Procura-se Um Marido escrita por Captain S, LM


Capítulo 17
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ^^ Vou demorar pra att, entao até mais >. Nao esqueça o review xD
Stay Awesome,
Baby S



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/309329/chapter/17

Adormeci poucos segundos depois de Luke me deixar em casa e eu desabar na cama.

Eu estava deitada em um campo, observando as estrelas no céu, até que uma rajada de vento me fez levantar, e um clarão de luz me impediu de enxergar. Quando minha visão voltou ao normal, eu estava no quarto do vovô, na minha antiga casa. Olhei em volta, a janela estava aberta, com as cortinas brancas mexendo por causa  do vento. Rolei para o lado da cama de casal em que vovô dormia e me cobri, olhando o teto, e pensando em como tudo seria mais fácil se ele ainda estivesse aqui.

Quando me dei por mim, o cobertor estava encharcado com minhas lágrimas.

Passei a mão pelo rosto.

-Opa, tem um pouco de olho nas minhas lágrimas.- ri sozinha.

Blam

A porta do quarto, que eu nem tinha notado que estava aberta, fechou bruscamente, e eu sentei na cama assustada. O vento estava mais frio e intenso agora, me escondi, colocando o corpo inteiro em baixo do cobertor, como uma criança com medo do bicho-papão.

Depois de alguns minutos, segundos, ou horas (fica difícil ter noção do tempo em sonhos) o vento parou, e eu coloquei a cabeça para fora do cobertor. Nesse mesmo instante, uma borboleta azul entrava no quarto, voando calmamente, e aterrissando na cabeceira da cama.

Eu congelei.

A borboleta voou para perto. 

- AAAHHHH, SAI DAQUI, SAI, SE AFASTA. AHHHHHHH , MERDA. NÃO SE APROXIMA. – gritei, sacudindo os braços e saindo da cama.

A borboleta estava se aproximando, ela chegava perto, e mais perto, e eu continuava a sacudir os braços, tentando afastá-la. Ela estava a poucos centímetros do meu nariz quando poof, desapareceu.

Eu sentei no canto do quarto, com as costas na parede, e abraçando os joelhos, tremendo.

Outro clarão de luz veio, me fazendo gritar, e me cegando novamente.

A visão voltou, e eu ainda estava no quarto do vovô, na mesma posição, só que meu corpo estava virado para a parede.

-Não foi esse o vocabulário que lhe ensinei, mocinha.- uma voz conhecida ecoou o quarto.

Me virei, ficando em pé em questão de segundos. No canto oposto do quarto, um pouco escondido nas sombras, estava um homem de meia idade, usando uma camisa social com uma gravata borboleta vermelha e com um paletó no braço.

Esse homem tinha cabelo e barba castanhos. Conhecia a voz,não conhecia o rosto.

Ele saiu das sombras, mostrando seu rosto inteiro, e sorriu.

Agora, esse sorriso eu conheço.

Uma foto caiu na cama que nos separava, e eu a peguei rapidamente, a observando.

A foto estava em preto e branco. No centro dela havia um homem negro com smoking, abraçando uma mulher branquinha, com cabelos pretos com vestido de noiva. Não os reconhecia. Do lado deles, estava o homem na minha frente, com as mesmas roupas e com o mesmo sorriso que ele me encarava nesse momento, abraçando uma mulher com vestido longo. Meus olhos voltaram para a noiva inevitavelmente.

- Você tem os olhos dela. – o homem suspirou. 

Ok. Riley, preciso que pense. Você já viu essa foto antes, onde foi?

Meu pensamento foi para o nosso santuário, perto da porta da frente. Essa foto estava escondida, mas eu já tinha visto ela.

Era o casamento da mamãe e do papai.

Coloquei a foto na cama novamente, e encarei o homem, tentando achar a semelhança com a pessoa como eu a lembrava.

-Vovô? – choraminguei.

- Querida- seu sorriso aumentou.

Meu rosto se encheu de lágrimas novamente.

-Meu deus, vovô!- pulei a cama, o abraçando, enterrando a minha cabeça no seu peito.

Ele riu.

-Sentiu saudades do seu velho,é?- ele beijou minha cabeça.

-Isso não é o tipo de pergunta que se faça, bobo. Claro que senti.- o apertei mais, e soltei, segurando sua mão e o encarando. – Espera......eu morri?

Ele riu.

-Não.....apenas quis fazer uma visitinha. Na verdade, eu tenho olhado por você todo esse tempo. Então, resolvi deixar você sabendo disso.

Eu ri junto com ele.

-Então,- comecei a falar rápido. – Me conte, como é o Paraíso? Lá é legal? Você joga cartas com os outros velhinhos? Você viu papai e a mamãe? Como eles estão.

Vovô suspirou, provavelmente formulando na sua mente como iria me responder.

- Você não foi lá pra baixo, não é??- eu o encarei.

-Não, não. Claro  que não, é so que , eu só fui lá em cima uma vez. Eu vou passar a “morar” lá quando meu trabalho com certa neta rebelde terminar. E, respondendo sua pergunta. Charles e Silena estão bem. E estão orgulhosos da senhorita. – ele sorriu, observando minha reação de surpresa. – Eles veem um pouco deles em você  todos os dias. Agora, odeio tirar a sua felicidade. Mas hora de acordar para o trabalho-ele piscou- Não se preocupe, eu volto. – Ele beliscou meu braço delicadamente.

E simples assim, ele se foi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!