Fix You 2: Dark Paradise. escrita por Amanda Mina


Capítulo 25
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

*caham, cahamm* penúltimo/último capítulo abaixo! Depois daqui, só o epílogo *cantarola em voz animada*
Enfim, nos vemos lá embaixo.



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-- Rose Hathaway... – O médico prolongou meu nome enquanto olhava para a ficha que a enfermeira havia preenchido com o meu diagnóstico após ter acordado. – Você é uma menina de sorte. – Me lançou um olhar meio que... curioso. – Já vi muitas pessoas “quase morrerem”, mas nenhuma delas voltou com a saúde em tão perfeito estado.

-- Nenhuma delas teve dois irmãos apaixonados velando seu sono, também. – Lissa murmurou perto do meu ouvido. Dei uma cotovelada nela, que estava sentada ao meu lado.

Depois de muito resmungar por não aguentar mais ficar em uma cama de hospital, qualquer que sejam as condições, me deixaram andar até a sala do médico. Claro que Lissa foi comigo, porque Ian e Dimitri tinham assuntos a serem tratados. Assuntos esses que eu não fiquei sabendo, e por isso estava me corroendo de ansiedade para sair do hospital e surpreendê-los.

Uma prova disso era o som que ecoava por toda a sala: Meu salto batendo contra o piso do consultório repetidamente.

-- Realmente curioso. – Voltou a examinar os papéis em sua mão. – Então, como se sente?

-- Não podia estar melhor. – Soltei num único fôlego. – Sério. – Acrescentei, vendo que ele ergueu uma sobrancelha. – Já posso ir embora?

O médico soltou uma risada que preencheu todo o cômodo. Lissa me lançou um olhar exasperado, como se pedisse que eu ficasse quieta. Claro, porque ele havia cuidado muito bem de mim. Claro, porque Abe Mazur esteve por perto durante a minha internação, ora pressionando-o e ora colocando dinheiro em seu bolso.

Revirei os olhos: -- Eu detesto hospitais, então só vou poder ficar completamente bem quando sair daqui. – Lancei uma olhadela suplicante ao médico. – Por favor?

Eu havia passado grande parte da minha vida em um hospital, com certeza não queria permanecer num lugar desses mais do que o necessário. Começava a me perguntar se ter ido à sala do médico foi uma boa ideia. Se eu estivesse na cama, ele apenas olharia, me daria alta, e tudo estaria acabado.

Ou não. Talvez estivéssemos tendo esse mesmo papo enquanto ele me examinava pela terceira vez. Respirei fundo. Tudo bem, talvez eu estivesse fazendo a coisa certa para me livrar daquele lugar.

-- Tudo bem, eu posso deixá-la ir agora mesmo. – Ele me deu um sorriso simpático que fez com que seus olhos se esticassem. – Mas quero ficar com seus exames por mais uma semana, se possível. Seu caso é curioso. Pode ser que dhampirs que voltaram da morte se curem com mais facilidade. Não sei.

-- É, de uns tempos para cá todos resolveram testar essa sua conclusão. – Murmurei me lembrando de todos os incidentes que passei desde que voltei à vida.

Eu realmente não tinha sorte.

-- Mas não se preocupe. – Sorri docemente para ele. – Você pode ficar com meus exames pelo tempo que quiser. Eu provavelmente os jogarei fora quando receber. – O médico gargalhou novamente, e Lissa me lançou outro olhar. Dessa vez era divertido. Yeah, ela sabia que eu o faria.

Ele assentiu: -- Tudo bem. Até breve, então.

X

-- O que Ian e Dimitri estão fazendo? – Perguntei assim que pus os pés para fora da Clínica e fui atingida pelo vento contra meus cabelos.

-- Nada. – Lissa respondeu em tom neutro. Mas eu havia passado tempo o suficiente na cabeça dela para saber que ela estava me escondendo algo. O morder de lábios a seguir comprovou isso.

Resolvi ignorar o assunto, e me concentrei nos olhares que recebia: -- Todos devem achar estranho a Rainha caminhar como se fosse uma Moroi comum, ao lado de  uma dhampir impulsiva.

-- Eles vão ter que se acostumar. – Ela me deu um sorriso zombeteiro. – Porque eu não pretendo deixar de ser quem era só porque ganhei uma Coroa. Que, por sinal, está muito longe da minha cabeça no momento.

-- Acho bom. – brinquei. Caminhávamos na direção do meu apartamento. Lancei um olhar ao redor, pensando em meios de fugir de Lissa. Eu precisava ver o que Dimitri e Ian aprontavam, principalmente porque algo me dizia que tinha relação a mim. Mas Lissa não me deixaria ir.

-- Acho melhor você descansar agora... – Ela disse, parando na entrada do prédio. Balancei a cabeça.

-- Eu tenho que... ver Eddie. Ele me mandou uma mensagem, e está preocupado. Posso encontrar com você daqui a pouco? – Supliquei. Eu estava ficando boa nisso.

Lissa me avaliou, e depois assentiu. Dei um sorriso inocente para ela, e comecei a andar na direção para que Eddie supostamente estivesse. Assim que eu saísse de seu campo de visão, correria de encontro aos irmãos.

O problema é: Como saber onde estavam?

Virei à primeira esquina, e espiei por trás da árvore que se materializava dentre o jardim. Lissa havia entrado no prédio. Comecei a andar de forma apressada dentre todos, recebendo olhares curiosos. Onde eles estariam?

Um farfalhar se fez presente atrás de mim, e assim como fui treinada, me virei e empunhei a estaca. No entanto, a pessoa soltou uma risada calorosa e rara: -- Algo me dizia que você viria atrás de mim, Roza.

-- Só de você? – Dei um sorriso presunçoso a ele, enquanto guardava a estaca. – Onde está Ian e o que vocês estão aprontando?

-- Se eu te contar, terei que lidar com a fúria do irmão mais novo. – Ele avisou. Revirei os olhos. Como se Dimitri se importasse com isso. – Por que você não deixa que ele te mostre? Logo estará de volta.

Olhei para ele por um longo instante, ponderando se acreditava ou não em suas palavras. Suspirei. Ele era Dimitri, afinal... Eu podia confiar nele.

No entanto, ele irradiava uma tensão que fez com que eu franzisse o cenho. Acho que ficar algum tempo longe dele havia feito com que eu perdesse minha super-habilidade em desvendá-lo.

-- Eu devo me preocupar? – perguntei, me deparando com seu olhar cético.

-- Não. – Ele se apressou em balançar a cabeça. – De maneira alguma. É só que... É, eu fico feliz por vocês dois. – Aquelas palavras me chocaram. Eu não esperava ter que falar sobre isso com Dimitri tão cedo. Quero dizer... Eu havia acabado de sair do hospital, e ele era uma pessoa tão cética quanto Lissa. Ambos acreditavam que eu devia tirar férias dos problemas, e apenas dormir o quanto precisasse.

-- Obrigada. Eu acho. – resmunguei comigo mesma.

-- Eu falo sério, Rose. – Seu tom fez com que eu voltasse a olhar em seus olhos. As esferas escuras com um tom elétrico, quase que... feliz. Em paz. – É como eu disse. Vocês fazem bem um ao outro. E eu fico feliz pelo meu irmão.

-- Espero que você encontre alguém que faça bem a você, então.

-- Eu já encontrei. – Ele rebateu. – E mesmo que não fiquemos juntos no final, ainda estaremos perto um do outro. Eu não me importaria em ser seu amigo.

-- Cuidado com as coisas que deseja, camarada. Meus amigos entram em constante encrenca por estarem perto de mim. – lembrei. Ele sorriu, assentindo.

Um barulho de passos se fez presente, e logo a silhueta de Ian apareceu no meu campo de visão. Lancei um olhar reprovador sobre ele, que sorriu.

-- Agora sei por que você saiu do seu posto. – Resmungou para Dimitri, que deu de ombros. – Difícil conter a curiosidade dela?

-- Esqueceu que eu sou bom em enrolar as pessoas? – Dimitri respondeu à sua provocação. Alternei olhares de um ao outro.

-- Engraçadinhos. – Debochei. – Ótimo. Dimitri disse que eu poderia saber o que estava acontecendo quando você chegasse... – lancei uma longa olhadela sobre Ian -- Então. Vamos lá. O que é?

-- Feche os olhos. – Ele soprou. E então se virou, murmurando algo em tom baixo para Dimitri, que assentiu e deu meia volta. – E então? Se você não fechar, eu não mostro.

Resmunguei algo, e obedeci ao comando de Ian. Logo ele puxou minha mão, e começamos a andar. Hora ou outra eu tropeçava em alguma pedra, e Ian emitia uma risada baixa. Mesmo assim, eu não abri os olhos.

Caminhamos por algum tempo, até que eu tropecei em algum galho não visto por nenhum de nós, e – se não fosse pelas mãos fortes de Ian me segurando – eu teria caído. E provavelmente voltado para o hospital, tendo em vista que iria em cima de uma perna.

-- Não é melhor eu abrir os olhos? – supliquei. Ian passou uma das mãos por trás das minhas costas, e a outra por baixo do meu joelho, me erguendo.

-- Não. – Ele manteve o tom neutro. – Se eu te carregar, não teremos problemas, certo?

Respirei fundo e apoiei a cabeça no peito dele, enquanto sentia os passos de Ian refletindo no meu balançar. Minhas defesas estavam baixas, de forma que o sono começou a tomar conta de mim. Eu estava quase entregue...

Pulei do colo de Ian ao perceber o barulho que se fez presente, e quase caí, novamente. Dessa vez ele não conteve a risada, e eu abri os olhos furiosamente.

-- Mas que inferno? – Olhei ao redor, vendo um antigo prédio da Corte sendo reconstruído. Ele se assemelhava um pouco ao formato da Academia, contudo. – O que é isso?

-- Seu futuro centro de reabilitação para dhampirs. – Ele me deu um olhar provocador. Semicerrei os olhos, tentando buscar por alguma informação que se associasse àquele lugar. Nada. – Eu to falando sério, Rose. Seu objetivo inicial vai ser cumprido.

Soltei-me dele imediatamente, ficando de frente para seu corpo. – Como eu não soube disso até agora?

-- Porque tudo começou após o ataque. Enquanto você dormia, Lissa executava a reforma, e Dimitri enviou seus amigos para buscar os dhampirs.

-- E você? – Ergui a sobrancelha.

-- Cuidei de você. – Seus lábios se moveram até se encostarem-se ao topo da minha cabeça, e seus braços circularam minha cintura. – E tracei as rotas dos meninos, também.

-- Quem foi enviado?

-- Mia, Viktória, Eddie... – antes que ele pudesse terminar, eu o cortei:

-- Eddie foi? E Lissa sabe? – Ele assentiu. – Então ela sabia que eu não ia atrás dele... – Ele assentiu novamente. – E foi ela quem avisou Dimitri.

-- E você achou que era a única esperta do grupo. – debochou. – Essa equipe estava escalada desde que você me contou sobre seus planos. Nathan também entraria nela...

Suspirei. Nathan havia mesmo morrido pelas mãos de quem mais amou. Esse deveria ser algum tipo de castigo enviado dos céus por ele ter sido um Strigoi. Mas eu não o culpava. Se você se torna um Strigoi, é contra sua vontade.

Mas isso me lembrou de outra coisa...

-- Como você chegou lá tão rápido? E como Diana sabia disso?

-- Nós terminamos com os Opositores, e em seguida embarcamos. Só que um dos infelizes fugiu e a contou. Se você estivesse esperado dez minutos, iríamos juntos para o galpão.

-- Dez minutos era um tempo valioso pra ser perdido.

-- Sim, era. – Ele concordou. – Mas você ainda não me disse o que achou da ideia.

-- Acho que estou feliz por ter apagado por algum tempo. – brinquei. – Fez vocês mexerem os traseiros, e darem início à causa. Enfim... – Me afastei dele apenas o suficiente para fitá-lo. – Obrigada


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Notas finais do capítulo

E após todo esse blábláblá, descobrimos que... LISSA DEDUROU ROSE! Rose se escondeu da Lissa pra encontrar Ian e Dimitri, e Lissa se escondeu da Rose pra ligar pro cowboy.

Kisses, gente ♥



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