The Future Princess escrita por Cici, Moon and Stars


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oii gente!! Cici aqui. Mais um cap pra vocês. obrigada pelas Reviews, amei, amei, amei. A Cláudia também amou!
Espero que vcs gostem desse cap. Fiz com mó carinho. Eu to adorando o Anthony *-* tão fofo
Beijos, boa leitura, e nos vemos lá em baixo



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Deixei meus braços caírem ao lado do corpo, a boca entreaberta. Não podia ter se passado 50 anos, podiam? Quer dizer, eu só dormi por algumas horas.

Olhei para o espelho empoeirado do outro lado do cômodo. Eu ainda parecia a mesma. O cabelo um pouco bagunçado e o vestido amassado pelo fato de eu estar dormindo, mas ainda tinha meus 17 anos.

-Anthony? Onde você se meteu, menino? –Uma voz masculina perguntou.

-JULIAN, EU ESTOU AQUI! –O menininho gritou, me assustando. Eu realmente podia ver as familiaridades com o meu irmão. O mesmo cabelo ruivo bagunçado da família, e os olhos verdes, um pouco mais escuros, mas ainda sim enormes, o jeitinho com que ele falava e se portava...

A porta abriu, e um menino de aparentes 17 ou 18 anos entrou. Eu quase cai pra trás. Por um instante, eu pensei que Elliot estivesse parado na porta, com aquele sorriso idiota, pronto pra fazer uma piada besta. Mas isso era impossível!

-Te achei garoto. –Ele falou, fechando a porta atrás de si e se aproximando da cama. –Você quer me deixar louc... –E então ele percebeu a minha presença. –Quem é?

Eu podia agora ver as diferenças dele para o Elliot. Ele era um pouco mais baixo, só alguns centímetros, seus cabelos não eram tão escuros quanto os de Elliot, e eram um tanto mais rebeldes. Os olhos eram de um azul tão escuro que se você olhasse por algum tempo, poderia jurar que eles eram tão negros quanto céu em noite de tempestade, ao invés dos olhos azuis claros como água cristalina com qual eu era tão acostumada.  

-O nome dela é Alicia. Ela é minha amiga. –Não sei em que momento eu passei a ser amiga dele, mas eu não me incomodei com o termo escolhido. Era bom ter um novo “amigo”, mesmo que fosse um menininho de seis anos que eu mal conhecia.

-E onde você conheceu essa Alicia? –O menino perguntou, me olhando desconfiado. Se eu estivesse na posição dele, eu também estaria desconfiada.

-Julian, deixe de ser chato! –Anthony falou, ficando de pé na cama. Pela primeira vez, notei que ele não usava sapatos. Em pé, ele ficava quase da mesma altura que o menino mais velho, que aparentemente, se chamava Julian.

“Julian, e não Elliot. Lembre-se disso Alicia!” Pensei.

-Não estou sendo chato, Anthony, mas não acho que seu pai acharia divertido se eu deixasse você sumir pelo castelo e quando eu encontrasse, você estivesse falando com uma pessoa que eu não conheço. –Ele respondeu, virando para encarar o menino, e tirando os olhos de mim. Soltei a respiração que eu nem percebi que estava prendendo.

-Você não precisa falar para o meu pai. –Ele choramingou.

-Eu estou fazendo um favor pra ele, tomando conta de você, do mesmo jeito que ele me faz um favor me deixando morar aqui quando meu avô está viajando. –Julian respondeu, afagando carinhosamente o cabelo do menino.

-Não é justo. Eu já tenho seis anos, não preciso de babá! –Anthony cruzou os braços, se deixando cair sentado na cama.

-Não me considere como babá, ou ficarei ofendido. –Julian falou, abaixando para que seu rosto ficasse na mesma altura do de Anthony, mas o tom ofendido não enfeitava a sua voz, e sim um tom brincalhão. –Me considere uma companhia pra você, que tal?

-Tá bom. –O menininho murmurou, fazendo bico. Nesse momento, eu podia jurar que estava vendo Lion sentado na minha frente, fazendo birra pois nossa mãe não o tinha permitido sair para brincar com Celeste nos jardins. –O seu avô viajou de novo? –Julian soltou um longo suspiro, antes de concordar com a cabeça. Naquele momento eu me sentia mais invisível que aquelas estatuas que meu pai mantinha no corredor, que você poderia passar por elas um milhão de vezes e nunca notar que elas estavam ali, a não ser que alguém mostrasse a você. –Mas ele vai perder o seu aniversário!

-Não ligue pra isso, pequeno. –Ele falou, forçando um sorriso nos lábios. –Eu já não ligo mais.

-Mas isso é ridículo! –Ele parecia revoltado agora, os olhos verdes esbugalhados e o cabelo cor de fogo completamente desarrumado. –É o seu aniversário de 18 anos, ele não pode perder isso!

-Ele perdeu o de 16. E o de 14, e o de 13 também. E provavelmente vai perder o de 19 ou o de 20. –Julian desistiu do sorriso forçado, deixando a expressão triste tomar conta. –Ele é um homem ocupado.

-Não importa o quão ocupado seja! –Anthony esbravejou, ficando de pé novamente. -Como ele pode perder o aniversário do único neto por causa de uma viagem de negócios estupida...?!

-Ei, calma ai menino rebelde. –Ele falou, puxando Anthony para que ele se sentasse de novo.  Eu me sentia uma expectadora agora, como se eu não estivesse realmente ali, e sim, pairando no ar, invisível, somente assistindo. –Não precisa se irritar, ok?

-Mas isso não é justo! –Anthony resmungou.

-Nem tudo na vida é justo, pequeno. –Ele falou, bagunçando mais ainda os cabelos cor de fogo do menino, que cruzou os braços novamente, bufando irritado. –Não sei por que você está tão assim. Seu pai também é super ocupado.

-Mas ele não viaja nos meus aniversários! –Anthony falou, levantando a voz na menção do pai.

-Não grita comigo, menino. Eu não te fiz nada pra você levantar o tom de voz pra mim. –Julian encarou Anthony, irritado.

-Desculpa. –Ele murmurou, um minuto depois, desviando o olhar dos olhos de Julian.

-Você está assustando a sua amiga assim. –Julian falou, balançando a cabeça na minha direção. Eu tomei um leve susto nesse momento, pois eu estava tão focada no rumo da conversa dos dois, que acabei esquecendo que eu mesma estava ali.

-Não era a minha intenção. –Ele falou, cabisbaixo, virando para mim. –Desculpe. Eu não queria te assustar.

-Você não me assustou Anthony. Não precisa se desculpar por nada. –Falei, sorrindo educadamente para ele. Ele levantou os olhos do lençol e olhou pra mim, depois sorriu. –Você é muito inteligente para um menino de seis anos. –O sorriso cresceu em seu rosto.

-Obrigado! Eu faço sete logo. –Ele falou, orgulhoso, depois parou, olhando pra mim, e virou a cabeça para o lado, os olhos brilhando de curiosidade. –Quantos anos você tem?

-Anthony! –Julian exclamou, olhando para o menino. –Isso não é pergunta que se faça a uma menina.

-Na verdade, eu não me importo. –Falei. –Eu tenho 17 anos.

-O seu cabelo é engraçado. Ele é todo grande e... –Julian deu um tapa na própria testa e eu ri com a pergunta.

-Bem, essa era a moda.

-A 50 anos atrás, talvez. –Julian murmurou.

-E qual é a moda agora? –Perguntei confusa. Julian me encarou, mas quem me respondeu foi Anthony.

-As mulheres gostam do cabelo muito liso. Parece macarrão que acabou de sair da panela. –Ele falou. –E tem gente que gosta de colocar o cabelo colorido. Tipo, rosa ou azul, mas isso não é todo mundo.

-De onde você tirou essa roupa? –Julian perguntou, me olhando de cima a baixou, o que me deixou um pouco desconfortável.

-Do meu armário. –Respondi, fazendo Anthony rir. A expressão no rosto de Julian não mudou.

-Por acaso o seu armário é um bau cheio de roupas dos anos 60? –Ele perguntou, passando a mão pelo cabelo.

-Você está me chamando de antiquada? –Perguntei, ofendida.

-Só estou falando o que eu estou vendo. Ninguém usa esse tipo de roupa há muitos anos.

-Mas você está sendo rude Julian. Não precisa ser rude com ela. –Anthony falou, engatinhando pela cama e sentando do meu lado. –Você me falou que somos cavalheiros e temos que ser educados com uma dama.

-Nunca mais eu te digo coisa alguma. –Julian falou, revirando os olhos.

-As suas roupas estão um pouco... fora de época. –Anthony falou, virando para mim. –Mas eu gosto. São bonitas.

-Muito obrigada. –Respondi, sorrindo para  o menininho. –As suas roupas também são bonitas.

-Eu gosto da blusa. As calças não são a coisa mais confortável do mundo , mas não é tão ruim. O que eu detesto mesmo são os sapatos. –Ele falou, balançando os pés cobertos somente pelas meias brancas, que não estavam tão brancas assim.

-Por acaso posso saber onde você os colocou dessa vez? –Julian perguntou.

-Ah, dessa vez está fácil. Eu deixei eles num cantinho daquele sótão cheio de coisas que ninguém usa.

-O que seria um lugar difícil? –Perguntei, olhando de um menino para o outro. Os dois trocaram risadas.

 -No topo do mastro da bandeira. –Julian falou.

-No parapeito de baixo da janela da sala de música. –Anthony continuou, contando nos dedos.

-Na antena do telhado da torre sul. –Julian murmurou.

-Enterrado 30 passos pra esquerda da entrada principal do jardim sul, perto daquela roseira branca e vermelha. –Anthony falou, e Julian virou para olhar pra ele.

-Esse eu ainda não encontrei. –Ele falou, enquanto Anthony ria. –Vamos encontrar esse seu sapato.

-O do jardim? Tem que levar uma pá. –Anthony riu, e Julian bateu de leve na cabeça dele.

-O do sótão. –Julian respondeu.

-Ah, tá bom. –Anthony respondeu, descendo da cama e virando pra mim. –Você vem com a gente, né Alicia. –Olhei para Julian, que não parecia muito confortável com a minha presença. –Julian, deixaaa ela vir! –Ele choramingou, puxando a barra da camisa do menino mais velho.

-tá bom, deixo ela vir. –Ele falou, jogando os braços para o alto em forma de rendição. Anthony correu para o meu lado, me puxando pela mão.

-Vem, eu vou te mostrar onde eu escondi. –Ele falou, com os olhos brilhando. Eu não tinha muita opção a não ser seguir meu novo “amigo” porta a fora, então foi o que eu fiz.


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Notas finais do capítulo

Então, de quem vcs acham que o Julian é parente???
Mereço Reviews??
beijos da Cici



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