No capitulo anterior...

 Terminamos a conversa, já havia dado o toque de recolher, eu estava andando pelos corredores, passeando. Não sou aquele tipo de garoto que vai cedo para cama. Isso soou estranho. Tsc. Eu estava lá, descendo as escadas e então...

POV Albus Severus Potter

Puft, cai no chão como pedra. Meu olho esquerdo lacrimejando enquanto eu me contorcia de dor. Sabe o que aconteceu? Sim. Malfoy foi tentar dar uma de namorado perfeito me batendo, Patético. Ele ficou ali, praticamente me espancando. O olho dolorido melhorou um pouco e tomei forças para levantar-me. Levei meu braço esquerdo ao encontro do olho de Malfoy, acertando-lhe um soco.  Começamos então, uma briga de socos, chutes e arranhões, sorte de Malfoy ter jogado quadribol por seis anos, ou agora estaria morto.

POV Scorpius Malfoy

Agora sim, estávamos brigando de verdade. Aquele filinho de papai sairia dali morto, ou eu não me chamo Scorpius Malfoy. Depois de três horas tentando achar esse “marica” pelo castelo, o achei. Socos e mais socos, isso o que estávamos nos presenteando, chutes e arranhões, sem varinhas e sem magia, o modo trouxa como diz o meu pai, vamos ver quem é o fraco.  Paramos por um minuto, nós dois nos fuzilamos com os olhos, imaginando o dia que poderíamos matar um ao outro.

- Sabe, que isso sirva de lição para nunca mais chegar perto de Rose, seu inútil. – Eu disse, levando meu braço direito novamente ao encontro de seu olho, deixando-o, cair no chão novamente.

- E sabe, Malfoy. – Disse ele, passando a mão pelo olho e sorrindo descaradamente, encostado na parede. -  Fazer sexo com a melhor amiga, não estraga a amizade, não é? Nem conta como trair a namorada, é como tentar estragar sorvete com chocolate granulado. – Ele completou.

Raiva? Sim, uma raiva nunca vista antes em mim, apoderou-se de meu corpo. Segui lentamente e aproximei-me de Albus, sorri cinicamente, e chutei seu rosto com meu pé esquerdo, bem forte por sinal. Deixei um Potter idiota ali, jogado no chão gélido de um dos corredores da imensa escola, desacordado. Acho que foi um dos dias mais felizes de minha vida.

Ouvi passos passarem pelo corredor grande e escuro, sem pensar duas vezes, corri descendo os degraus, corri e corri até as masmorras, murmurei a senha “Sangue-Puro” e entrei.  Verifiquei se tinha alguma pessoa lá, notei que não e então, levei meu punho ao ar, murmurando um “isso” e logo cessando. Estava sem sono, adrenalina corria sobre meu corpo. Sentei-me no sofá de couro da comunal, célere por conseguir fazer Albus desmaiar.

POV Albus Severus Potter

Tudo estava escuro, minha mente parecia não funcionar. Estrelinhas eram as únicas coisas em que eu conseguia pensar. Elas me lembravam da Rose. Uma luz invadiu meus pensamentos, meus olhos arderam, eu os abri, receoso. Legal, eu estava lá, sendo observado friamente pela diretora McGonagall na ala hospitalar, lá era um dos lugares onde eu mais frequentava, deve saber o porquê, certo?  Lá era um lugar bem calmo, claro e espaçoso, eu adorava ir lá, mentira.

A esse ponto, eu poderia considerar madame Pomfrey (Sim, essa velha ainda está viva.) minha melhor amiga, brincadeira. Meus dois olhos, estavam doendo. Minhas pernas? Nem estou sentindo. Meu corpo? Foi passar férias na China. Acho que colocaram um feitiço anestesiante, tomara que passe logo, vai ter revanche. Ainda estava de noite, creio eu.  A diretora e a Pomfreizinha que eu adorava (Mentira) ficaram me fazendo tantas perguntas, e imagina a situação do garoto! Eu nem conseguia falar.

Enquanto isso...

POV Rose Weasley

É, essa hora da madrugada eu ainda estava lá na comunal tentando ler um simples livro. Aquela loira oxigenada me deixou pulguenta igual a ela, de tanta curiosidade! Argh! Odeio loiras albinas Russas. Existia alguém mais irritante do que aquele sotaque horrível? Deplorável? Imundo? Tá, até que o sotaque dela era legal, mais mesmo assim, ela ainda continuava na categoria irritante total. Aquele bracelete, que as pistas dizem deixar-me “irresistível” coisa que eu estou a duvidar muito nesses últimos dias, dói muito, será que esse espírito do mal que não deixa a santa eu Weasley não tão santa, descansar? Será que ele não tira férias? (Seria muito bom afinal) Daqui a pouco vou ficando como aquelas garotas, frescas e amarguradas que não fazem nada alem de cuidar de alguns vinte e sete gatos em um minúsculo apartamento em Londres. “Oh Merlin! Não seja tão cruel comigo!”. Pensei, colocando meu braço dramaticamente sobre a testa, me imaginando daqui a doze anos. Sinceramente, não era nada bonito. Não e não, eu não iria me transformar em uma velha gorda e rabugenta que cuida de gatos. Não mesmo.  Esbugalhei meus olhos com tal pensamento. Levantei-me da poltrona de couro avermelhado onde estava sentada, e segui pela comunal, para as escadarias. Saltitei pelos degraus; Cansada. Meus pensamentos não poderiam ficar piores do que aqueles.  Entrei nas pontas dos pés no dormitório, as meninas estavam dormindo em suas camas, elas estavam adoráveis. Que horror, pareci a tia Gina falando.

Fui para o banheiro na pontinha dos pés, mesmo assim aquela porta que não era muito minha amiga, rangia fazendo as garotas se remexerem quase acordando. “Maldita porta”. Pensei. Olhei-me no espelho, meu estado de hoje passou para perfeita a estrume de Trasgo. Penteei meus cabelos ruivos com minha escova vermelha com as escrituras Rose Weasley gravada em prata, que ganhei de meu pai. Fiquei pensativa. O que será que seria de mim dali em diante? Isso é um mistério. Coloquei meu pijama, sai do banheiro e fui deitar-me. Seria uma noite bem curta, de fato.

POV Melody Gusmand

Nessas horas eu deveria estar dormindo, de fato. O meu problema é que meus comprimidos para bipolaridade acabaram e eu estou sem sono pensando no plano meu e de Albus. Essas garotas do dormitório são Trasgos, literalmente. São tão inteligentes quanto eles, creio eu.

Levantei-me daquela cama horrível e desci as escadas, saltitando. Um degrau antes parei. Espionei com meus olhos para ver quem estava lá, notei certo loiro Sonserino gatinho sentado ali no sofá.  Sorri safada. Levei minhas mãos ao short,dobrando-o e o encurtando. Respirei, e desci o ultimo degrau. Passei pela escada e fui sentando-me no sofá ao lado, fingindo não notar o loiro.

Virei minha cabeça, fingindo surpresa em notar o loiro ali, na comunal há tal hora. Sorri inocente.

- Olá Scorpius. – Eu disse tímida.

- Ah, olá Mel. – Disse ele sorrindo forçado, não entendi o porquê.

- O que houve? – Perguntei já confusa.

- Mel, você contou para Albus o que houve naquele dia na mansão? – Ele perguntou, levantando uma das sobrancelhas.

Continua...

N/A = Oi genteee! Vou fazer um capitulo só de historinhas animadas para compensar as perdidas, ok? 

Pijamas:

Melody

Rose