E assim elas caminharam de volta para o estacionamento, com Quinn carregando Harmony no colo com um braço e sua mão livre entrelaçada com a de Rachel, que sorria para a interação das duas.

    Rachel acenava para o trem cada vez mais distante, uma expressão tristonha em seu rosto. Santana, Kurt e Harmony observavam a morena que não tirou os olhos do trem até que o mesmo sumiu no horizonte.

     “Meu Deus, larga de ser dramática, vocês vão ficar 5 dias sem se ver, não um ano!” –reclamou Santana, cansada do drama da mais baixa.

     “Toda vez é a mesma coisa, não sei porque você ainda reclama.” –disse Kurt, revirando os olhos.

     “Vocês dois deviam me entender, afinal vocês também sabem quão ruim é ficar longe da pessoa amada.” –reclamou Rachel.

     “Na-na-na!  Nós estamos longe de quem amamos, sim, mas olha a diferença de distância e há quanto tempo nós não nos vemos.” –disse a latina, fazendo a  judia revirar os olhos.

     “E não se esqueça de que nós dois temos relacionamentos sérios com as pessoas que amamos, já que não temos medo de admitir nossos sentimentos.” –completou Kurt.

       Rachel bufou, percebendo que seus amigos não se esqueceram da conversa que ela disse que teriam assim que Quinn fosse embora.

       “Será que vocês podem pelo menos esperar até a gente chegar em casa?” –perguntou a mais baixa e os dois concordaram.

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      Os 4 chegaram no apartamento e assim que Santana abriu a porta Kurt saiu correndo em direção ao corredor que levava aos quartos, parando na frente da porta do mesmo, enquanto Harmony corria para a porta do lavabo da sala e Santana para a porta da cozinha, fazendo Rachel revirar os olhos.

      “Nós vamos conversar ou vocês três vão ficar brincando de estátua?” –perguntou a morena, se sentando no sofá.

      Harmony foi a primeira a se mover, seguindo até o sofá e sentando no colo de Rachel.

       “Tia San, tio Kurt, ela não vai fugir, podem relaxar.” –disse a garota, fazendo Rachel sorrir.

        Santana e Kurt seguiram até o sofá, sentando cada um de um lado da morena.

       “Então...” –disse Rachel após minutos de silêncio incomodo- “Achei que vocês queriam conversar.” –completou irônica.

      “Eu vou simplificar as coisas: A gente sabe que você gosta da Quinn. Muito. A gente também sabe que faz muito tempo. A gente só quer saber porque você fica sentada babando que nem um cachorrinho em vez de agir.” –disse Santana direta.

     “Agir? Santana a Quinn é hétero! Não sei se você bateu com a cabeça em algum lugar hoje, mas vou te lembrar que isso significa que ela gosta de homens. Seres humanos que tem pinto!” –disse a morena pausadamente como se Santana fosse uma criança birrenta.

     “Mamãe!” –repreendeu Harmony, fazendo Rachel levar a mão à boca ao perceber a última palavra que havia dito.

    “Sobre a parte do pinto, acho que não será problema, RuPaul.” –disse a latina, relembrando o apelido colocado na morena pela própria Quinn- “Agora tudo faz sentido, seres humanos com pinto, o apelido super carinhoso de ‘RuPaul’...” –continuou, apenas para irritar a morena.

    “Santana o que eu disse sobre esses apelidos?! E olha essa boca suja, Harmony está aqui!” –repreendeu Rachel, vermelha de raiva.

   “Desculpa, mãe, você que trouxe isso à tona, não eu! E foi você que começou com as obscenidades, não coloque a culpa em mim!” –disse Santana colocando as mãos acima da cabeça como em rendição.

    “Antes que vocês saiam no tapa, a Harmony tinha dito que a Quinn era algo dela, o quê?” –perguntou Kurt, mesmo que os dois já soubessem –ou achassem que sabiam- a resposta.

   “Hmm..é meio que...ahn...” –começou Rachel, ou tentou começar.

   “Quinn é minha mãe!” –respondeu Harmony sorrindo.

    Santana e Kurt sorriram ao constatar que haviam acertado. Quinn e Rachel tiveram –ou seria teriam (?)-uma filha: Harmony.

    Mas uma coisa não fazia sentido ainda: Se Rachel sabia que Harmony é filha de Quinn...por que ela insiste que seus sentimentos não são correspondidos?!