São Paulo, 17 de outubro de 2012

Falta um dia. Na realidade, do momento em que vos escrevo esse texto, faltam 23 horas e 2 minutos. Agora, um minuto a menos. E eu estou impressionada.

Esperei cento e dezessete dias para o dia que começará daqui exatas duas horas chegar. Isso descontando os dois meses no qual eu estava esperando, com ansiedade, para que as datas fossem anunciadas. Isso descontando os outros quatro meses anteriores, no qual eu os amava sem nem pensar na possibilidade de que eles pisariam em solo brasileiro naquele ano. Mas, no fim, eu sabia, intimamente, que esse era o ano.

Ouvir "Astronaut", segurando meu "No Pads, No Helmets... Just Balls", na gelada noite de ano novo, chorando e ouvindo os fogos de artifício e pessoas me chamando para comemorar a chegada de 2012 me fez pensar isso. Não me lembro de que forma pensei, mas pensei, mediante todos os aspectos.

Vamos rebobinar a fita. Para minha infância, onde eu já conhecia algumas músicas do Simple Plan - "Perfect", "I'm Just a Kid" e a clássica "What's New Scooby Doo?". Quando tinha meus nove anos, lá pra 2008, eu já sabia o que era Simple Plan e já sabia relacionar essas duas palavras germânicas com outra palavra da mesma linguagem - emo. Lindo, não?

Agora, voemos para 2011, três anos depois. Férias de julho. Como não havia nada pra fazer, comecei - finalmente, para minha salvação das tardes de tédio - a assistir MTV. Certa vez passou um clipe de uma banda lá, sabe? O nome era "Jet Lag", e eu fiquei encantada com a moça que atuava e cantava nesse clipe. As meninas do Acesso falaram logo depois que a música era de uma banda chamada Simple Plan e que os caras, por serem canadenses, fizeram uma versão francesa dessa música, que já estava se tornando um hit. Havia sido lançada a pouco mais de um mês, que eu me lembre.

A música era adorável e o clipe era mais ainda. Eu gostava de aviões! Eu gostava de garotas bonitas e loiras! Eu gostava de aeroportos! Mas, analisando agora, não sei como não consegui reparar nos lindos cinco homens que também protagonizavam aquele clipe. Especialmente o vocalista.

Passaram-se mais alguns meses. Não procurei saber nada sobre a banda e sobre a cantora. A única coisa que fiz foi baixar a tal música.

Era novembro. Minha televisão, que estava queimada há dois meses, foi trocada por uma nova. Voltei a assistir televisão como antes e, consequentemente, voltei a ver MTV.

Assistia bastante Top 10 MTV, que passava na faixa das 19h. Passava um clipe que contava a história de um astronauta, que se sentia sozinho, e depois encontrava sua amada, além de ter uma banda tocando em cima do que supostamente seria a Lua.

O nome dessa música? "Astronaut".

O nome dessa banda? Simple Plan.

Sabe como é, né? Dessa vez foi pra valer. Eu me apaixonei por essa música e tenho até vídeos daquela época cantando a música e declarando "não se preocupem, fãs de Simple Plan, eu não sou fã, eu só gosto da música".

Dá vontade de rir e chorar ao mesmo tempo ao relembrar dessa afirmação. Rir, porque foi a afirmação mais estúpida que eu já falei, até porque um ano depois eu estaria indo no show dessa tal banda que na época "eu só gostava da música".

Chorar, porque pensar que em 11 meses tanta coisa envolvendo Simple Plan + eu me deixa nostálgica.

Pedi pra que uma amiga minha me desse alguns nomes de músicas deles, pra eu ouvir. Sugeriu-me. E acredite: foi assim que começou tudo.

Em março, quase Abril, uma amiga minha me contou que um produtor musical havia anunciado que haveria show do Simple Plan no segundo semestre. E a partir daí, foi loucura, na certa.

22 de junho. As datas foram anunciadas. O tempo saiu correndo. E agora congelou aqui.

Faltam 10 minutos para a meia-noite do dia mais importante de todos, agora. Já agradeci a meus amigos, meus pais, Deus... Todo mundo.

Depois de amanhã, eu vou me sentir com um sonho realizado, totalmente.