---A.P.A.S.D.---Keep Out---Line On

P.O.V. Izack

Ouvi alguns ruídos vindos pela porta, não hesitaria em abrir, porém o sono estava a me consumir por inteiro, e quase cai da cama, tentando me levantar. Abri a porta devagar, e vi Jonny junto a Effy e Holly. Fiquei um tanto preocupado, elas eram companheiras de equipe... Digo, elas eram como eu, um monstro.

Sai do quarto ligeiramente, escutando os ruídos da porta. Caminhei um pouco confuso até o fundo do corredor... Estava frio, estava escuro, eu mal conseguia observar as paredes, foi quando senti uma mão em minha boca, me puxando para trás. Tentei gritar, mas aquela mão estava interrompendo tudo.

- Fique calado, não vai querer ver ele irritado! – Era uma voz feminina, devagar ela soltou-me, e eu pude virar para trás. Não consegui ver seu rosto, logo eu perguntei quem era ela. – Bárbara Spider, se não esta lembrado. – Respondeu fria. – O que está fazendo fora de seu quarto?

- Eu estava querendo saber o que acontecia ali com eles. – Apontei em direção a Jonny e as duas meninas.

- E dar meia volta ajudaria muito, não? – Indagou sarcástica, mas eu ainda consegui da uma leve risada.

- E o que você faz aqui? – Perguntei.

- Eu vim reunir todos vocês... – Ela apontou para o fundo do corredor, onde tinha uma grande luz vermelha, em forma de cilindro. Caminhamos até lá, onde ela me mandou sentar-me em uma cadeira. Depois ela apontou para um quarto, onde estavam reunidos todos os alunos, eles dormiam. Eu fiquei, provavelmente, com uma cara boba. – Antes de qualquer pergunta, eles foram teletransportados, e não, não fui eu quem os teletransportei. As camas dão acesso a uma ala secreta, onde tem um mecanismo de rápido embarque e desembarque. Em menos de 5 segundos, eles já estão aqui. Essa sala serve para testar os cérebros e os sonhos de cada aluno, para não me dar trabalho, eu lhe peço para se deitar em uma das macas, e dormir tranquilamente. – O seu tom de voz foi tão sério, que até chegou a me assustar. Eu fiz o que foi peço. Como eu já estava sonolento, não demorou ao sono me possuir por completo.

P.O.V. Izack Off

P.O.V. Holly

Ah, Holly, que merda! Você é uma pessoa concentrada em um objetivo, e nada pode te atrapalhar! Mas que droga, era o Jonny!

- O que as duas fazem aqui?! Não era para estarem em seus quartos?!

- J-Jonny... – Suspirou Effy. – Não estamos fazendo nada! – Disse friamente. Admirei a coragem que ela tinha, Effy me puxou pelo pulso, e saiu correndo em direção oposta a de
Jonny.

- Hey! Mini demônios! – Gritou Jonny. Eu ri por um instante. Ele corria tão agoniado atrás de nós, que mal percebeu quando eu lancei um pequeno pedaço de granizo em sua direção, depois, Effy lançou uma pequena bola de fogo em direção ao meu granizo, o que o fez virar água, o líquido cair no chão, quando deu por si, Jonny já havia caído. Eu ri, e ela me acompanhou.

Effy corria cada vez mais rápido, e quando já não aguentávamos mais, ela parou em um corredor escuro. Sorrimos por um instante, achando toda aquela situação um tanto engraçada. Quando olhamos para frente, vimos Bárbara com os braços cruzados, mas ela lançava um olhar de preocupação em meio aquilo, quando ela descruzou os braços, nos chamou com um sinal.

P.O.V. Holly Off.

P.O.V. Crow

Simplesmente, acho que o Jeffrey não estaria entendendo absolutamente nada, talvez ele nunca houvesse prestado atenção em mim necessariamente, aliás, eu era apenas um bichinho de estimação, isto é, para ele.

Não sei muito bem o que acontece nesses dias, eu só espero que a notícia de meu aparecimento não se espalhe, por que todos iriam querer respostas, e como poderei responder as questões, se nem eu mesmo sei?!

Ouvi ruídos vindos da janela... Aliás, quando aquilo aconteceu, eu sai correndo... Ou quase isso.

---Flash Back On---

– C-Crow? – Perguntou, e eu assenti com a cabeça, e aumentei o sorriso.

- Resposta certa. – Falei sem emoção.

- Mas como...? – Questionou, com um sorriso no rosto.

- Eu... Não sei. – Respondi por completo. – Esse lugar não é seguro, mestre.

- Espera... Espera, espera um pouco... – Soou com dúvida. – Mestre?!

- Achei que iria me perguntar por que esse lugar não é seguro.

- Ah, claro. Por que esse lugar não é seguro? E como assim mestre? – Perguntou, senti vontade de rir por um instante, mas me segurei.

- Por que você não sabe exatamente como é aqui. Eles vão controlar a sua mente, acredite nisso. – Falei. – E te chamei de mestre por que você é meu mestre. – Indaguei, vendo-o ficar com uma cara meio zangada, e irônica.

- Não vejo motivos para sair daqui, desculpe-me, Crow. – Cruzou os braços.

- Eu não estou brincando! – O encarei sério por um segundo, o que o fez arregalar os olhos, e gritar. Eu tinha o machucado? Como?!

De repente, eu ouvi a porta sendo aberta. Eu não olhei para trás, pois se eu tivesse olhado, tenho certeza de que a pessoa iria correr, e sair gritando. Suspirei por um instante, quando percebi que Jeffrey ainda olhava para mim.

- Não fale absolutamente nada, me desculpe Jeff. – Continuei a encará-lo, e consegui sair rapidamente do local. Eu poderia dizer em um piscar de olhos, mas exatamente não sei o que eu havia feito.

Desde então, vi Jeffrey sendo levado para o quarto. Onde eu estava? Na janela, eu observava tudo da janela, sem dizer nenhuma palavra.

---Flash Back Off---

Ainda não sei como vim parar aqui, muito menos por que ainda estou na janela. Eu só sei que tenho que tirar Jeffrey daqui, sem mais nem menos, algo de ruim vai acontecer.

P.O.V. Crow Off

P.O.V. Elena On

E se tudo fosse apenas um sonho? Todos os dias, todas as noites, a cada segundo... Tudo isso poderia ser apenas um sonho... Um pesadelo...

“Todos estavam correndo, alguns gritavam, outros choravam. Jonny carregava a sua Colt Navy Calibre 35 novamente, atirando contra as criaturas teimosas. Mathews tentava parar o choro de uma menininha, que aparentava ter uns 7 ou 8 anos. Lindsay matava uma criatura, apenas com uma pequena faca que tinha em mãos.

- Elena! – Escutei me chamarem. – Vamos cair fora daqui!

Olhei para onde o dono da voz estava chamando, avistei uma van totalmente preta, e corri até lá. Quando senti alguma coisa puxar a minha perna, e cai dura no chão.

- Elena! – Escutei Izack chamando. Ouvi os passos se aproximarem, ele corria. – Nenhum mutante fica para trás! – Ele sorriu.

E a partir daí... Eu apaguei.”

Acordei soando frio, vários fios estavam envolvidos em minha cabeça, e eu tremia.

- O que está a-acontecendo?! – Perguntei a mim mesma.

- Hey, não se preocupe, Elena. – Escutei passos se aproximarem. – Tudo está bem, foi apenas um sonho. – Era Bárbara. Olhei para os lados, e lá estavam todos os alunos, dormindo. – Elena, precisamos conversar, seus sonhos não são sonhos comuns... Eles são visões.

Senti meu corpo estremesser.

- Isso quer dizer...

- Que o que você sonhou irá se tornar real... Tudo aquilo é real. – Bárbara completou, com um tom frio e despreocupado.

- E o que vai acontecer com os outros? – Perguntei preocupada.

- Ainda não sei, seu sonho, ou visão... Não foi exato. – Indagou. – Mas não vou lhe forçar a nada. – Eu suspirei.

P.O.V. Elena Off.

P.O.V.  Off.

- MERDA! – Gritou Jonny. – Que porra! – Murmurou. Caminhou até a diretoria, querendo dizer tudo aquilo para o pai, não que ele fosse mimado, nem nada disso, ele só queria poder dar alguma punição para as meninas.

- O que foi dessa vez, Jonny? – O Diretor perguntou.

- Não vem com essa, Will! – Comentou.

- Olha, eu sou seu pai! Não me chama de Will!

- Você não é meu pai, é apenas um cientista imbecil, retardado, se não fosse por você não estaríamos nessa situação, idiota! – Xingou Jonny. Logo ele sentiu o sangue escorrer por sua boca, o Diretor o havia socado. Jonny estava ofegante. – Ficou nervoso pela verdade?! – Falou irônico.

- Como sabe dessas coisas?!

- Eu não sou besta! – Gritou. – Agora que você teve a porcaria da brilhante ideia de trazer os mutantes para a academia, tudo esta fudido! – Murmurou. – Eles ainda vão descobrir por que você os quer aqui, pensa que eu não sei?! Não queira dar um de senhorzinho bonzinho e gentil! Eu sei o que sou, sei de tudo! Agora te perguntou: Por que me tirou da porra do Inferno para me colocar na merda desse mundo, Will?! – O garoto estava nervoso, com raiva. Ele já havia segurado essa discussão por muito tempo, e agora estava dizendo tudo o que pensava e sabia.

- Não aja como uma criança insolente, Jonnathan! – Will deu um forte soco na barriga de Jonny. – Lindsay, venha aqui! – Assim como pedido, em meia fração de segundo, lá estava a menina.

- Sim, o que foi?! – Perguntou, desinteressada.

- Dê um jeito em seu irmão, ele está louco! – A menor tomou um tom mais sério, segurou o irmão pela gola da camisa, e o arremessou longe, ele quebrou as paredes, caindo do lado de fora do escritório do Diretor.

- Lindsay, você não está entendendo! – Gritou. Ele sangrava muito, e estava ofegante. – Eu, realmente, não quero te machucar... Mesmo sabendo que você não é... – Ela segurou forte a gola da camisa dele.

- Do que está falando?! – Perguntou.

- Lindsay... Vamos conversar. – Suplicou Jonny.

- Agora você quer conversar, não é? Mathews tem razão, você é o “vilão” por trás disso tudo! – Deduziu. – Aliás... Por falar nele, onde está Mathews?

- JONNY! LINDSAY! – O grito do ruivo ecoou.

- Fa-falando no diabo... – Brincou Jonny, ainda ofegante. Lindsay o largou no chão.

- O que aconteceu, Mathews?

- Os sonhos, as visões, os alunos, a Academia, o corvo, as criaturas, os demônios... – Falou rapidamente, confundindo Jonny e Lindsay. Logo Mathews sentiu um forte tapa na cara, dado pela menina.

- Fala direito, idiota! – A menor gritou.

- A Academia... Vai ser devastada. O Governo nos descobriu!

Continua...

---A.P.A.S.D.---Keep Out --- Line Off