Resident Evil: Armageddon escrita por avada kedavra


Capítulo 8
Revelations


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal. Faz muuuito tempo desde a última vez não é? Bem, meu pc queimou e eu perdi toda a história, que já estava finalizada :/
Fiquei desanimado e pensei em desistir, mas daí decidi reescrever o que eu lembrava.
Mas nesse tempo saíram umas novidades de RE que vao complementar a fic. Enfim, espero que curtam esse capítulo :)



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Zach havia encontrado um carro.

Depois de andar vários quilômetros a pé e enfrentar alguns infectados, Zach achou um automóvel, um carro popular, batido em um poste. O garoto caminhou em direção ao veículo, deu uma olhada ao redor para ver se havia algum sinal de infectados e logo em seguida entrou no sedan.

A lataria do carro estava chamuscada, a frente estava amassada e as janelas traseiras, quebradas. Porém, a bateria funcionava e o tanque estava razoavelmente cheio. De quem quer que tenha sido esse carro, o abandonaram há pouco tempo, pensou Zachary. Ele planejava ir de carro em direção a Raccoon City.

Ele deu a partida e o motor roncou estrondosamente. O barulho desbloqueou um pensamento da mente de Zach. Racoon City foi o local onde o surto biológico havia se iniciado. A infecção estava ali há mais tempo do que qualquer outro lugar no planeta. Deveria estar cheio de mortos-vivos, lickers e outras criaturas bizarras.

– Se eu for de carro, serei encurralado rapidamente.

O garoto recolheu seus pertences e saiu do carro. Ir voando não é uma má ideia, afinal. Só preciso de uma coisinha...

Ele abriu o zíper da mochila e tirou dois galões de 4 litros. Foi até o jardim da casa mais próxima e conseguiu uma mangueira. Zach retirou todo resquício de combustível de cada veículo que havia encontrado, exceto de um. Um moto Kawasaki ZX-10R verde com a pintura arranhada, freios frouxos e pedal destruído. Era com ela que voltaria para o lugar em que deixou o helicóptero.

Conseguiu uns seis litros de combustível. Deveria bastar, somado com mais os 8 restantes no helicóptero. Isso deveria ser o suficiente para chegar a Raccoon. Zach montou na moto, deu a partida e ziguezagueou pela estrada rumo ao seu precioso pássaro de metal.

Enquanto pilotava, só conseguia pensar em seu irmão e na sua namorada. Será que ainda estão vivos?, o garoto pensou. Havia comboios de sobreviventes por todo o mundo, talvez eles devam estar em um. Será se em Warren Falls ainda havia vida? Tinha esperança de reencontrar aqueles que amava um dia. Mas isso teria que esperar. Ele tinha uma missão... e uma mulher para conhecer.

***

– Chris, lembra da Mansão? – perguntou Jill Valentine.

Os dois estavam numa iate, indo a toda velocidade em meio a uma madrugada gélida e amedrontadora. Jill usava uma roupa de mergulho junto com alguns coldres de pistolas e uns aparelhos eletrônicos. Chris vestia um traje militar. Ele estava parecendo um jogador de rugby. Havia ganhado muitos músculos desde a última vez que se encontraram.

– Eu tento esquecer, Jill – ele suspirou – Realmente tento. Mas esse pesadelo constante me faz lembrar daquele incidente a cada vez que eu fecho os olhos.

– Enquanto a Umbrella me controlava – Jill abaixou a cabeça. Tinha vergonha por aparentar ser fraca – eu não lembrava de nada. Só pensava no que eles queriam que eu pensasse. Eu estava numa espécie de coma. Ironicamente, esse momento de vulnerabilidade foi o único momento em que eu realmente tive paz. Depois que Alice tirou aquele robô do meu peito, as lembranças voltaram para mim numa enxurrada, rasgando meu peito. Foi horrível perder alguns de meus amigos. Pior ainda foi reviver esses momentos.

Chris toca o seu queixo e levanta seu rosto.

– Nada daquilo foi sua culpa. Você estava sendo manipulada. E quanto a perder amigos... todos nós perdemos alguém.

– E você nunca pensou em... – Jill se interrompeu – deixa pra lá.

– Me matar? – Chris olhou para o horizonte. O sol irrompia aos poucos – Sim.Creio que todos já pensamos nisso, pelo menos uma vez. Mas nós perdemos gente demais, Jill. É nosso dever viver por eles. É nosso dever construir um mundo melhor pros sobreviventes.

– Você está certo. Vamos arriscar nossos traseiros mais uma vez por um mundo melhor.

– Você costumava ser mais engraçada antes, Jill Sanduíche – Chris riu com o olhar que Jill o lançou. Há muito tempo ele não a chamava por esse apelido.

– E você costumava conseguir passar por espaços apertados – Ela falou – Vamos, o sol está nascendo e ali está a ilha.

Na frente deles, há uns 3 quilômetros de distância, havia a costa de uma ilha cheia de árvores. Era a primeira missão dos dois juntos após o apocalipse. Era bom experimentar algo dos velhos tempos pra variar.

A ilha abrigava uma sede farmacêutica da Umbrella. Eles precisavam de medicamentos e utensílios para ajudar os sobreviventes feridos do seu grupo. Com sorte, encontrariam vacinas e doses do antivírus.

O iate atracou. Jill, Chris e seis soldados que traziam desembarcaram na ilha. Eles pegaram maletas, armas e cartuchos.

– Prestem atenção – falou Chris – Esse lugar pode estar abandonado, mas também pode estar sendo muito bem guardado. A Umbrella Corporation pode ter caído mas isso não quer dizer que todos se renderam. Sutilmente, espalhem-se em duplas e procurem onde está a entrada para o complexo. Vão!

O grupo se separou. Jill foi com Chris e os dois mergulharam na floresta. Estava tudo muito quieto. Seus corpos estavam apreensivos.

– Sinto uma estranha sensação de dejavù – disse Jill – E se a gente...

De repente, um rugido cortou o silêncio. Uma coisa grande saiu do meio das árvores, logo atrás dos dois. Parecia ser um bicho enorme. Jill teve apenas um vislumbre de suas garras antes de começar a correr.

O bicho tinha quase 2,5 metros de altura. Parecia uma espécie de réptil geneticamente modificado, pois andava em duas pernas, tinha enormes garras e dentes pontiagudos. Sua pele escamosa era verde e os olhos, vermelhos.

– Hunter! – gritou Jill para Chris.

O rapaz atirava contra o bicho, mas era difícil mirar enquanto corria. Galhos e espinhos açoitavam o rosto dos dois.

O Hunter brandiu suas garras na direção de Jill, mas esta conseguiu se esquivar antes de ser atingida e ser fatiada. A esquiva a fez tomar outro caminho, se desviando de Chris. Jill tropeçou em seus calcanhares e rolou velozmente por um barranco, atingindo galhos secos, que cortavam sua pele. Parou de rolar quando bateu contra um tronco de salgueiro.

Seu rosto estava arranhado e sua perna doía muito. Ele se recostou na árvore e mirou a coxa esquerda. Estava com um corte feio. Com as mãos tremendo, Jill pegou umas bandagens de um dos bolsos do seu traje e fez um curativo improvisado. Tenho que limpar antes que infeccione, pensou. Ela olhou para os lados. Nenhum sinal de infectados, soldados ou homens do seu bando. O Hunter não a havia seguido. Estava perseguindo Chris. Jill tentou afastar esse pensamento, tentando não imaginar o pior.

Com dificuldade, ela se levantou. Sua visão embaçou um pouco mas ela ainda continuava determinada. Iria encontrar a sede e iria salvar Chris.

Jill caminhou por algumas horas. A manhã já havia se consolidado. Durante o seu percurso, Jill ouviu vários gritos vindo de outras partes da floresta. Rezava para que Chris estivesse bem.

Depois de um tempo, sentiu que seus pés não percorriam mais pelo chão da floresta, mas sim por um solo metálico. Seus passou ecoavam nele. Não demorou muito para que ela encontrasse a instalação.

Para sua sorte, não era subterrânea. Bom, a princípio não parecia ser. Era um prédio normal, como um hospital, envolto por cercas de metal eletrificadas e na fachada havia um outdoor que dizia: COMPLEXO FARMACÊUTICO DE TESTES. Jill sorriu. Estava cada vez mais perto.

Olhou para o prédio mas não encontrou nenhum tipo de soldados de segurança ou vigia. Parecia abandonado. O portão da cerca estava aberto. Parecia que alguém queria que ela entrasse lá. Poderia ser uma emboscada, mas Jill não tinha tempo para pensar nisso.

Então ela correu, o mais veloz possível que a sua perna permitia. Ela atravessou a cerca e entrou pelos fundos do complexo.

Estava tudo revirado e as luzes piscavam. Parecia que um furacão tinha atravessado o lugar. Jill passou a ter certeza que o prédio estava abandonado. Mas isso não explicava o Hunter como cão de guarda...

Jill foi até um corredor, que parecia o de um hospital, com várias placas de orientação. Havia coisas como Síntese de Vacinas, Centro de Controle de Doenças, Sala de Testes, Jaulas...

Ela se dirigiu à sala de síntese de vacinas, desviando de mesas reviradas, paredes comprometidas, barras de ferro e corpos mutilados. O que quer que tivesse sendo testado ali, parece ter saído de controle.

A sala estava em perfeito estado, exceto pelos vidros das estantes estarem quebrados e as paredes machadas de sangue. Havia um rastro vermelho que se dirigia à porta nos fundos da sala.

Jill começou a vasculhar. Não havia nada de útil nas prateleiras, as gavetas estavam vazias. Ela teve a sorte de encontrar umas cartelas de pílulas ultra revigorantes aleatoriamente espalhadas pelo chão. Aquilo poderia ser útil alguma hora.

Então pancadas começaram na porta dos fundos. Jill virou-se instintivamente em direção à fonte do barulho. Sombras passavam pelas frestas da porta. Ela se virou para sair no momento em que a porta se abriu subitamente. Corpos cambaleavam ao passar por ela, todos amontoados.

Jill atirou contra alguns deles mas era muitos para ela poder dar conta sozinha e eles estavam fazendo muito barulho. Logo logo mais mortos-vivos da instalação iriam ser atraídos para lá e ela não teria a menor chance. Então ela começou a correr.

Jill só queria encontrar Chris e sair dali, mas parecia que a cada passo que dava, mais se adentrava naquele complexo. Ela corria desesperadamente arrastando a perna, seguida por uma legião de mortos-vivos. Ela corria às cegas, sem se orientar pelas placas. De vez em quando um infectado aparecia no corredor e ela mudava de direção. Estava ficando encurralada.

Os zumbis dos corredores estavam começando a se juntar, formando uma densa parede de carne podre logo atrás dela. Alguns vestiam jaleco e trajes militares da Umbrella e Jill teve a sensação de que aquelas pessoas trabalhavam lá.

Jill dobrou uma esquina e tomou um susto, quase mudando de direção. Um dos caras do seu bando, Phillip, estava com uma arma apontada em sua direção e atrás dela havia uma porta dupla com uma das metades aberta.

– RÁPIDO, SRTA. VALENTINE. RÁPIDO! – ele disparava o rifle contra os mortos que a perseguiam.

Ela passou por ele e atravessou a porta, sendo seguida por Phillip. Ele colocou o rifle entre os puxadores da porta, selando-a. A legião de infectados batia e se jogava contra a porta, tentando abri-la. Seu rosnado de fúria era alto.

Jill e Phillip estavam numa sala mal iluminada, mas pelo eco, parecia ser grande. Ao fundo, havia barras de ferro. Jill olhou para o homem.

– É ótimo vê-lo, Phil – ela disse – Onde estão os outros?

Ele abaixou a cabeça.

– Foram abatidos, senhora. Uns por soldados de guarda, outros por armas biológicas. Eu mesmo mal escapei – ele estende os braços. Havia marcas de mordida sangrando por eles.

Jill engole em seco.

– Fique tranquilo, Phillip. Vamos dar um jeito nisso. Deve ter um antivírus aqui em algum lugar...

– Não se preocupe, senhorita Valentine – ele sorriu – Não há jeito mais para mim. Mas enquanto eu não estiver sentindo os sintomas, eu não deixarei a senhora na mão. Principalmente quando eu acho que isso se trata de uma armadilha para a senhorita e para o senhor Redfield.

– Sim. Eu não encontrei nenhum soldado quando entrei no complexo. E quanto a Chris, eu me separei... – Jill se interrompeu.

Phillip havia cuspido sangue e seus olhos estavam arregalados. Ele caiu no chão, agonizando, enquanto Jill olhava. De repente, algo deu um soco em seu estômago e no rosto, fazendo-a cair. Essa mesma coisa agora passava a mão pelo seu corpo, desarmando-a.

Seus olhos se acostumaram com a escuridão quase completa. Ela via, nos fundos da sala, várias celas que se assemelhavam a gaiolas, e alguns corpos acorrentados dentro. Ali perto havia uma maca com um corpo robusto deitado nela. Lhe parecia familiar...

Caído ao seu lado estava Phillip. Das suas costas escorria um rio de sangue. Ao erguer os olhos, Jill viu alguém segurando uma faca. Uma mulher num vestido branco.

– Ora, ora, senhorita Valentine – ela falava com um sotaque europeu – Pensei que não chegaria viva até aqui. Acho que subestimei as suas habilidades.

– Quem diabos é você? – Jill cuspiu sangue. Seu rosto estava furioso.

– Ah... nomes – a mulher falou – Apresentações ainda são tão importantes no mundo atual? Acho que não. Me chame de E.G. Acho que pra você só basta isso.

– Como saberia que viríamos? Falou Jill.

– Depois de tudo o que passou você ainda duvida da capacidade da Umbrella não é, senhorita Valentine? – a mulher andou em direção à maca – Os dois últimos dos S.T.A.R.S... Tem ideia o quanto vocês valem?

– A Umbrella foi extinta. Você está blefando.

E.G. riu com desdém.

– Extinta? Oh, céus. Claro que não. Umbrella Corporation é onipotente, onisciente e onipresente. E na hora certa ela irá se reerguer das cinzas.

– O que fez com meus amigos, sua vadia?

– Digamos que faz tempo que eu não me divertia. E meus bichinhos também precisavam de diversão. Sacrifiquei todos. Exceto esse bonitão aqui – ela acariciou o homem na maca.

Jill olhou a cena. Subitamente percebeu que era Chris. Uma fúria cresceu em seu peito e ela se levantou cambaleando. E.G. estava de costas para ela. Jill pulou em cima da mulher, agarrando-a pelos cabelos. As duas rolaram pelo chão, aos socos, tapas e joelhadas. Jill bateu a cabeça da mulher nas grades, mas E.G. enfiou as unhas grandes na ferida na coxa de Jill e esta gritou. Logo E.G. ficou de pé e chutou a barriga da outra. Seu rosto era fúria pura.

– Parece que a morte iminente transforma todos em heróis – falou a mulher, desdenhosamente – Logo você se juntará a seu amigo.

– O que fez com ele?

– Apenas um teste – E.G. deu um sorriso macabro – Injetei nele uma versão experimental do parasita Las Plagas. Vamos ver como seu corpo reage à mutação.

A mulher interrompeu o tranquilizante intravenoso de Chris e se virou para Jill.

– Iria lhe dar uma chance de ser cobaia de testes também, mas depois do que você fez, deixarei o Chris aqui despedaçá-la pedaço por pedaço, nervo por nervo até você não...

Um tiro foi ouvido no recinto e E.G. caiu no chão, com a perna sangrando. Phillip, do outro lado da sala, havia sacado uma pistola e reunido forças para atirar na mulher. Em seguida, ele arremessa a arma para Jill.

– Você tem que tirar Chris daqui o mais rápido possível – ele disse com uma voz fraca – Eu enviei um sinal para a central e eles mandarão um resgate. Vá! Eu cuido dessa vadia.

Jill teve um surto de adrenalina. Ela se levantou e rumou até Chris. Ele estava muito grogue, mas acordado. Ela o ajudou a se levantar e rumou até uma porta escondida.

– Jill!! – Phillip a chamou.

Ela se virou. Ele nunca a chamava pelo primeiro nome.

– Sim?

– Diga... – seus olhos lacrimejavam – Diga à minha filha que eu a amo.

Phillip reuniu forças e sustentou se corpo. Ele puxou o rifle da porta dupla e esta abriu. Os mortos-vivos irromperam para dentro da sala. E.G. gritou. Jill passou pela porta e a trancou. Phillip tirou um explosivo cronometrado que estava preso na sua mochila e ativou o relógio. Logo em seguida deu um tiro de rifle na cabeça.

O corredor em que Jill e Chris estavam dava num córrego no exterior. Chris estava mais consciente agora, mas não tinha uma cara nada boa. Ao chegar no exterior, ele caiu no chão, se encolhendo de dor. Chris fez um gesto de querer rasgar o peito.

– ESTÁ QUEIMANDO! TIRA DE MIM! – Chris gritava histericamente.

Jill tentou acalmá-lo, mas foi em vão.

– Chris, temos que continuar. Por favor, lute com isso. Precisamos sair daqui primeiro.

Ele assentiu dolorosamente e se levantou, apoiando-se nela. Antes de adentrarem a floresta, Jill viu o corpo do Hunter caído a alguns metros deles. Estava empalado por uma barra de ferro. Quando entraram no mato, tudo virou um borrão.

A adrenalina tomou conta de Jill. Após algum tempo eles já estavam na praia, um grupo de homens com roupa de mergulho agarraram Chris e ela e os conduziram ate um barco a motor. Ao darem a partida, um estrondo ecoou na ilha. O complexo havia sido explodido. Destroços voavam no ar.

Jill olhava para Chris. Um dos homens havia dado morfina para ele, amenizando sua dor. Seu rosto estava mórbido. O homem, que aparentava ser médico, olhou para ela, com a cara séria.

– Ele foi infectado por algum espécie de parasita numa dose de alto grau. E está se espalhando rapidamente.

***

O helicóptero começou a tremer.

Zach estava sobrevoando o meio-oeste americano, uma região perto das Montanhas Arklay, quando as luzes do helicóptero começaram a piscar. O combustível estava no fim.

Ele teria que fazer um pouso forçado em algum lugar ou senão morreria quando a aeronave caísse. Não havia paraquedas. Ele tinha que pensar rápido.

As lâminas giravam cada vez mais devagar, o helicóptero começou a girar descontroladamente, em direção ao chão. Zach tentava se equilibrar quando um pensamento lhe ocorreu. Talvez fosse um plano, mas não era muito bom. Infelizmente, ele não tinha tempo de elaborá-lo.

A aeronave se aproximava cada vez mais da floresta da encosta da montanha. O garoto estava parado na porta, se segurando, esperando o momento certo. Só teria uma chance de saltar e precisava ser preciso.

Quando estava uns 3 metros da copa das árvores, Zach saltou. Ele caiu por entre os galhos, bateu em troncos, sua roupa sendo rasgada. Ele se sentia uma bola de futebol quicando por todos os lados.

Atingiu o chão de cara, com força. Estava sentindo uma dor enorme no braço. Ele tentou se colocar de pé, mas seu ombro explodiu em dor. Estava deslocado e esfolado.

Ele se sentou, tirou a mochila e o casaco delicada e cuidadosamente. Quando estava só de camisa, ele pode ver o osso fora do lugar. Ele colocou o casaco na boca, respirou fundo e empurrou o osso. A dor foi excruciante. O barulho de seu grito foi abafado pelo casaco e pelo helicóptero destruindo tudo em sua queda.

Quando a dor amenizou, ele começou a se movimentar. Não podia perder tempo. O estrondo que o helicóptero causou foi o suficiente para atrair todos os infectados da região. Zach andou uns dez metros, quando pisou em algo ruidoso. Seus passou faziam a coisa estalar. Ele tirou umas folhas de cima e foi revelado um alçapão de madeira maciça. O garoto se abaixou para abrir, mas ouviu um farfalhar de folhas. Lentamente ele ficou em pé e sacou uma faca. Então aprumou os ouvidos.

Ele esperou uns segundos e arremessou a faca na copa de uma árvore à sua direita. Uma coisa preta e grande caiu lá de cima. Zach pegou sua espingarda e foi correndo ver o que tinha sido abatido. De repente, um homem sai de trás dos arbustos, apontando duas pistolas para ele. Ao ver a espingarda de Zach, o homem diz “Merda!” e guarda as armas no seu coldre. Ele estende a mal para Zachary, que mantém a arma apontada para o homem.

– Quem diabos é você? – perguntou Zachary, sem piscar.

– Meu nome é Reking – o homem falou, saindo dos arbustos – Eu era membro do que um dia foi o Esquadrão de Táticas Especiais e Resgate. Você já deve ter ouvido falar.

– Os S.TA.R.S... – falou Zach. Em seguida,a abaixou a arma – Conheci parte do seu grupo quando Raccoon estava se tornando um inferno.

– Pois é. Eu fui um desertor. Avisei a todos que não havia jeito, que a única chance de sobreviver era fugindo. Parece que só a agente Valentine me ouviu – ele abaixa a cabeça – Enfim, desde que o míssil explodiu a cidade eu vivo aqui, nesse abrigo secreto do esquadrão – ele apontou para o alçapão – Esse é, ironicamente, o local mais seguro do mundo.

– O surto começou aqui. Isso é impossível.

– Sim. Mas antes do surto se espalhar, essa área já havia sido esterilizada. Raramente aparecem mortos-vivos ou outras coisas por aqui. Vamos dar uma olhada nesse ombro.

O homem se dirigiu ao alçapão, o abriu e entrou. Depois, ele voltou carregando uma maleta de primeiros-socorros. Zach sentou em uma pedra. Reking se aproximou dele e o garoto se contorceu para longe, se afastando do rapaz.

– Se você não cobrir isso aí, pode infeccionar. Ou atrair zumbis pra cá. Eles sentem o cheiro a quilômetros.

Zach baixou a guarda. Reking levantou as mangas e lavou a ferida com álcool. O garoto viu marcas estranhas nos antebraços do homem.

– Isso são... mordidas?

O homem seguiu os olhos de Zach.

– Sim, são sim. Da época do surto. Consegui enquanto fugia com um colega meu. Ele queria me matar mas eu disse para ele esperar eu me transformar. Mas não aconteceu. Eu sequer fiquei com febre.

– Mas como isso é...

– Bom, depois de um tempo encontrei um médico sobrevivente e ele disse que pelo menos 10% da população mundial seria naturalmente imune ao vírus. Mas isso começou a mudar quando as mutações ocorreram. Agora mais ou menos 1% é ou era imune. Quem conviveu com o vírus no ar por um tempo, tipo em Raccoon, tinha mais chances de desenvolver imunidade.

– Entendo – falou Zachary. Uma ideia passou pela sua cabeça – Você conhece bem a área? Conhecia bem a cidade?

– Como a palma da minha mão – ele riu – Por quê?

– Vou precisar da sua ajuda – Zach se levantou. Seu ombro estava com o curativo e doía bem menos – Só vim aqui uma vez e não lembro do que vi na cidade. Eu preciso ir à R.P.D. Lá em que estão todos os documentos e todas as armações da Umbrella com policiais corruptos. Eu quero vê-los. Descobrir a verdade. Eu quero saber como esse pesadelo começou.


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Notas finais do capítulo

E aí, ficou bom? Será que ainda tenho leitores? Espero que eu não tenha condenado a minha fic kkkkkkk
Até o proximo (provavelmente proxima semana)... deixem reviews



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