Capitulo 17 – Caminhos Perigosos

O leão adormecido nas profundezas do coração de Ren acorda, e somente um rugido queima seu interior em fúria. Dois lados brigavam disputando o controle no interior de Ren, o lado racional tentava manter o controle pois sabia que as emoções de Kyoko poderiam se quebrar facilmente com qualquer ato impensado, mas seu lado emocional ardia em fúria. Kuon surge das profundezas do coração de Ren, como um leão despertando de seu sono, ele estava pronto para colocar suas garras de fora, ele emanava sua cólera pelos poros de seu corpo

 Rapidamente sua razão se desfaz em cinzas, ele se desloca até Kyoko tirando sua propria camisa, e joga em cima dela, cobrindo-a , e com um único movimento se vira, com seu punho cerrado fortemente lança um soco no rosto de Leon, que é empurrado para traz com a força do soco,  por sorte não desloca sua mandíbula. Ren prepara outro golpe, mas Leon não fica parado, e se esquiva, Ren dava repetidos golpes, mas as esquivas eram muito rápidas, Leon consegue acertar um soco na boca do estomago do rival que o deixa sem ar, sua defensiva fica aberta para outro golpe, embora Ren se comparasse na velocidade, eles estavam lutando de igual para igual. De repente eles preparam um golpe com toda sua força em seus punhos, e quando os punhos quase tocam suas faces ao mesmo tempo, o impacto do golpe é parado por mãos delicadas, e uma aura surpreendentemente sufocante, opressora e poderosa, era Maya surgindo dos sentimentos revoltos de Kyoko.

Kyoko estava ali no meio dos dois, segurando o punho de ambos.

Kyoko- Vocês vão parar de agir como animais selvagens? – diz em um tom de ameaça.

 Instantaneamente ela os empurra separando eles, Ren cai em um sofá, e Leon cai sentando em uma cadeira localizada na direção oposta a do sofá.

Kyoko- Explicações?- ela diz olhando para ambos, esperando que eles se explicassem, enquanto mantinha sua pose de superior com suas mãos na cintura.

Ren- Eu ouvi um barulho de porta batendo fortemente, então vim ver o que estava acontecendo, e esse homem estava invadindo seu camarim...

Leon- Eu não estava invadindo, eu só queria falar com ela, o diretor disse que ela estava fazendo a maquiagem - explica-se olhando para ela.

Ren-  Então você entrou, e quando se deparou com ela nua, achou que poderia aproveitar a oportunidade?

Leon- Eu não devo satisfações para você – “Se você não tivesse atrapalhado, quem sabe eu pudesse ter aproveitado a oportunidade mesmo” ele pensa.

Eles olham para Kyoko que estava com uma expressão impassível. Ela estava somente com a camisa de Ren aberta sobre seu corpo, escondendo somente seus seios, sua barriga e sua calcinha continuavam a mostra, as meias 7/8 deixavam suas pernas mais longas e charmosas, uma força hipnótica emanava dela, seu olhar sedutor era também sufocante.

Ren- Vá se vestir logo- ordena

Kyoko- Primeiro você age como um selvagem, e agora quer me dar ordens? Porque você se incomoda tanto em me ver assim? Você já deve ter tido tantas mulheres que provavelmente esteja acostumado em vê-las assim – embora ela tenha ficado machucada com as próprias palavras, ela continua instigando ele.

O sentimento de posse que ele estava reprimindo dentro dele impedia que ele fosse gentil, havia outro homem vendo ela vestida daquele jeito, e ela o estava seduzindo-o,  isso o deixava bastante irritado,  então as palavras dela foram o golpe final.

Ela fica de frente para Ren dando as costas para Leon, e então tira lentamente a camisa de Ren, ainda de costas ela olha para Leon que estava com seus olhos fixos nela, ela o estava seduzindo-o.

Kyoko- Até quando você vai ficar me olhando? Vou me trocar, saia.

Leon se levanta e sai lhe lançando um olhar de caçador para sua presa.

Kyoko- Tsuruga san, você não pode sair sem camisa por ai, não é mesmo?- olha desafiadora para ele-  Ela desliza a camisa dele pelo corpo, sem tirar os olhos de cima dele.

Ren- O que você esta pensando em fazer? Como você disse, posso ter dito muitas mulheres, mais nem uma delas me fez desejar como eu desejo você – lança seu olhar de rei da noite.

Kyoko- O que estou pensando em fazer? Vou devolver sua camisa..- sorri seduzindo-o.

Ela termina de tirar a camisa, mas antes que ele pudesse ver ela nua novamente, ele a puxa contra seu peito, e envolve seus braços em volta dela.  Sua pele macia exalava um cheiro de jasmim, sentia seu coração acelerado loucamente, enquanto tocava a pele dela uma eletricidade percorria todo seu corpo, acordando todos seus instintos de homem. O desejo era intenso, seus sentidos estavam em erupção instigados pelas provocativas.

Ele luta para voltar a ser Ren de novo, e se controlar, para que Kuon não o domine, e ele faça coisas das quais poderiam ferir ela.

“Pensamentos maliciosos permeiam minha mente, a tornam indecentes. Respiro a sua pele, nossas mãos e corpos se tocam, o desejo me sufoca, suas provocativas tornam esse, um jogo perigoso, quando nem mesmo sei o porquê de você agir assim, embora de uma coisa eu tenha certeza, essa não é você. Parece que tem algo que você tenta suprimir loucamente no seu interior. Semelhante confusão você mostra fora de si, usando seus personagens para mascarar seus sentimentos. Não consigo pensar em outra resposta para sua conduta, mas tenho que pensar em um jeito de comprovar isso, mas o que farei se estiver certo? Você parece ter fechado seu coração para mim” ele pensa suspirando.

O diretor aparece na porta pegando aquela cena, kyoko quase nua e Ren agarrando ela. Kyoko se solta dos braços dele e pega uma toalha para se cobrir.

Ogata- M-me desculpe, não sabia que vocês estavam ocupados, mas a porta estava aberta, e eu vim chamar Tsuruga san para gravar sua cena...- diz envergonhado

Ren- Claro diretor –ele olha para Kyoko que evita seu olhar, e sai acompanhando Ogata.

“O que você estava fazendo Maya chan” ela pensa repreendendo a si mesma, ainda absorta naquele choque que insistia em percorrer o âmago de seu peito, embora quisesse apagar qualquer vestígio do toque dele, havia uma magia misteriosa que impedia seu corpo dormente de se mover, isso á deixava inquieta.

Enquanto isso no set, Ren entrava em cena.

Cena 5/ Tomada 1 – Ação

Kharis tomava seu café da manhã, quando se surpreende ao ver Kaleo entrando na grande sala de jantar, havia uma longa mesa de madeira, onde os moradores faziam todas suas refeições. Kaleo não gostava de fazer suas refeições com ninguém, e também não gostava muito de interagir com as pessoas da casa.

Kharis- Resolveu aparecer hoje Kaleo? – sorri.

Ele fica em silencio. Kharis não se importa e continua a puxar conversa.

Kharis- Você ainda não conheceu a Maya não é?

Kaleo- A garota que fez com que todos tivessem que morar num mesmo lugar para protegê-la? Não muito obrigado. Odeio garotas fracas – fala de mal humor.

Kharis- Seu irmão se interessou por ela...

Kaleo- Impossível, Konrad não se interessa por ninguém.

Kharis- Ficou curioso?

Kaleo- Não, só intrigado.

Kharis- Isso é raro.

CORTA

Ogata- Kyoko chan, agora é sua vez, você esta pronta?

Kyoko- Estou!

Cena 6- Tomada 1 – Ação

Kharis sai a caminho da Universidade encontra com Maya. Elas vão caminhando juntas e conversando animadamente, ao chegar ao campus Maya olha para traz e vê ao longe um homem de uma beleza incrível entrando no campus da faculdade, uma aura misteriosa, e uma sensação que sufocava sua alma, ela pode sentir só com olhar para ele. E no mesmo momento ela pensou que seria prudente manter distancia dele.

Depois de ir na diretoria resolver as papeladas da sua transferência para aquela Universidade, ela vai para a sala, e espera do lado de fora até ser  chamada pelo professor, para ser apresentada para a sala.

Ao entrar na sala, todos ficam espantados com sua beleza, ela tinha um charme especial, e uma vibração emanava conquistando todos a sua volta. Seus olhos cruzam com lindos olhos castanhos fixados sobre ela, era o mesmo homem que ela havia visto entrar no campus, ele estava na mesma sala que ela, seria impossível continuar com o plano de manter distancia. Enquanto ela se apresentava, uma rajada de vento forte bate sobre ela, fazendo seu cabelo esvoaçar, e com ele seu cheiro dispersar. Os olhos fixos sobre ela que eram castanhos ficam dourados.

Professor- Sra.Maya do lado de Kaleo tem um lugar livre, por favor, sente-se lá!

O único lugar livre era do lado dele, ela caminha até o lugar, quando ela se senta, ele parece incomodado. Mais uma rajada de vento bate, levando aquele cheiro inebriante dela até o olfato aguçado dele, seus olhos dourados brilham e no mesmo instante ele se levanta rapidamente e sai.

“Qual o problema dele?” Ela pensa.

Depois do termino das aulas, ela corta caminho pelo parque para voltar para casa. Quando de repente ela se depara com uma cena, era Kaleo sugando o sangue de uma humana.

“Ele é um vampiro também? Não posso acreditar, porque ele esta fazendo isso de dia? Ele é um idiota, vai atrair os killers, os vampiros inimigos que nos matariam sem pestanejar”.

Nesse mesmo momento aparece um grupo de vampiros, com aparência suja, olhos esbugalhados, e sedentos por sangue, eles se aproximam de Kaleo atacando-o, ele revida, mas outro logo vem por trás deixando ele em desvantagem, nesse instante aparece Maya ostentando sua espada, ela corta dois vampiros de uma única vez, Kaleo ajuda ela derrotando mais dois, que desaparecem no ar como pó.

Maya- Precisava tanto assim de sangue, para ter que fazer isso sobre a luz do dia?

De repente as filmagens são interrompidas, por uma pedra que parte os vidros da janela, quase acertando kyoko, que é protegida por Leon na mesma hora.

Leon- Você esta bem?

Kyoko- Sim, mas o que esta acontecendo?

Ogata- Kyoko chan, acabo de receber informações dos seguranças de lá de fora, que o set esta cercado de fãs, curiosos e paparazzi, estão todos loucos atrás de uma pronunciação sua sobre os boatos que surgiram. No momento o melhor que podemos fazer é interromper as filmagens, para que você e Tsuruga san possam sair rapidamente daqui Kyoko chan.

Kyoko- Mas eu posso continuar diretor.

Ogata- Se você não sair daqui rápido, eles vão encurralar vocês, sem contar que poderiam continuar a depredar o prédio. Por hora é melhor manter vocês seguros. Vocês tem outro trabalhos juntos depois daqui não é?

Ren- Temos sim

Ogata- Então vão logo, antes que eles cheguem a invadir a garagem, se não Tsuruga san não poderá sair com o carro.

Ren concorda, kyoko pega suas coisas e eles saem juntos, eles conseguem chegar ao carro sem maiores problemas, quando saem da garagem, Ren acelera o carro antes que qualquer pessoa pudesse tirar uma foto, mesmo assim kyoko se mantinha agachada com lenço na cabeça.

Ela estava preocupada com o rumo que essas bobagens ditas pela mídia poderiam tomar. Os tormentos de coração foram dispersos no ar, e sua alma perdida em um estado elevado de preocupações. Sua preocupação tomava rumos desconhecidos. Ela temia o que era especulado pela mídia, ela tinha medo daquelas palavras, ela não queria ser questionada pela imprensa, e a pergunta que ela mais temia era “Você realmente se apaixonou por ele?”. O amor era uma ponte interditada para ela, e nesse caminho ela não ousaria se arriscar.