Os dias da semana foram passando e eles pareciam manter a agradável rotina do meio da semana, Puck a buscou nos dois dias em que ficou até tarde no hospital no estagio, o que fazia com que ele sempre visse Quinn junto de Rick, seu orientador e o medico que já havia provocado e irritado o moreno em outra oportunidade, porem ele simplesmente ignorava a presença do medico e inclusive evitava o olhar.

Quinn continuava preocupada com o comportamento quieto do namorado, vez ou outra tentava tocar no assunto, mais ele sempre se esquivava com perfeição. Já era final de tarde na sexta feira, a loira estava distraída no campus da faculdade, sentada em um dos bancos com um livro aberto no colo e o pensamento muito longe dali, quando foi interrompida por uma voz amiga.

- Se você não estivesse com esse olhar tão longe eu podia jurar que estava estudando – Sam riu sentando-se ao seu lado

- Sam – ela abraçou forte o amigo deitando a cabeça em seu ombro – Eu estava tentando estudar, mais minha cabeça está a mil

- O que te incomoda? – ele passou um braço ao redor do ombro da amiga e a abraçou, deixando que ela se ajeitasse dentro do abraço

- O Noah, nós não brigamos, mais parece que estamos distantes

- Nem conseguiram conversar?

- Quando eu tento perguntar ele sempre se esquiva

- Tipico dele – o loiro balançou a cabeça – E existe algum motivo pra ele estar assim?

- Varios na verdade – ela respondeu sem graça – Você provavelmente sabe o que aconteceu quando fomos ao noivado da minha irmã

- Ele me contou e Santana deu alguns detalhes

- Ela me ajudou muito enquanto estivemos la, e eu sei que ele passou por uma situação terrível, eu com certeza não teria reagido bem

- Não pense assim Quinnie, você teria o direito de reagir de outra maneira, e nós sabemos que foi pelo seu bem que ele agiu daquela maneira, e é difícil pra ele não sair quebrando tudo, talvez por isso ele ainda esteja tão quieto

- Isso me da medo, que ele acabe explodindo em outra situação – ela se encolheu entre os braços do amigo – E teve o dia que cheguei bêbada na casa de vocês

- Ele me contou por cima, na verdade ele não queria falar sobre isso, mais tenho a impressão que Santana sabe mais do que eu

- Estranho ela não ter me falado nada. Ela só brigou porque eu não avisei que iria sumir

- Ela não quer se meter no relacionamento de vocês

- Você está sendo muito sábio e um amigo incrível Sam – ela o abraçou forte

- Estou indo até a delegacia que o Puck está, ele me pediu para levar alguns documentos agora no fim da tarde para um dos promotores – ele olhou a amiga – Quer ir comigo? Ele iria adorar

- Com certeza – ela sorriu e se levantou puxando o amigo – Vamos vamos

- Quanta pressa – o loiro riu e se levantou junto da amiga

Os dois partiram no carro que Mercedes havia emprestado para o loiro. Sam explicou que a estava ajudando em alguns processos e algumas coisas relacionadas as aulas, e por isso ela deixava o carro com ele alguns dias. Conversaram tranquilamente sobre a relação do loiro com a morena, eles pareciam estar em grande sintonia, e era visível a mudança boa que ela vinha causando nele, ele parecia mais alegre e disposto. Quinn por alguns segundos sentiu seu coração apertar de insegurança ao pensar que poderia demorar a ter essa sintonia de volta com Puck. Pararam em frente a delegacia e ao entrarem Sam se despediu da loira explicando que tinha alguns assuntos para resolver com um dos promotores daquele departamento, Quinn passou a olhar para os lados procurando o namorado até que avistou uma das detetives que conheceu no outro dia.

- Olá, detetive Vargas certo? – ela sorriu simpática

- Quinn, do Noah não é? – a morena retribuiu o sorriso – Sim, e pode me chamar de Tess

- Sim Tess – a loira olhava ainda um pouco encabulada – O Noah está por aqui?

- Está sim, você deu sorte de hoje estar tranquilo por aqui, senão estaria assustada

Tess sorriu e pediu para que Quinn a acompanhasse, explicou que as coisas normalmente estariam confusas e bagunçadas se ela tivesse ido visita-lo um dia antes, mais que Noah era um garoto organizado e as estava ajudando muito, por sorte hoje haviam conseguido colocar as pendências em dia e ele estava esperando com uma vitima até que fosse liberada. Quinn parou olhando o namorado através do vidro de uma das salas, seus olhos brilharam com a cena. Puck estava com uma menininha loira de olhos claros no colo, ela não aparentava ter mais de dois anos, e a interação dele com a menina era incrível. Ele parecia conversar com ela como se ela entendesse tudo, e a loira percebeu que o sorriso que ele tinha em seu rosto era sincero, como ele não sorria a dias. Incentivada por Tess, Quinn entrou na sala dando passos lentos e inaudíveis.

- Ei Beth, vou sentir sua falta, você vai vir novamente brincar comigo? – o moreno falava distraído com a pequena em seu colo

- Xim – ela respondia com um enorme sorriso enquanto puxava a manga da camisa dele

- Você é tão linda pequena, me imagino com uma filha como você daqui a um tempo sabia? – a menina olhou atenta para o garoto, apesar de não entender, parecia interessada – Com certeza terei uma filha como você

- Ukê? – a pequena apertava o nariz dele arrancando risadas do moreno

- Minha namorada, é linda como você, com certeza nossos filhos serão assim, e espero que inteligentes como ela

- Eu prefiro que sejam lindos, inteligentes e irresistíveis como você – Quinn falou sorrindo para o namorado que a encarava com um sorriso confuso no rosto

- Amor – ele sorriu ao perceber ela se aproximar – Que surpresa, bom te ver

- Fico feliz de ter vindo, principalmente de ter ouvido sua conversa com a pequena Beth – a loira se sentou ao lado do namorado e começou a brincar com a pequena no colo dele

- Senti saudades – ele disse depositando um rápido selinho nos lábios dela

- Eu não aguentava mais de saudades, precisava te ver, e o Sam me trouxe

- Já iremos pra casa amor, só queria esperar os pais da Beth a buscarem

- O que aconteceu com ela? – Quinn perguntou curiosa, os dois brincavam com a pequena que parecia confortável entre eles

- Foi sequestrada por uns caras que parecem ser de uma gangue, pelo jeito seguem a família dela, não sabemos muito bem, recebemos uma denuncia anônima e chegamos até ela, mais ninguém foi preso

- Que terrível isso amor, ela é tão linda

- Não mais que você

- Noah – a pequena falou entre os dois encarando o moreno com um sorriso travesso entre os lábios

- Ei pequena já consegue falar o meu norme – ele sorria com os olhos brilhando

- Noah Noah nhahanhanenenoannhenhe – ela falou novamente o nome dele entre resmungos e palavras que os dois não conseguiram definir

- Isso mesmo pequena – Quinn falou sorrindo – é o Noah nehenhenehenahnahononehn

- É algum complô das duas que eu não posso saber o assunto? – ele perguntou sorrindo admirando a interação entre elas

- É claro, temos nosso segredo não é Beth?!

Após alguns minutos os pais de Beth chegaram para busca-la e agradeceram inúmeras vezes a equipe por resgatarem e cuidarem de sua pequena.

O casal então partiu até o apartamento da loira, chegaram e encontraram Santana e Brittany de saída, sorriram para as amigas e recusaram o convite de irem para o cinema com elas, Puck recusou na verdade, pois Quinn havia cogitado aceitar, porem o moreno foi mais rápido ao negar. Sentaram-se então para comer um lanche, a programação da noite era que assistissem um filme juntos embaixo das cobertas.

- Você será uma ótima mãe – o moreno falou enquanto guardava a louça que a namorada havia acabado de lavar

- O que? – ela estava distraída e se virou para encara-lo

- Deu pra perceber hoje – ele deu de ombros – É algo que está dentro de você

- Espero ser a melhor mãe para os nossos filhos – ela sorriu se aproximando dele e passando seus braços ao redor do namorado

- Tenho certeza que será – ele sorriu a abraçando

- Eu te amo Noah

- Não mais do que eu te amo Quinnie

Ele então segurou carinhosamente a nuca da namorada e colou seus lábios, ao sentir o contato ela pediu permissão para unir suas línguas em uma dança ritmada, conheciam com perfeição todos os cantos da boca um do outro e a cada beijo parecia que algo era aperfeiçoado entre eles, a pratica estava definitivamente levando a perfeição.