POV Hermione

E de repente o Rony me acorda, me chamando e me sacudindo levemente. Esse sem sombra de duvida tinha sido o sonho mais louco da minha vida, ate porque desde quando eu sonho com o Snape se declarando pra mim, agora só falta eu sonhar com o Voldemort comemorando por ter ganhado um nariz.

- Mione você ta bem?

- Claro, por que não estaria Rony?

- Não é que você ta falando umas coisas meio estranhas, quando eu cheguei. – ai meu Merlin, o que sera que eu falei, sera disse algo sobre o Snape.

- Foi algo mais ou menos assim, não pode ser, eu preciso de um tempo, não posso responder agora. – menos mal, foram apenas frases sem contexto.

- Eu... eu estava sonhando com uma proposta de emprego... ahh no mundo trouxa. – Hermione como você mente mal.

- Ahh, se era isso tudo bem, vamos o resto do pessoal também esta te procurando. – só o Rony mesmo pra acreditar nas minhas mentiras.

Nós seguimos para a entrada do castelo, onde estavam Gina, Harry e Draco nos esperando, pareciam preocupados. Porém o Draconildo foi o primeiro a se pronunciar e tinha na voz em tom angustiado.

- Mionita, minha flor do campo, onde você estava todo esse tempo? – e veio em direção a mim para me dar um abraço de urso.

- Malfoy desde quando você acha que pode chamar ela assim? – Rony e seus ataques de ciúme bobos.

- Ora Ronald, desde que ele e eu viramos amigos, agora para com essas bobagens. Draconildo, meu dragão reluzente, eu acabei dormindo no jardim. – eu reparei que todos riam do apelido que eu havia dado ao Draco.

- Draconildo, hahahahaha, Draconildo, meu dragão reluzente, hahhahhhaah. – o Harry estava tirando uma com a cara do Draco, era melhor eu interferir antes que isso resulte em problema.

- Harry Potter, para de rir imediatamente ou eu conto o seu apelido para toda a Hogwarts. - ele parou no mesmo instante.

- Já que a Mione ta bem, ta linda e inteira, vamos entrar que já esta tarde e eu não to afim de pegar uma detenção. – assim que a Gina falou eu reparei que estava escurecendo e nos não poderíamos estar fora do castelo.

Mas como eu sempre digo Merlin me odeia, afinal eu devo ter jogado chicletes na barba dele, porque adivinhava que estava na porta de entrada esperando por nós, sim Severo Snape, e o que a bruxa mais inteligente da sua época vez, ela simplesmente de olhar pra ele corou. Eu não acredito que eu corei de olhar pro Snape isso e humilhante.

- Eu espero que vocês todos tenham uma boa explicação para dar, por estarem fora do castelo depois do horário permitido. – ele tinha um olhar de felicidade por poder castigar vários grifinorios de uma única vez, mais esse olhar sumiu assim que avistou o querido afilhado dele Draco Malfoy.

- Professor nós estávamos atrás da Mionita, era por isso que estávamos ate agora fora do castelo. – o Draco foi quem disse, acho que era nossa única esperança.

- Bom isso não e uma boa desculpa, detenção para todos, amanha na orla da Floresta Proibida e menos 30 pontos de cada um.

- Mais professor eles não tem culpa, a única responsável fui eu, eles estavam apenas me procurando.

- Srta. Granger, já que você assumiu a responsabilidade, além de cumprir a detenção amanha com todos, também vai cumprir mais dois dias em minha sala separando e etiquetando ingredientes além de perder mais 20 pontos, agora vão para os seus salões comunais.

 POV Severo

 Depois de punir o Potter e companhia, segui para as minhas adoradas masmorras, estou cansado, tive que passar o dia fazendo poções para ala hospitalar. Tudo que eu queria era dormir, principalmente agora que eu não preciso mais acordar no meio da madrugada atender os caprichos do Lord Cara de Cobra. Então depois de um bom banho, me deitei e adormeci quase que instantaneamente.

Eu estava na minha sala, corrigindo alguns trabalhos do segundo ano, como poderiam ser tão idiotas. Quando de repente a porta se abre e por ela entra à sabe-tudo Granger.

- Srta. Granger o que a senhorita quer?

- A Severo você sabe o que eu quero.

- Senhorita, quando lhe dei permissão para que me chamasse por Severo e não prof.º Snape.

-Ahh, Severo você quer que eu te chame assim. – ela ia falando enquanto se aproximava da minha mesa.

- Srta. saia agora da minha sala.

- Severo não seja assim comigo, eu só quero você. – ela foi dizendo e se aproximando cada vez mais de mim, ate estar com as mãos sobre os meus braços. As quais eu retirei com certa brusquidão.

- Granger eu já mandei sair da minha sala e não vou mandar novamente.

- Sev, eu quero você, assim como você me quer. – ela havia se sentado no meu colo, eu a levantei com um pouco a mais de força fazendo com que quase caísse.

- Fora Granger, agora, saia daqui, antes que eu a leve ate a Minerva.

- Sev, meu querido você ainda vai aceitar que me quer e que eu te quero também.

Eu acordei suado, irritado e acima de tudo assustado, desde quando eu sonhava com Hermione Granger falando que me desejava e que eu também a quisesse, isso além de ser ridículo, absurdo, era totalmente impensável, visto que eu não nutro nem um tipo de sentimento por ela, a não ser gratidão, respeito e talvez um pouco de admiração, afinal é raro encontrar uma mente quase tão brilhante quanto a minha.

Depois de um banho, desço em direção ao Salão Principal para fazer o dejejum, quando me sento no meu lugar na mesa dos professores, meus olhos automaticamente vagam pelo salão e acabam se prendendo aos lindos olhos castanhos da Granger, porém logo que ela percebe que notei que ela me encarava, desviou o olhar, mas não rápido o suficiente para que eu deixasse de perceber que ela havia corado, com nossa pequena troca de olhares.

 POV Hermione

Mas que droga, eu olhei pro Snape assim que ele pós os pés no salão, mais quando notei que ele me encarava de volta, tudo que eu tive a capacidade de fazer, foi abaixar a cabeça e corar, agora era só o que me faltava, toda vez que eu encontrar ou olhar pro Snape eu corar, isso era torturante, principalmente por que o segundo horário de hoje era poções. Eu preciso desesperadamente falar com alguém, vamos ver a Gina não ela ta cismada, o Draco também não, o Harry ou Rony não vão entender, quem, pensa Hermione, pensa.

Querida você poderia falar com a Tonks, ela e mais velha vai entender, esse seu sentimento pelo Severo.

Quem é você e como assim sentimento pelo Severo, eu não sinto nada absolutamente nada pelo Snape.

Querida eu sou sua consciência, e quanto mais você negar, mais evidente vai ficar, ta na cara que você esta negando porque é algo difícil, e não tente esconder algo de mim, afinal eu sou você.

Querida consciência, duas perguntas, primeira por onde você esteve todo esse tempo? E por difícil, mesmo que existisse tal sentimento coisa que não existe, você quer dizer impossível né?

 Eu estava o tempo todo aqui, só não sentia necessidade de me pronunciar e não e impossível, quando envolve um sentimento nada e impossível, pode ser complicado, difícil, mais não impossível.

Olha eu vou ignorar quase tudo que você disse, por que sua ideia de procurar a Tonks foi boa, mais o resto eu vou desconsiderar e você pode voltar a ficar muda, OK.

Querida agora que eu acordei, eu não vou mais te largar ate que minha missão esteja completa.

Eu estou ignorando você, lá, lá, lá, lá.

Querida você tem noção do quanto isso sou infantil?

Some eu não quero e não preciso de você, certo e eu sei que foi infantil. Merlin estou discutindo com minha consciência, sera que enlouqueci? Bom chega disso, no final da aula vou procurar a Tonks, só tenho que pensar em uma forma de contar tudo isso, sem contar que se trata do Snape. Ai eu estou muito ferrada.