Algumas gotas grossas de chuva bateram na janela do carro, mostrando o quão imprevisivel um dia poderia ser. Na sua cabeça muitas coisas se embaralhavam.

Queria não acreditar no que esta na sua frente, podia simplesmente esquecer, mas concerteza não a deixariam em paz novamente. Sua vida não mais podera ser normal, o que lhe resta é descobrir a verdade e encarar os fatos.

Sophia escutou pancadas na janela do carro, a princípio ficou com receio de ser ele, mas quando virou o rosto percebeu ser apenas uma garota da escola, se não se enganava Virginia Fell.

Tudo bem? -Virginia perguntou assim que Sophia baixou o vidro do carro, seu rosto trazia um misto de curiosidade e vergonha.

Acho que sim -Lhe respondeu em um minimo sussurro. Virginia balançou a cabeça pensando e soltou por fim um minímo sorriso.

Não quer entrar? Uma tempestade esta se aproximando e você não parece muito bem para dirigir -Sophia lhe respondeu com um meneio de cabeça ao abrir a porta do carro. Não tinha notado como suas pernas estavam bambas e o jeans sujo de terra e sangue.

Deus! O que aconteceu a você? -Soltou a menina apavorada. Sophia balançou a cabeça.

Fui visitar os túmulos de meus ancestrais e acabei caindo por causa de um susto que tomei -em parte é verdade. Virginia abriu aporta lhe dando passagem.

A casa se constituia de um hall de entrada com uma pequena mesinha com vaso de tulipas e um espelho, ao chão um tapete comprido. Uma sala de estar com lareira e sofas marfim com tapete de centro e mesinha com mais um vaso de tulipas. Da lareira emanava um calor gostoso, assima dela um quadro pintado com varias pessoas, bem ao canto da pintura havia uma inscrição "Conselho 1864".

Vou pegar um kit de primeiros socorros para poder limpar seus ferimentos Sophia já volto, fique a vontade -virginia se retirou da sala deixando Sophia olhando a pintura que lhe chama bastante a atenção, por um casal ali pintado ser seus ancestrais Edmundo e Mary Grigori.

Conselho? -Mal notou que Virginia voltara.

Sim, parece que nesta epoca eles "protegiam" a cidade de demônios -Riu a menina. Sophia engoliu em seco rindo falsamente.

Como assim demônios? -perguntou ela pegando um algodão coma algum remédio que Virginia lhe entregava.

Vampiros -Riu ainda mais. -Da para acreditar em uma bobagem dessas? Pessoas que sugam sangue, vivem por seculos e nunca envelhecem? Eu acho uma tremenda bobagem!

Ah, sim uma bobagem -Disse Sophia passando o algodão nos cortes. Talvez não seja uma bobagem, e sim uma realidade. Pensou ela com seus botões pensando em Damon Salvatore.

Depois de limpar os cortes, tomas uma xicara quente de chocolate e da chuva passar, agradeceu Virginia e tomou o caminho de casa.

Vampiros que vivem por séculos, não envelhecem...

Damon Salvatore? -Falou alto o bastante para que ele lhe lançasse um sorrisinho quando ela saiu do carro.