A Linhagem Sagrada escrita por elleinthesky


Capítulo 12
Capítulo 10 - Segredos


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é especial pra linda da Marina, a Little Princess. MUITÍSSIMO OBRIGADA PELA RECOMENDAÇÃO! Essa foi a primeira da minha fic e estou muito feliz com isso. ~le criatura saltitante~
hahaha
Desculpem o atraso em postar - de novo -, mas lá vai capítulo fresquinho pra vocês.
Boa leitura (:



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Enquanto atravessava a East 76th Street, Amy apresentava um semblante de surpresa, que poderia parece até mesmo alívio em ver seu namorado ali, tão perto dela, no momento que precisava dele. Sam tinha saído de Long Island – talvez até sem permissão – e foi para o hotel para procurá-la e Amy não conseguia esconder que isso a confortava imensamente.

– Ei baby, tudo bem? Eu vim ver como você estava, fiquei com saudades da minha inglesinha. – disse ele, essa última parte timidamente, enquanto sorria.

– Também senti sua falta, Sammy. – respondeu a garota, dando um abraço repentino no garoto.

"Bom, acho que já está na hora de contar tudo. Eu gosto do Sam e se realmente quero que fiquemos juntos, ele precisa saber a verdade sobre quem eu sou."

– Alô, Miss Manhattan. Tudo bem? – perguntou Sam, enquanto tocava levemente o ombro da garota.

– T-tá tudo bem. Vamos, eles não podem me ver aqui. – falou ela, enquanto pegava Sam pela mão e andava com ele em direção ao Central Park.

– Eles? Eles, quem?

– Pessoas que estão dentro daquele hotel e não querem que eu me aproxime de lá.

– Mas você me disse que morava lá, o que houve? Problemas com a segurança? – perguntou Sam, entre risos.

– Sim, eu morava lá. E Sam, isso é serio. – disse Amy, com a cara fechada. – Antes fosse algum problema com a segurança, na verdade eu estaria até agradecida se fosse isso. – então, ela sentiu os músculos de Sam ficarem tensos.

– Amy, que merda ta acontecendo? Por que não querem deixar você entrar na sua própria casa?

– Sam, vem. Eu te explico no parque, é mais confiável que a rua. Tem pessoas vigiando meus passos em tudo o que é canto dessa cidade depois que voltei do Acampamento, não posso confiar em nada e qualquer um é suspeito.

* * *

– Cara, é serio, você ta me assustando. O que é tão importante pra me falar que precisa ser dito num ponto isolado do Central Park?

– Sam, é sobre mim. O que eu tenho pra te dizer é importante e um pouco surreal, por isso eu não espero que você compreenda facilmente o que tenho pra dizer. – respondeu Amy, sentando em uma pedra sob a copa de uma grande árvore.

– Tudo bem, vou tentar ser mente aberta. Mas aviso logo, sou contra as drogas ok?

– Sam, pare de brincar. – repreendeu ela, com um sorriso nos lábios. – Não tem nada a ver com drogas, é sobre a minha espécie.

– Espécie? Amy, você é uma semideusa, todo mundo sabe disso e ponto. Não tem nada pra falar. – disse ele, sentando-se ao lado da garota e pegando na mão dela.

– Sam, só... cala a boca por um momento, por favor. Você até está certo, eu sou uma semideusa. Mas também sou mais que isso.

– Ah, já entendi. Você é uma semideusa “ultrasinistra” que solta raios das bochechas igual o Pikachu? – ele gargalhou. Quando percebeu que a expressão enfezada da garota não se dissipou, ele ficou sério. – Tudo bem, parei. Mas sabe como é, eu amo seu sorriso.

– Tudo bem, mas por favor tenta só escutar o que eu tenho pra dizer.

– Ok, ativando modo silencioso. - disse o garoto, imitando a voz de um robô.

– Bom, eu nunca falei isso com ninguém. Eu sou a mistura de duas raças, Sam. Ninguém de nenhuma das duas sabe da existência da outra, você é a primeira pessoa pra quem eu to contando esse segredo. Na verdade, eu queria que fosse o meu pai mas não deu. Eu já ia contar pra você, é claro, mas eu não consigo guardar isso enquanto ele se recupera.

– Ta certo, mas eu estou realmente curioso. Então se você puder pular direto para os “finalmente”, eu agradeceria.

– Tudo bem. – disse a garota, bufando logo depois. – Além de semideusa, também sou uma outra coisa completamente diferente. Eu sou uma nephilim, Sam. Uma Caçadora de Sombras. – percebendo a expressão confusa no rosto do garoto, ela tentou explicar. - Sabe, caçadores de sombras são "guerreiros" – ela fez as aspas com as mãos – que tem um propósito de certa forma parecido com o dos semideuses: livrar o mundo de criaturas... digamos, indesejáveis.

– Ah ta, ok! – Sam fingiu compreender o que a garota tinha acabado de dizer. – Eu não entendi nadica de nada. Que porcaria é essa? Nephilim? Caçadora de Sombras? É tipo alguma versão gótica das Caçadoras de Lady Arthemis?

– Não, não tem nada a ver com as Caçadoras que você conhece. Caçadores de sombras podem ser homens ou mulheres, é uma herança sanguínea recebida de ambos os pais ou, como no meu caso, um deles. Tudo começou quando, há mais ou menos mil anos, um homem chamado Jonathan Shadowhunter chamou o Anjo Raziel e pediu... não, ele implorou que o Anjo misturasse seu sangue em um copo e entregasse para que os homens bebessem. Ele fez isso porque a Terra estava sofrendo com a invasão de uma horda de demônios e os homens não sabiam mais o que fazer para vencer essa guerra. Os homens que beberam do sangue do Anjo se tornaram nephilim, caçadores de sombras. Essa “herança” foi passada para os filhos deles, pros filhos dos filhos deles e segue passando de geração a geração até hoje.

– Calma ai, é sério mesmo? Toda essa coisa de herança genética de anjo, é tudo realidade?

– É, não sei se é bom ou ruim, mas é verdade.

– Mas como você pode ser nephilim e semideusa ao mesmo tempo?

– Não sei, isso é uma das coisas que eu tenho pensado com maior afinco nos últimos dias. Se a Névoa não deixou que nenhum semideus visse um nephilim e vice-versa, porque meus pais se conheceram? Por que foram capazes de gerar uma criança?

– Será que foi realmente um acaso ou alguém tramou para que isso acontecesse?

– Não sei, Sam. Realmente não sei.

– Será que não tem nenhum livro ou pessoa velha que você possa consultar? Lá no Acampamento a gente tem a Oráculo e tem livros sobre quase tudo na biblioteca do chalé de Athena. Não tem nenhum lugar onde o seu pessoal tem uns livros velhos e empoeirados que falam de coisas anciãs?

– Sam, você é um gênio. Obrigada, obrigada e obrigada. Eu preciso ir até o Instituto agora, deve ter alguma coisa por lá. Deseje-me sorte.

– Boa sorte, – sorriu o garoto – mas e eu? O que faço enquanto você procura... o que quer que você vá procurar?

– Bom, você pode... você pode me ajudar. Lá no Instituto não tem como você entrar; primeiro, que você não tem sangue nephilim e, segundo, eles nunca deixariam você entrar. Será que... será que você não consegue falar com a tal Oráculo? Sei lá, talvez ela saiba alguma coisa sobre o porque da Névoa ter falhado.

– Tudo bem, vou tentar falar com ela.

Amy e Sam se despediram com um doce beijo e um abraço apertado. Ele disse que se hospedaria em algum hotel do Brooklyn enquanto ambos faziam suas pesquisas, mas Amy fez questão de pagar um quarto para Sam em algum lugar de Manhattan onde ela teria fácil acesso a ele. O garoto protestou, mas ela insistiu e ele finalmente cedeu.

* * *

Chegando no Instituto, Amy foi direto para a biblioteca, onde encontrou Emma conversando com um garoto de pele morena, cabelos pretos e olhos cor de caramelo. Talvez a amiga tivesse arrumado um namorado e não tinha contado para Amy. Ela achou que ambos queriam um tempo a sós, logo foi direto para a as prateleiras que guardavam os livros mais antigos do Instituto de Nova York.

Havia um livro chamado Histórias dos Tempos Antigos que trazia um homem com trajes medievais e uma espada com asas douradas no lugar da guarda da espada.

– Histórias dos Tempos Antigos... um bom livro, se quer saber. Não sei porquê, mas muitos dos jovens nephilins nunca leram ou ouviram falar desta obra. - disse o garoto que antes conversava com Emma nas poltronas da biblioteca. Amy se perguntou se seu sotaque era italiano. - Ah, que rudeza a minha. Meu nome é Anthony Iqbal-Menegaro, e você é Amelie Graycastle.

– Como tem tanta certeza de quem eu sou?

– Porque foi justamente pra falar com você que saí da boa vida que eu levava na Sicília e me desloquei para Nova York. Eu sei tudo sobre você, Amelie.

– Tudo? - perguntou ela, para logo após soltar uma risada nervosa. - Não, você não sabe tudo sobre mim. Pode até saber alguma coisa, mas você não sabe o quanto de informação ainda te falta. - disse ela, pensando nos dias que passara no Acampamento Meio-Sangue.

– Eu sei coisas sobre você que nem você mesma sabe, Amelie. A minha missão é justamente te contar essas coisas e te explicar o porque de tudo isso estar acontecendo com você. Depois que você souber tudo o que é necessário, poderei morrer em paz.

– Ô garoto, você tem algum problema? Ou é instinto suicida mesmo? Que história é essa de morrer em paz? Você tem o que... dezoito, dezenove anos? Tá muito novo pra falar em morrer desse jeito. Tudo bem que caçadores de sombras não costumam viver vidas longas, mas nem todo mundo quer morrer logo.

– Amelie, você não entende. Eu só fui gerado pra ser seu mensageiro, pra te informar da sua real missão aqui na Terra. Eu não recebi nenhum tipo de treinamento de batalha além do necessário para a minha sobrevivência, eu fui instruído a estudar mais que duelar.

– Acho que é por isso que você tem essa pinta meio nerd, Anthony.

– Por favor, me chame de Tony. Eu prefiro assim.

– Tudo bem, me chame de Amy então.

– Certo, chamarei. Agora precisamos sair daqui, ninguém do Instituto pode saber quem você é. Por enquanto.

* * *

Amy e Tony saíram do Instituto e caminharam até uma rua estreita onde uma Maserati GranTurismo Sport preta estava estacionada. "Ok, uma Maserati linda e novinha parada em um canto qualquer de Nova York. Acho que posso lidar com isso", pensou Amy com uma risada de admiração pelo belo automóvel à sua frente. Então, Anthony tirou um singelo molho de chaves do bolso de seu casaco e apertou um botão pequeno de uma das chaves que parecia ser de carro. Amy espantou-se com o fato de as lanternas da Maserati terem piscado assim que Tony pressionou a chave.

– Uau, esse carro é seu? - perguntou a garota, imensamente maravilhada.

– É, sim. Por que a surpresa?

– Sei lá, é que... não achei que gostasse de esportivos. Sabe, todo aquele seu papo de vidinha tranquila na Itália, missão importante e tudo o mais é quase incompatível com pessoas do estilo "living la vida loca".

– Sabe, Amy, eu até sei muito sobre você, mas você não sabe nadinha sobre mim. E eu só estou com essa Maserati aqui porque uma Ferrari chama muita atenção, estou aqui pra ser discreto. Preciso me camuflar.

– Ok, Sr. Misterioso. Pra onde você vai me levar?

– Um restaurante ótimo que pertence à parte mundana da minha família, você vai adorar.

– E como tem tanta certeza disso?

– Eu sei que lasanha aos quatro queijos e ervas finas é um de seus pratos favoritos. O que pode ser melhor comer seu prato predileto num restaurante genuinamente italiano?

* * *

Chegando no restaurante, Amy é levada por Tony até uma mesa perto da grande janela panorâmica do Lincoln Ristorante e eles são rapidamente servidos de vinho pelo garçom do local.

– Bom, o que exatamente você tem pra me dizer?

– A verdade, toda ela. Eu sei de tudo e quero te explicar.

– Tudo mesmo? Tem uma parte de mim que você não conhece.

– Se você está se referindo ao que você descobriu há poucos dias, não se preocupe. É exatamente sobre isso que preciso conversar com você.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu ainda to como uma perereca saltitante por causa da minha recomendação hehehe *w*
FELIZ, FELIZ, FELIZ :D
Pra quem ficou em dúvida na hora o que é "guarda" da espada na capa do livro que a Amy pegou na biblioteca, dêem uma olhada nessa imagem pra vocês saberem o que é: http://static.hsw.com.br/gif/sword-making-diagram.jpg
PS: Vocês só vão descobrir sobre o que a Amy e o Tony conversaram no próximo capítulo, porque sou malvadinha muahaha



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