Mamãe ficou lá fora no jardim chorando até não poder mais, desmaiou e causou o maior ''auê'' deixando fofocas no bairro inteiro de que meu irmão havia morrido na banheira por que ela estava ficando locona com o fato de meu pai estar preso e precisavadescontar em alguém, blá, blá,blá... Todos foram socorrê-la, mas ela já estava bem melhor.

Quando aquele tumulto de gente parou em frente de casa me deu uma agonia, vendo todas aquelas pessoas e que a maioria tinha aquela luz saindo delas. Uma vontade imensa de estourar a cabeça de cada um deles tomu conta de mm. Meu corpo ficou leve como ums pluma, engraçado. Tudo ao meu redor começou a desaparecer e ficou escuro, as pessoas que precisavam morrer ficaram lá, como se dei um ''pause'' neles, minha mãe não estava lá, para meu alívio. Não queria ficar sozinha.

Minha mãe iria voltar para casa e me vendo ''demoniaca'' daquele jeito não ia rolar. Corri direto para o banheiro, lavei meu rosto e me vi no espelho, nada. Nada de meu reflexo, apenas meus olhos  estavam flutuando neles. Nada de meu rosto aparecia, porém, havia o formato do meu corpo coberto por um capuz preto. Me aproximei do eespelho, e de repente aquela imagem desapareceu formando meu verdadeiro rosto. Percebi que, lentamente, minha pupíla voltava ao normal.

De repente uma mão, não uma mão, um esqueleto de uma mão com um anel de rubi no dedo anelar pousou no meu ombro. Olhei para o espelho, não havia nada além de mim, o espelho e a mão, o restante do banheiro havia sumido. O restante do corpo estava coberto por um capuz preto, o capuz saiu lentamente da cabeça revelando um rosto bonito de uma mulher de cabelos pretos cacheados e o lábio bem marcado por um batom vermelho. Ela sussurrou no meu ouvido:

- Mate-os. Minha pequena irmã. - e sumiu, voltando o banheiro no seu lugar.

- Hannah! Hannah! Abra essa porta! - gritou mamãe desesperada na porta do banheiro.

Que coisa que eu havia presenciado? O que aquela mulher queia dizer com ''minha pequena irmã''? Deve ser porque sou igual a ela?

- Hannah! No três hein?! Um... dois...

Abri a porta imediatamente, minha mãe estava parcialmente suja, descabelada e com a bolsa que ela havia ganhado de dia das mães no ano passado no ombro. Sorriu para mim e disse:
          - Filha vou sair. Vou ver o que a polícia pode ajudar com o desaparecimento do seu irmão.

Assenti com a cabeça, ela me abraçou e me deu um beijo na testa. Uma lágrima saiu do olho dela, sorriu, tirou uma mecha de cabelo do meu rosto e disse em seguida:

- Vai ficar tudo bem filha. Iremos encontrar Nathan.- me deu mais um beijo - Bem, chega de chorar ne? Já vou indo, tchau filhinha.

Acenei com a mão e  ela saiu de casa.

Sem nada para fazer, fui comer o  macarrão que mamãe havia preparado. Peguuei um prato e coloquei uma grande porção.

- Ela era a Morte? - pensei alto, de repente a energia acabou e um forte vento bateu na janela - Afe, tá de brinks com minha face...

De repente uma vela que nunca percebi que estava ali se acendeu  revelando na claridade o rosto da mesma moça que apareceu no banheiro. Somente a mão esquerda era de osso, a mão direita era como todas as outras do mundo. Colocou a mão direita embaixo da esquerda e disse:

- Sim eu sou. A Morte, e você é a minha irmã. Questões? Estou a disposição de repondê-las. - piscou.