1 Edição Dos Jogos Vorazes escrita por Josaniel Carvalho


Capítulo 5
Capítulo 5 - Os Jogos Começam


Notas iniciais do capítulo

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                                                  ***
No outro dia Karine bate na porta para que eu levante, vou abrir a porta e olho Estrages levando Liam para o outro lado, e então penso que só encontrarei ele na arena.
Karine me ajudará a vestir o traje, ela me leva até um terraço e subo no aerodeslizador, um médico puxa meu braço esquerdo.
- O que é isso? – Pergunto.
- Rastreador – Ele fala com arrogância e vai embora.
Entendo assim eles poderão saber onde eu estou, o aerodeslizador decola.
Finalmente Karine e eu chegamos a Sala de Lançamento na arena, olho uma porta e Karine fala para que eu entre e tome um banho. Assim que saio Karine faz um rabo de cavalo no meu cabelo, e então ela me ajuda a vestir o traje por cima da roupa de baixo. Vejo se encontro alguma pista de como a arena vai ser no traje, mas não consigo decifrar a calça preta simples como outra qualquer, a blusa branca, e uma jaqueta preta com mangas compridas com o número do meu Distrito atrás, o sete está grande e de cor branca nas costas.
- Alguma coisa? – Pergunto a Karine.
- Nada, não consigo pensar em nada – Ela responde.
Fico sentada sem saber o que fazer quando uma voz diz para eu me preparar, Karine me leva para um local onde há um pedaço de metal retangular.
- Boa sorte garota – Karine diz.
No momento eu não acredito nela, mas digo obrigada do mesmo jeito – Ela me abraça e se afasta o vidro desce e nos separa, e então o metal retangular começa a subir.
                                               ***
Uma luz invade meus olhos, leva um tempo para que me acostume com elas, mas finalmente meus olhos entram em foco e vejo dunas e dunas de areia branca, é como um deserto só que não faz calor, a mais ou menos um quilômetro há uma floresta gigante, procuro Liam na esquerda e não o encontro, olho para a direita e o localizo 4 tributos depois de mim, nos encaramos, na minha frente há um objeto enorme em formato de chifre com várias armas dentro e ao seu redor, procuro um machado e não encontro, deve estar bem dentro do chifre, me assusto ao escutar a voz de Sheeva ecoando pela arena.
- Senhoras e senhores está aberta a primeira edição dos Jogos Vorazes – Ela diz.
Um garoto do Distrito 3 sai correndo assim que Sheeva termina a frase, mas mal ele levanta o pé do metal retangular e escuto uma explosão, um dedo decapitado e chamuscado cai na areia bem na minha frente, todos começam a gritar me fixo ainda mais no metal, não quero sair daqui, não quero enfrentar essa arena.
- Sessenta, cinqüenta e nove – uma voz robótica fala enquanto me recupero do choque.
Temos que esperar um minuto para corrermos, olho de novo o chifre e só agora vislumbro um nome bem no fundo dele, está escrito cornucópia, então esse é o nome do chifre, a cornucópia tem de tudo, armas, comida, remédios, água, equipamentos. Tudo espalhado, há mochilas jogadas em todo chão de areia ao seu redor.
O gongo soa, não sei para onde ir, vejo Liam correndo na direção da floresta, mas eu não vou fazer isso, saio na direção da cornucópia à procura de um machado, quando chego lá não encontro nada, a minha esquerda localizo a arma que me ajudou a tirar um dez no treinamento, uma foice, minha única esperança, pego ela e começo a correr, mas assim que deixo a cornucópia uma garota do Distrito 6 tenta me acertar com uma flecha, ela erra, pego a foice com as duas mãos e ataco, acerto suas pernas, deixando a lamina entrar até o osso, assim ela não vai poder correr, expressão de dor que vejo nela é insuportável, ainda assim ela tenta me acertar com o arco, tento desviar de seu golpe com a foice e acabo acertando seu peito, ela fica no chão inerte, está morta, não quero ter que ficar aqui por mais tempo, quero ir para longe e esquecer isso tudo, vejo que ela está com uma mochila bem grande, retiro dela, coloco nos meus ombros e corro o mais rápido que posso pelas dunas em direção a floresta sem olhar para trás, não quero ter que ver a garota mutilada novamente.
Corro desesperadamente na areia até que finalmente chego à floresta com vários e pequenos matos se esgueirando no chão de areia, caminho por pelo menos quinhentos metros e paro para pegar fôlego, aproveito a oportunidade e vejo ao meu redor se encontro alguém, nada nem um sinal de vida, retiro a mochila da costa encosto-me em uma árvore, e vejo o que há dentro dela, encontro uma faca pequena, um saco de frutas, um cantil vazio, e só, escalo a árvore para ter uma visão da arena, assim que chego ao topo consigo localizar a cornucópia bem distante de mim, e ao redor dela ainda há tributos digladiando-se, observo que assim que a areia cessa começa a floresta, desço rapidamente e começo a caminhar em busca de água.
Caminho vários quilômetros, até que finalmente encontro um pequeno riacho, bebo o máximo que posso e encho meu cantil.
Um medo me invade quando escuto um canhão atirando, no mesmo instante guardo minha água e saio correndo, outro som de canhão ecoa pela floresta, um seguindo outro, mas continuo correndo, como que um tributo conseguiu um canhão aqui na arena? Os sons cessam e paro de correr tentando localizar alguém por perto, não encontro ninguém, quando outro som ecoa pela arena, corro em disparada novamente quando esbarro em uma jaqueta com o número sete estampado nas costas, ele vira para mim e ameaça jogar uma lança em mim quando digo.
- Pare! Liam! Pare! Sou eu! – Grito, finalmente reconhecendo-o.
- Ai meu Deus! Lavine? – Ele me ajuda a levantar.
- E então, os Jogos estão legais? – pergunto ofegante.
- Sim – ele diz – Mas pelo visto pra você não né? – ele ri.
- É um canhão, alguém conseguiu um canhão – Falo.
- Você só pode está brincando! – ele diz – Isso mostra a quantidade de tributos mortos.
- Como você sabe? – Pergunto a ele.
- Eu contei 10 de cima desta árvore quando um tributo do 12 passou com uma lança na mão, me joguei em cima dele, o matei, e peguei a lança para mim – Ele fala apontando para a árvore e depois para um garoto com o pescoço quebrado atrás dela.
- Então o último canhão foi você matando o garoto? – Pergunto.
- Isso mesmo – Ele responde.
- Vamos sair deste local, daqui a pouco vai escurecer – Ele diz.


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Notas finais do capítulo

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