Como Domar Uma Pantera Em Sete Dias escrita por ohhoney


Capítulo 3
Terceiro dia


Notas iniciais do capítulo

Oi! Mais um capítulo ensinando a como domar uma pantera. Leiam agora e peguem suas dicas! ^3^



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-Acorda logo.

Abri os olhos, e dei de cara com uma barriga sarada bem na minha frente. Arregalei os olhos, e levantei. Grimmjow estava parado com as mãos no bolso e uma cara neutra.

-Que que é?

-Hm... Bem... Aizen-sama pediu para que eu me... - tossida – desculpasse... por ter gritado com você ontem.

Corei.

OMG, ele estava sendo fofo?????

-Então... Desculpe.

Tentando manter minha pose de durona, disse:

-Não me importo, vá embora.

-Depois não reclame, menina idiota.

Ele saiu e fechou a porta. Fiquei sozinha por mais um longo tempo, agora só restava um terço da pilha de livros. Estava entediada de novo. Queria sair, ver pessoas. Deitei no chão de frente para a janela, e olhei o céu azul. Porque diabos Aizen tinha me trazido pra cá? Eu não tenho nenhuma utilidade...

-Yumi – ouvi a voz de Grimmjow através da porta.

-Que é?

-Estou entrando.

Continuei deitada, enquanto via o cara chegar mais perto de mim, parecendo meio estranho.

-Que foi? - resmunguei.

-Descobri porque te trouxeram pra cá.

-O quê?! - gritei, e me pus de pé – Como?

-Eu estava... - ele olhou para mim com aqueles olhos mortais por um segundo, então desviou – Passando pelo corredor e ouvi Aizen-sama e Gin conversando. Eles falavam algo como “eles não vão conseguir nos vencer porque a estrategista e a curandeira estão conosco. Como eles vão nos combater se nem um plano eles têm?”.

-É claro... - uma gota de suor escorreu pela minha testa.

-E como assim estrategista? - Grimmjow perguntou, olhando para a pilha de livros.

-Digamos que – ri um pouco – Eu tenho inteligência acima da média do pessoal da Soul Society e sei criar um bom plano. Sou... Era eu que sempre planejava os movimentos, e eles nunca, nunca, davam errado. Analisando todos os aspectos, possibilidades e pessoas, eu conseguia montar um plano infalível em questão de minutos, e este nunca falhava. - Grimmjow olhou com um olhar meio espantado – Surpreso?

-Unf, você está só se gabando.

-Então porque Aizen insistiu em me trazer também? - joguei, erguendo uma sobrancelha.

-... Não sei. E nem quero saber. Vim te dizer só isso, daqui a pouco trago o almoço.

-Tanto faz. E traga mais livros, estou acabando esses.

-Mas como você lê tão rápido?! - ele jogou, caminhando até a porta.

-Nosso subconsciente lê até 200 palavras enquanto o consciente lê dez. Eu aprendi a ler com o subconsciente. Simples assim – deitei na cama com os braços atrás da cabeça, e fechei os olhos – Vá embora.

Mentira, fique. É bom ter alguém pra conversar, mesmo que seja você, o grosso do Gimmjow. Estava me sentindo muito sozinha, minha voz estava até rouca de não ter que falar. Como estaria Inoue? Como estaria o pessoal? Estava com saudade de todos. Respirei fundo, olhando o teto. Mas que merda.

Peguei mais um livro da pilha. Dessa vez era um de mistério, mais especificamente Sherlock Holmes. E eu amava o Holmes. Peguei o livro, e li a primeira página, mas estava com dor de cabeça. Pisquei, sentindo minha testa latejar. Eu precisava de ar fresco.

-Almoço – Grimmjow disse, abrindo a porta.

-Tô passando mal. Leve-me até lá fora.

-Não posso, tenho ordens de não te deixar sair.

-Estou passando mal, Grimmjow. Preciso de ar fresco.

Fiz a cara mais dramática possível e olhei para ele. As sobrancelhas dele se ergueram, e ele estalou a língua.

-Tá, então vem logo.

-Ah – comentei, levantando da cama e indo atrás dele – Um outro banho seria ótimo.

-Tá, tá, tanto faz.

Caminhamos infinitamente pelos corredores, até que trombamos com um cara de cabelos rosa.

-Ora, ora... Tirando o passarinho da gaiola, Sexto Espada? Ele pode fugir, sabia?

-Cale a boca, Szayel.

-Mas bem... Até que ela é bonitinha... - O cara se aproximou de mim com um sorriso perturbado – O que acha de ser minha cobaia?

-Afaste-se, seu idiota! - Grimmjow colocou um braço na minha frente, bloqueando a passagem de Szayel. Os dois se encararam por um longo tempo, o de cabelos azuis com uma cara demoníaca – Aizen-sama a colocou sob meus cuidados, você não tem que se interferir em nada. Vá embora.

-Cale a boca, Sexto. Estou falando com a bonitinha.

-Quem sabe depois que eu chutar sua bunda e usar seu cabelo rosa como pano de prato.

-Arrogante, é? Até que vocês dois são bem parecidos...

-Vamos, Yumi.

Grimmjow me pegou pelo braço, e me puxou pelo corredor, resmungando o quanto Szayel era idiota e que o mataria logo. O clima ficou estranho, principalmente depois do cara ter dito que nós “éramos bem parecidos”. Minhas bochechas pegavam fogo. N-Não que eu gostasse do Grimmjow. Ele era um burro arrogante. Mas... Puta merda, que cara lindo.

-Pode soltar meu braço, idiota.

-Ah...

Ele soltou meu braço e desviou o olhar. Engoli em seco, e respirei fundo. Minha cabeça começava a girar.

-Pronto, chegamos.

A luz me cegou. Quando me acostumei, vi que estávamos no que parecia uma sacada de pedra, com uma grade branca contornando. O céu estava claro e sem muitas nuvens. A visão era... Muito bonita, se não fosse bizarra. Dunas e mais dunas de areia branca se elevavam adiante, pequenas árvores secas e vento. Ah, ar fresco!

Caminhei até a borda, sentindo os olhares de Grimmjow em mim. Meu cabelo voava para trás de um jeito gratificante. Olhei para baixo. Estávamos muito alto, então a possibilidade de pular estava fora de contexto. Virei para Grimmjow, segurando o cabelo atrás da orelha.

-Não se preocupe, não sou idiota a ponto de me jogar.

Ele simplesmente bufou e sentou-se no chão, apoiando as costas na parede e fechando os olhos. Eu queria falar com ele, poxa.

-Aqui até que é legal... Se não estivesse cercado de coisas potencialmente perigosas e que queiram me matar.

-Aqui é legal. Até que me deixaram de babá.

-É... - silêncio constrangedor – Quais daqueles livros você já leu?

-Todos.

Olhei para ele, surpresa. Ele me encarava com os olhos azuis.

-Temos muito tempo de sobra por aqui.

-Pensei que você fizesse algo mais esportivo, como sair matando tudo o que encontrar.

-Isso também.

Olhei para a frente, e minha cabeça começou a rodar. Minhas pernas ficaram fracas de repente, e eu me segurei na grade com toda minha força para não cair.

-Você está bem?

-EU PAREÇO BEM?! - gritei de volta, até que senti que iria vomitar.

Coloquei a cabeça para fora da grade e deixei. A sensação era horrível. Depois, meio tonta, joguei-me no chão.

-M-Melhor voltarmos...

-É...

Fechei meus olhos, e senti duas mãos em mim, uma no meu pescoço e outra nos meus joelhos. Não senti mais o chão, somente o cheiro absurdamente sexy de Grimmjow e muito vento por alguns míseros segundos. Paramos, e eu fui deitada em uma coisa macia. Abri os olhos, e o rosto de Grimmjow estava tão... Perto... Acho que desmaiei ao ver a profundeza azul daquela íris.

Observações: No terceiro dia, a pantera já te reconhecerá, e, mesmo ainda sendo potencialmente perigosa, te tratará com um pouco mais de respeito, ainda preferindo manter distância. Continue lendo esse manual, e daqui mais uns dias, a pantera cairá nas suas graças.


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Notas finais do capítulo

Comentem, ou Grimmjow-kun vai comer a alma de vocês ♥



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