Diário De Um Pseudopsicopata escrita por Ramon Leônidas


Capítulo 1
Prólogo - Uma Visita Inesperada




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Eu era apenas uma criança e não sabia como, mas, conhecia todo mundo com a palma da minha mão. Sempre tive uma facilidade muito grande em enganar as pessoas e fazer com que os meus inimigos tivessem pena de mim e acabasse estando do meu lado, mesmo quando o errado era eu. Minha habilidade de colocar todos na minha mão sempre foi muito grande, tão grande que chegava a me assustar. Na verdade, sempre fui o mais inteligente da minha família e do colégio, adoro estudar. Isso sempre causou muita inveja e acabei conquistando o ódio do meu irmão mais velho, Robert que colocou todas as pessoas possíveis e imaginárias contra mim. Acontece que ninguém conseguiria tirar minha vontade de ir ao colégio, por mais que todos ali me odiassem. Eu ia mais para ver a Julie o primeiro grande amor da minha vida. Seus cabelos cacheados cor de ouro batendo nas suas nádegas era algo que me deixava louco, ela era da minha sala, reprovou umas quatro vezes. Seu impressionante corpo de líder de torcida foi o que mais me apaixonou e chamou minha atenção. Ela era de fato muito bonita, porém era muita areia pro meu caminhãozinho. Tendo em vista que eu tinha 15 anos e ela 18 sem falar que todo o time do futebol americano era alucinado por ela. Esse eram os primeiros empecilhos, o outro era que ela jamais iria me querer. Apesar de toda aquela beleza ela era uma completa vadia e muito burra. O que eu não esperava era que ela fosse tão perversa e maligna.


Era uma manhã chuvosa de domingo em que eu estava assistindo “Psicose”, meu filme de terror predileto. Julie chegou à porta da minha casa e tocou a campainha umas três vezes. Como não tinha ninguém em casa, resolvi atender a porta. Ela estava com uma blusa curtíssima e com um decote bastante propenso. Ela pegou minha camisa, me puxou e disse: – Preciso que você me ajude naquela pesquisa sobre anatomia, sabe? — Apenas sorri e fiz um gesto para que ela pudesse entrar, quando entrou, olhou a casa inteira e disse: – Sua casa é linda, mas não tanto quanto você. Já tinha notado o jeito que você me olha, os rapazes do futebol iriam odiar isso. Mas mesmo assim vou fazer! — Olhei-a confusamente e nesse instante fui emrrado no sofá, ela tirou a blusa e subiu em cima de mim. Era a primeira vez que alguém agia daquela forma comigo e nós transamos — literalmente — como animais. Aquela foi de longe a melhor transa que eu iria ter em toda a minha vida, nenhuma jamais iria conseguir se igualar a Julie. Quando ela ia saindo piscou o olho e sorriu. Vi pela janela que o Robert estava chegando em casa justamente na hora que ela saia. Julie olhou para mim com pena e começou a se arranhar, rasgou sua blusa e saiu da minha casa gritando igual a uma louca. Ela gritava segurando o pescoço que estava todo vermelho de arranhões: - Ele me estuprou, ele me agarrou, socorro!! — Pude ver que ela abraçou meu irmão e começou a apontar pra minha casa e mostrar os arranhões que ela mesma havia feito. Meu irmão ficou com muito ódio, pude ver no semblante dele. Ou eu corria ou levava a maior surra da minha vida. Na hora que ele deu as costas pra Julie pra vim pra casa me bater, ela olhou pra mim, sorriu e levantou a sobrancelha.


Rapidamente corri para o meu quarto, me tranquei lá e me escondi no guarda-roupa. Meu irmão entrou gritando em casa, os seus passos estavam pesados de tanto ódio que sentia de mim naquele momento. Comecei a chorar involuntariamente e coloquei a mão na minha boca para que ele não pudesse escutar o meu choro. Ele entrou no meu quarto, estava com seu bastão de beisebol. Ele estava quebrando tudo no meu quarto e gritava pelo meu nome. Em um descuido suspirei. Robert então balançou a cabeça negativamente e começou a destruir o guarda-roupa com o bastão, me tirou de lá me puxando pelo braço. Deu um soco no meu rosto que eu caí por cima da televisão, mal eu me levantara e levei outro soco que fez com que eu batesse minha cabeça na cama e desmaiasse por alguns segundos. Mal conseguia retornara e ele deu um soco na minha barriga. Fiquei sem respirar dessa vez. Ele pegou a cadeira de madeira que eu usava na escrivaninha e a quebrou nas minhas costas, depois disso não me lembro de enxergar mais nada.

Na hora que acordei estava no hospital, minha mãe sorria pra mim e alisava meu cabelo. Não estava sentindo quase nenhuma parte do meu corpo, as que eu sentia doíam muito. Meu pai me olhava da cabeça aos pés com uma cara de nojo. Ele apertou meu braço em que estava o soro, me machucando ainda mais e disse: – Você é um imbecil sabia? Não é assim que se trata uma mulher seu inútil, você não serve pra nada mesmo, um completo incompetente. Nem pra pegar mulher serve, só faz merda! — Ele esmurrou a mesa do apartamento hospitalar e disse: – Eu vou sair daqui antes que eu quebre essa sua cara de estuprador, você é o maior erro que eu já cometi na minha vida de merda! — Aquilas palavras doeram muito. Os dias passavam e a cada dia eu tinha mais nojo da cara do meu pai e do meu irmão. Ninguém nem sequer me ouviu. Só ligaram para o que a Julie disse, mas não importava mais nada que eles fizessem. Minha sede de vingança só crescia e eu estava realmente decidido a dar o troco a todos eles. Ninguém ficaria impune a minha ira, ninguém seria tido como inocente. Eu não conseguia sentir nada mais, só ódio. Só sabia que eles tinham que pagar pelo que fizeram comigo. Eles teriam que pagar. E esse pagamento não seria dos mais baratos.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Personagens no capítulo:
Richard Rhodes (Protagonista)
Robert Rhodes (Irmão de Richard)
Julie Sharp (Garota loira de cabelos cacheados que fingiu o estupro)
Charlotte Rhodes (Mãe de Richard)
Carl Rhodes (Pai do Richard)