The Future Princess escrita por Cici, Moon and Stars


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

AMORESSSSSSS!!!! Como eu senti saudades de vocês!!!!
Sabem como é né, época de provas e tals. Super ocupada. Vocês me conhecem, sabe que eu demoro um pouquinho e eu sinto muitoooo por isso.
O cap tá aqui pra vocês.
Dedicando ele pra Fernanda que está a uma semana ameaçando me matar e se matar e outros ars se eu não postar. Tá aqui Tree
Deixem Reviews amores pra gente saber o que vocês acham.
Essa fic não será abandonada NUNCA!!! PRINCESS FOREVAHH!!!! lol tá, vou deixar vocês lerem
Beijocas da Cic, boa leitura, e nos vemos lá em baixo.



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Depois que ensinei Anthony a soltar pipa, ele não quis parar mais. Ele me acordou nos dias seguintes com um sorriso enorme, pedindo para eu ir ajudar ele a botar a pipa no ar. Num dia particularmente frio e chuvoso, onde ninguém parecia com muita vontade de deixar ele sair, e o coitado estava com a carinha extremamente triste, eu resolvi ensina-lo a fazer a sua própria pipa.

Fomos então eu, ele e o Julian, sentamos no sótão, que era um dos únicos lugares onde não tinha ninguém arrumando nada para o baile de Halloween, e todos pareciam bastante aliviados de conseguir tirar a atenção do Anthony de ajudar a ajeitar as coisas.

Nesse momento, ele parecia completamente focado em fazer uma rabiola, e Julian, com o cabelo caindo na frente do olho, aparentemente estava tirando um cochilo. Ou pelo menos foi o que eu pensei.

–Você está me encarando. –Ele comentou, sem abrir os olhos, me fazendo pular no lugar.

–Não estou! –Respondi rapidamente. –Eu achei que você estava dormindo.

Ele deu ombros, se ajeitando contra a parede em alguma posição que fosse relativamente mais confortável para ele.

–Não, mas em alguns minutos eu vou estar. –Ele falou, tirando o cabelo do olho.

–Você fala do Anthony, mas você também precisa cortar o cabelo. –Comentei. Anthony soltou uma risada animada, que fez com que eu e o Julian virássemos para encarar ele.

–Consegui. –Ele falou, com o rosto ficando vermelho quando ele percebeu que ambos eu e o Julian estamos observando ele. –Que foi?

–Eu vou tomar um banho, por que ao contrário de certas pessoas... –Ele deu uma longa encarada no Anthony, que fingiu que não era com ele. –Eu me incomodo em ficar todo suado. –Ele levantou e se dirigiu para a porta. –Vou aproveitar para ver se a minha fantasia está pronta para hoje à noite.

–Vê isso pra mim também? –O Anthony perguntou, piscando os olhinhos verdes. O Julian encarou ele, e por um momento eu achei que ele fosse dizer que não, mas ele acabou suspirando exageradamente e balançou a cabeça que sim.

–Eu não tenho uma fantasia. –Murmurei.

–Não se preocupa. –Anthony falou, levantando e batendo a poeira da calça. Julian se encostou na porta fechada, encarando o Anthony com a sobrancelha levantada. –Eu já pensei nisso.

–Ah é? –Julian perguntou. Anthony fez uma careta.

–O que você ainda está fazendo aqui? –Anthony perguntou. –Você não ia tomar banho?

–Estou curioso pra saber no que você pensou. –Ele respondeu, com um sorriso de canto de boca. Anthony encarou ele, empurrando o cabelo dos olhos como Julian fazia o tempo todo.

–Mas você só vai ficar sabendo hoje na hora do baile. –O pequeno respondeu com um sorriso travesso.

–Esse garoto é atrevido de mais! –Julian falou, jogando os braços pra cima em rendição enquanto Anthony empurrava ele para fora da sala e enquanto eu ria da cena.

–Então... –Anthony falou, fechando a porta atrás dele. –Eu achei isso outro dia, e eu acho que cabe em você.

Ele se dirigiu a um dos baús fechados, assoprando o tampo antes de abrir, e de lá puxou um vestido longo de veludo verde musgo com vários detalhes prateados.

–E de que seria essa roupa? –Perguntei, curiosa, passando a mão pelo vestido cuidadosamente.

–Rainha dos Elfos.- Ele falou com um sorriso tímido. –Tipo aquela do...

–Senhor dos Anéis. –Concordei com a cabeça, reconhecendo o vestido do livro. –O Hobbit. Eu já li.

–Eu só vi o filme, mas é muito legal. –Anthony falou. Eu virei para encarar ele.

–Eles fizeram filme? –Perguntei, incrédula. Ele concordou.

–Os três do Senhor dos Anéis, e tem um do Hobbit também. Tem até o dragão. –Ele falou, balançando nos próprios pés. –Eu vi com o Julian.

Dei uma olhada dentro do baú, com um sorriso.

–Acho que vai servir. –Murmurei.

–Era da minha mãe. –Anthony falou baixinho. –Eu acho que vai ficar muito bem em você. Eu falei com Antônio e ele disse que pode ajudar com o seu cabelo e a maquiagem.

–Você pensou em tudo, não?- Perguntei com um sorriso carinhoso.

–É, acho que sim. –Ele respondeu, com um sorriso tímido.

–----

Desci a escada do baile, um pouco desconfortável com o número de pessoas no salão. Eu estava usando o vestido verde de veludo, com uma maquiagem básica, uma máscara verde cobrindo a parte superior do meu rosto. Meu cabelo estava praticamente todo solto, com duas pequenas tranças que se prendiam atrás, num estilo medieval e de algum jeito, minhas orelhas tinham se tornado pontudas.

Quando cheguei no pé da escada, fui surpreendida por uma pequena criatura de roupa toda preta, um chapéu com um lenço por baixo, também pretos, uma máscara de pano e uma espada de plástico na mão.

–Te achei! –Ele falou animado. –Eu disse que ia ficar bem em você.

–Desculpe, mas eu não sei quem você é. –Respondi, fingindo que não conhecia o pequeno. Anthony me encarou por um segundo, e depois levantou a máscara.

–Alicia, sou eu! –Ele falou, me olhando preocupado.

–Anthony! –Respondi exagerando no alivio. –Eu estava conversando com um garoto mascarado e com uma espada.

–Era eu! –Ele falou, abaixando a máscara de novo. –Eu sou o Zorro!

–Ah sim. –Respondi, balançando a cabeça, rindo da reação do menino. Ele um Z com a espada no meu vestido. A marca do Zorro.

–Assim você vai rasgar o meu vestido! –Falei. Ele me encarou.

–A espada é de plástico Alicia. –Ele respondeu me encarando e me mostrando a espada. Eu o encarei boquiaberta por um momento antes de começar a rir.

–Você tem certeza que você tem só seis anos menino? –Perguntei. Ele abriu um sorriso de orelha a orelha.

–Quase sete! –ele respondeu, animado.

Alguém se aproximou por trás de mim, me segurando pelo cotovelo, me fazendo dar um pulo. Quando eu virei para ver quem era, reconheci Julian, por trás de uma máscara que cobria metade do seu rosto.

–E você é quem? –Perguntei, cruzando os braços. A verdade é que eu não conhecia mais da metade das fantasias que as pessoas estavam usando.

–Eu sou o Fantasma da Opera. –Ele respondeu, passando a mão pela capa preta, que estava jogada sobre seus ombros, cobrindo uma boa parte do seu smoking preto. –E deixa eu adivinhar.... rainha dos Elfos?

–Eu tenho até as orelhinhas pontudas. –Falei, fazendo ele rir. Ele me ofereceu o braço, e, depois de um momento de hesitação, eu aceitei.

–Quer dançar?

–Não. –Respondi rápido até de mais. Eu não gosto de dançar. Eu não sei dançar. Sem dança.

–Ok, não para dançar. –Julian deu ombros. Anthony já tinha corrido para o outro lado do salão para falar com a menina de cabelo bicolor. –Foi só uma sugestão.

–Julian. –Murmurei baixinho. Ele virou para olhar pra mim. –Não é um baile a fantasia? –Ele concordou com a cabeça. –O seu avô está de terno.

Nós dois viramos discretamente para olhar para o Elliot, que estava com um terno, conversando com outras pessoas mascaradas.

–Ah mas ele está sim. -Julian murmurou com um sorriso. –Todo ano ele coloca um terno e diz que está fantasiado de Bruce Wayne. Sabe, o álter-ego do Batman.

–Eu sei quem é Bruce Wayne! –Falei, quase ofendida. Ele riu, levantando as mãos em rendição.

–Julian. –Anthony chamou, puxando a capa dele. –Julian!

–Que foi Anthony? –Ele perguntou. Anthony olhou pro Julian, depois pra mim e o rosto dele ficou vermelho.

–Eu preciso ir ao banheiro. –Ele sussurrou. Julian levantou uma sobrancelha.

–Tá, e você tá me falando isso por que...? –O rosto do Anthony ficou mais vermelho ainda.

–Eu preciso de ajuda. –Ele falou, completamente sem graça. –Eu não consigo tirar a roupa.

Julian suspirou e ofereceu a mão para o pequeno, que estava quicando nos próprios pés.

–A gente já volta. –Julian me falou. Concordei, segurando uma risada.

Observei os dois até eles saírem da minha linha de visão, se misturando com a massa de pessoas de roupa colorida. No momento que eu perdi eles de vista eu me senti observada. Queria sair de perto da multidão de pessoas que pareciam estar todas com os olhos em cima de mim.

Devagar, eu fui me afastando da parte mais lotada do salão, até que eu estivesse do lado da pilastra perto da escadaria, num lugar onde pouca gente ficava. Me encostei contra a pilastra de mármore branco, e me permiti me perder nos meus pensamentos por um minuto.

Por um momento eu quase vi meu irmão e Celeste correndo pela escada, e o Elliot com um sorriso charmoso parado do meu lado, fazendo comentários ridículos sobre qualquer coisa que estivesse na linha de visão dele. Fiquei tão envolvida nas minhas memórias que não percebi a pessoa que se aproximava de mim, até que ele estivesse parado do meu lado.

–Você é a namorada do Julian, sim? –Lion perguntou. Eu levei alguns momentos para responder. Ele estava usando uma coroa nos cabelos, que se misturavam entre ruivo e branco. Os grandes olhos verdes não eram mais aqueles olhos curiosos, mas sim olhos que já tinham visto muita coisa, e ainda sim eram amigáveis e um sorriso alegre estampava seu rosto.

–Ahn.... é.–Murmurei, sem saber exatamente como reagir ao fato que eu estava falando com Lion. Ou melhor, ele estava falando comigo. Meus olhos se encheram de lágrimas e eu olhei para o chão que ele não visse. Mas foi só por um minuto que eu consegui não olhar para ele.

–É o Rei Pedro. –Ele falou, quando percebeu que eu estava o encarando de cima a baixo. Meu rosto ficou vermelho. –Sabe, Nárnia.

–Sim, sua alteza. –Concordei. –Eu li os livros.

–Eu os li faz tanto tempo que parece uma eternidade. –Ele comentou. Eu sei, eu me lembro. Ele veio confessar que tinha pego o meu livro emprestado sem a minha permissão por que ele queria ler, mas jurou que ia me devolver bem rápido. –O meu favorito é A Cadeira de Prata, e o seu?

–O sobrinho do Mago. –Murmurei.

–Você gosta de ler? –Ele perguntou. Concordei com a cabeça. –É bom hábito. Queria que Anthony se acostumasse a isso mais do que a ficar jogando vídeo games o dia todo.

–Creio que ele ainda não sabe ler senhor. –Comentei, com um sorriso. Ele parou por um momento e depois riu.

–É verdade. –Ele balançou a cabeça. –Mas nunca é cedo para se começar, não acha?

–É verdade.- Concordei.

–Se não se importa eu perguntar, -Ele falou, gesticulando com a mão que segurava uma taça de vinho. –Por que não está dançando e se divertindo com todo mundo?

–Eu não gosto muito desse tipo de coisa, sua majestade. – Falei, com o rosto ficando ainda mais vermelho. –Para ser sincera, eu não estou muito acostumada com isso.

Ele deu uma risada, seus olhos parecendo que estavam viajando para um tempo distante, como eu estava antes dele chegar.

–Você me lembra muito uma pessoa. –Ele falou.

–Quem, sua majestade? –Perguntei. –Se não se importa eu perguntar.

–De jeito algum. –Ele falou, balançando a cabeça, o sorriso ainda estampado nos lábios. – Você me lembra a minha irmã. –Por um momento, eu vi o sorriso desaparecer dos seus lábios, e isso encheu meus olhos de lágrimas novamente. –Vocês duas talvez pudessem ser amigas, se tivessem se conhecido.

–Ah... – Comentei, e a conversa virou um silencio. Nós dois olhávamos para a multidão em nossa frente, com os olhos perdidos num passado que se fora a muito. Pelo menos para ele.

Depois de um minuto, ele virou para mim.

–Eu devo ir. –Ele murmurou. –Eu preciso encontrar Lorde Elliot. Ele fica um pouco... hum, para baixo quando ele esses bailes acontecem. Sabe, algumas memorias ruins de um tempo longínquo ainda o afligem.

–Foi um prazer, sua alteza. –Falei, fazendo uma reverencia. Ele concordou com a cabeça antes de se afastar. Alguns segundos depois, Julian e Anthony estavam de volta e eu continuava na mesma posição, ainda com os olhos beirando as lágrimas.

–Você estava conversando com o meu avô? –Anthony perguntou curioso, seus olhos verdes me encarando amavelmente. Eu desatei a chorar.

–Alicia? –Julian perguntou, mas eu já tinha saído num passo rápido, quase correndo, fazendo o caminho que eu já era acostumada, que me levava para o meu quarto no o segundo andar.

Fechei a porta atrás de mim, as lágrimas correndo pelas minhas bochechas. Me apoiei na parede, minhas pernas não aguentando mais o meu peso, me carregando diretamente para o chão e fiquei lá sentada, me permitindo chorar por tudo que eu perdi.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O próximo cap é com a Monique.
Deixem reviews pra eu saber se vocês gostaram ou se eu perdi o jeito da coisa XD
Beijos da Cici



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