Bruna POV

Depois de muita briga para saber que filme íamos assistir acabamos escolhendo um de comédia.

- Como assim aqui não tem jujubas? – É eu tava quase brigando com o atendente por que eles não vendiam jujubas, não me julgue, eu sou viciada.

- Desculpe senhora, mas não vendemos jujubas aqui. – O menino tinha mais ou menos a minha idade, era alto, cabelos loiros e olhos negros, me olhava com diversão. Deve ta imaginando “quem é essa louca querendo jujubas num cinema?”.

Ele sorriu, ta bom, ta bom o sorriso dele era lindo. – Tá de brincadeira? Meu deus, esse povo é louco, como não vende jujubas? Jujubas são tão boas, gostosas, docinhas... – Eu tava andando de um lado para o outro falando as coisas boas que a jujuba tem. Até que aquele loiro  foi abrir a boca.

- Mas jujuba engorda. – Ele falou olhando para mim. Minha boca ficou num perfeito “O”.

- Você tá me chamando de gorda loiro? – Ele riu mais uma vez. – Você sabe que não. – Revirei os olhos.

- Já que aqui não vende jujubinhas, vende chocolate pelo menos? – Falei.

- Claro. Quer qual? – Ele me mostrou vários.

- Não acredito que tem todos esses chocolates e não tem um pacotinho de jujubas. – Ele riu novamente.

Escolhi um qualquer e paguei.

- Meu nome é Vitor. – Ele sorriu e me estendeu a mão. – Prazer Vitor. – Disse e apertei sua mão.

- Como te chamo? Jujuba? – Ele riu divertido, revirei os olhos. – Bruna, me chama de Bruna. – Falei por fim.

- Lindo nome jujuba. – Dei uma risada. E um pouco depois o Lucas veio por trás, me abraçando e olhando diretamente o Vitor.

- Oi pequena, vamos? O filme vai começar. – Sorri, ele é tão fofinho com ciúmes.

- Claro, tchau Vitor. – Sorri e acenei com a mão.

Quando entramos na sala do cinema o Lucas me perguntou quem era ele.

- Ah o cara que não tinha jujuba para me vender. – Dei de ombros e o Lucas riu.

A Cacau e o Gustavo não paravam de brigar. Eu acho que a Cacau estava gostando do Gu. Sorri com esse pensamento, seria legal eles namorarem, realmente combinam.

- Ah, cala boca Gustavo. – Dizia ela irritada. – Você não sabe de nada Cacau. – Ele falou.

- EI! Parem vocês dois, parecem um casal brigando. – Eles se olharam e depois riram, dei de ombros. Ali tem coisa.

O Lucas, tava muito carinhoso. Daqui a alguns dias o Gustavo e as meninas iam embora, iria sentir falta deles. Assistimos ao filme e depois fomos para casa. O Lucas nós deixou em casa e foi embora.

- Bubes, preciso falar com você. – Dizia o Gustavo sério, na varanda de casa. Como sempre as meninas dormiram cedo.

- Que foi? – Disse olhando para ele.

- De uns dias pra cá, quando você foi embora, desde daquele dia, é que... - Ele dizia visivelmente nervoso.

- Fala gu.

- Eu te amo. – Ele disse por fim.

- Também te amo bobo. – Disse.

- Não é desse jeito.

- Como assim? – Ta, só eu que não estou entendo nada?

- Eu gosto de você como... como namorado sabe? – Ele disse e me pegou de surpresa. Como assim, ele estava apaixonado por mim, isso me faz lembrar do último dia, ele me beijou. Ai meu deus.

- Gu, eu não sei o que falar. Eu te amo, mas como amigo. Eu amo desse jeito o Lucas e só. – Ele abaixou a cabeça.

- Eu não quero que nossa amizade acabe sabe? Tipo como todas acabam quando isso acontece? Eu sinto por não gosta de você como eu gosto do Lucas, é só que eu sempre te vi como um irmão. E um irmão não se separa do outro? Você não vai se distanciar não é? Eu até entendo... – Ta, eu estava nervosa, eu não sabia como lidar nessas situações, eu esperava que o Gu gritasse, dissesse que nunca mais iria alar comigo, mas a reação dele me deixou mais surpresa.

Ele sorriu. – Eu entendo, eu nunca iria acabar com a nossa amizade por causa disso. Se você está feliz com o Lucas, eu já me sinto feliz. Eu te amo. – Soltei o ar, de alivio. Depois sorri.

- Também te amo seu chato. – Nós abraçamos por alguns minutos e depois subimos e fomos dormir. É muita coisa para um dia.

- Tem certeza que vocês não podem ficar mais um pouco? – Disse com olhinhos de cachorro. Nem acredito que os dias se passaram tão rápidos. Já sentia saudades deles antes mesmo de embarcarem no avião.

- Você sabe que não, logo a gente se encontra de novo ta? Te amo. – Disse Cacau, me abraçando logo depois. Depois a Juli se juntou com a gente.

- Odeio despedidas. – Falei, elas riram um pouco.

- Temos que ir. – Disse Juli, separamos e depois o Gu veio na minha direção. As meninas se despediam do Lucas.

- Vou sentir sua falta gu. – Disse olhando para os seus olhos.

- Eu também vou. – Nós abraçamos até que alguém tocou no ombro de gu, fazendo a gente se separar.

Logo só estava eu e o Lucas, abraçados enquanto eu chorava no seu colo.

- Por que é tão doloroso dizer tchau? – Falei, com voz chorosa.

- Algumas pessoas são muito importantes para a deixarmos ir para longe de nos. – O abracei mais forte. – Você não vai me deixar não é? – Disse com medo da resposta.

- Nunca. – Sorri, era tão bom ter seus braços envoltos do meu corpo, me sentia segura.