---A.P.A.S.D.---Keep Out---Line ON

- Ah... - Suspirou Aron. - Então o Jonny, que se chama Jonnathan, não é mais o Jonny, e sim um cara, ou um gay, chamado Tobbye?

- Em resumo, sim. - Murmurou Bárbara, enquanto entrava na vã, após ter explicado a situação.

- OLHEM! - Gritou Mike, apontando para fora da vã.

Dentro de segundos, criaturas estranhas se aproximavam da vã-avião, porém, Holly foi mais rápida, chutando a porta e respirando ofegante. Mathews se debatia com Lindsay, mas logo percebeu a menina ferida, e correu para tentar ajudá-la. Portanto, a mesma já não estava em condições.

- Precisamos sair daqui! Ou... - Antes que concluísse a frase, sentiu alguma coisa pegar o seu braço, e lhe torcê-lo. - MERDA! - Gritou, puxando com a outra mão o próprio braço. Ela sentiu o mundo virar de cabeça para baixo, seus sentidos não funcionavam mais como antes, e sua pele já estava mais pálida que o normal. Sentiu seu corpo se fragilizar, e quase caiu no chão, porém, Jeffrey foi mais rápido, segurando-a.

- Mas que merda foi isso? – Murmurou Donna.

- Vou explicar o que ocorreu... – Suspirou Bárbara. – Will não morreu.

***

Minutos se passaram, a garota corria rapidamente até onde o vento poderia lhe levar, tentava desviar de todas as criaturas que vinham em sua direção, portanto, seu braço ensanguentado já não a deixava. Ela não sabia o que era aquilo, mas o temia. Quanto mais rápido corria, mais perto aquilo se fazia presente. Até que ela sentiu algo puxar a sua perna.

- AH! PARE! – Juntou forças, e forçou a própria perna para fora da sombra que lhe seguia.

- Por que tem medo de mim, Ally? – A sombra murmurou.

- Por que você está me seguindo! Não está vendo que eu estou tentando encontrar o Mathews? – Suspirou, tentando não falhar na voz. – E, aliás...

- Escutou isso?

Um som de algo de metal caindo no chão fez-se presente, Alice assentiu. Ela e a “sombra” que lhe perseguia, caminharam até onde o barulho havia vindo. Todos estavam correndo, alguns gritavam, outros choravam. Um moreno carregava a sua Colt Navy Calibre 35, atirando contra as criaturas teimosas. Um ruivo tentava parar o choro de uma menininha, que aparentava ter uns sete ou oito anos. Uma garotinha loira matava uma criatura, apenas com uma pequena faca que tinha em mãos.

– Elena! – O grito soou. – Vamos cair fora daqui!

A garota para onde o dono da voz estava chamando, avistou uma van totalmente preta, e correu até lá. Quando sentiu alguma coisa puxar a perna, e caiu dura no chão.

– Elena! – Izack chamou. Ouviu os passos se aproximarem, ele corria. – Nenhum mutante fica para trás! – Ele sorriu. E a partir daí... Elena viu seus olhos fecharem-se.

- Solte a perna dela, Stark! – Alice gritou.

- Mas é tão divertido brincar com ela, Ally. – A criatura fez bico.

- Seria tão divertido te ver sentir um pouco de dor! – Murmurou, fechando os punhos.

***

Bárbara escutou múrmuros, ela se escondia atrás do veículo caído no chão, juntamente com Holly e outros mutantes, portanto, Holly estava ferida seriamente no braço. A moça concentrou-se, e pediu a ajuda da ferida, que assentiu e criou uma bola de gelo. Esta foi derretida pelos dons de Bárbara, transformando-se em um tridente. A mulher mirou o objeto bem para aonde o som vinha, concentrou-se e várias faíscas de água saíram do objeto. Sentiu que o objeto havia pegado alguma coisa sólida, e puxou.

- Quem é você? – Murmurou Hector, olhando para a figura presa em uma corrente de água no tridente de Bárbara.

- Meu nome é Alice Blouseh. – Murmurou, fechando a cara envergonhada com a própria situação. – E esse é Miu. – Apontou para uma sombra que saía do chão e sorria grotescamente.

- Miu? – Murmurou Jonny... Ou Tobbye. – Ah, você é a garota que tentava ajustar os parafusos soltos do Mathews. – Zombou.

- Pelo visto, vocês se encontraram com o Tobbye... Trágico. – Falou ironicamente.

- Alice? – Pensou Mathews, olhando para a menina. – Ah! Alice, a nanica dos olhos bizarros! – Brincou.

Bárbara, vendo que ela não seria ameaça, soltou-a e caminhou até a garota.

- Tem alguma habilidade? – Perguntou. Alice fixou o olhar nos olhos de Bárbara, seus olhos tomaram um tom amarelo, enquanto Bárbara começara a sentir o próprio corpo se carbonizar, portanto, ao olhar para si mesma, estava inteira. – I-Interessante.

- Consigo sugar os seus medos, sonhos, pensamentos e sensações, apenas olhando em seus olhos. Porém, seu corpo pode ter uma sensação de carbonização, por isso uso o Miu para isso. – Apontou para a sombra. – Ele é meu irmão, um irmão bizarro, mas não deixa de ser um irmão. Ele consegue fazer seu corpo se mover sozinho, mas para isso, ele necessita transformar-se em uma sombra, e sugar sua vitalidade. – Suspirou.

- O que estão fazendo aqui? – Sebastian perguntou.

- Estamos procurando o Mathews e o Jonny. – Murmurou Miu. – Éramos alunos da mesma escola, até Jonny sumir do local, e duas semanas depois Mathews sumiu também. Nós quatro conseguíamos fazer as maiores besteiras na escola, e por isso fomos expulsos delas. Mas Jonny e Mathews haviam sumido de vez, foi estranho, e desde então procuramos respostas.

- Também pelo fato de terem aparecido dois caras de smoking enormes na porta de nossa casa! – Suspirou Alice. – E eles queriam nos levar para um laboratório e...

- TIVE UMA IDÉIA! – Gritou Tobbye.

- Qual foi? – Murmurou Aron.

- Bem... Donna-chan, você consegue se teleportar, certo?

- Sim! – Assentiu a moça.

- E Sebastian, você tem vários poderes, sendo assim, também consegue se teleportar, não? – O outro assentiu. – Pelo visto, não chegaremos no Japão com essa lata velha! – Chutou a van. – Então, vamos usar os seus poderes para nos levarem até lá!

- QUE?! – Donna gritou. – De jeito NENHUM!

- Donna... É nossa última alternativa. – Suspirou Jeffrey.

- Por favor... – Effy suplicou.

- B-bem... – Sebastian sentiu um rubor nas bochechas. – Donna, depende de nós.

A garota assentiu sentido as bochechas esquentarem. Ambos seguraram as mãos, e uma roda foi feita no meio deles. Todos os ex-alunos seguravam as mãos, incluindo Alice e Miu. Mathews segurou na costa de Jonny, enquanto segurava com a outra mão, a mão de Alice. Assim o círculo foi ligado, e uma grande luz tomou conta do local.

- É a nossa última chance... – Suspirou Donna.