5 Sentidos escrita por luud-chan


Capítulo 5
♥ Capítulo 05: Audição


Notas iniciais do capítulo

Hello people! Como vocês estão? :D Eu nem demorei tanto dessa vez!

Bem, finalmente chegamos ao último capítulo dessa shortfic, e depois de um longo bloqueio criativo para o capítulo GaLe! tharaaaaaaam! Consegui! Devo agradecer à leitora Jenni McGarden por ter me dado uma ideia que ajudou bastante e minha best Bela Wang por ter me ajudado a desenvolver! ♥

Foi realmente um desafio para mim, porque ainda tenho dificuldades para escrever sobre esse casal lindo, o que é irônico já que consigo escrever sobre ElfEver que é um casal mais diferente ainda para mim. Enfim...

Espero que gostem do capítulo e me perdoem pela imensa demora em conclui-la. Nos encontramos nas notas finais!

Boa leitura!



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5 Sentidos

Capítulo 05: Audição

Levy e Gajeel

Aquele era um segredo apenas dele, não que compartilhasse muitos. Mas aquele em especial, ele achava que guardaria para sempre apenas para si.

Gajeel Redfox era sem dúvida alguma um cara durão e bruto, que tinha muitas dificuldades em dizer o que realmente sentia — ou era apenas orgulhoso demais para isso — e que por conta disso, fazia-o por meio de atos um tanto brutos e nem sempre eficazes. Não que se orgulhasse muito disso, mas também não se esforçava muito para que isso mudasse, afinal, isso era o que o fazia ser ele!

O grande segredo de todos — que nem era tão segredo assim — é que ele estava caidinho aos pés de Levy McGarden. Na melhor forma de dizer, estava completamente apaixonado por ela. Não tinha a mínima ideia de quando ou como começara, mas também não se importava muito com isso, a única coisa que importava para ele, era ela. Ainda que ele a irritasse por puro prazer apenas para ouvir sua voz, ou para que ela o tocasse, mesmo que fosse aos murros de suas mãos pequenas — e que não doíam nem um pouco —, ou fosse para que o olhasse de forma desafiadora, mesmo que fosse tão miúda.

Nem ele mesmo sabia o porquê, mas cada coisa que envolvia Levy, chamava sua atenção. Bastava que alguém dissesse o nome dela, para que estivesse atento a tudo e a todos. Era uma maneira um pouco rude, usar sua perfeita audição para saber mais sobre ela a partir dos outros, o que ele não tinha coragem de perguntar diretamente.

Ele era sim um cara durão, forte e que encararia uma bela briga, mas na hora de enfrentar o desafio Levy McGarden, a história era outra, e o Gajeel bruto, durão, estava mais para passarinho na gaiola. Não que pudesse evitar isso, claro. Porém, não era o único que se sentia desta forma.

Assim como ele, Levy estava apaixonada e não sabia lidar com isso. De fato, essa informação não era novidade para quase ninguém — a não ser para o próprio Gajeel —, pois até seus companheiros de equipe já haviam percebido e não estavam mais tão grudentos como antigamente. Ela gostava de ouvir o som da voz rouca do dragon slayer, gostava de se sentir protegida por ele e mais do que isso, queria ser amada.

Queria entrar em ebulição em seus braços enquanto ele a beijava ou acariciava, já tivera tantas fantasias e sonhos, que às vezes ficava constrangida consigo mesma por pensar algo assim e dava graças por nesses momentos ninguém com magia de telepatia invadir sua mente.

E ela estava ali, mais uma vez, tendo fantasias.

E tudo isso por causa de um livro erótico que estava lendo, e em uma cena super quente, começou a se imaginar no lugar da protagonista, e Gajeel estava lá, no lugar do protagonista também.

— Pare de pensar nisso, Levy! Isso nunca irá acontecer, isso nunca irá acontecer! — Levy repetiu para si mesma, enquanto fechava o livro e soltava um suspiro desanimado. Estava sentada em uma das mesas mais afastadas da guilda, ali era o lugar perfeito para uma leitura tranquila e assim poderia esconder a temática do livro que estava lendo. — Que droga! Por que as coisas não podem ser tão fáceis como nos livros?

— O que você está resmungando aí baixinha? — a voz grave e rouca de Gajeel chegou até ela, fazendo com que arrepios subissem por toda sua espinha.

E claro, ele perguntou apenas para puxar assunto, com seus ouvidos bons, tinha escutado muito bem o que ela tinha dito.

— Gajeel! —exclamou levando a mão ao peito, sentindo o coração acelerar. — Você me assustou! Há quanto tempo você está aí? — indagou na tentativa de disfarçar o nervosismo pela presença dele.

—Tempo suficiente para ver que você estava lendo um livro pervertido — comentou de forma casual, o que fez Levy corar até a raiz dos cabelos. — E aí? Estava interessante, baixinha?

— Pare de me chamar assim! Você sabe que eu odeio! — resmungou irritada, prestes a se levantar da mesa em que continuava sentada.

— Por quê? Você é baixinha mesmo!

E para confirmar o que tinha dito, apoiou o cotovelo em cima da cabeça dela, fazendo-a ficar totalmente furiosa. Gajeel riu.

— Argh! — ela gritou enraivecida enquanto se levantava da mesa, e o fuzilou com o olhar. — Como você consegue ser tão irritante?

— Da mesma forma que você consegue ser tão pequena — rebateu arqueando as sobrancelhas ligeiramente.

— Idiota! — berrou, antes de começar e esmurrar o peito de Gajeel com toda sua força, que era pouca, enquanto ele ria da cara dela. Ouvi-la mesmo quando tivesse o insultando, era uma bela canção para seus ouvidos. — Imbecil, lata velha, maníaco de metal!

Por fim, Gajeel segurou as mãos delas da forma menos rude que conseguiu para que ela parasse de esmurrá-lo. Ele tinha a pegado de surpresa com aquela atitude, e por isso, toda sua armadura havia caído.

Suas bochechas coraram fortemente e seu coração começou a bater muito mais rápido que antes, sua respiração ficou mais rápida e difícil. E Levy sabia que Gajeel perceberia todas essas reações facilmente, afinal, ele era um dragon slayer, todos os seus sentidos eram mais aguçados do que pessoas normais. E só de pensar nisso, queria se enfiar em um buraco.

Os dois ficaram se encarando por um tempo indeterminado. Estavam presos em um transe que parecia não ter fim. Os olhos castanhos se encontrando com os rubros de uma forma necessitada, mostrando toda sua paixão e fragilidade, tudo ao mesmo tempo.

Gajeel podia ouvir o coração de sua pequena bater mais forte. E adorava pensar que era por causa de sua aproximação e não porque estava furiosa. Mas ele poderia ao menos sonhar, não poderia?

— Não sei por qual motivo você insiste em me provocar. De tantas pessoas, por que logo eu? — a pequena maga murmurou baixinho, quebrando o silêncio e tentando disfarçar o seu constrangimento e sua paixão por aquele brutamonte.

— Porque eu gosto de ouvir sua voz — ele murmurou de volta sem pensar.

Levy o encarou de volta, incrédula.

— O que você disse? — perguntou sem acreditar no que tinha ouvido.

— Nada — resmungou, soltando-a em seguida.

Ela ficou decepcionada e suspirou. No que ela estava pensando? Até parece que Gajeel iria falar algo bonito. Ou melhor, até parece que Gajeel iria gostar dela algum dia. Era uma tola de ficar pensando que ele poderia correspondê-la. E ela jurou ter ouvido que ele gostava de sua voz.

— Eu também gosto da sua voz de lata velha — sussurrou baixinho, mas fora o suficiente para que o dragon slayer escutasse.

“Porque eu te amo”, pensou o que naquele instante era incapaz de dizer.

Ele deu as costas para ela, para assim deixar um sorriso escapar.

Tudo que faltava era coragem para se declarar. Pois eles possuíam amor, paixão, o carinho, o desejo de proteger. Quase como um sexto sentido. Um “eu te amo”, seria um bom som feminino para os ouvidos do dragão de ferro. E eram as palavras que um dia ele queria ouvir. Mas o que fazer quando nem falar sobre seus sentimentos ele conseguia?

Iria se preparar para ir embora, quando a ouviu murmurar:

— Gajeel...

Ele poderia jurar que Levy tinha estendido o braço na sua direção, mas quando se virou para ela, a pequena maga estava se abraçando e com uma expressão tão frágil, que ele teve vontade de abraçá-la.

— N-nada, eu só... — e foi incapaz de terminar sua frase.

— Tsc, até mais baixinha, continue lendo seu livro pervertido — terminou, provocando-a.

— Você não gostaria de ir a uma missão comigo? — ela falou rápido, tudo de uma vez e suficientemente alto para que várias pessoas escutassem. Estava tão nervosa que não mediu o tom de sua voz. — Éer... Eu preciso de dinheiro e Jet...

— Tudo bem — Gajeel a cortou, escondendo toda sua satisfação por aquela situação. — Escolhe qualquer uma aí com uma boa recompensa e vamos logo! Também estou precisando de dinheiro.

— Certo! — Levy murmurou contente, as bochechas coradas de excitação e felicidade.

G&L

— Dá para você andar mais devagar? — Levy reclamou, esforçando-se para acompanhar as longas passadas do dragon slayer.

— Dá para você andar mais rápido? — replicou sem diminuir o passo.

— Não dá! Você não percebe que suas pernas são maiores que as minhas? Gajeel-idiota! — gritou irritada.

Gajeel diminuiu o passo a contragosto, tentando manter um ritmo que ela pudesse o acompanhar. Fingindo estar totalmente indiferente, ele perguntou:

— E aí, o que está escrito no papel?

— Você não estava prestando atenção quando eu disse sobre o que era? — sibilou com um tom irritado. Sem esperar uma reposta, continuou: — Argh! Bem, aqui diz que temos que de capturar alguns delinquentes que estão invadindo a biblioteca e destruindo livros e outros artefatos. 200 mil jewels para fazer isso.

— Tsc — estalou a língua, colocando as duas mãos atrás da cabeça. — Isso vai ser fácil! Diz mais alguma coisa?

— Que eles não têm hora para atacar e que são magos fortes — respondeu. — E devemos falar com o prefeito da cidade para dar OK na missão.

Os dois ficaram em silêncio e continuaram andando até a prefeitura. Não demorou mais do que alguns minutos para que chegassem. Encontraram com um prefeito desesperado, que contou tudo que estava acontecendo e praticamente implorara para que eles dessem um jeito nos bandidos que estavam fazendo aquilo com o patrimônio da cidade.

Decidiram fazer guarda em frente ao museu. As horas passavam e nada dos bandidos aparecerem. Cansada, Levy decidiu ir comprar algo para comer.

— Você vai querer algo?

— Não! — respondeu rápido. — Vai logo e não demora!

— Gajeel-idiota — sussurrou e fez um bico, indo para o mercado mais próximo.

Gajeel ficou ali esperando por longos minutos e parecia que Levy nunca voltava. Sabia que o mercado mais próximo não era tão longe do museu e, ainda assim, ela estava demorando tanto! Decidiu que ia atrás dela, apenas por precaução... Para garantir que ela continuasse segura. Quando se levantou, um homem suspeito se pôs em sua frente.

O dragon slayer sentiu o cheiro de perigo imediatamente. Ficou tenso e pronto para a batalha, mas aí ouviu um grito. Um grito distante. Era o grito de Levy. E ela chamava seu nome.

“Gajeel.”

“Me ajude, Gajeel.”

Saía da minha frente! — gritou, partindo para cima do inimigo.

— Gajeel de aço! Você não sabe como eu esperei por esse momento! — o homem alto, com cabelos tão negros como os de Gajeel, e um tapa-olho gritou dando uma risada histérica.

— Olha, eu não sei quem é você. Mas se não sair da minha frente agora, eu irei socar sua cara até que ela não exista mais! — urrou, o desespero o cobrindo por não poder ir ajudar Levy naquele momento.

Uma luta intensa foi iniciada. O mago da Fairy Tail tentava a todo custo acabar logo com o mago para ir ajudar sua pequena Levy. Apenas de pensar que ela poderia estar em perigo seu coração batia dolorosamente. Mas o mago com quem lutava, era insistente. Não importava quantas vezes Gajeel o derrubava, ele voltava a levantar e jogar sua magia de fantoches contra ele.

“Gajeel, me desculpe.”

— Levy! — ele gritou, ignorando o seu oponente. — Eu não posso mais perder meu tempo com você. Eu tenho que ajudá-la!

E deu um soco com toda sua força no mago, que caiu inconsciente. Ele procurou o cheiro da maga e correu na direção dela. Parecia que quanto mais corria, mais longe Levy ficava. Chegou a uma floresta e não demorou muito para que a visse encostada em uma árvore.

— Levy! — murmurou preocupado, puxando-a para si gentilmente. — O que aconteceu?

— Gajeel? — sussurrou e abriu os olhos. — Ah, eles estavam em dois... Eu consegui derrotar um, mas... — gemeu, segurando o braço. — A mulher suga poder mágico, eu consegui despistá-la e amarrei o outro, ali. — Fez um gesto com o queixo e Gajeel olhou na direção que ela apontou e viu um mago amarrado na árvore.

— Você fez bem, baixinha, agora deixe tudo comigo. Fique aqui que já resolvo isso! — pediu, voltando a deixá-la encostada na árvore.

Obrigada, Gajeel — murmurou antes de cair na inconsciência. E poderia jurar, que Gajeel sorrira.

G&L

Levy McGarden acordou desnorteada. Onde estava? Não sabia. Abriu os olhos com dificuldade, se sentindo sonolenta e fraca. Quando conseguiu enxergar devidamente, viu que estava na enfermaria da Fairy Tail.

— Ah, você acordou, Levy-san! — era Wendy.

— Wendy? Como eu vim parar aqui? — perguntou com a voz rouca.

— Gajeel-san te trouxe — respondeu com um sorriso meigo.

— Gajeel? Onde... — parou de falar quando o viu sentado em uma cadeira completamente adormecido.

— Ele está sentado aí desde que te trouxe — a pequena avisou, sem tirar o sorriso dos lábios.

— E faz quanto tempo isso? — perguntou totalmente surpresa.

— Dois dias.

— Meu Deus! Eu dormi isso tudo? — murmurou, completamente horrorizada.

— Sim, você tinha perdido muito sangue, Levy-san. Gajeel-san disse que lutou contra dois magos muito fortes e conseguiu derrotá-los, mas perdeu muito poder mágico. Parabéns, Levy-san! E parece que a recompensa foi dobrada.

“Por que Gajeel mentiu?”, ela pensou com um sorriso.

— Obrigada Wendy, você me curou, não foi? — perguntou retoricamente e Wendy assentiu.

— Estou saindo, se sentir mal, pode me chamar! — avisou docemente, saindo do quarto em seguida.

A maga sentou na cama de maneira mais confortável que conseguiu, seu corpo ainda estava um pouco dolorido, e olhou para o dragon slayer sentado na cadeira não tão longe de onde estava. Ele tinha a salvado mais uma vez. Ele nunca se cansaria? E Gajeel ainda tinha mentido por ela, provavelmente para não fazê-la passar “vergonha”.

No fim das contas, ele não era tão frio como aparentava.

— Será que algum dia eu terei coragem de dizer que te amo, Gajeel-idiota? — sussurrou, um sorriso tomando conta de seus lábios.

Gajeel abriu os olhos e Levy gritou assustada. Ele tinha a ouvido? Seu coração bateu mais rápido e ela levou as mãos ao rosto, totalmente constrangida, seu rosto completamente vermelho de vergonha e de ansiedade.

— Você acordou, baixinha. Finalmente, hein! — disse em um tom provocativo.

— Você também! — replicou de forma quase divertida. — Soube que você está sentado ai há dois dias.

O mago revirou os olhos e coçou a cabeça na tentativa de esconder seu constrangimento por ter sido pego no flagra. Os dois ficaram em silêncio por um instante, sem saber o que falar. Levy olhou para as próprias mãos e logo notou que precisava falar alguma coisa.

Obrigada, Gajeel. Você me salvou mais uma vez — agradeceu com sinceridade, ainda sem olhar nos olhos do dragon slayer. Tinha algo que estava a consumindo de curiosidade, então tomando toda coragem possível, respirou fundo, levantou os olhos para ele, encarando-o diretamente e perguntou: — Como você me achou?

Inicialmente ele não soube o que responder. Fora pego de surpresa. O silêncio durou mais alguns segundos antes de ele responder:

— Eu ouvi você — falou a verdade.

— Você... Me ouviu?

E então ela se lembrou de que havia chamado o nome dele. Mas fora apenas um sussurro... Como ele a ouvira?

— Sim — respondeu, levantou da cadeira e seguiu na direção da porta. E antes de sair, continuou: — Acho que não importa o quanto eu esteja longe de você, baixinha, vou sempre te ouvir, desde que você precise de mim. Eu sempre vou estar lá para te proteger, afinal, você é tão pequena! — e saiu do quarto sem ver a expressão surpresa da maga, e então sussurrou para si mesmo: — Eu também amo você.

Talvez Levy também precisasse de uma super audição para ter ouvido aquelas palavras ou eles só precisassem de um pouco mais de coragem para serem mais sinceros com o que sentiam.

Mas o que importava era que não importava o que acontecesse, Gajeel sempre ouviria Levy quando ela mais precisasse, e ela também estaria por ele.

Sempre.


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Notas finais do capítulo

Quem sentiu uma pontada de CobraxKinanna nessa oneshot levanta a mão? o o o

há! Bem, ai está, depois de muito tempo a ideia finalmente veio. E a fanfic está finalmente finalizada.

Agradeço de coração pela paciência, pelo apoio e por todos os reviews que recebi! Foi um projeto muito gostoso de escrever e adorei estar aqui com vocês. E aliás, nem imaginei que receberia tantos reviews. ^-^

Agradeço a todos que deixaram reviews e que favoritaram! Obrigada, adoro vocês! ♥

Espero que tenham gostado e deixem a opinião de vocês nesse capítulo final! Até mesmo aqueles que não comentaram antes, comentem agora falando o que acharam, pois esse é um feedback que preciso para estar melhorando sempre mais.

Beijo e até a próxima! ;) ♥