POV Damon.

 Acordei com algo quente em meu peitoral, ergui a cabeça e vi a Elena, ela estava dormindo como um anjo, seu rosto perfeito em meu peito, e é a melhor sensação que eu tenho em meses, só eu sei o quanto sofri sem a minha menina, sem a minha Elena, só eu sei o quanto doeu ver ela com aquele cara, mas mesmo com raiva dele, eu o agradeço por ter feito bem a ela, por ter cuidado dela, por ter sido alguem para ela, quando ela não me queria, a abracei com cuidado para que ela não acordasse, fiquei acariciando seu rosto com o indicador e a oberservei dormir por alguns longos minutos, eu estou feliz, muito feliz.

POV Elena.

 Acordei sentindo algo tocar em meu rosto, abri os olhos com cuidado me acostumando com a claridade vinda da janela, passei a mão do rosto me sentando na cama, me virei para o Damon e ele estava sorrindo, seus olhos azuis brilhando novamente, dei um selinho nele e corri para o banheiro, escovei os dentes com a escova dele mesmo, e vesti a roupa que eu estava ontem, penteei meus cabelos e fiz um coque mal feito, voltei para o quarto e o Damon estava vestindo a calça de moletom cinza, que caia em seus quadris perfeitamente, o deixando anda mais sexy.

- Bom dia - sorri ao passar os braços pelo pescoço dele, senti sua mão firme em minha cintura.

- Ótimo dia. - ele deu um sorriso fraco, resolvi ignorar, é bem provavel que ele esteja chatiado por eu ter duvidado dele esse tempo todo. - Vamos descer e tomar café da manhã?

- Não vai ter problema?

- Nenhum - ele me deu um selinho e nós saimos do quarto.

 Descemos de mãos dadas, caminhamos até a cozinha e lá estava o Stefan, com uma calça jeans e uma regata branca, Charlotte estava no fogão fazendo omelete, assim que nos viu juntos ela ficou paralisada.

- V-vocês dois voltaram? - ela gaguejou.

- Sim - sorri e dei um selinho nele.

- Mas eu estou grávida, dele.

- É, eu sei Charlotte, mas eu amo o Damon, e nós já ficamos tempo demais separados por isso.

- Elena, se você... - Damon a impediu de continuar.

- Se o que Charlotte? agora que estamos todos aqui, pode começar a me dizer o que você fez para engravidar, e para a porra do teste dar compativel - ela ficou muda - Anda fala - ele gritou.

- Você fez de livre e espontanea vontade Damon, ou não se lembra?

- Charlotte, eu já falei a verdade para a Elena - Stefan colocou a xicara de café na bancada. - Não adianta mais fazer o seu teatrinho.

- Você o que? Stefan seu idiota, traidor - ela foi para cima dele, e ele segurou os braços dela. - Como você pode ser tão idiota?

- Charlotte, eu amo a Elena, mas eu não aguento mais ver ela sofrer, e não aguento ver o meu irmão sofrer, eu quero a felicidade dos dois, acima da minha. - ele abaixou a cabeça.

 Andei até ele e o abracei, ele estava triste, mas me abraçou também, me afastei depois de um tempo, e me lembrei que ia tomar café com o Nate.

- Eu tenho que ir.

- Para onde? - Damon segurou minha mão.

- Eu vou tomar café com o Nate - Damon me olhou e parecia irritado - É só um café, devo uma explicação a ele, nós eramos amigos... Coloridos, e mesmo assim ele merece uma explicação.

- Tudo bem, se me prometer que vai ser a ultima vez que vai ver ele.

- Não, isso é totalmente improvavel, Damon ele é meu amigo, e ele me ajudou numa fase que eu achava que a vida era banal.

- Não quero que você veja ele Elena.

- Então vai ficar querendo Damon, eu vou ver ele.

 Peguei minha bolça e sai, liguei para o taxi e ele não demorou para chegar, entrei e fui até o apartamento do Nate, falei com o porteiro e ele me deixou subir, era na cobertura, claro deve ser outro presente do vovô.

- Elena - ele me abraçou assim que me viu.

- Oi Nate - abracei forte.

- E então como foi com o Damon?

- Foi bem, até ele bancar o idiota.

- O que ele fez? - ele me puxou para o sofá, me sentei e ele se sentou ao meu lado.

- Bom, ele falou que não queria mais que eu visse você - ri sem humor - até parece.

- Elena, eu não quero que você brigue com ele de novo, muito menos por minha causa.

- Archibald, não vai se livrar tão facil de mim.

- Espero que não - ele me abraçou.

 Ficamos jogando Just Dance 4, Nate dança muito bem, eu já nem tanto, ele é o cara certo pra mim, porque meu coração insiste em amar o Damon? me sentei exausta no sofá e Nate também, ele estava sem camisa, apenas de calça jeans, soando, meu celular começou a tocar.

- Elena - era o Damon.

- Sim - fui fria.

- Me desculpa pelo meu ataque de ciumes hoje mais cedo.

- Tudo bem Damon, mas eu não quero você falando com quem devo ou não conversar.

- Me desculpa. Posso te buscar?

- Nate vai me levar para casa depois.

- Ah, o Nate.

- Damon para de ciumes por favor, a gente mal voltou a se falar e você já quer brigar de novo? eu te amo e eu estou disposta a lutar contra tudo com você, mas você vai ter que aceitar o Nate.

- Tudo bem Elena, me desculpa.

 Ele ficou em silencio e eu também, Nate pegou o telefone da minha mão, e quando tentei pegar ele segurou meus braços.

- Damon, aqui é o Nate. Pode vir buscar a Elena. Tudo bem, tchau - e desligou.

- O quê?

- Não complica mais ainda as coisas Gilbert, vocês se amam, pra que brigar por besteira?

- Nathaniel, não é por besteira, tenho meus direitos, ele vai ser pai e eu vou aceitar isso, mas ele não pode aceitar o meu amigo?

- Seu amigo gostoso - ele acrecentou e riu - Acho que não.

- Aceitando ou não, eu não vou te deixar.

- Tudo bem - ele me empurrou e eu cai sentada no sofá. - Agora aprende a dançar gata.

 Ele colocou outra musica e começou a dançar, eu só ria dele, tão bobo, tão fofo, tão compreensivo, ah Archibald, porque não apareceu na minha vida há um ano? Ficamos jogando e brigando toda vez que eu perdia, ele ria de mim, o elevador abriu e pude ver o Damon entrar, me afastei do Nate para ele não pensar besteira.

- Damon - me aproximei dele, e ele me puxou pela cintura.

- Vamos?

- Na verdade, Damon, quer ficar e beber alguma coisa? whisky? - O que Nate Archibald está tramando?

- Não, obrigado.

- Damon, poxa, aceita. - fiz beicinho.

- Tudo bem. - ele disse e sorriu.

- Ótimo, fica a vontade.

 Damon se sentou no sofá e eu me sentei ao lado dele, em alguns minutos Nate se juntou a nós, trazendo dois copos de whisky.

- Archibald, e eu?

- Gilbert, você não pode ficar bebendo.

- Qual é Nate? desde quando se importa se vou beber?

- Desde que tive que te carregar de volta pro hotel semana passada.

- Aquilo foi apenas diversão qual é, você também bebeu muito.

- Mas eu estou acostumado.

- Eu também. - retruquei.

- Ah claro, acostumada a passar mal né Lena? - Damon riu.

- Ah calem a boca.

- Você se irrita muito facil Gilbert.

- Archibald, vou fuçar no estoque do Chuck se não arranjar algo pra mim beber.

- Você não sabe onde é.

- Quer ver?

 Ele riu e foi até a cozinha, trouxe big apple e shweepps, coloquei os dois no copo e dei um gole. Nate e Damon ficaram conversando sobre futebol, e sobre negócios, eu sobrando e entediada, agora quem quer ir embora sou eu.

- Damos, vamos?

- Calma amor, a gente já vai.

- Claro. - me afundei no sofá.

 Eles conversaram sobre várias ouras coisas, nada do meu interesse, tudo sobre negócios, empresas, dólar, que coisa mais chata.

- É acho que já estão bem amiguinhos né? agora já podemos ir?

- Lena, você não queria que a gente fosse amigos? pronto. - Nate ria.

- Claro Archibald, claro.

- Ta, vamos amor.

 Damon se levantou e pegou minha mão, ele e Nate apertaram a mão um do outro e deram um tapinha nas costas, como velhos amigos, bem espero que continuem amigos, abracei o Nate e nós saimos.

- Você estava certa - Damon passou o braço por meu ombro.

- Sobre?

- O Nate, ele é um cara legal.

- Sei disso.

 Chegamos na casa do Damon, Stefan estava com a Lexi no sofá, me sentei ao lado da Lexi, e ela riu pra mim, eu entendi aquele sorriso, Damon se sentou ao meu lado, e beijou meu ombro, ficamos de mãos dadas assistindo ao filme que passava na televisão, Diario de uma paixão.

- Que lindo isso. - Charlotte se sentou na poltrona. - O traidor, a vadia e o idiota.

- Vadia só tem você Charlotte, não confunda os papéis.

- Você é tão ingenua Elena.

- E você é tão nojenta Charlotte. Damon vamos pro quarto?

- Vamos amor - me levantei e o puxei pela mão - Quem sabe a gente pode fazer um bebê em? - ele cochichou no meu ouvido e nós rimos.

 Andamos até o quarto, tomamos banho juntos e fizemos amor até pegarmos no sono, agora sim minha vida está perfeita, sem tirar nem por. Claro que nada disso muda o fato da Charlotte ter o bebê, mas bem o bebê não tem culpa de ser filho de uma louca, é o filho do meu namorado, e eu tenho que aceitar isso.