O Último Natal escrita por Fenix


Capítulo 8
A Última Noite de Natal




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/308710/chapter/8

A mulher chega à estrada e depara-se com Ana jogada no chão.

- Pedro! – A mulher caminha até ele o beija – Obrigada!

- Quem era essa moça? – Pergunta Pedro, ele aparentava ter 50 anos, cabelo grisalho e pele um pouco enrugada.

- Deve ser uma das visitas da Viviane!

- Vou levá-la para eles!

- Faça isso! – A mulher afasta-se de volta para casa.

------------------------------------

- AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH – Grita Carol, erguendo a cabeça com dor.

Freddy fazia o curativo em seu braço, ele põe a gaze cirúrgica em seu ferimento e a tampa com esparadrapo. Carol chora horrores presa na cama, ela o observa e tenta puxar o braço, no entanto seu punho estava preso na ponta da cama.

- Se você forçar novamente, terei que refazer os pontos! – Diz Freddy, ele levanta-se – Tente se acalmar, minha mãe irá vir para trocá-la!

Ele sai do quarto e bate a porta, em seguida a tranca com a chave e afasta-se pelo corredor.

- SOCORROOOOOOOO – Grita Carol, chorando – ALGUÉM ME AJUDAAAA!

Felipe olha para o lado ao ouvir os gritos de Carol, ele fica agitado na cama se debatendo até que consegue soltar uma de suas mãos, ele rapidamente solta a outra e em seguida os pés.

Felipe levanta-se da cama e corre até a porta, ele segura a maçaneta, respira fundo. Viviane sai da cozinha e caminha em direção à escada. Felipe gira a maçaneta e puxa a porta cautelosamente, logo tem uma pequena visão do corredor e do topo da escada.

Viviane suspira subindo os degraus calmamente, sua mãos vai deslizando pelo corrimão da escada.

No instante em que ia sair do quarto avista Viviane e rapidamente, porém com cautela, fecha a porta do quarto, ele fecha os olhos controlando sua respiração acelerada. Viviane passa pela porta de seu quarto e para em frente o da Carol, ela pega a chave no bolso da saia jeans que usava, abre a porta e adentra no cômodo. Felipe abre a porta e não a avista no corredor, ele sai do quarto e observa o local vazio.

------------------------------------

- O que você vai fazer comigo? – Pergunta Carol, chorando sem parar.

- Quero apenas lhe ajudar com meu filho! – Responde Viviane, ela tranca a porta do quarto e vira-se para Carol.

- Me tira daqui...

- Eu não posso...

- Me tira logo daqui!

Viviane anda até o guarda roupa, o abre e retira um vestido branco longo até os tornozelos, ela o mostra para Carol.

- Deve ficar um pouco largo, mas vai ficar bonito em você!

- Você é maluca – Diz Carol.

- E você devia apreciar mais a nossa hospedagem! – Diz Viviane.

Ela vai até o criado-mudo, abre sua gaveta e segura uma seringa com um líquido transparente, Viviane o mexe com um estalo no vidro e gira para Carol, ela senta na cama ao lado de Carol, que por sua vez arregala os olhos ao observa a seringa.

- Por favor... Não faça isso... Por favor... Por favor... – Carol fica agitada.

- Você precisa relaxar! – Viviane da um sorriso e segura o braço de Carol.

- AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHH – Grita Carol, fechando os olhos com força, erguendo-se na tentativa de levantar-se, porém não se levanta nem centímetros o colchão.

Felipe ouve seu grito quando começa a descer a escada, ele vira sua visão para o corredor com seus olhos assustados, Felipe volta correndo olhando para todas as portas que havia ali.

- Calma... Calma... – Viviane a observa adormecer, ela retira a seringa do braço de Carol.

Uma gota de sangue aparece ao retirar a agulha da veia, Viviane solta suas mãos e pernas. Felipe segura a maçaneta da porta e a gira, Viviane rapidamente olha para porta ao observa a tentativa falida de abertura, ela levanta-se naquele instante.

- Droga... – Ele diz.

Felipe afasta-se correndo dali e adentra em seu quarto, ele fecha a porta dando alguns passos para trás, Jonathan está encostado na parede o observando de costas, irritado, caminha até Felipe, o surpreende com um pano sobre o rosto, Felipe se debate querendo soltar-se, devagar vai parando e  logo desmaia, Jonathan o deixa cair no chão.

- Seu imbecil! – Jonathan retira-se do quarto e bate a porta.

- Fique de olho nele! – Diz Viviane, na porta do quarto de Carol.

- Pode deixar! – Responde Jonathan.

Viviane volta para dentro do quarto e fecha a porta.

-----------------------------------

Ana acorda deitada na mesa de ferro, com sua visão um pouco turva, analisa o local ainda deitada, o teto era de concreto e havia algumas goteiras, levando sua visão as paredes, as observa com a tinta branca descascada e suja, alguns instrumentos como ganchos; armas e outras coisas, estavam penduradas como troféus.

Ela ergue a cabeça em seguida o tronco, Ana olha a mesa de instrumento cirúrgico ao lado, logo percebe que seus punhos e pés estavam livres, Ana fica nervosa e aflita, logo gira as perna para fora da mesa e ergue o corpo.

- Aaaahh – Ela cai de peito ao chão.

Uma forte dor no pé a faz gritar por um instante, Ana ergue o tronco do corpo com os braços e gira sua visão.

- AAAAAAAAAAAHHHHHHHHH – Ela grita se afastando ao vê o corpo de Vinícius no chão – Não... – Ela passa a chorar, Ana estica a mão para o corpo sem querer acreditar – Meu amor... – Ela fecha os olhos entristecida e vira a cabeça para o lado.

Ana olha para cima respirando fundo, encosta a cabeça na parede sem saber o que qual seria seu próximo objetivo, ela respira fundo novamente sem parar de chorar controladamente, ela desce sua visão a seu pé e o observa com a coloração esverdeada e roxa, além de estar bem inchado.

- Merda...! – Ela diz, ao notar que o havia quebrado.

O rangido da porta sendo aberta é ouvido, Ana olha para frente assustada.

- Droga!

Ela arrasta-se em direção ao armário e esconde-se na brecha atrás o móvel, encolhe as pernas e tenta controlar a respiração, ela olha para o lado e tem uma pequena visão da sala através de um buraco na parede do armário. Ana tampa a boca com a mão e respira fundo, ela engole a saliva e continua a olhar fixamente pelo buraco. Seu nervosismo aumenta a cada passo ouvido pelos degraus da escada, a tensão fica mais intensa, seus olhos quase não piscavam, sua mão que estava em torno dos joelhos, agarra a calça jeans com força.

- Mas o que...? – Jonathan depara-se com a mesa de ferro desocupada, a bandeja que segurava tendo as seringas é deixada cair diretamente ao chão.

Todas as seringas são quebradas com o impacto, seu olhar continua fixo para mesa sem acreditar, a culpa vai tomando sua mente devagar.

- Não... Não pode ser... – Jonathan passa a mão na cabeça e caminha em direção a mesa.

Ana o observa pelo buraco, ela fecha os olhos, uma lágrima escorre por seu rosto, ela os abre e o observa, o esforço de não soluçar ou de respirar normalmente era rijo.

- Ela não pode ter saído... – Jonathan põe as mãos sobre a mesa – Onde você ta sua vadia...? ONDE VOCÊ TÁ? – Ele lança tudo de cima da mesa para o chão com o braço.

Jonathan vira-se e examina cada espaço que havia no cômodo.

- Vadia desgraçada... – Sua respiração fica forte, a raiva era explícita em seu olhar sério – CADÊ VOCÊÊÊÊÊ...? – Jonathan fica furioso, ele vira-se e desce sua visão, avistando um bisturi.

Jonathan da um sorriso, agacha-se e o pega, levantando vira-se para o resto do cômodo e observa o corpo de Vinícius atirado no chão, levanta seu olhar seco e furioso para analisar o local, sua mão aperta com rijo o bisturi.

Ana Beatriz chora sem parar, ela consiste sua mão tampando a boca, seu pé estava encostado a parede, a dor era muito grande, mas não poderia esticar a perna sem que Jonathan a visse, ela se tortura pela dor do pé quebrado e continua imóvel no local, ela ouve Jonathan revirando os móveis e os lançando no chão.

- Não tem problema sua vadia... – Jonathan vira-se com a cabeça levemente inclinada para baixo e seu olhar no topo da visão, ele fixa no armário – Você vai aprender uma lição...

Ana olha pelo buraco e o avista com a visão em sua direção, ela arregala os olhos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Último Natal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.