Seis ANOS DEPOIS...

O tempo passou, não sei dizer se foi rápido ou demorado, mas muitas coisas mudaram em minha vida: Voltei para o Brasil, logo após o ocorrido com Logan, terminei minha faculdade de turismo, virei gerente geral do Sheraton, o que me possibilitava de não ficar indo sempre ao trabalho, ou seja, mais tempo para viajar e focar na minha antiga paixão, que poucos sabiam: fotografia. Acabei fazendo um curso de fotografia e sempre que eu viajava, levava minha câmera comigo, gostava de capturar os momentos.

Eu, infelizmente, havia me afastado de todos os meus amigos: Sam, Carlos, James, Kendall e Zoey. Trocava um e-mail ou outros às vezes, mas não passava disso, mas eu ainda tinha a Carol. Havia excluído todas as minhas contas públicas na internet por motivos pessoais.

O que ocorreu com Logan me fez mudar muito, me fez crescer muito. Depois daquele dia eu não conseguia mais voltar atrás, não vou negar: sentia sua falta. Logan sempre foi muito bom para mim, mas agora era passado.

– Mamãe! – gritou minha pequena Annabeth. – Não acho a boneca que o Tio Tyler me deu pra levar na viagem!

Logo após dois meses que eu cheguei ao Brasil, descobri que estava grávida, isso não me fez ficar triste, pois sabia que poderia contar com os meus pais e meu irmão.

Ninguém além de minha família e Carol sabiam que eu tinha uma filha, às vezes dizia que ela era só uma priminha distante, não queria que ninguém (Logan) soubesse dela, eu não queria dinheiro nem contato com ele.

Minha Annie era a coisa mais preciosa que eu tinha em minha vida, com seus cinco aninhos era linda, engraçada, gentil... Seus cabelos eram pretos iguais aos do pai, porém tinham cachos nas pontas, sua pele era branquinha, seu sorriso era torto e seus olhos... Ah, seus olhos eu tinha que me orgulhar por serem iguais aos meus, de um tom castanho claro, quase um mel. Eu vivia pela Annie.

– Acalme-se queria! – disse finalmente a pegando no colo. – Nós vamos encontra-la.

**

– Pegaram tudo, queridas? – Perguntou mais uma vez minha mãe, se direcionando a mim e a Carol.

– Sim, mãe, pegamos tudo! – respondi. – E antes que pergunte, já peguei todas as coisas de Annie também!

Minha mãe abriu um sorriso, sempre pedia para que eu deixasse Annabeth com ela quando eu viajasse, mas não conseguia deixa-la, eu tinha que leva-la.

– Tudo bem, vão com Deus!

Despedimos-nos e entramos no táxi que nos levaria ao aeroporto.

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– Cara, esse voo foi sem fim! – reclamou Carol, mais uma vez, quando estávamos adentrando o nosso quarto, estávamos em um hotel de frente para o Central Park, NY.

– Carol, você disse isso umas trilhões de vezes! – disse rindo.

– Você sabe como é, não consigo dormir!

– Nem eu, e eu estou aqui sem reclamar! – dei língua pra ela.

Tratamos de arrumar logo nossas coisas. Assim que terminamos já eram oitos horas da noite.

– Mamãe, estou com fome! – exclamou Annie.

– Pequena Annie, o que você me diz de sairmos para jantar? – disse Carol a pegando no colo.

– Seria ótimo! – disse ela.

Annie não tinha problema com nada, até sabia falar um pouco de inglês e se não soubesse falar alguma coisa, perguntava sem medo. De tímida, essa menina não tem nada.

– Mas antes, a senhorita vai por um casaco! – disse jogando um casaco em direção a Carol.

– Vamos? – perguntou Carol.

– Vamos! – respondi pegando minha bolsa e pegando na mãozinha de Annie, que estava engraçadinha usando um casaco “acolchoado” e botas.

Fomos andando e conversando pela grande NY, fizemos uma nota mental de que iríamos passear no Central Park no dia seguinte.

Chegando ao restaurante dei graças por não estar muito lotado, assim poderíamos jantar em um ambiente sossegado. Terminamos de jantar e voltamos para o hotel, estávamos exaustas, tínhamos que descansar.

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– Vamos logo! – Annabeth não parava de pular. – Vai que o lugar fecha!

– Já estamos indo! – disse Carol.

Chegando ao Central Park ficamos todas encantadas com o lugar, era um ambiente tranquilo, famílias brincavam na grama, outras faziam seus piqueniques, cachorros corriam atrás de seus brinquedos, o lugar era perfeito.

Annie não parava de falar que queria dar comidinha aos patos, e então fomos lá dar a comida aos patos.

– Olha aquele! Ele é bem grande! – exclamou ela.

Eu e Carol sorrimos uma para outra vendo a felicidade de minha pequena, ela ficava maravilhada com animais. Ficamos um tempo jogando comida para eles, até que decidimos parar para comer um cachorro quente.

– Elena! – exclamou Carol com olhos arregalados!

– O que foi? – perguntei preocupada.

– Vamos embora daqui! – disse ela se levantando e jogando os restos no lixo. – Anda!

Carol pegou Annie no colo e eu a segui, Carol me contaria tintim por tintim quando chegássemos ao hotel.

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– O que aconteceu? – perguntei, logo depois de ter dado banho e posto Annie para descansar um pouco.

– Você não sabe quem eu vi! – disse ela colocando as mãos na cabeça.

– Quem você vi...

Não consegui terminar a frase, pois escutamos batidas na porta. Eu e Carol nos olhamos confusas, pois não estávamos esperando ninguém e não pedimos serviço de quarto.

– Quem é? – perguntei abrindo a porta, logo em seguida meu queixo estava no chão.

– Olá, querida prima sumida! – disse Sam entrando no quarto que foi acompanhada pela matilha toda: Carlos, Kendall, Zoey, James e, claro, Logan.

– ELENA! – disse Zoey quase me matando pelo seu abraço bem apertado. – Como você mudou!

– Que saudade eu estava de você! – disse a abraçando também.

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Depois de todos terem se cumprimentado e eu ter apresentado Carol a todos, nos sentamos nos sofás que tinham lá. Dei muitas graças, pois Annabeth estava dormindo e fechei a porta do quarto, então daria um jeito, mesmo sem querer, de falar rápido com eles.

– Como vocês me encontraram aqui? – perguntei, tentando desviar o máximo o meu olhar para Logan.

– Vi vocês no Central Park, te reconheço de costas, mesmo com esse cabelo cortado no ombro! – disse James. – Você pode raspar a cabeça que eu vou te reconhecer.

– Duvido! – todos riram. – Mas como conseguiram subir aqui?

– Vamos dizer que, rum... – começou Kendall. – Temos uns contatos.

Mais uma vez todos riram e conversamos mais um pouco, a conversa estava indo super bem, até que eu ouvi um barulho de porta sem aberta.

– Mamãe? – disse Annabeth chegando perto e abrindo os braços para que eu pudesse pegá-la e por no meu colo, e eu o fiz. – Perdi o sono.

– MÃE? – Exclamou Logan.