Half-blood Princess escrita por Clara de Col


Capítulo 24
Um Natal de bolas, fugas e o que todos amam: comida pt.2


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas! Tudo legal?
Demorei, mas estou aqui.
Obrigada por todas as reviews.
Agora tenho um canal literário no youtube com as minhas amigas, então se você ama livros entre e comenta lá :3 http://www.youtube.com/user/crazy4boooks



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Lucy estava em uma cozinha lotada de todo o tipo de comida e guloseimas, e sua barriga roncava. Lynn a alertou que não podia comer nada no momento, que teria tempo para comer no jantar. E ela aguardava ansiosamente o jantar, mesmo sabendo que teria que sentar na mesma mesa que Malfoy, o conquistador barato.

— Lucy, está me ouvindo? — Jorge a tirou de seu devaneio.

Ela anuiu.

— O que disse? — ela colocou seu ultimo bolo no forno, e o fechou, retirando as luvas.

— Acho que terminamos. — disse ele, sorridente. — O resto é com nossos camaradas aqui.

Jorge fez um toque estranho de mãos com um elfo, e desamarrou o avental do pescoço. Lucy olhou para as mesas, cheias dos pratos mais variados e cheirosos. Os últimos bolos estavam no forno, e os elfos os decorariam em segundos. Eram bem talentosos.

— Cadê o Fred? — Lucy varreu com o olhar a cozinha, e notou seu sumiço.

— Foi dar os últimos retoques na poção. — disse Jorge, distraído. — Tudo tem que estar perfeito hoje.

Lucy engasgou.

— Hoje?!

— Sim, hoje. — ele olhou para ela, curioso. — Falando nisso, cade Emm? Estou louco para mostra-la a caminha que construí...

— Nós vamos hoje mesmo? — ela repetiu, um tanto incrédula. Jorge assentiu, e a bruxa bateu na testa. — É claro, por que mais adiariam os planos?

Lucy estava animada ao saber que fugiria naquele dia, mas tudo seria mais arriscado. Além disso, estava maluca para comer.

— Vou procurar por Fred, e você vá conversar com Snape. — ele disse, já citando partes do plano — Com sorte, chegaremos a Toca na hora do jantar.

Ela andou pela mansão a procura de Snape, mas quando a pessoa queria se esconder no lugar, ela conseguia.

Ela tinha trocado de roupa, já colocado seu vestido para o jantar.

Tinha manhas longas, uma saia de cintura alta que ia um pouco acima do joelho. Era azul marinho, ela colocara uma meia—calça preta opaca e o colar com um pingente de cristal que ganhara de Georgie.

Enquanto ela se arrumava e prendia o cabelo com alguns prendedores brilhantes, segurando sua franja, Fred comentara algo sobre seu cabelo ser penitentemente longo demais. Ela deu de ombros.

Quando chegou até a mesa do Jantar, Snape estava lá, com um jornal aberto na frente do rosto. E Lucy, obviamente notou ser um exemplar do Profeta Diário. Então, apenas, percebeu o quanto não ouvira falar do obséquio por dias ali.

Ela pigarreou.

— Snape?

Ele largou o jornal desajeitadamente e o enfiou em qualquer lugar, levantando as sobrancelhas.

— Por Merlin, Lucy, não consegue chegar a um recinto sem parecer um fantasma? — ele perguntou seco.

Lucy cerrou os olhos, irritadiça.

— Perdoe-me Snape, — disse ela, forçando a formalidade na própria voz — Não queria interromper de maneira rude a sua leitura.

Ele colocou uma mão na testa, apoiando o cotovelo na mesa.

— O que quer? — ele perguntou, parecendo cansado.

Ela limpou a garganta.

— Queria pedir permissão para ir a Copa Mundial de Quadribol...

Ele tirou a mão da testa, a olhando, um tanto chocado.

— Sim... — ele a incentivou a terminar a frase.

— Com Arthur Weasley.

Snape quase caiu da cadeira.

— Ainda não desistiu da ideia de perseguir Weasleys, Lucy? — ele massajou as têmporas. — É uma resposta muito óbvia, creio que já a saiba.

Lucy mordeu a boca para não gritar com ele. Como ele podia estar sempre tão cansado, sempre com dor de cabeça, arrastando a voz e sendo desagradável simplesmente por ser?

Uma voz surgiu atrás de seus ombros.

— Severo? — Lucy olhou para trás, reconhecendo a voz — Posso falar com Lucy por um instante?

Snape assentiu, parecendo aliviado.

Lucy não conseguia suportar. Narcisa Malfoy a guiou gentilmente até a Biblioteca, no segundo andar.

— Ah, Lucy querida. — a bruxa suspirou, lastimosa. — Temo por você.

Lucy assistiu Narcisa se acomodar numa mesa, onde livros estavam abertos junto anotações e um óculos de leitura. De todos os lugares da Mansão, Lucy nunca imaginou que Narcisa passasse o tempo na Biblioteca.

— Perdoe-me? — Lucy indagou, ainda de pé, sem reações.

— Sei como Severo pode ser desagradável às vezes.

Às vezes?

— Mas ele não foi sempre assim, você sabe. — disse ela, juntando as duas mãos sobre a mesa. — E você, fora arrastada para dentro de um legado que não conhecia e ao menos tem alguém para conversar nesse vasto lugar.

Lucy nunca pensou em si mesma daquela maneira, mas fazia sentido. Será que era o que todos pensavam dela?

— No instante que me disseram que a filha de Severo fora encontrada, meu coração se encheu de alegria. — ela continuou, sorrindo — Pensei eu, que se houvesse alguém nesse mundo capaz de derreter Severo, esse alguém seria você.

Por mais que Lucy entendesse e refletisse a cada palavra da bruxa, a realidade ainda parecia ridícula.

— Mas, não é bem assim. — Lucy soltou fria. Depois pigarreou — Digo, eu não esperava por uma realidade do tipo e lidar com Snape tem se provado ser algo muito difícil.

Soara como um robô falando. Lucy fez uma careta. Por que sempre que tocavam em algum assunto do tipo, ela apenas gaguejava como um maquina?

— Mas é claro que é difícil. — Narcisa sorrira novamente — Afinal, você é igualzinha a ele.

Lucy piscou um pouco desnorteada. Não era a primeira vez que falavam isso a ela.

— Mas devo admitir que você tem os mesmo talentos de Jane. — ela comentou como quem não quer nada. — A mesma doçura, a mesma facilidade ao mentir, a inteligência nata.

Facilidade ao mentir?

— E também é muito esperta, claro. — ela concluiu, estendendo a mão para a cadeira ao seu lado — Sente-se.

Lucy hesitou. Narcisa provara ser confiável, por seus cálculos. Ou isso, ou ela também era esperta demais...

— Certo. — Lucy se sentou rigidamente, com as costas retas e as mãos no colo.

Narcisa suspirou, voltando-se para suas anotações e colocando os óculos sob o nariz.

— Sabe, Severo sofre muito até hoje com o desaparecimento de Jane. — disse ela. Lucy sentiu outro choque de compreensão pulsar pelo seu corpo. — Ele fala a todos os conhecidos que ela esta morta...

Ela deixou a frase no ar. Lucy continuava calada. Não achava que conseguiria proferir nenhuma palavra no momento.

—... Mas ele sabe que não. — ela terminou, molhando uma pena na tinta e escrevendo coisas sobre um pergaminho. — Acho que o compreendo.

Lucy tentava o compreender. Todos os dias, mas era... Simplesmente incapaz. Ele tocava no assunto de Jane raramente, e quando tocava (observou ela) contava uma mentira.

— Ele se reprimiu por muito tempo, e quando finalmente teve liberdade para ficar com Jane da maneira que queria, você veio. — Narcisa hesitou. — E ela se foi.

— Mas ela está viva! — Lucy se exaltou, quase pulando da cadeira, com o coração cheio de dor. — Está viva.

— Mas não está aqui, como ele queria. — disse a bruxa, molhando a pena mais uma vez.

De repente, Lucy sentiu muita raiva. Raiva de Snape e de Jane por serem tão estúpidos. Sentiu raiva de si mesma e até de Narcisa ali, contando coisas como aquela e nem olhando em sua cara. Molhando a pena, e escrevendo repetitivamente. Ela se segurou para não derrubar o tinteiro, a mesa, todas as prateleiras. Algo remexia dentro de seu ser, e ela precisava gritar.

— Eu... — ela se levantou, abruptamente — Preciso ir Narcisa...

Narcisa levantou os olhos para ela e inclinou a cabeça.

— Tudo bem querida, te vejo no jantar. — ela completou e voltou a escrever.

As mãos e os joelhos de Lucy tremiam loucamente, e ela se segurava nas mesas e prateleiras para não cair. Quando chegou a porta, respirou fundo e correu desenfreadamente até seu quarto. O corredor parecia balançar sob seus pés e quando ela chegou até a porta de seu quarto, só teve forças para abri-la. Ela parou e ajoelhou no parapeito. Conseguia sentir as lagrimas explodindo dentro de si, mas não as deixariam sair. Não deixaria.

Alguém correu até ela. Sua visão estava embaçada. Era Fred. Ele agachou na sua frente e pegou seus cotovelos para sustentá-la.

— Lucy? — ele a chamou. — Lucy, o que houve?

Lucy? Ele nunca a chamava de Lucy.

— Eu só... — ela engoliu o choro — Só preciso sentar.

Ele assentiu, a levantando e ajudando-a a chegar até a cama. Ele sentou ao seu lado.

— Eu... Me segurei tanto todos esses dias. — ela gaguejou. — Pra não dar chilique, pra não ficar pensando em coisas terrivelmente... Tristes.

Lucy não sabia o porquê, mas sentira a vontade repentina de soltar tudo o que prendera dentro de si.

— Tentei agir como se tudo estivesse bem... Normal. — ela continuou, segurando o próprio pescoço como se pudesse segurar as palavras — E agora essa culpa, essa culpa... Culpa. A culpa é minha!

Fred não sabia direito o que fazer, ela gaguejava e estava prestes a chorar. Nunca teve de lidar com situações como aquela. Sempre quando Gina dava um chilique Molly a levava para o quarto e ficava horas lá. Mas Lucy... Lucy não tinha nenhuma Molly ali para confortá-la.

— A culpa não é sua Lucy! — ele disse a ela, tentando ser delicado para ela o escutar, mas ela balançava a cabeça repetidamente. Balançava tão forte que seus cabelos estavam entrando em sua boca.

— Eu não quero chorar, Fred! — ela disse, baixo. E se virou para encará-lo. — Eu. Não. Quero. Chorar.

Ele entendeu. Ela não queria chorar por puro orgulho. Por puro medo de ser fraca. Ele suspirou.

— Você precisa chorar. — disse ele — Se não, tudo isso que está ai nunca vai sair.

Ela continuava balançando a cabeça, segurando os próprios braços.

— Chorar não é uma fraqueza, Lucy. — ele continuou, tentando acalmá-la. — Chorar é ser forte.

Ela olhou para ele, incrédula.

— Como chorar pode ser símbolo de força? — ela olhou para as próprias mãos, concentrada. Fred pegou uma de suas mãos e ela virou-se para ele.

— Chorar é um símbolo de força, por que você é forte o bastante para admitir os seus problemas. — ele disse, por fim. Lucy ficou um tempo olhando para o nada, como se avaliasse alguma coisa. Seu corpo amoleceu e ela deixou-se ser abraçada por Fred, derramando todas as lágrimas que podia em sua roupa.

— Alguma coisa aconteceu Jorge. — disse Fred, sentado no tapete do quarto de Lucy ao lado de seu irmão Jorge que mexia numa poção. Ele levantou os olhos do caldeirão.

— O que foi?

— Ela. — disse Fred, como se isso já respondesse tudo. Ele olhou para a cama, onde Lucy dormira chorando em seu colo.

— O que tem ela? — Jorge agora olhava atento para o irmão.

— Isso. — ele fez um gesto com as mãos, — Fugiu do nosso controle.

Jorge assentiu indiferente, como se aquilo fosse óbvio.

— Achei que você sabia das consequências, Fred. — ele observou Lucy, um borrão preto de cabelos emaranhados na cama. — Ela é uma garota diferente, e tem uma porra de família.

Fred piscou.

— Somos, basicamente, tudo o que ela tem de real agora. — Jorge continuou — Saberíamos que isso aconteceria e aceitamos isso. Aceitamos ela.

— Eu sei. — disse Fred — Só não esperava que...

— Se apegasse nela tão rápido? — Jorge concluiu seu pensamento, rápido e claro, como se concordasse plenamente com o irmão,

— É.

Um silêncio pairou no ar. Jorge olhava para as bolhas da poção, o vapor subindo lentamente. Fred encarou o tapete, uma coisa preta saiu de baixo da cômoda lentamente. Ele se sobressaltou.

— O que é isso? — ele apontou, se afastando. Jorge observou. Era um gato. Era...

— EMM! — Jorge agarrou a gatinha (que não era tão pequena quanto antes) e abraçou — Como você cresceu! Há quanto tempo... Estava ai?

Emm estava cheia de poeira, mas seus olhos azuis brilhavam como nunca. Jorge se levantou e pôs-se a limpá-la. Fred sentiu algo se mexer as suas costas.

— Ai que diabo! — era Lucy. — Eu dormi por quanto tempo?

Fred se levantou.

— Bastante Snapezinha, Snape flagrou nós dois aqui no quarto e disse que te colocaria de castigo quando acordasse. — disse ele, fingindo estar horrorizado.

— Há-há. — Lucy resmungou, irônica — Muito engraçado. A poção está pronta? Devo chamar Lynn?

Fred levantou as sobrancelhas.

— Sim. — ele afirmou — E Jorge encontrou Emm.

Lucy pareceu extremamente aliviada.

— Que bom! Ela sumiu desde... — ela olhou para o nada — É.

— O importante é que ele a encontrou. — Fred tentou a confortar. Lucy balançou a cabeça, mordendo a boca.

— Obrigada. — ela disse depois de um tempo, com os cabelos enormes e pretos na frente do rosto.

— Você deve agradecer a Jorge por... — ele parou e sorriu junto com ela. — Não foi nada.

— Certo Lynn, como combinamos. — Lucy colocou a mochila preta nas costas e entregou um frasco para a elfo que a ajudara tanto.

Lynn hesitou um pouco. Fred e Jorge a olharam com expectativa. Ela, por fim, destampou o frasco e deixou o líquido descer por sua garganta. Lucy observou a elfo mudar de forma lentamente, já com roupas para o tamanho adequado, se contorcer de dor e depois, parar na sua frente como um reflexo.

— Está perfeito. — Lucy rodeou Lynn, que estava igualzinha a ela. A criatura relutara muito em aceitar seu papel no plano de fuga de Lucy, mas aceitara. — Como se sente?

Lynn estava vidrada na parede, meio assustada. Todos a observaram com expectativa agora. Ela soltou um risada curta.

— Bem alta. — disse ela, por fim, com a mesma voz de Lucy. Ela caminhou até um espelho e ficou se observando.

Lucy já havia combinado tudo o que ela deveria fazer. Ela vestia o vestido e a meia-calça preta e Lucy ficara um pouco desnorteada com a visão dela, mas depois se acostumou. Agora, a bruxa vestida uma calça de couro preta e botas até o joelho, um suéter vinho e o cachecol da Sonserina amarrado no pescoço. Lynn prendera seu enorme cabelo negro em um coque alto. Adrenalina corria pelo seu corpo.

— Está tudo pronto então, Lucy. — anunciou Jorge. — Podemos continuar.

Lucy assentiu, apressada. Lynn já estaria descendo para o Jantar e cumpriria seu papel sem falhas. Lucy acreditava na criatura, e esta era cheia de uma lealdade que ela mal conhecia.

— Obrigada por tudo Lynn, muito obrigada! — ela segurou os ombros do elfo, e a abraçou. — Como já dissemos, ali naquela jarra tem poção para mais um mês.

Lynn estremeceu.

— Se eu for pega... — ela mordeu o lábio. — Tudo bem.

— Vai ficar tudo bem Lynn. — Lucy prometeu. — Já sabe de tudo que deve dizer e fazer, certo?

Lynn assentiu, determinada. Colocou uma mecha de cabelo negro atrás das orelhas.

— É lindo. — ela enroscou os dedos no cabelo. Lucy sorriu, se segurando para não chorar. E pelo primeiro momento, em toda sua vida, queria chorar. Mas não era tristeza, não. Era... Amor.

— Certo. — Lucy disse com a voz embargada. — Já enrolamos demais.

Lynn olhou um ultima vez no espelho e correu até a porta, parando antes de fechar.

— Boa sorte. — ela desejou e a porta fechou-se atrás dela.

Lucy se virou para Fred e Jorge.

— Agora é com a gente.

Eles tomara a poção silenciadora, a mesma que Lucy usara para invadir o quarto de Snape, e correram pela trajetória desenhada por Lynn. Portas escondidas aqui e ali que levaram eles ao porão.

Lucy procurou a saída para os Jardins e não demorou a encontrá-la... Caindo na neve.

— Ótimo. — ela resmungou, tirando neve da roupa.

Eles caminharam mudos até o jardim da frente e pararam na entrada de serviço, escondida a alguns metros do grande portão da propriedade.

Lucy balançou a varinha, e fez a sequência perfeita de feitiços para desfazer um feitiço muito forte de proteção que Snape jogara sobre a Mansão. Ela lera muitos livros e fizera muitas anotações para chegar ao resultado. Depois de alguns minutos o ar pareceu ondular. Fred abaixou e pegou algumas folhas no chão cheio de neve. Jogou-os do outro lado do portão.

— Perfeito, Snapezinha. — ele pareceu impressionado. Virou-se para o portão. — Alohomora!

Eles saíram e trancaram o portão novamente. Lucy respirou fundo e colocou o feitiço de proteção novamente. Ela estava ofegante. Fred colocou a mão em seu ombro enquanto ela terminava.

— Pronto.

Jorge fez uma bola de neve e jogou nos ares, com intenção de atravessar a barreira. A bola explodiu no momento que tocou o ar depois dos muros. Ele fez uma dancinha um pouco ridícula e eles caminharam até chegar na Floresta ao lado da Casa de Snape.

— Ok. — Lucy parou quando eles estavam numa distância segura. — Essa é a parte do plano da qual eu não tenho conhecimento.

— Ele está mais para lá, Snapezinha. — disse Fred. Ele quem?

Eles andaram um pouco pela Floresta escura, até Jorge parar abruptamente.

— Foi aqui que deixei ele. — ele segurou a varinha e agitou, revelando nada menos que um... Carro?!

— Isso é sério? — Lucy cerrou os olhos enquanto Jorge entrava no carro azul-claro, e pelos conhecimentos dela, bem velho.

Fred riu e empurrou Lucy para o banco de trás. O carro era relativamente confortável, e ela colocou as mochilas ao seu lado no banco de trás. Em uma das mochilas, estava ninguém menos que Emm, enrolada no seu cachecol da Grifinória.

— Como isso funciona? — ela perguntou, enquanto Jorge ligava o carro.

O carro estremeceu e os faróis ligaram, lançando luzes pela floresta escura.

— Você vai ver. — disse ele, olhando para ela pelo retrovisor. — Se segura.

Mas o que?

O carro começou a se mover por dentre as árvores, até começar a correr. Jorge puxou uma alavanca, apertou um botão e o carro se inclinou para frente e... Decolou.

Lucy ficou boquiaberta. O carro quebrou vários galhos de árvores até chegar ao céu. E quanto mais ele subia, mais ela ficava estranhamente animada. O carro subiu e subiu, até a Mansão Snape virar um pontinho branco no meio das árvores.

— Isso é tão... — ela começou.

— Incrível? — Fred sorriu, abrindo os vidros, com os cabelos ruivos balançando.

— Ilegal!

Os dois riram.

— Contaram para a sua mãe né? — ela perguntou, observando o céu nublado. A neve caia ao redor deles.

— Nunca contamos, Lucy. — riu Jorge — Nunca contamos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse cap, abordei umas questões necessárias nele (e sim, vai ter parte 3 haha)
Beijos

Clara