com Amy, Trina impulsionou seu corpo lançando-se para dentro do quarto.

Enquanto que Amy continuava da mesma forma parada onde estava. Em sua cabeça não adiantava nada fugir. Afinal, todos estava fadados a morrer algum dia a diferença era que as pessoas buscam adiavam esse fato.

Gray e os outros adentraram o beco por onde viram Amy e uma garota entrar, no entanto no local só avistaram a ruiva.

Formaram uma linha de frente com as armas apontadas para Amy, que não se importava com o ato.

– Você vem com a gente. - bradou Gray fazendo menção que ia se aproximar dela.

Um grito cortou o ar antes que pudesse fazer algo seguido de um rosnado.

Involuntariamente todos levantaram a cabeça em direção a janela de um prédio que ali se encontrava.

Amy sabia o que aquilo significava. Trina estava morta.

– Eu disse. - balbuciou em um tom de voz baixo. - Todos nós vamos morrer.

Os soldados da N.S.S. penderam seu olhar entre Amy e a janela por alguns minutos.

"O que aconteceu com essa garota?", pensou B. Boy vendo que a mesma estava diferente. Seus olhos, não possuía mais vida, estavam totalmente vazio, nenhum sinal de "vida", nem uma faísca sequer. Como se implora-se para ter um fim. Gray e Kai também notaram isso.

– E então, vai ser do jeito fácil ou difícil? - instigou Gray querendo brincar com a garota. Aliás, ela estava lhe devendo uma depois do chute que lhe dera no corredor do laboratório.

Amy o encarava, ela não se moveria. Pra quê? A morte estava escondida a cada esquina que virasse.

– O que foi? Não está feliz em nós reencontramos? - continuou o líder. - Ainda está tentando ir atrás dos seus amiguinhos? Já sabe que é inútil. A essa altura o Predador já deve ter dado fim a eles.

Amy cerrou o punho encarando-o com ódio em seus olhos. Ela não permitiria que ninguém debochasse dela mencionado as pessoas que amava e havia perdido.

Imagens se passavam em sua cabeça, o grupo na van, uma tremenda confusão para ficar de pé, o café da manhã no hotel onde todos tiravam sarro de Rosalya, eram lembranças que ela não esqueceria. De jeito algum.

Amy não percebeu mais algo estranho estava acontecendo com ela enquanto era tomada por um grande ódio de si mesma. Se ela não tivesse deixado o hotel, se tivesse ficado e esperado os outros, talvez, eles ainda estariam vivos. Se ela, ela....

Não aguentando mais o turbilhão de acusações sobre si Amy colocou as mãos na cabeça como se estivesse sentindo uma dor física - que em parte era real- ao invés de psicológica. Fechando os olhos gritou, estava remoendo-se em culpa por dentro.

– Não, não... - sussurrava agarrando mais forte seu cabelo. Seus joelhos fraquejaram e ela desabou no chão ajoelhando-se. - Não... - estava em um conflito interno consigo mesmo. Lembranças e mais lembranças jorravam em sua cabeça, memórias antes que tudo aquilo começasse, quando ela era apenas uma colegial, quando era humana.

Era demais para ela, tudo o que queria é que aquele pesadelo chegasse ao fim, nem que esse viesse somente com sua morte. E como um passe de mágica tudo pareceu sumir, uma bolha de nostalgia envolveu Amy. Todas as vozes que a acusavam se calaram e um silêncio obscuro porém confortado se alojou.

Lentamente Amy abriu os olhos.

A coloração azul de sua iris aos poucos foi dando lugar ao vermelho sangue e o preto formando olhos de um animal selvagem. Havia uma aura em um tom azul arroxeada ao seu redor, ela sentia-se diferente. Estava... Forte. Sim, sentia-se muito forte. Aquilo não podia ser o vírus, devia ter algo há mais. Mas isso não importava, ela tinha poder.

– Todos, todos vão morrer. - exclama com um sorriso sádico enquanto fitava suas mãos cerrando-as em punho em seguida. - Nem que eu precise mata-los. - complementa levantando-e.

Ao perceber que a garota estava fora de si e o perigo que apresentava o líder deu sinal para que atirassem.

Uma rajada de disparos foi em sua direção, mas com velocidade ela desviou saltando na parede, com a força sobre-humana que possuía cravou sua mão na parede impulsionando-se para frente e saltou em cima de Gray segurando na cabeça do mesmo e no pescoço, sem pensar duas vezes ela ergueu a cabeça dele até o limite desmembrado-o com sua força. Sangue jorrou para todos os lados, respigando em seu rosto.

Boy e os outros a encaravam assombrados. Não era mais uma garota, era um monstro com sede de sangue.

Amy olhou para sua mão ensanguentada, ela não sentia nada. Remorso, culpa, medo.... Nada. Ela não sentia nada. Na verdade, estava com um grande sensação de satisfação. Era boa, não sentia aquilo há muito tempo.

A ruiva levantou o olhar vendo homens de preto dispararem mais rajadas em sua direção. Ela sorriu maquiavelicamente desviando agilmente de todos projeteis. Agarrou um dos homens e o arremessou para longe fazendo-o chocar-se contra um prédio tendo morte súbita. Quando virou-se atrás dos dois restantes não estavam mais ali haviam fugido quando ela estava concentrada naquele que foi arremessado.

Uma movimentação na janela por onde Trina entrou chamou sua atenção. O S.N.4 que estava ali dentro saiu para sacada. Ambos encararam-se. Pronta para matar a criatura Amy apenas observou quando o mesmo escalou a parede seguindo para longe.

***

No estacionamento Castiel e os outros continuavam a disparar contra a criatura, apesar de não fazer dano algum a ela.

Sabendo que não teriam muito tempo o ruivo pensa rápido

– Vamos nos separar! - grita desviando-se de uma roda que Predador havia lançado quase perdendo o equilíbrio. - Ele vai ter que decidir quem seguir, é nossa chance de despista -lo! - continua. - Nós reencontramos na ponte.

– Tudo bem. - gritou Lysandre em resposta já saindo correndo em uma direção com Nathaniel em seu encalço. Rosalya e Leigh foram em outra restado Castiel e Kentin que já estava de pé ao lado ruivo.

– Lembra do posto de gasolina? - perguntou ofegante. Castiel entendeu seu plano de imediato. Quando o Predador investiu em direção aos mesmos ambos desviaram em direção contrária.

Kentin seguia na frente controlando seus passos para correr na mesma velocidade que Castiel que disparava no Predador para incentiva-lo a segui-los.

– Esta perto. - diz Kentin após alguns minutos.

– Vamos explodir essa coisa. - afirma Castiel olhando para Ken que assentiu.

O posto de gasolina continuava da mesma forma de quando passaram por ali mais cedo. A diferença era alguns vestígios da explosão que havia causado que nem fora muito grande.

– Vou distrai-lo. - diz Kentin assim que chegam ao local. Ao ouvir isso Castiel já segue de imediato para primeira bomba de gasolina que vê.

O Predador avança impaciente em direção a Kentin que esquiva. Continuando com o mesmo ato a cada investida. Aquilo deixava a criatura louca. Kentin atraiu o monstro para perto do lugar onde Castiel estava com a bomba em mãos. O mesmo lançou um jato de gasolina na criatura deixando-o encharcado. Em seguida pegou o taco de beisebol que havia prendido em sua costa e ateou fogo na ponta.

– Nós encontramos na ponte. - gritou a Kentin sabendo que teria que se separar com a explosão.

O taco foi passado ao moreno que era mais veloz para escapar sem ser ferido. Castiel já havia se distanciado correndo para longe.

O Predador rugiu irado, farejava um cheiro diferente em si mesmo porém não ligou. Tudo o que queria era sentir o gosto de carne em sua boca.

Foi quando algo veio em sua direção fazendo seu grande corpo entrar em combustão. Castiel havia feito um rastro com a gasolina até a bomba que utilizara, com isso em poucos minutos o lugar veio abaixo com uma enorme explosão com fogo para todos os lados. E o rugido do Predador foi ouvido pela última vez.

****

Avenida estava escura e mal iluminada. Com um silêncio tão profundo que era capaz de ouvir o vento chocando-se com as vidraças e paredes dos enormes arranha-céus do lugar.

Amy seguia de maneira calma e fria. Ainda estava envolvida por uma aura maquiavélica, olhos vermelhos com a borda preta e ensanguentada depois que matou Gray.

O som de um estrondo a fez inclinar a cabeça em direção a fumaça que vinha de um lugar próximo de onde estava. Parou alguns minutos olhando para o lugar. Quem poderia ser?

Coloque pra tocar: Opção1/ Opção 2

Porém não parou muito tempo para pensar continuando seu percurso. Mal virou a esquina e então parou bruscamente no mesmo momento.

Lá estava ele, se encontrava alguns metros a frente. O cabelo bagunçado,olhos quase tão vermelhos quanto o dela, sujo de sangue e cheirando a gasolina.

Ambos fisicamente tinham a aparência de duas feras ensandecidas. Como o destino era irônico colocando-os frente a frente daquela forma. Duas pessoas que perderam parte de sua humanidade, ligado por um laço tão forte.

Em sua cabeça Amy lutava contra o impulso assassino que sentia. Lutava para lembrar o motivo de está resistindo tanto diante aquele garoto.

Ela queria lembrar, ela se forçava a lembrar mas parecia haver um bloqueio. A diferença de um humano para o animal, era seu "eu". Onde estava sua identidade, tudo os momentos que passou, suas experiências e sonhos, tudo. E quando o seu lado "animal selvagem" vinha a tona, ele sufocava o "eu". Por isso agora, Amy precisava fazer algo a respeito, retomar o controle. A garota não moveu um músculo sequer. Deixou que sua cabeça vagasse em suas memórias.

" – O que foi? – perguntou-me franzindo a testa confuso. – Eu to fendendo ou algo assim? – complementou fazendo-me rir.

– Nada. – respondi o acalmando e depois funguei o ar. – Está muito cheiroso na verdade. – completei levando um beliscão no braço pela brincadeira.[...]

– Segure-se bem! - disse Ken antes de começar a correr em direção aos militares.

– Ken você esta louco!? - perguntei para ele gritado.

– Esta perto de você me deixa louco! - respondeu ele sorrindo curvando os joelhos e saltando por cima da horda de zumbis. [...]

– Você teve sorte. – disse Castiel. – E uma boa arma contra eles.

– Sim. Mais não foi isso que me fez ficar vivo. A razão foi ela. – respondeu Ken olhando em minha direção. – Pensei em Amy desamparada e simplesmente não pude resistir eu tinha que protege -la. Afinal de conta eu a amo muito e não quero perde-la. Vou fazer tudo que estiver em meu alcance para que ela fique em segurança e longe daquelas coisas lá fora. – dizia Ken. [...]

– Se cuida. - disse Kentin beijando minha testa e depois saindo. - Por favor, não faça nenhuma loucura. - exclamou antes de fechar a porta. "

Essas cenas traziam a Amy um sentimento estranho em seu peito. Ela não sabia o quê, porém era forte, imenso, sufocante.

Quando se moveu para dá um passo frasquejou. Estava prestes a cai quando sentiu mãos em sua cintura e logo seu rosto foi de encontro com a curva do pescoço de Kentin que havia se movido com sua ligeira velocidade para segura-la a tempo.

A ruiva arregalou os olhos surpresa antes de ser envolvida em um caloroso abraço do garoto.

– Acabou. - disse o mesmo apertando-a mais ainda, como se precisa-se senti-la em seus braços com toda intensidade possível. Amy arfou, soltando todo a ar havia prendido.

– E-e-e-u... E-e-eu... - gaguejava não conseguindo concluir. Parecia ter um nó em sua garganta, um bolor que impedia sua voz de sair.

– Tudo bem. - disse Kentin docilmente afagando seu cabelo. - Você lutou muito para chegar ate aqui. Foi o bastante. Mas vou protege-la agora. - afirmou. Com essas palavras Amy teve um relance de todo o pesadelo que passou.

A saída do hotel acompanhando as piores experiências que poderia ter, as inúmeras vezes que teve que lutar por sua vida dado tudo que tinha com uma fé em si que ela nem sabia de onde vinha.

Kentin sentiu algo molhado em seu ombro e logo percebeu que eram as lágrimas de Amy. Ela chorava soluçando alto.

Ele podia sentir o medo que Amy sentia , e tudo dentro de si estava condicionado no desejo de suprir-la. Protege-la de tudo, absolutamente tudo. Coloca-los em um mundo onde só houvesse os dois. Então nada a feriria e eles não iriam ser separados de novo.

Pequenas gotas de água começaram a cair sobre eles. O garoto levantou os olhos para o seu noturno por alguns minutos, encarando um noite escura com nuvens revoltas.

– Está aumentando. - disse em relação a chuva conduzindo Amy para dentro de um antigo bar a moda antiga.

***

Leigh e Rosalya tinham conseguido se abrigar em uma banca de jornais logo que a chuva começou.

– Você está bem? - perguntou ele assim que se achegou em um canto com Rosaly. Ela fez sinal que sim com a cabeça.

– Ficaremos aqui ate a chuva passar e então iremos encontrar os outros. - completou trazendo a garota para os seus braços que afirmou com um pequeno gesto de cabeça.

***

– Não tinha um lugar melhor? - perguntou Nathaniel a Lysandre enquanto ambos dividiam o espaço apertado de uma cabine telefônica.

– Foi a primeira coisa que vi. - respondeu o mesmo. - Além do mais é um abrigo temporário. Não podemos deixar que essa chuva nos atrapalhe de encontrar os outros. - dizia recebendo um olhar que dizia "entendido" de Nath que estava de acordo com sua ideia. Por alguns minutos os olhos de Lysandre recaíram sobre o braço do loiro, causando espanto no mesmo.

– O que é isso? Uma mordida? - perguntou curioso. Ao perceber do que o mesmo falava Nathaniel puxou a manga do casaco que usava para cobrir o local.

– Não se preocupe. Não é de um zumbi. - respondeu o loiro desviando o olhar em seguida.

Lysandre o observou por alguns minuto. Apesar de já ter consciência do que se tratava achou melhor não tocar mais no assunto.

***

O som dos pingos caindo sobre o teto da van incomodava bastante Castiel. Ele havia conseguindo pegar um atalho e ter sido o primeiro a chegar na ponte. Quando a chuva começou ele entrou na van que outrora eles haviam usado para fugir do supermercado.

Estava tentando descansar um pouco para recuperar suas forças,mas, estava difícil.

Seu pensamento estava sobre seus amigos. Se conseguiram chegar vivos ate a ponte. Pessoas o achavam uma pessoa negativa, mas, na verdade ele só era realista. Em toda caso teria que considerar qualquer circunstância e aguardar até que alguém aparece-se. E com aquela chuva ele duvidava que fosse em breve.

***

Logo após eles entrarem no antigo bar Kentin levou Amy até o cômodo que havia no fim do corredor. Parecia um escritório do proprietário.

O garoto encontrou um sobretudo e o deu para Amy para aquece-se e logo em seguida estavam sentados próximo a uma velha lareira - que ele havia conseguido acender com muito esforço.

– Tem algo que eu quero falar a você a muito tempo. - disse Amy ao garoto cortando o silêncio que havia. Ele sentou-se a frente dele e aguardou.

– Você lembra? - perguntou Amy com os olhos marejados. -Lembra de quanto nos conhecemos?

– Você estava dormindo embaixo de uma arvore sorrindo, com o óculos desarrumado no seu rosto. - dizia como se voltasse a cena. Aquilo foi antes de Ken ir para escola militar e voltar transformado. - Eu não achei outra definição pra você se não engraçado. Foi por isso que eu ri. - completou forçando uma risada.

"Um ano atrás...

– Kentinho! Kentinho acorda! - ouvi uma voz feminina enquanto era chacoalhado. Havia ido ao parque a tarde e acabei adormecendo embaixo de uma árvore.

– Hã? O... O que foi? - perguntei forçando-me a abrir os olhos vendo que era Lety- a garota que vivia me importunando, e que eu odiava.

– O que você quer? - perguntei com arrogância esfregando os olhos para mandar embora o sono. - Eu já lhe disse não me chame de Kentinho!

– Tá, tá... Sempre de mal humor você, hein! - reclamou fazendo careta e abanando a mão em minha direção com descaso. Eu já estava ficando irritado quando ouvir uma doce sonora risada. E só então percebi na garota ao lado de Lety. Ruiva, olhos azuis e sem dúvida com o sorriso mais bonito que já vi.

– Essa é a Amy. - apresentou Lety. - Ela é nova no bairro. E está na mesma escola que a nossa. Possivelmente na mesma sala também - tagarelava Letícia, mas eu não tinha interesse algum em ouvi-la. Somente admirar aquela linda garota que tinha um sorriso meigo no rosto enquanto correspondia ao meu olhar.

Foi nesse momento que decidir que não importava o que acontecesse, aquela garota iria fazer parte da minha vida".

Kentin esboçou um leve sorriso com a lembrança.

– Nem que eu quisesse conseguiria esquecer. - retrucou. O olhar de Amy fixo no seu era sincero, com um brilho que Kentin já não via há muito tempo.

A ruiva passou as mãos nos mesmos para enxugar algumas lágrimas. E então se sentou de frente ao garoto de joelho. Aproximou seu rosto do dele encostando sua testa ao do garoto. Mordeu o lábio inferior segurando a vontade de desabar em choro e procurando força em si própria disse:

– Kentin, obrigada por tudo.

O garoto estava surpreso e ao mesmo extasiado. Sua relação com sempre foi dentro dos padrões que ele considerava normal para um casal, apesar de alguns vezes ele achar que não a tinha por completo, que em alguma parte Amy ainda mantia sentimentos por Castiel. E por muito tempo isso não importou, em sua cabeça o amor que sentia era suficiente para os dois. Tanto que era ele quem sempre falava e provava a garota sobre seus sentimentos.

Só que aquele ato, ele nunca viu Amy fazer algo assim, era diferente, o que ela queria dizer através daquelas palavras, ele conseguia entender. A sua maneira que pela primeira vez, ela era dele, por completo.


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Notas finais do capítulo

Cara eu acho que ficou meio melosa as cenas da Amy e do Kentin rs
Mas faz parte então tenho que deixar.
Não esqueça claro de deixar sua opnião sobre a fic, a criatividade define quando vou postar mas quem me impulsona são vocês!



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