Apaixonada Pelo Filho De Apolo. escrita por Abbs


Capítulo 1
E não era desse jeito que eu esperava conhece-lo.


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o primeiro capitulo, espero que gostem.



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                O carro parou em frente a uma colina, olhei assustada para meu pai que dirigia o carro, mas agora me olhava com um olhar triste, quase como uma despedida.

- O que estamos fazendo aqui? – perguntei – e que lugar é esse?

- Sinto muito, Megan, mas é aqui que você vai ficar – disse ele com lágrimas nos olhos.

- Por quê? O que eu fiz de errado dessa vez pai? – perguntei quase chorando também.

- Nada, meu anjo. Aqui você ficar segura.

- Mas pai...

- Sinto muito – disse ele saindo do carro.

                Segundos depois a porta do meu lado foi aberta e ele ofereceu a mão para me ajudar a sair do carro. Vencida aceitei e fui com ele até o porta malas.

- Achei que nós íamos viajar – falei.

- Você não viria se eu te dissesse a verdade.

- Não mesmo – sorri – olha pai, me desculpa por ter sido expulsa de novo, ok? A culpa não foi minha, mas ter que vir para um acampamento de verão, isso é castigo demais não acha?

- Eu sei que a culpa não foi sua. Isso aqui não é castigo, no final você ainda vai me agradecer, pode demorar um pouco, mas eu sei que vai.

- Alguma chance de conseguir fugir?

- Nenhuma. Agora para de besteira e me dê um abraço – pediu.

                O abracei forte, não sabia quanto tempo iria ficar naquele inferno, mas o tempo que fosse me faria ter saudades do meu pai.

                Eu fui criada apenas por ele e milhões de babas malucas. Não havia conhecido minha mãe e meu pai nunca falava sobre ela, acho que depois de todo esse tempo ele nunca deixou de ama-la.

                Meu pai era um arquiteto conhecido internacionalmente pelos seus maravilhosos trabalhos e mesmo sempre estando ocupado sempre tinha um tempo para mim. Eu havia sido expulsa de dois colégios, claro que ele ficou chateado, que pai não ficaria? Então aqui estava eu, indo para um acampamento estupido de verão.

                Subi a colina segurando a minha “mala” e de lá eu pude ver meu pai entrando no carro e dando partida. Segurando as lágrimas continuei caminhando até chegar a casa. Assustei-me quando encontrei meu professor de latim em sua cadeira de rodas.

- Sr. Brunner? – perguntei sem acreditar.

- Olá querida. Vejo que seu pai finalmente a trouxe.

- Desculpe, mas o que o senhor faz aqui?

- Venha, temos muito que conversar.

(...)

- Indefinido ainda – “Quíron” falou para uma garota de cabelos loiros e olhos cinza como tempestades.

- Chalé de Hermes? – perguntou a garota.

- Por enquanto sim, acredito que  seu parente divino se manifeste esta noite.

                A menina assentiu e pegou minha mochila e começamos a andar. Estava nervosa, não tinha acreditado naquela besteira que o Sr. Brunner tinha contado sobre minha mãe ser uma deusa grega, era besteira demais.

- Seu nome? – a garota perguntou para mim.

- Megan e o seu?

- Annabeth – respondeu sorrindo – sei que é difícil, mas logo você saberá que é sua mãe.

- Você realmente acredita nisso?

- É claro. No começo é meio difícil de acreditar, eu sei, mas com o tempo você se acostuma com essa ideia.

- Eu quero ir embora – falei.

- Você corre mais perigo ainda lá fora. Ainda mais agora que já sabe o que é.

- Não importa. Esse lugar não é para mim.

- Acredite, esse lugar foi feito para você.

                Agora estávamos na frente de um monte de chalés que estavam em forma de U. Um desses chalés me chamou a atenção, ele parecia ser feito se ouro sólido  e brilhava tão fortemente que meus olhos chegaram a doer.

- Não olhe muito para o chalé 7.

                Continuei olhando os chalés, haviam mais ou menos vinte e dois chalés e cada um era diferente do outro.

- O que cada um representa? – perguntei a Annabeth.

- Cada chalé foi feito para os filhos de cada deus. Aquele que você estava olhando era o chalé 7, de Apolo, deus do Sol. Esse – apontou para outro chalé – é o 6 de Atena, a deusa da sabedoria, minha mãe – sorriu – como você é indefinida ainda, você vai ficar lá até que sua mãe a proclame.

                O chalé que ela havia dito que eu iria ficar era com certeza o mais feio do lugar, parecia um chalé de acampamento de verão velho, com uma pintura desgastada e um caduceu em cima da porta.

- Hermes – sussurrei.

- Exatamente – sorriu – vou chamar algum filho de Hermes para te ajudar, tudo bem? – perguntou.

- Sim – tentei sorrir, mas saiu mais como uma careta.

                Ela entrou no lugar e minutos depois voltou com dois garotos muito parecidos um com o outro. Ambos com os cabelos loiros bagunçados e  olhos castanhos.

- Sem brincadeiras, roubos ou travessuras com ela, entendidos? – disse para eles depois se virou para mim – Esses são os irmãos Stoll, Travis e Connor.

- Stoll tipo roubado? É um pouco irônico para filhos do deus dos ladrões, não?  - falei sincera.

                Ambos sorriram para mim de um modo que me fez arrepender-me do que havia dito, mas isso mudou quando começaram a gargalhar.

- Gostei dessa garota – disse Connor – ela podia ser nossa irmã.

- Ou não – disse Travis sorrindo.

                Annabeth bufou e revirou os olhos, eu quase fiz o mesmo.

- Bem, essa é Megan... – ela hesitou, talvez esperando meu sobrenome.

- Mason – a informei.

- Megan Mason – seus olhos se arregalaram – você é parente de Richard Mason?

- Meu pai.

- Eu sou fã do seu pai – disse rindo.

- Oh, sério? – perguntei sem acreditar.

- Ele é um dos melhores arquitetos mortais que existem – exclamou animada.

- Obrigada? – murmurei sem saber o que dizer.

- Enfim, eu tenho que ir fazer a inspeção dos chalés com Percy, vocês sem aprontar, entenderam?

- Tudo bem – respondeu Travis revirando os olhos – quem vê pensa que a gente só apronta.

- Como se isso não fosse verdade. Vou indo, até mais tarde.

                Observei ela entrar em um dos chalés mais afastados que tinha e me virei para os irmãos Stoll, ambos me olhando com curiosidade.

- Entra – disse Connor indicando a porta.

                Fiz o que ele pediu e entrei, não sem antes dar uma ultima olhada para o caduceu, entrei e vi milhões de camas e beliches, alguns garotos e garotas estavam em sua cama e me olhavam com curiosidade. Travis indicou um beliche vazio e eu coloquei minha mochila em cima dele.

- Você tem certeza que quer ficar o dia todo com essa calça jeans e suéter? – perguntou uma garota.

- Quando eu cheguei estava frio – dei de ombros.

- As fronteiras do acampamento impedem que o clima ruim chegue – disse ela sorrindo – se quiser eu te mostro onde você pode se trocar.

- Aceito, obrigada – sorri para ela.

- Meu nome é Emma e o seu?

- Megan.

                Escolhi a roupa que eu iria usar hoje a tarde e sai com Emma para trocar de roupa. Ela me mostrou onde era o banheiro e eu rapidamente me troquei. Levei as roupas que usava antes para o chalé e peguei meu celular na esperança que meu pai me ligasse dizendo que viria me buscar.

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                Eu amava meu pai, ainda não entendo como ele me deixou nesse lugar. Além de tudo isso a merda do celular não tinha sinal. Fiquei horas rodando o acampamento em busca do sinal, mas nada. Vencida me sentei no chão e comecei a jogar os jogos inúteis que eu tinha no celular.

- Você não devia estar com ele ligado – falou uma voz atrás de mim.

                Levantei-me assustada e dei de cara com um garoto muito lindo. Seus cabelos eram loiros brilhantes e os olhos eram de um azul estranho. Ele deveria ter quase a minha idade.

- Por quê? – perguntei.

- O sinal de celular chama muita atenção de monstros – disse ele.

- Achei que eles não poderiam passar pelas fronteiras.

- Sem autorização de um campista não, mas mesmo assim, não é seguro.

- Não me importo. Quem sabe assim eu posso ir embora logo.

- Por que quer ir embora?

- Esse lugar não é para mim.

- Este lugar foi feito para você – disse e depois se corrigiu – eu quero dizer, foi feito para pessoas como você ficassem seguras. Lá fora você nunca ficaria em paz.

- Alguém já tentou? – perguntei levantando uma sobrancelha.

- Claro. Um dos semideuses mais poderosos desses tempos tenta isso todo ano. Na maior parte das vezes ele chega aqui depois de uma expulsão ou batalha contra monstros.

- Passei dezesseis anos da minha vida sem nenhum “monstro” vir atrás de mim. Acredito que posso passar bem mais tempo.

- Para de ser teimosa garota, admita que corre perigo e fique aqui.

- Você não me conhece – falei o obvio.

- Eu sei, mas você é absurda.

- E você quem é? – retruquei irônica.

- Will Solace, filho de Apolo. 

- E não era desse jeito que eu esperava conhece-lo. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Beijos.