Ken:

Uma semana, uma semana inteira e eu sou muito covarde pra falar com ele, qual a dificuldade disso, é só chegar e falar " Alexy, eu gosto de você vamos voltar" mas não, eu tenho que ser um panaca cabeça dura... Idiotice devia ter limites, apenas isso.

Mas não era falta de querer eu ficava por perto, todos os dias dizia pra mim mesmo que iria falar mas eu nunca consigo, qual a dificuldade de dizer essas palavras? Tipo... eu não sou gay, mas o Alexy... Ele é... diferente... eu gosto dele, mesmo sendo homem, eu sinto por ele o que antes sentia por meninas... uma em especial, mas as coisas mudaram dês de que fui para a escola militar, agora somos apenas amigos também por minha parte.

Os dias na escola estavam cada vez mais insuportáveis, a pior parte de se ver alguém que se ama triste é saber que você  provocou isso e era um maldito orgulhoso que não conseguia falar meia dúzia de palavras, mas na sexta feira, basicamente uma semana depois de brigarmos o maldito que não tinha aparecido dês de que eu o deixei desmaiado no meio da rua resolveu aparecer com um curativo na lateral do rosto ainda um pouco inchado, ele chegou em Alexy na saída e começou a encher o saco dele novamente, parecia que minhas pernas se mexiam sozinhas eu larguei minha mochila no chão e fui na direção deles pronto para deixar o outro lado do rosto do maldito inchado.

No meio do caminho da minha caminhada furiosa uma mão pegou no meu braço, era Lysandre com a maior cara de preocupado.

- Não faça nada precipitado. Vai acabar piorando a situação.

- Não vou fazer, só vou pegar de volta o que é meu.

Lysandre me olhou por um momento e depois me largou dizendo.

- Só não machuque mais o Alexy, ele já sofreu o suficiente.

Eu assenti para ele e continuei, ao mencionar o que tinha feito com Alexy o Lysandre fez com que minha raiva diminuísse, não cometeria mais erros, não faria mais a pessoa que eu amava sofrer.

Cheguei perto deles e toquei o ombro do Philip com calma, ele se virou pra mim e disse.

- É você... Eu tenho umas coisas a acertar com você...

E antes que eu percebesse ele me deu um chute nas costelas que me jogou no chão tossindo eu comecei a me levantar e ele me chutou de novo, e enquanto eu estava no chão ele me deu mais três chutes no estomago e costelas.

   - O que foi? Se não pegar o cara desprevenido não consegue fazer nada? Você é um fracote idiota mesmo, não é atoa que o Lexy te deu um fora.

Enquanto ele ria eu consegui me levantar, acho que o maldito tinha quebrado umas costelas minhas, eu sentia sangue escorrendo da minha boca.

- Eu não vou revidar... Eu não vou bater em você... Eu não vou mais magoar a pessoa que eu amo...

- Por favor, você é idiota, é a lei da natureza, se dois machos lutam o que ganha fica com a fêmea.

 - Eu não sou um animal, nem o Alexy é uma fêmea a ser disputada.... Eu... Eu amo ele mais do que já amei qualquer um, ele é doce, e parece uma maldita arvore de natal com essas roupas coloridas cheia de penduricalhos, ele as vezes não consegue calar a boca e é um pervertido, mas é ele quem eu amo, e não vai ser um cara como você que vai tira-lo de mim.

Eu disse isso gritando para que todo mundo escutasse, Alexy  era meu, e eu o amava... Eu abri os braços e disse olhando para Philip que estava cada vez mais vermelho.

- Por isso... Se quiser me bater pode, se quiser me matar pode, mas eu nunca mais vou magoar a pessoa que eu amo.

- Vai ser um prazer...

Philip se preparou para dar o golpe final em mim, fechei os olhos, mas depois de um tempo quando não aconteceu eu os abri de novo e qual não foi minha surpresa ao ver Alexy segurando o braço de Philip com uma expressão que me fez tremer de medo. Ele então olhou bem nos olhos de Philip e disse.

- Não... Toque... No... Meu... Namorado...

Alexy deu um soco tão forte e rápido em Philip que o fez cambalear para trás, mas isso não impediu o meu Smurf de pular nele e começar a soca-lo gritando coisas como " se machucar o meu idiota de novo eu te mato desgraçado" quando ele finalmente acabou e a cara de Philip parecia um monte de carne moída ele se virou pra mim e sorriu... e então eu só tive tempo de sorrir de volta para ele e desmaiei...

Alexy:

Quando eu o vi caindo no pátio da escola logo depois de sorrir para mim eu entrei em pânico, corri ate ele chamando seu nome e sacudindo ele, Ken nao podia me deixar, não quando tudo estava resolvido.

- Ken, fala comigo, KEN...

- Alexy  fica calmo.

Lysandre me segurou e me sacudiu um pouco para que eu voltasse a realidade. Eu comecei a chorar desesperado e me puxou para longe dele para que os paramédicos saídos sei lá de onde pudessem leva-lo para a ambulância.

Eu fui com o Lysandre e o irmão dele de carro, Rosa também estava conosco mas a única coisa que eu pensava era no meu namorado ensanguentado e quebrado naquela ambulância.

Na hora que cheguei eles o Haviam levado ao pronto socorro e eu nao podia ir alem da sala de espera.

- Calma, vai ficar tudo bem, ele é muito forte.

Rosa dizia para me acalmar mas nada adiantava.

Até que depois de um tempo a enfermeira veio nos dizer o que tinha acontecido.

- Bom, ele quebrou duas costelas, mas apesar disso ele esta bem, vai se recuperar.

Eu quase chorei quando ela disse isso, meu Ken estava bem, só disso que eu precisava.

Os pais de Ken chegaram logo em seguida preocupados, mas depois de explicarem tudo ( menos a parte de que eu e ele éramos namorados) eles foram ver o filho.

Depois de um tempo eles voltaram me pedindo pra subir que ele queria me ver, eu tinha meia hora ate o fim do Horário de visitas.

Eu subi para o quarto dele com o coração aos pulos. Quando cheguei ao quarto eu não sabia o que fazer não sabia de podia entrar direto ou tinha que bater. Felizmente o medico saiu e me mandou entrar .

Eu entrei no quarto e meu coração se partiu, ele estava com faixas em todo lugar, parecia uma múmia, mas sorriu pra mim quando entrei.

- E ai Smurf?

- Smurf?

Eu perguntei, ele nunca tinha me chamado assim.

- O cabelo .

Ele disse rindo/fazendo careta de dor. e isso me fez sorrir também, apesar de ser meio estranho eu gostei do apelido.

- E então senhor múmia, como esta?

- Um pouco quebrado eu acho.

- ... Eu amo você...

- Eu também te amo.

- Eu... Eu achei que...

- Não chora, eu estou aqui com você não estou?

- Si... Sim....

Eu me debrucei sobre ele e chorei um pouco no seu ombro enquanto ele me amparava.

- Eu... Temos muito pouco tempo juntos sabia, devíamos gastar com alguma coisa melhor que lagrimas.

- Tipo o que?

- Tipo... uma coisa que eu estou sem faz uma semana...

- Mas você não pode se mover.

- Mas você sim .

Ele me deu um belo sorriso sacana, esse era o meu Ken.

 Eu me aproximei dele e dei um beijo, ele enlaçou seus dedos no meu cabelo e me puxou para mais perto ainda tocando minha bunda e apertando de leve, foi só assim que notei o quanto eu também precisava dele.

Eu deslizei minha mão por baixo das cobertas dele e percebi que ele não vestia nada a não ser a camisola de hospital.

- Onde estão suas roupas?

Perguntei depois de descolar sua boca da minha.

- Tiveram que tirar...

Ele deu de ombros do melhor jeito que pode. Eu dei uma risadinha, isso facilitava bem as coisas.

Eu voltei a beija-lo e ele começou a puxar minha camisa para cima, eu entendi a deixa, tínhamos pouco tempo para nos saciar.

Eu me separei dele e tirei a roupa, depois retirei seu lençol, na área da sua virilha já tinha uma barraquinha formada.

Eu dei uma risadinha e disse.

- Nossa, te deixei mesmo na seca em.

- Sim... Eu preciso de você bebe.

Eu subi na cama e enrolei a camisola ate o queixo dele, então me inclinei sem colocar meu peso nele e comecei a me massagear.

- Isso vai demorar muito, apesar de ser sexy.

Ele disse me dando um beijinho no rosto, Ken se inclinou e abriu uma gaveta que tinha na cômoda junto a cama, de lá tirou... Uma caixinha com manteiga...

- Manteiga?

- Vai servir como lubrificante.

- Não... espera... manteiga?

- O que tem? Você costuma comer não é, não acaba ai da mesma maneira?

Ken, um poço de delicadeza... Mas eu o amava, e apesar de ser uma lógica meio... doida... era uma ótima lógica nesse momento.

Eu peguei o tablete de manteiga o esfregando nos dedos ate ficarem bem escorregadios e voltei a me preparar, pode parecer loucura mas a lógica maluca do Ken funcionou e logo eu estava pronto.

- Estou pronto.

- Graças aos céus, te escutar gemendo sem que eu esteja dentro de você estava me enlouquecendo bebe.

Bebe, mais um apelido... E eu adorava cada um deles...

Eu me arrumei em cima dele e deslizei por toda sua extensão com facilidade... acho que vou usar manteiga mais vezes...

Era deliciosos estar unido a ele mais uma vez, senti-lo preencher a mim completamente mais uma vez, como senti falta disso, Ken havia sido feito para mim, e eu para ele.

Eu comecei a me mexer em cima dele, subindo e descendo devagar, apesar de tudo ficamos um bom tempo sem fazer, mas logo eu me acostumei e aumentei a velocidade, e com isso nossos gemidos foram ficando cada vez mais altos. Eu cavalgava nele freneticamente em pouco tempo, subindo e descendo em ritmo acelerado e logo pude sentir um aperto vindo da minha virilha e passando por todo meu corpo.

- Ke...Ken... Eu... Eu já... Ahhh...

 - Eu... Eu também Lexy... Goze pra mim bebe.

Meu corpo sabendo que eu era dele obedeceu no mesmo momento, jatos de sêmen voaram de mim caindo em seu peito e nas ataduras em volta dele.

Logo o senti me encher com o seu liquido, o calor me queimando de forma deliciosa de dentro para fora. Como senti falta disso.

Eu desabei nele, mas tive o cuidado de não deixar todo o meu peso sobre ele, respirávamos rápido pelo exercício.

- Bem... Você não morreu...

- É.... apesar que me sinto cansado... Mas feliz...

Eu sorri pra ele e nos beijamos de novo, sai de cima dele e me limpei, depois a ele, dei mais um beijo nele, me vesti e fui embora. Quando cheguei no térreo Lysandre e Armim me esperavam, eu nem tinha visto quando meu irmão tinha chegado.

- Pronto para ir.

- Sim, estou.

Nenhum dos dois fez perguntas, apenas me acompanharam ate o carro onde Rosa e o irmão de Lysandre nos esperavam, eu entrei e fui para casa, finalmente tudo estava bem.

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Uma semana depois Tanto Ken quanto Philip tinham saído do hospital, Philip não apareceu mais nem me ligou, o que é bom, e Ken também já estava recuperado o suficiente para voltar a escola, finalmente éramos um casal, e mesmo eu não acreditando que havia passado todos os nossos problemas eu finalmente estava com quem eu amava, e isso ninguém iria tirar da gente, nunca mais.