Arquivos Perdidos - O Inicio Do Caos escrita por Silvano Kyomaro Junior


Capítulo 9
Capítulo 9 - Fugir


Notas iniciais do capítulo

nada a dizer... somente leia e fique roendo unhas com as cenas de ação... ^^
nao vi meu amigo allif esse feriadao, entao esse foi escrito por mim com a ajuda do Mog...



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Tenho que admitir que o legado de previsão do futuro é muito útil, mas ele te dá uma desvantagem. Se eu parar para controlar a visões, meu corpo fica vulnerável. Se a visão demorar 5 minutos eu fico fora do meu corpo durante esse tempo e posso ser atacado, mordido ou – como é o caso agora – ser baleado.

Consigo contar uns quinze soldados no fim do corredor. Viro-me e tem mais uma dezena do outro lado. Todos armados e bem protegidos com coletes e capacetes. Pittacus está em uma sala ao meu lado, eu tenho que levá-lo. Como apaguei sua mente ele não vai contar nada, mas ainda preciso saber o que ele sabe. Eu atravesso a parede e chego à sala ao lado. Arremesso uma cadeira no oficial que estava conversando com ele. Entro na mente de Pittacus e convenço a se tornar um animal que corra bem rápido. Subo em suas costas e me seguro em sua pele, tenho que torná-lo invulnerável também. Nós dois temos que fugir daqui e de preferência inteiros.  Eu uso meu novo legado para atravessar a parede de volta para o corredor, mas quando eu uso o legado da densidade o legado do controle da mente para de funcionar e o monstro está novamente fora de controle. Vai ser mais difícil do que pensei.

Se controlar a mente irei ficar vulnerável. Mas se eu não o controlar não vai me servir de nada. Tenho que mudar meu plano e rápido.

Tenho que abrir mão do legado da densidade. “Pittacus, você tem que criar escamas” “duras o bastante para suportar tiros.” Digo na mente dele. Ele começa a mudar: pescoço grande, corpo maior ainda e tem um rabo gigante e realmente essas escamas vão suportar os tiros. Escondo-me atrás dele enquanto ele vai quebrando as paredes procurando a saída, um guarda me surpreende – ou eu o surpreendo – ele aponta a arma para mim, mas eu sou mais rápido e arranco-a de suas mãos, me abaixo e acerto seus joelhos com a arma, ele cai e acerto o cano da arma em sua cabeça deixando-o desmaiado. Volto para a perto de Pittacus que parece não sentir nenhuma dor com todas aquelas balas acertando sua pele.

“Vamos Pittacus, estamos quase lá” eu digo na mente dele, quando ele atravessa a ultima parede, um clarão vem em meus olhos. Estamos do lado de fora – pensei.

Agora um monte de gente na rua está olhando para mim, e meu irmão – monstro – está do meu lado. Não tenho tempo para pensar, guardas estão se aproximando e muita gente já me viu. Agora não posso mais aparecer em publico, tenho que me esconder até a poeira abaixar.

Um monstro grande iria só chamar mais atenção ainda. Faço Pittacus se transformar em um animal pequeno, uma pequena ave. Faço-a desmaiar e carrego em meus braços enquanto corro para longe dali.

Ele vai dormir por um bom tempo, isso é bom porque eu poderei me preocupar em usar meus legados para me proteger e não para controlar a mente dele.

Não tenho jeito de descobrir o que Pittacus sabe sem ajuda, estou sendo perseguido e não posso aparecer em publico, não tem como eu acessar as memórias dele aqui, como eu apaguei parte de suas memórias agora na mente dele deve ser duas semanas atrás. Não posso contar a ele sobre nossa luta, tenho que fingir que nada aconteceu assim ele poderá refazer seus passos e eu irei descobrir seus motivos.

Atravesso a rua em direção á floresta novamente e vejo perto da praça Ticia-Nef. A ajuda que eu precisava. A peça que faltava.

Olho para trás e vejo dezenas de guardas correndo – só não disparam porque estou em um local muito movimentado e eles não querem machucar ninguém.

- TICIAAAAAAA... – eu grito e ela olha para mim. Agora já estou mais perto e posso sentir seu perfume – confia em mim? Não tenho tempo para te falar, somente me acompanhe. – ela olha para a ave em meus braços. Os guardas estão perto. – vem logo... – eu a puxo e segurando ela pelos braços atravesso a parede mais próxima. Estou dentro de um quarto ela está do meu lado e Pittacus no meu braço.

- Bom pode começar a falar. – seus olhos claros brilham na escuridão do quarto, posso ver a silhueta dela e seu longo cabelo castanho sobre seus ombros– anda logo, estou esperando.

- Por onde eu começo... Seu pai ficou louco. Eu desenvolvi esse legado de atravessar as paredes e ele acha que estou me aliando a algum tipo de grupo de rebeldes. Preciso da sua ajuda, acho que Pittacus está se aliando á eles, e preciso de você, por que você é a única que eu confio aqui.

- Não sei o que dizer, quer que eu fale com meu pai? Não sei se ele vai me escutar.

- Não nada disso eu quero que você... – nesse momento sou interrompido por uma dor alucinante nas minhas costas. A parede atrás de mim explodiu e pedaços dela me acertaram. – vamos para um lugar seguro, por favor, me ajude... – digo, e agora realmente preciso da ajuda dela. O dia hoje foi muito confuso.

- Ai, ai, ai... Não sei se devo fazer isso. Eles são oficiais, acho que podem ajudar. – ela está muito confusa, não tenho alternativa...

“não está vendo? Estão querendo me matar. Venha comigo até um local seguro e eu te explico tudo.” Digo na mente dela. Agora ela vai me seguir querendo ou não. Guardas, do jeito que estou não consigo derrubar mais que um ou dois deles. O primeiro cai com um único soco no estomago – acho que exagerei na força. – Ticia-Nef está com Pittacus nos braços, estou abrindo caminho por entre os guardas. As balas estão atravessando direto por mim e eles não estão ousando atirar na filha do chefe deles. Dou conta de cinco guardas facilmente e corro com ela para fora.

Depois de oito minutos correndo sem parar, estou perto do meu acampamento na floresta. Nesse lugar onde eu chamo de “Lugar X” é onde eu me escondo toda vez que preciso pensar um pouco. Ninguém conhece esse lugar. Tenho estoque de comida escondido aqui tenho alguns computadores e alarmes no caso de invasão. Meu abrigo é subterrâneo e a entrada é um tipo de elevador que fica na árvore. Quando chego perto da árvore, mais soldados aparecem atrás dela tento correr para trás, mas também tem mais soldados. Consigo ver que estou cercado e não tenho saída.

Ou tenho...

- Ticia, Me abrace. – digo e ela me olha sem entender.

- O que?

- Vamos logo me dá um abraço. – estou sentindo que vou gostar disso.

- Não. Você está maluco? Não vou servir de escudo para as balas que vão acertar você.

- Não é nada disso, anda logo vem aqui. – me aproximo e me abraço ela. Esse é um detalhe que não posso deixar passar: ela tem quatorze anos e eu nove, sou mais alto que os garotos de nove anos, mas naquele momento do abraço tive uma visão privilegiada. Enfim vamos continuar.

 - Me solta... – ela disse tentando afastar meu corpo.

Me concentro tenho que usar meu legado com três seres. Fecho os olhos e sinto o chão virando água nos meus pés. De uma vez eu desço muito rápido para o chão. ela e Pittacus vieram comigo. Estou no chão, e escuto:

- Para onde eles foram? – diz uma voz que só pode ser algum soldado.

- E como eu vou saber – diz outro.

- Anda logo, veja se tem alguma abertura um buraco uma passagem secreta, se voltarmos sem ele, sem a Ticia e sem explicações vamos ter problemas com o chefe.

- Que tal começarmos a cavar?

- Você é muito burro, ele cavou para sumir? – um silencio... – vai logo, pegue alguma coisa uma ferramenta para cavar.

Eles não desconfiaram do meu legado. Isso é bom continuo descendo mais fundo e como previ, chego ao meu abrigo subterrâneo.

Fugir: completo, descobrir a verdade sobre Pittacus: em andamento.

- isso foi muito estranho. – Ticia está encolhida num canto. – agora quer me contar o que aconteceu?

- É claro “meu amor” – não acredito que disse isso. Mas tenho que usar tudo para convencê-la a me ajudar. –sente-se. Seu pai está ajudando os Rebeldes, que estão conspirando contra nossa amada democracia. Eu descobri que ele e Pittacus estão planejando alguma coisa maior. Por isso ele me prendeu e queria me matar. Mas antes de fazer uma denuncia ao conselho do Planeta, tenho que ter provas mais concretas. Por isso preciso de você. Você tem que vigiar Pittacus e me contar por que não posso sair lá fora. você vai me ajudar?

- Nossa. Meu pai? Isso é tudo muito estranho... eu não sei...

- Olha Ticia, Eu te amo e por isso escolhi você. Você é a única que eu conheço e confio.

- Tudo bem, eu também te amo. Vou vigiar seu irmão para você. Mas não faça nenhum mal á meu pai, ele deve estar sendo chantageado.

- Eu prometo. Só preciso saber a verdade. – só preciso saber a verdade, é a única coisa verdadeira que disse nesse dialogo. Eu a beijo para finalizar a conversa antes que as duvidas cheguem a sua mente. Ela corresponde. Não tenho cama aqui, então dormimos no sofá mesmo. Amanha será um grande dia.


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Notas finais do capítulo

gostaram? entao Ticia vai ter mais participação nessa historia a partir de agora... até o proximo que nao sei qdo vou postar pq vou voltar a estudar... é o feriadao acabou... triste fim...



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