The Future Princess escrita por Cici, Moon and Stars


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oi galera, eu esperei um tempo pra ver se a Claudia ia escrever o cap, mas aparentemente ela não podia (Escrever ela não podia mas ficar postando coisa de anime no face ela podia, né? Mas deixa quieto) por isso que demorou o cap. Não vai demorar mais assim ok?
Cap com surpresas pra vocês
Espero que gostem



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Anthony estava rindo, não sei se de mim ou do Julian. Virei para olhar Julian por um minuto, e se eu não estivesse tão surpresa e assustada com a ideia, talvez eu estivesse rindo também. Celeste definitivamente não conversou com ele sobre isso. A boca dele estava aberta e os olhos arregalados. Os cabelos negros estavam caindo sobre os olhos azuis e ele parecia genuinamente chocado. Eu provavelmente não estava muito diferente daquilo.

-Ops. Acho que você se esqueceu de comentar isso antes, né vó?-Anthony falou, entre gargalhadas.

-Mas isso não vai dar certo nunca! –Julian resmungou, assumindo aquela postura, com os braços cruzados na frente do corpo.

-Eu não sei se consigo fazer isso. –Murmurei, baixinho.               Quero dizer, pra fingir que você esta namorando alguém, você teria que beijar essa pessoa certo? EU nunca na minha vida beijei ninguém! -Eu nunca estive em algo que possa ser considerado um relacionamento de verdade, eu nem sei como é isso. –Eu falei, tão baixo que acho que nem eu mesma me ouvi, mas eu estava errada, por que o Julian olhou para mim.

-Você nunca namorou? –Ele perguntou, ainda surpreso. Eu pude sentir o meu rosto ficar vermelho e xinguei mentalmente pelo fato de ele me lembrar tanto o Elliot. Neguei com a cabeça.

-Algum dos dois tem uma ideia melhor? –Ela perguntou, olhando de mim para o Julian.

-Três. –Anthony falou.

-Que? –Julian virou a cabeça para olhar pra ele.

-Ela falou dois, e nós somos três. –Ele olhou para o chão enquanto falava.

-Alguma ideia melhor? –Todos ficaram em silêncio por alguns minutos, até que um por um, murmuramos “não” –Então, até que alguém ache alguma ideia melhor, essa é a que vai ficar, ok?

-Tá bom, mas se não der certo, não é minha culpa. –Julian deu ombros, ainda na mesma posição que estava ficando habitual.

-JULIAN? –Algum chamou. –ANTHONY?

-É a Loreta. Ela provavelmente vai me mandar ir tomar banho. –Anthony falou, deixando os ombros caírem, como se a ideia de tomar banho fosse a coisa mais desanimadora do mundo. Ele levantou meio destrambelhado e abriu a porta, dando um grito. –A GENTE TÁ AQUI EM CIMA!

-Eu vou me arrumar para o almoço. Seu avô avisou que teremos companhia hoje. –E com isso, Celeste foi em direção da escada.

-AQUI AONDE, ANTHONY? –A voz na menina gritou. Anthony girou os olhos.

-Eu vou lá achar ela. –Ele resmungou, indo pra escada. –Lerda. –Ele murmurou pra si mesmo, me fazendo rir. Julian esperou Anthony fechar a porta para virar para mim.

-A gente começou meio que com o pé esquerdo. –Ele falou, passando a mão pelo cabelo. Eu desejei silenciosamente que ele não fizesse isso. Só fazia me lembrar mais e mais do Elliot, e isso já estava começando a me deixar irritada.

-Pois é. –Respondi, trocando o peso de um pé para o outro, desconfortável.

-É só que é um pouco difícil entender uma pessoa que surgiu do nada e eu só estava...

-Você estava protegendo o Anthony. –Murmurei, concordando com a cabeça. –Sabe, eu tenho, ou tive, já não sei mais, um irmão mais novo. Eu faria a mesma coisa no seu lugar. Algo que ele não ia assumir NUNCA, mas eu tinha tanta certeza quando eu tinha certeza de que o céu era azul que ele estava com ciúmes. Mas é claro que eu não ia falar nada e arriscar de ele se irritar comigo de novo.

-É. Então, a gente pode se entender numa boa? –Ele perguntou, estendendo a mão. Eu a segurei, com um sorriso.

-Numa boa. –Falei.

-AQUI em cima. –Ouvi o Anthony falar do outro lado da porta. Considerei soltar a mão do Julian, mas repensei. Se eu ia ter que fingir que estava com ele, o mínimo que eu tinha que fazer era segurar a mão dele.

Anthony veio porta adentro com uma criatura muito estranha seguindo ele. Era uma garota, que provavelmente era da minha idade, e com a metade de cima do cabelo pintado de rosa choque, e o resto de um azul claro, mais ou menos da cor do meu vestido. O cabelo era liso, repicado nas pontas, como se ela mesma tivesse pegado uma tesoura e cortado, e mais ou menos a altura do ombro.

-Por que vocês ficam se escondendo? Que coisa. Só dá mais trabalho para achar. –Ela resmungou, respirando pesadamente, como se Anthony a estivesse fazendo correr, o que eu não duvidava que ele estivesse.

-Um bom dia pra você também Loreta. –Julian respondeu, revirando os olhos para a garota, que fez uma careta. Ela desviou os olhos para mim. Ela balançou a cabeça.

-Vamos uma coisa de cada vez. Quem é? –Ela apontou para mim.

-Te interessa? –Anthony perguntou.

-Hey, shiu, criança atacada. –Julian falou, dando dois tapinhas carinhosamente no topo da cabeça do pequeno. –Essa é a Alicia.

-Ela é a namorada do Julian. –Anthony murmurou feliz. E eu senti o meu rosto ficar vermelho. Julian ainda estava segurando a minha mão.

-Eu não sabia que você namorava. –Ela falou, parecendo confusa.

-Ela vai ficar um tempinho aqui com a gente. –Anthony falou com um sorriso maior do que o rosto.

-Tá, depois eu entendo isso. Eu vim aqui falar com você. –Ela apontou para o Julian. –E com você. –Virou para o Anthony. –Mas com você primeiro.

-Fala Loreta. –Julian respondeu, dando um suspiro paciente. Os dois pareciam estar acostumados com o jeito meio perdido da menina.

-Antes que você fique tonta de tanto virar de um lado pro outro. –Anthony murmurou balançando os braços do lado do corpo.

-Tem alguém pra ver você no salão de música. –Ah que saudades do salão de música. Eu passava horas lá, tocando violino ou flauta ou ouvindo o Elliot tocar piano para mim. Nunca consegui levar jeito para o Piano, apesar das constantes tentativas de me ensinarem, mas o Elliot sempre teve um dom para o instrumento, então eu ficava ouvindo enquanto ele tocava música depois de música. –E você tem que ir para o ban.... –Ela virou para falar com Anthony, mas ele já estava em seu caminho para a porta.

-Obrigada Loreta, considere o que você veio falar avisado. –Ele abriu a porta e ela olhou confusa.

-Quando eu for me arrumar eu mando ele tomar banho. –Julian assegurou.

-Se alguém brigar comigo eu vou culpar você. –Ela falou, descendo as escadas. Anthony começou a rir.

-Eu estou a quatro anos tentando enlouquecer ela. –Anthony falou orgulhoso, como se isso fosse algum jogo particular no qual ele estava ganhando. Ele começou a descer a escada, e Julian me puxou pela mão para que eu o seguisse. O Julian amigável era muito mais agradável que o Julian irritado.

-E eu estou a quatro anos tentando impedir que ele consiga isso. –Julian murmurou baixo, para que o pequeno que andava um pouco mais a frente não o ouvisse. -Mas eu não estou tendo muito sucesso nesse quesito.

-Quem quer falar com você, Julian? –Anthony perguntou, começando a andar de cotas. Eu estava vendo o momento que ele ia tropeçar e cair no chão.

-Eu ouvi as mesmas coisas que você. –Ele deu ombros, despreocupado.

-Cinquenta anos e esse lugar continua o mesmo. –Murmurei, surpresa. Julian e Anthony viraram pra me olhar. –Quando eu era pequena, eu costumava me esconder das aulas dentro desse vaso.- Apontei para um vaso enorme que ficava encostada na parede.- Eu deixei umas bolinhas de gude ai. Vê se ainda estão. Duas azuis e uma verde. –Anthony colocou o braço dentro do vaso, quase caindo dentro dele, e puxou três bolinhas de gude de lá.

-Que show!- Ele falou animado, observando as bolinhas de vidro.

-Pode ficar com elas se quiser. –Dei ombros. Elliot tinha me ensinado a jogar, e ele me deu algumas das bolinhas dele pra eu ficar brincando.

-Você sabe jogar, Julian? –Anthony perguntou animado. Julian concordou com a cabeça.

-Meu avô me ensinou.

-E você , Alicia? –Ele virou pra mim e eu concordei. –Vocês vão me ensinar, né?

-Você nunca jogou bolinha de gude?- Ele negou. –Bafo? Soltou pipa? Rodou pião?

-Nunca.

-O que fizeram com a infância das pessoas? –Perguntei, abismada

-Eu sei jogar Mario. –Ele riu da minha cara de confusão. –É um Videogame.

-Tipo Atari? –Perguntei. O Atari era o sucesso da minha época, e todo mundo queria um.

-Nossa, o Atari é clássico. –Julian murmurou. - Ainda prefiro o Nintendo 64, mas o Atari foi tipo, o primeiro game a ser lançado.

-Me senti velha agora. –Resmunguei, fazendo eles rirem.

-Eu vou te ensinar a jogar. –Anthony falou. –Só que o Julian tem que me ajudar, por que eu ainda não sei todos os comandos.

O pequeno seguiu o resto do caminho falando sobre os jogos que ele gostava. Aparentemente, tinha um tal de x-box que tinha um sensor que captava movimento da pessoa e eu não entendi nada.

-Eu ainda quero saber quem quer falar com o Julian. –Anthony murmurou, empurrando as portas duplas de madeira da sala de música. Eu parei de andar, respirando fundo.

-Tudo bem? –Julian perguntou parando do meu lado.

-Eu passei bastante tempo da minha vida nesse lugar. –Falei, encarando a parede. –É só que... eu não sei o que é. Desculpe.

-De boa, vai ficar tudo bem, relaxa. –Ele falou, segurando a minha mão de novo, e apertando de leve. Sorri um pouco com o gesto amigável. Respirei fundo novamente e concordei com a cabeça, deixando que ele me levasse pela mão. –Além do que, esse lugar não mudou muito nos últimos anos.

-Esse lugar não muda muito nunca. –Corrigi, o fazendo rir enquanto passávamos pela porta. Achei um pouco estranho o Anthony não ter vindo ver o motivo de termos ficado para trás, mas não considerei.

O lugar, como Julian disse, não tinha mudado muito. O Piano de cauda preto continuava num canto, a lareira, agradavelmente acessa no meio da parede com a mesma pintura de uma bela paisagem, alguns sofás, perto das paredes, e algumas estantes, com vários livros e pastas com partituras, e no canto, o grande armário de Mogno escuro onde ficavam guardados os instrumentos como o meu violino e a minha flauta. Senti a mão do Julian apertar com mais força a minha e ele ficar tenso do nada.

-Ih. –Anthony murmurou. Forcei meus olhos a desviarem dos detalhes da sala para Anthony, que estava parado alguns passos a frente, e depois pra onde ele e o Julian estavam olhando.

Um homem estava parado perto da lareira, com um terno escuro, encarando Julian. Ele tinha cabelos negros, começando a ficar brancos por causa da idade e olhos azuis claros. Era impossível não notar a semelhança entre os dois. Prendi a respiração, apertando a mão do Julian de volta.

-Olá Julian. –O homem falou, sem desviar os olhos dele.

-Oi vô. 


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?
O proximo cap deve ser comigo de novo, então não vou demorar muito.
Deixem reviews genteee!!! Quanto mais reviews, mas rápido o próximo cap.
Cici