Mais Que A Eternidade escrita por SBSBSB


Capítulo 11
Boca grande do Emmett


Notas iniciais do capítulo

OI!!!!!!! Foi rápido dessa vez, ein? kkkkkkkkkkk
Aproveitem!



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Depois que Jacob saiu fui direto para a casa da vovó, assim que cheguei vovó Esme veio me receber e pelo jeito que me olhou minha rosto denunciava meu estado, por mais que tentasse irritar e dar uma de superior para cima do Jake estava me sentindo fraca e frustrada, logo fui parar em seus braços e chorei, pelo jeito os outros não estavam em casa.

Ela passava as mãos pelos meus cabelos, precisava daquilo, de um lugar confiável, seguro e onde pudesse me confortar, abraço de avó é tudo que queria no momento.

— Minha querida, o que houve?

— Jake e eu discutimos, nos alfinetamos, parecendo duas crianças birrentas, estava com tanta raiva e queria tanto socar a cara dele ao mesmo tempo queria um abraço apertado e um beijo, que confusão tá isso tudo!

Senti vovó suspirar, aquilo era sinal que de ia vir sermão por aí.

— Nessie, já te falamos para ter paciência com ele.

— Mas é que estava nervosa e é só sentir ele perto que o sangue já sobe...

— Já passou pela sua cabeça que Jacob deve se sentir mal por desejar você que já foi um bebê que ele cuidou?

Nesse momento me soltei de seu abraço e olhei para ela.

— Ele já falou que que é estranho, e tá, entendo isso, mas...

— Mais que estranho para ele, querida Jacob deve se sentir quase como um pervertido, entende? Na cabeça dele isso entre vocês é inesperado, de uma certa forma.

— Pervertido? Sou uma adulta! Quando bebê ele só me via como sobrinha, até mesmo filha, papai sempre dizia isso, que os pensamentos dele sobre mim sempre foram muito puros.

— Você ficou muito tempo longe, de criança para uma mulher, é um susto para ele.

— Já sei disso!

— Então haja como a adulta que diz ser e tenha paciência da mesma forma como ele teve com você.

— Todo mundo fica só do lado dele.

Nesse ponto da conversa eu já estava longe do abraço da minha avó, no meio da sala.

— Isso só prova que está agindo feito uma criança.

— Só não posso fingir que não sinto algo diferente!

— Ele não pediu isso, que eu saiba ele só quer um espaço, e como sempre foram amigos você deve isso a ele.

Escutei que os outros se aproximavam, olhei para minha avó, ela me sorria com carinho, sempre pude contar com ela, e mesmo sabendo que todos ali tinham razão aquilo ainda me doía, essa necessidade de estar com ele, isso me descontrolava.

— Melhor deixar isso para outra hora, todos estão chegando e Jacob logo virá.

— Sim, vó vou até a biblioteca.

Fui até lá e me sentei na cadeira perto da mesa, queria um tempo só, me acalmar, afinal não seria legal estar nervosa quando Jake estivesse aqui, ninguém precisava de um clima tenso, e afinal de contas os únicos que irão almoçar será eu e Jake, o restante todo irá só ficar ali juntos conversando.

— Oi pessoa.

Já sabia quem era.

— Oi pai.

Ele estava recostado no batente da porta, estava com as mãos nos bolsos e me analisava, uma coisa legal, eu também sei esconder meus pensamentos assim como a mamãe, um escudo, no entanto não conseguia ampliar o meu como o dela, sendo assim era normal ele ficar me olhando daquele jeito apertando os olhos.

— Gosto mais quando fica distraída.

— Assim lê minha mente, né?

E lá estava o famoso sorriso de Edward Cullen.

— Esperta, mas e aí? Essa cara é de quem está em uma situação difícil.

— É, muito. Estou sendo muito injusta com ele?

Meu pai veio na minha direção e se sentou ao meu lado, ele ficou olhando para mesa, parecia pesar os acontecimentos na cabeça.

— Filha, as coisas nunca foram fáceis entre nós e Jacob.

— Ele gostava da mamãe.

— É, bem, ele achava que era de forma romântica, porém ele percebeu o engano.

— Como assim?

— Isso é com ele.

— Hum, da forma como estamos nos falando acho difícil ele dizer algo.

— Ele passou muita coisa por você, sofreu muito até poder ter Renesmee Cullen na vida dele.

— Tá falando de coisas antes dos Volturi, não é?

— Sim.

Meu pai conseguia com um olhar dizer mais que discurso, parecia entender bem o problema de Jake, isso só me fazia pensar cada vez mais o que foi que houve antes de eu participar dessa história.

— Pai, porque gostar de alguém machuca tanto?

— Tudo na vida é um equilíbrio, estar com quem se ama é algo único, em compensação denota trabalho e muitas lágrimas.

Tive que sorrir, um cara com rosto de 17 com sabedoria de mais de 100 anos, mas mesmo assim se via naquele rosto que não continha rugas os anos de experiência, quando não se enfurecia era bom conversar com ele.

— Valeu a pena, né?

— Sua mãe é um presente e você um milagre, o que acha?

E o sorriso aberto dele me fez sentir muito melhor, valeu pai.

— Obrigada, amo o senhor.

— E eu amo você, minha Nessie.

O abracei e juntos descemos as escadas, lá embaixo meu tio Emmet e tio Jasper estavam discutindo alguma coisa.

 

 

 

Depois que saí de casa fui direto para a praia de La Push, tinha algumas pessoas andando pela areia, desci e me recostei em uma das pedras grandes, o pessoal logo chegaria.

Fechei os olhos e voltei longe no tempo, Bella chegando na cidade, pensar estar apaixonado, saber toda verdade, a raiva, disputa por Bella, quase matar Nessie, ter imprinting, que bela bagunça a minha vida.

— Jake?

Era Seth, e pelo cheiro todos os outros tinham chegado também, se mantinha um pouco afastados, minha cara não deveria estar muito boa.

Abri os olhos, todos pareciam tensos, que legal, um clima chato...

— Dá para vocês ficarem na boa?

— Tua cara não tá muito boa.

— Sei disso, tô cansado.

— Ok, qual as ordens?

Me levantei e fui até eles, decidi a escala de hoje e a de amanhã para as rondas, escutei o relatório sobre a vida na tribo, tinha alguns assuntos para resolver, ia passar na oficina e visitar alguns moradores, coisas de ser líder da tribo.

Saí logo de lá e fui para a oficina, parecia tranquilo, os serviços tinham sido entregues antes do prazo, o que era bom, tinham poucos carros que pelos papéis tinham chegado ontem, bem acho que seria bom esfriar a cabeça, troquei de roupa coloquei o macacão de mecânico e fui mexer em uma das picapes que estava lá.

Senti alguém chegando, e pelo cheiro sabia que ia ter dor de cabeça.

— E aí cara?

— Paul, na boa, não me torra.

Estava em baixo do carro, só enxergava as pernas dele, mas ele me cheirava a nervosismo e medo.

— O que você quer?

— Olha, sei que um monte de gente já deve ter falado na sua cabeça, mas sua irmã...

— O que a Rachel tem haver com sua visita?

— Ela me mandou vir falar com você.

Me deu  vontade de bater a chave inglesa várias vezes na minha cabeça até rachar o crânio.

— Ela acha que você vai me ajudar com a Renesmee?

— Renesmee? Estão tão chateados assim para chama-la ...

— Foco, Paul.

— Tá, olha eu disse o mesmo para ela, mas ela insistiu e fez até chantagem!

Com essa tive que rir, se tratando de Paul até já sabia o que era.

— Greve de sexo?

— Greve de sexo e não tem graça.

Não deu para segurar a gargalhada, o garanhão dos quileutes domado e em greve? Tinha de ser manchete!

— Jake, pô! Me ajuda, vai!

— Desculpe, mas é engraçado.

— Quero ver quando for com você.

Tá, acabou a graça.

— Não vou entrar nesse assunto.

— Cara, não sou um especialista, mas vocês tem de dar um jeito nisso.

— Não me diga!

— Conta logo a verdade.

— Fácil falar.

Saí de debaixo do carro, fui lá atrás pegar as peças que precisava e o Paul me seguindo.

— Olha, nos conhecemos desde criança, sou seu cunhado...

— Ainda é difícil de digerir isso.

— E uma hora não vai se conter.

Parei de andar, todo mundo insistia nesse assunto, isso já estava me dando nos nervos.

— Paul, não vou tocar neste assunto.

— Então faça um favor a você e a todos nós, diga a verdade a ela.

Paul saiu rápido da oficina, hoje era de folga dos caras, melhor fazer logo o serviço que comecei e ir fazer as visitas que tenho de fazer porque ainda tinha de ir para a casa dos Cullen.

Esse almoço seria longooooooo...

 

 

 

Já passava do meio dia e nem sinal do Jake.

— Nessie?

Estava parada a muito tempo na porta da casa, me virei, era tia Alice.

— Oi tia.

— Oi lindinha.

A baixinha sempre na moda, hoje ela estava num estilo mais despojado, um suéter grande que ficava caído de um doa lados, um tom de cinza escuro, alguns fios brilhantes, algo bem delicado, terminava no alto da coxa, uma blusa cavada preta por baixo, calça tipo leggin preta, sapatilha vermelha que combinava com afina tiara da cabeça dela.

— Bonita, vai sair tia?

— Sabe que ando assim em casa.

— Sempre a modelo da casa.

— Tinha de ter tamanho para isso.

Com essa as duas riram, minha família é demais mesmo, só tia Alice mesmo para tirar sarro da altura dela.

— Deixando as piadas e esse conjunto que na minha opinião é simples demais, porém continua linda, essa cara triste é por causa do lobo, não é?

Bufei e fechei meus olhos, estava tentando arranjar calma para estar perto dele e a demora dele não ajudava.

— A senhora viu isso?

— Isso?

— Sim, essa bagunça, eu e ele assim, estranhos um com o outro.

— Não, vi outros acontecimentos.

— Deixa eu adivinhar, não vai me contar?

— Você já sabe de alguns, só não lembra.

Fixei meu olhar nela, tia Alice apenas passou a olhar para frente e sorria como se apreciasse algo muito bonito.

— Tá com uma cara de estar de frente a uma boutique cara que abriu só para te atender.

Ela gargalhou e muito, assim que parou ela me olhou, no entanto não era bem para mim, mas para algo... além de mim.

— É algo melhor, muito melhor.

Não deu para esconder a cara de emburrada.

— Mais mistérios.

— Logo tudo se resolve.

— Tomara.

— Vai ver e vai por mim, vai ser surpreendente.

— Meu pai sabe desses acontecimentos?

— Hum, escondi algumas coisas dele com vários pensamentos de roupas, futuras compras, segredinhos de Bella e muitos hinos traduzidos.

Voltei a rir com ela, foi então que escutei o barulho na moto do Jake, ele usava a que minha tia tinha dado a ele, sabia muito bem o barulho daquela moto desde a última vez que o vi com ela, dizendo minha avó que ele sempre teve muito cuidado com ela e só a usava de vez em quando.

— Bem, ele chegou, sorria.

— Fácil falar.

Minha tia me deu um abraço e saiu, bem melhor ir receber ele.

 

 

 

Nessie me esperava, ainda com a mesma roupa de cedo, tirando que usava umas botas parecidas com de montanhista, para mim, sexy demais, foco, foco, foco...

Parei a moto, desci, ela apenas me olhava, segurava com dos braços, parecia nervosa, bem, não era só ela.

— Oi.

— Oi, desculpa a demora tinha que visitar algumas pessoas da tribo.

— Entendo, afinal você é o líder agora.

— Gostava mais quando o Sam dividia essa tarefa comigo.

— Foi mal lobão, regras são regras e você é o poderoso chefão por herança, então...

E finalmente conseguimos dar uma boa risada desde que ela chegou, rimos de verdade, da mesma maneira de antes.

— Acho que conseguimos quebrar o gelo.

— Sou uma boa piadista.

— Alice ou Emmet que te contaminou?

— Você também está entre os comediantes da família.

— Eu? Que isso, sou um chefe agora, sou muito sério.

E com essa mais risadas ainda. Ela se aproximou colocou a mão no meu ombro, instintivamente toquei seu pulso onde fiz carinho, e ganhei um sorriso lindo dela e um coração disparado.

— Estão todos esperando.

— Vamos entrar no covil dos sanguessugas.

Ela passou o braço debaixo dos meus ombro, coloquei o meu em cima dos seus e fomos andando para dentro da casa daquela forma.

— Pensei que tinha parado com essa piada.

— Ah, que isso, é uma boa piada!

— Sou uma sanguessuga também.

— Não, você é uma mostrinha como eu.

Continuamos a rir até encontrar todos na sala de jantar que só ganhou uma finalidade por minha causa e de Nessie.

— Fala lobão!

— E aí Emmett.

Cumprimentei a todos, fui logo me sentando, Nessie se sentou de frente para mim, o restante foram se sentando também, gostavam de conversar assim, em família.

— Cara, tô te dizendo que...

— Emmett, já deu esse assunto de baseball.

— Qual é, Ed, tô esperando um dinheiro da minha última aposta!

E lá vem bomba da loira.

— Aposta?

O cara já olhou apavorado para a mulher, corre, corre muito.

— Foi o Jasper! Ele apostou comigo!

Agora a baixinha entra também.

— Jasper? Sabe que Rosalie não gosta...

— Perái, falei só para brincar, foi ele quis ir sério e sabe que não fujo de uma briga, mas foi ele que ficou feito um doido para apostar.

— Mesmo assim, sabe que Rose não gosta.

— Peraí, agora a culpa é minha?

É... vampiros também fazem barraco, é engraçado, ver eles saírem daquela calma deles e discutirem, olhei para Nessie que só ria, ela já tinha colocado lasanha para si e comia, decidi colocar no meu prato também.

— Já chega, está de castigo, Emmett!

— O que?

Não queria tá na pele dele.

— Meu amor, não faz isso!

— Faço sim, se divirta sozinho durante esse mês.

VIXIIIII, é o que estou pensando?

— UM MÊS? VAI ME DEIXAR NA SECA UM MÊS?

— Vou.

O vampiro ficou mais branco do que era, acredite é possível, estou vendo acontecer agora.

— Seca?

Travei com o garfo na boca, me diz que aquela não era a voz da Nessie.

Todo mundo parou, na boa, acho que ela nunca tinha ouvido aquela expressão, só pode pela cara dela e mais todo mundo parou, claro que não o bocudo do Emmett.

— É seca!

— Tipo greve de sexo?

OPA!

— Como sabe disso?

Alguém bate uma foto da cara do Edward, tá impagável.

— Uai, já sou adulta lembra, meus colegas da faculdade já tinham vida sexual ativa e já ouvi mamãe dizer isso para você.

Tá, depois de ouvir isso eu tive que engolir rápido a comida e rir muito dele.

— Não tem graça.

— O que? Só porque todo mundo sabe que você fica de castigo as vezes? Fala sério, tem graça, você estava aí rindo do seu irmão.

— Quero ver quando Nessie fizer isso com você se vai achar tanta graça assim?

E mais uma vez a boca do Emmett consegue fazer estrago. Sério, travei. Totalmente. O Edward e Bella estavam surpresos, Rosalie só faltava pular na garganta dele, o restante queria enfiar a cabeça na terra, Nessie vermelha com os olhos vidrados no tio e eu, bem, fiquei de pé e na boa, ia matar ele e sabe o melhor o abençoado só percebeu o que fez depois e levou a mão na testa, tarde demais inteligente!

— Puzt, foi sem querer.

Fulo, eu estava fulo da vida.

— Sem querer?

— Foi mal!

— Foi mal?

— Saiu sem querer!

— Não consegue pensar um pouco antes de falar!

— Olha de impulsivo para impulsivo...

— Impulsivo? Cara olha o que você!

Nem vi a hora que comecei a avançar nele pela mesa, só senti os braços de Edward e Carlisle em mim depois que percebi que não conseguia mexe-los.

— Tio.

Todos viramos para ela, não era uma hora boa para aquilo, agora que estávamos conseguindo falar normal um com outro, Emmett eu te mato!

— Porque disse isso?

Emmett, por favor!

— Hum... uai, você tá afim dele e acho que ele de você, mas parece que tá tudo meio confuso, mas vai que rola né, então...

— Você disse com convicção que vai rolar algo, porque?

AFF... DEUS...

— Foi só jeito de falar.

— Porque tá todo mundo agindo estranho?

— Estranho?

— É, tipo o Jake querer te matar.

Virou uma barulheira, todo mundo tentando falar, enrolando ela, vi que ela não estava acreditando neles, aquela conversa não ia colar, soltei meu peso na cadeira, passei a mão no rosto e no cabelo nervoso, era para ser só um almoço tranquilo.

— Olha deixa isso pra lá, Jake ainda vai encontrar o imprinting dele e essa brincadeira não vai ter sentindo.

Aquilo sim foi que nem um soco no meu peito, é... tenho de falar logo a verdade, isso tudo estava ferindo a ela e a mim. Chega de ficar nós machucando, mas tinha de ser na hora certa e num lugar apropriado...

— Não precisa se preocupar com imprintig.

PUZT! EMMETT! CARA EU TE MATO! FICOU LOUCO? VAMPIROS FICAM CHAPADOS? SÓ PODE!

 Paralisados, todos paralisados, só dava para ouvir a minha respiração e a da Renesmee, ambas pesadas, não sei nem mais o que pensar e o grandão de novo só sacou o que falou depois de já ter falado.

— O que foi agora? Só falei... ah. Droga!

— Emmett, fica quieto.

— Tá amor.

Ninguém dava um piu, Nessie parecia uma estátua só olhava para o tio boquiaberta, senti um frio passar por todos meus ossos, aquilo ia dar problema. E eu pensando que ia conseguir me preparar, arrumar um lugar, o momento...

— Porque não preciso me preocupar?

Saiu apenas um sussurro, porém numa sala onde todo tem mais que uma boa audição foi o bastante.


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Notas finais do capítulo

Até o próx. cap!!! Abraçossssssssssss!



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