Moiras escrita por AngelSPN


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo galera, e espero que estejam apreciando.



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Sam estava chegando próximo onde se encontrava o padre Gil, porém teve o caminho interrompido por uma mulher.

— O que você quer Ruby? Dean está em perigo, talvez o padre possa me dizer algo sobre essa tal Casey.

— Você é estúpido mesmo ou quer apenas se fazer de inocente?

— Do que você está falando? Não tenho tempo a perder com charadinhas. Meu irmão pode estar com sérios problemas neste momento em que conversamos.

— Como quiser sabichão. Só que você estará pedindo ajuda a um demônio. Talvez o próprio que pegou teu tão amado irmão.

— O quê? Você quer dizer que o...

— Fale um pouco mais alto, quem sabe ele possa nos convidar a discutirmos juntos. — a loira respondeu em tom baixo e ameaçador. — Venha, logo, logo ele vai deixar a toca e nos levar direto ao seu irmão.

Sam seguiu a mulher, algo o impedia de confiar nela. Mas depois de tudo que acontecera e a ajuda que Ruby estava oferecendo se sentira no dever de ouvir o que a mulher loira tinha a lhe dizer. Sam a seguiu e entrou no carro amarelo em que ela agora se encontrava.

— Muito bem pode começar Ruby. — Sam a encarava, passou a mão pelo próprio queixo na tentativa vã de acalmar-se.

— O teu padre Gil é um demônio poderoso. Ele e sua amada Casey estão nesta vida há séculos e nada nem ninguém os detiveram até agora. Esta cidade está desse jeito por causa deles. Os humanos são muito sensíveis e fáceis de manipular. E eles conhecem melhor do que ninguém essa faqueza.

— Não...não...não. Você está querendo me dizer que a garçonete Casey é um deles? — Sam sentiu o sangue ferver ainda mais em sua face.

— Ambos são amantes, Sam. E seu irmão caiu direitinho na teia da aranha. A caminho daqui vi o amado impala dele estacionado. Venha, vou te levar. — Ruby deu a partida, neste momento Sam a questionou.

— Por que está me ajudando? Você acabou de me entregar a fórmula para fazer as balas da colt, as mesmas balas que coloca a sua própria existência em perigo e agora está me ajudando a salvar meu irmão. Porquê?

A mulher sorriu, imaginou o quanto o moreno estava em guerra com seus próprios pensamentos, contrariando tudo aquilo que aprendera desde a infância. Ruby voltou a olhá-lo deixando as covinhas sensuais de seu belo rosto se intensificarem.

— Já fui humana, Sam. Mesmo que tenha me tornado nisso, ainda penso como uma humana. Que tinha fé, que a vida fosse se tornar melhor. Cometi erros aos quais pagarei certamente, e de alguma forma estou pagando, não acha? — ela sentiu, sentiu que Sam estava deixando-se envolver pelos seus planos maquiavélicos.

— Obrigado.

— Não precisa me agradecer. Veja, o padre está saindo com muita pressa não acha? — Sam voltou seu olhar rapidamente para o homem que dirigia-se apressadamente ao carro. O mesmo entrou e saiu em disparada.

— Aposto que ele está indo se encontrar com sua cúmplice.

— Onde está meu irmão... vamos siga-o! — disse Sam conferindo a colt.

***

A moira observava o desenrolar da história. Sentiu desânimo e ao mesmo tempo ódio. Por que os humanos não compreendiam seus instintos?  Seriam assim tão manipuláveis enquanto estavam acordados? Ou quando estavam acordados na verdade estariam mais abertos aos erros de suas escolhas? Ela não saberia dizer. A mulher que cuidava do destino estava sem respostas, grande ironia.

— Vejo que seus esforços de alertar aquele humano foram em vão, minha irmã. — os olhos negros se encontraram.

— Láquesis... eu poderia tentar mentir, e isso só pioraria não é?

— O que houve com você Átropos? Você está diferente, nunca a vi tão calada e envolvida na vida desse humano. O que se passa?  — Láquesis aproximou-se passando sua gélida mão na face da irmã.

— Me apaixonei.

Átropos não agüentou guardar em seu peito tal sentimento, estudou as feições da outra que a encarava incrédula.

— Você o quê? — a mão antes pousada na face de Átropos foi retraindo-se lentamente.

— Não consigo parar de pensar no humano Dean Winchester. Aqueles olhos tão sofridos e cheios de fé na humanidade e no fundo no destino, ou seja, em nós... me tocaram no fundo do coração. Visitei o irmão dele em sonho, alertei o moreno, e mesmo eu sendo uma das filhas do destino... não consegui fazê-lo entender o que se passa ao seu redor. Um abismo negro e cheio de mágoas e angustias os aguardam. E, no entanto, eles só querem proteger aos que amam e a pessoas que eles nem ao menos conhecem. Não pude ficar parada. Eu o amo. Amo Dean Winchester.

— Ama? Você nem sabe o que é amar. Amor é para os humanos fracos e tolos. — a mulher virou-se de costas.

— Zeus não é humano e apaixonou-se... — Láquesis sorriu divertida com o comentário e voltou-se para a irmã, falando sarcasticamente e gesticulando nervosamente.

— Zeus? O homem que trai a própria mulher Hera e se deita com as humanas? Porque você acha que ele não consegue interferir em nossos julgamentos Átropos?  — seu olhar emanava ódio e desdém.

A mulher não respondeu, sempre achara que sua mãe tivesse envolvimento com Zeus e que elas próprias eram suas filhas. Escutara tantas versões que com os séculos que passaram isso deixou de se tornar importante.

— Se você se diz apaixonada por esse mortal, por que foi aparecer no sonho do outro? Poderia ter relatado o que sente pelo homem ou mesmo ficado ao seu lado. Não te compreendo irmã.

— Sam Winchester é a chave de tudo. Se ele seguisse os meus conselhos... — Láquesis não quis ouvir o resto de suas explicações e interrompeu-a com a mais cruel das palavras.

— Você sabe o que deve fazer, irmã. Amanhã você cortará o fio da vida desse Dean Winchester. Antes que Tanatos, Queres e Moro¹ desconfiem de algo. Não queremos trazer a desordem para o nosso mundo, queremos? — Láquesis esperou uma resposta, e só viu o consentimento de Átropos. — Muito bem, isso irá morrer comigo, e jamais tocaremos neste assunto novamente, caso contrário o caos reinará.

Átropos sentiu que sua face estava banhada em lágrimas, no entanto, sabia que a irmã tinha razão. E o que mais temia iria acontecer, ela mesma cortaria o fio da vida de um amor que jamais aconteceria e que Dean Winchester nunca saberia ter havido. Agora sentia na pele o que os humanos tão veementes falavam “Que destino cruel”.


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Notas finais do capítulo

Feliz Páscoa adiantado!!! E até o último capítulo dessa louca aventura Winchesteriana!!!! Beijos!



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