Quinze dias se passaram, minha lua de mel foi simplesmente perfeita, não há outra palavra para defini-la, Damon fez todas as minhas vontades, as vezes me pergunto se ele existe mesmo. Damon e eu visitamos todos os pontos turisticos de Paris, comprei várias roupas novas, amanhã nós já vamos embora, isso me da uma tristeza, voltar para a vida real, voltar para a realidade. Acabei de arrumar minha mala, já era quase meia noite, Damon e eu dormimos abraçados como todas as outras noites. Acordei com Damon sentado do meu lado, ver seus olhos pela manhã é tão perfeito.
- Bom dia marido - sorri e me sentei na cama, puxei Damon pela nuca e o beijei.
- Bom dia esposa - ele me beijou de novo.
- Quer ir tomar o café da manhã?
- Não - choraminguei, puxei Damon para cima de mim, eu estava deitada e ele em cima de mim, com o sorriso mais lindo do mundo.
- Quer que eu peça no quarto então?
- Prefiro.
- Ok - ele sorriu e se levantou.
 Damon fez nosso pedido e voltou para a cama, me beijou.
- Eu vou sentir falta de Paris - fiz beicinho.
- Eu também vou, mas nós podemos voltar sempre que você quiser.
- Ah Damon, assim eu fico mimada.
- É essa a minha intensão - ele riu e voltou a me beijar.
  Sua mão deslizou pela lateral do meu corpo, levantando minha camisola azul clara, eu sorri entre o beijo, minha mão deslizou até a nuca dele, puxando de leve seu cabelo, Damon tirou minha camisola e depois sua calça de pijama, lentamente ele tirou minha calcinha e levou seus dedos em minha intimidade, soltei um gemido abafado por seus labios, ele tirou e os levou na boca, mordi meu labio inferior, tirei sua cueca box preta, seu membro já estava totalmente ereto, respirei fundo sorrindo, Damon levantou minha duas mãos no alto da minha cabeça e ficou as segurando, não deixando eu abaixa-las, voltou a me beijar e me penetrou fundo, soltei um gemido mais alto, Damon sorriu com malicia e começou a fazer movimentos de vai e vem, era como o paraiso, ele mordeu meu labio inferior.
- Eu. Te. Amo - ele falou entre gemidos, seus labios tocando levemente os meus.
 Não tive forças para falar, atingimos nosso ápice juntos, Damon ficou dentro de mim por mais um tempo, e depois se deitou do meu lado, ouvi o garçom falar serviço de quarto, tentei levantar mas meu corpo não correspondeu, Damon se levantou vestiu sua calça e foi abrir a porta, eu fiquei lá deitada mais um tempo, apenas puxei o lençol para cima do meu corpo, me virei de lado e fiquei olhando a torre Eiffel pela enorme porta de vidro, eu vou sentir falta daqui, vou sentir falta de ficar todos os dias com meu marido, sem ninguém para nos infernizar, não sei o que vai ser quando eu voltar para Vancouver, só espero que tudo continue assim.
- Prontinho - Damon colocou a bandeija na cama.
  Fiquei sem palavras, só em meus inumeros pensamentos, Damon percebeu, ele se sentou ao meu lado, me puxando para seu colo, me sentei entre suas pernas.
- O que foi?
- Eu estou com medo do que vai acontecer daqui pra frente.
- Elena, vai continuar tudo do jeito que está.
- Damon, isso é pouco provavel.
- Não vamos pensar nisso agora certo? vamos aproveitar nossas ultimas horas em Paris - ele beijou meu rosto.
- Tudo bem - sorri.
 Tomamos nosso café da manhã, Damon deu morangos com chocolate em minha boca, e aquele medo passou, pois eu sei que não importa o que aconteça Damon vai estar ao meu lado, nós nos amamos, e estaremos juntos sempre.

 Felippe nos levou até o aeroporto, entramos pela outra entrada, nos despedimos do Felippe e entramos no jatinho, Kamilla nos recebeu da mesma forma que na outra vez, me sentei na poltrona, Damon ao meu lado, fiquei lendo o meu livro, quase a viagem toda. Saimos duas e quarenta da tarde, provavelmente chegaremos umas oito e meia da manhã.
 Chegamos oito e cinquenta, a torre demorou um pouco para autorizar o pouso, me despedi de Kamilla, agradeci aos pilotos, entrei no carro que estava a nossa espera, estou com saudade do meu carro, de dirigir. O motorista parou na frente da nossa casa, sim ainda vamos morar na mansão Salvatore. Desfizemos nossas malas e almoçamos fora, Stefan não estava em casa, depois fomos até a casa da Caroline, quando chegamos não tinha ninguém, entrei com a minha chave e estava vazia, peguei meu celular e liguei para a Caroline, ela não atendeu, tentei a Rebekah, ela não atendeu, liguei para o Nate, ele atendeu no terceito toque.
- Elena.
- Oi, Nate, tudo bem?
- É...
- É o que? o que foi? cadê a Caroline?
- Elena, calma. - porque tenho que ficar calma?
- Nathaniel o que foi? - eu estava preocupada.
- Pode vir aqui no hospital?
- Hospital? o que aconteceu?
- Elena, eu te explico quando chegar.
- Estou indo. - desliguei.
- O que foi Lena? - Damon perguntou vendo minha preocupação.
- Não sei, mas temos que ir no hospital.
- Tudo bem, vamos.
 Voltamos ao carro, Damon dirigiu até o hospital, assim que cheguei Nate estava na porta.
- Elena. - ele me olhou com um olhar triste, cansado.
- Nate o que foi? pode começar a falar, agora.
- A Car - meu deus - Ela foi atropelada na semana passada, e está em coma.
- O que? - eu gritei, meus olhos encheram de água, minhas pernas começaram a tremer, Damon me segurou pela cintura e me abraçou, depois de um tempo recuperei os sentidos. - Caramba Nathaniel, porque não me disse isso antes? porque você não falou que minha melhor amiga estava em coma? - eu praticamente gritava.
- Elena, calma - ele passou a mão no meu ombro, eu o fuzilei. - Eu não queria te preocupar na sua lua de mel, desculpa.
- Não queria atrapalhar? esperou eu chegar pra me dizer que minha amiga está em coma? obrigada, ajudou muito. - dei um sorriso ironico e fui até a recepção.
 A mulher falou onde Caroline estava, eu subi sózinha o elevador, Damon ficou falando com o Nate, assim que cheguei vi Rebekah dormindo na cadeira da sala de espera, Jeremy veio me abraçar.
- Lena - ele choramingou - Ela ta mal.
- Jer - desabei a chorar em seu ombro, ele me abraçou mais forte, fiquei chorando por um tempo, quando parei perguntei se podia ve-la, a infermeira deixou.
 Entrei no quarto branco, e pude ver a minha melhor amiga palida deitada na cama, minhas pernas ficaram tremulas, me sentei na cadeira que estava ao lado dela, peguei sua mão e comecei a chorar novamente.
 Eu não posso ficar sem minha melhor amiga, ela é tudo para mim, eu a amo, ela é uma irmã, por favor Deus, não a tire de mim, ela é tão nova, tão bonita, tem uma vida inteira pela frente, fiquei segurando a mão dela, com a cabeça no colchão. Senti uma mão no meu ombro, me assustei levantei a cabeça, era o Nate.
- Lena, vamos conversar?
- Não quero falar com você.
- Lena, por favor, eu não tive culpa, eu queria deixar você aproveitar sua lua de mel, eu sei que ela ia querer isso.
- Nate eu sei, mas esconder que ela estava em coma? você sabia que eu ia ficar assim, Nate você mentiu pra mim, várias vezes, atendeu o celular dela várias vezes, e inventou inumeras desculpas pra mim não falar com ela, isso nunca passou pela minha cabeça.
- Lena, me desculpa - ele me abraçou - Ela vai ficar bem, tudo vai ficar bem Lena - ele ficou me abraçando.
 Damon entrou pela porta, eu mal o percebi, as lagrimas escorriam de novo, Nate me soltou, Damon me abraçou, eu o abracei de volta, ai sim tudo saiu, aquela dor, o choro se intensificou, como se Damon fosse o lugar seguro, ele me segurou pela cintura, eu soluçava, ele ficou acariciando minha cabeça em silencio, quando os soluços foram sessando após algum tempo, ele me apertou mais contra seu peito.
- Amor, ela vai ficar bem, não fica assim.
- Damon, ela é minha irmã...
- Eu sei disso Lena, mas ela não ia querer te ver assim.
- Damon, eu não posso perde-la.
- Você não vai.
 Após alguns minutos sai a procura do médico encarregado dela, ele me falou que há possibilidades dela acordar a qualquer momento, o inchaço no cérebro diminuiu, mas ela pode ter uma hemorragia a qualquer momento e... Não, ela não vai morrer, ela não pode morrer.
 Eu insisti em ficar aqui essa noite, Damon entedeu e voltou para casa, Nate aproveitou para ir para casa dele também, a ultima semana ele só ia tomar banho, e Rebekah ficava aqui com Car, todos estavam com ela o tempo todo, ela nunca ficava sózinha. Passava das dez horas da noite, Rebekah deixou o cobertor aqui para mim, me aconcheguei na poltrona de couro branca, eu estava cansada, pela viagem, e pela péssima tarde.
 Acordei de madrugada, e perdi o sono, me sentei na cadeira do outro lado, segurando a mão da Caroline.
- Amiga, eu estou com tanta saudade de você, do seu abraço, da sua risada, e até das suas broncas - eu estava com voz de choro - Volta logo pra mim Caroline, volta pra mim amiga, volta irmãzinha - agora eu estava chorando de novo, coloquei a cabeça no colchão, segurando sua mão, senti um leve aperto na mão, levantei o rosto, Caroline apertou novamente minha mão, eu não sabia o que fazer, nem o que esperar, pude ver seus olhos azuis se abrirem lentamente, uma alegria enorme me dominou. - Caroline - gritei e a abracei, ouvi ela tossir de leve, me afastei - Caroline, eu estava com tanto medo, tanto medo de te perder - eu estava chorando.
- Lena, não chora - ela falou bem baixinho.
- Eu vou chamar o médico, espera ai.
 Sai correndo pela porta, fui até a enfermaria e uma das enfermeiras veio comigo, ela fez alguns testes em Caroline.
- Ela vai ficar bem, os sentidos estão perfeitos, só precisa ficar em observação por mais um tempo.
- Ok, obrigada - sorri para a enfermeira morena que deixava o quarto - Caroline, você quase me matou do coração, tem noção?
- Lena, me desculpa.
- Tudo bem, eu estou tão feliz de você ter acordado.
- Lena - ela sorriu mas seus olhos estavam se fechando.
- Car, descansa, eu vou ficar aqui com você, dorme bem.
 Não demorou para ela dormir, sai do quarto para não fazer barulho, resolvi mandar uma mensagem.

  A Car acordou, mas ela vai ter que ficar em observação por um tempo, e vai fazer um exames amanhã, ela está dormindo agora, venham assim que acordarem. - E.

 Mandei para o Nate, Damon, Rebekah, Jeremy e os pais dela.
 Tomei um chá de camomila e voltei para o quarto, Caroline estava dormindo, me acomodei novamente na desconfortavel poltrona de couro, puxei o cobertor e não demorou para eu pegar no sono novamente.