Superficial escrita por Karen M


Capítulo 7
Capítulo 7




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Capítulo 7


Não consigo parar de pensar no Nathan, o que será que os Winchester estão escondendo? Eu queria tanto ir atrás dele, mas se eu fizer isso os demônios me pegam, é muito perigoso, mas isto já está começando a parecer uma opção.

-Bobby sabe alguma coisa sobre o Nathan?

-Não, Sam e Dean estão cuidando disso, não se preocupe. – Ele diz do modo seco dele e não olha diretamente pra mim.

-Porque acho que todos estão escondendo algo de mim?

-Talvez você seja muito desconfiada.

-Olha Bobby eu sou capaz de aguentar muita coisa. Eu perdi minha família toda e meu irmão está com demônios para ajudar no fim do mundo, e eu provavelmente vou ser pega também, e alguma vez me viu reclamar por alguma dessas coisas? Eu não quero que esconda nada de mim, eu aguento a verdade. – Sinto muita raiva de tudo isso.

Bobby fica parado por um instante me olhando, e depois apenas fala:

-Eu não sei o que vai acontecer, estamos fazendo o máximo que podemos.

Máximo, ok. Esse máximo me parece nada! Eu preciso descobrir o que estão escondendo de mim.

-Tudo bem, parece que vou ter que fazer isso do meu jeito, eu vou buscar o Nathan, mesmo arriscando não sair mais de lá.

Foi só eu terminar a frase que a expressão de Bobby muda instantaneamente. Ele segura meu braço e diz:

-Escuta aqui mocinha, você não pode ir lá, é um território cheio de demônios que estão atrás de mutantes e você é o quê? Uma mutante! Aquele lugar deve estar enfeitiçado, se você entra não sai mais.

-Porque acha que ainda não fui lá? Eu andei lendo aqueles seus livros. Mas se vocês não dão um jeito, eu tenho que dar.

-Você não pode dar jeito nenhum amarrada e sendo torturada. Demônios são poderosos e cruéis, você não faz noção. Aqueles fantasminhas que você viu não são nada perto deles.

Ele está bravo comigo, mas consigo ver um pouco de preocupação no seu olhar, só não sei se essa preocupação é comigo ou com o quê eles estão escondendo.

Claro que eu não iria simplesmente me teleportar pra onde Nathan está e trazê-lo de volta porque sei não pode ser tão fácil e não quero arriscar ser pega também, falei aquilo para preocupar Bobby e ele e os irmãos Winchester darem um jeito nessa história. Mas só de pensar na imagem do meu irmãozinho sendo torturado meu coração parece ser esmagado.

-Tudo bem, mas se quiser contar alguma coisa, estou pronta para ouvir.

Saio quase correndo e vou direto para a rua. Parece que o chão vai desmoronar e o vazio dentro de mim aumenta cada vez mais. Quero tanto tirar meu irmão do meio daqueles demônios, quero tanto trazer minha mãe de volta, quero tanto minha vida de volta...

Tudo está tão confuso, eu não sei o que está acontecendo com meu irmão, não sei nem o que está acontecendo comigo, eu estou dada como desaparecida, que história vou inventar quando tudo isso acabar e eu for para o orfanato?

Muita coisa não faz sentido, e eu não aguento mais ficar sem saber o que está acontecendo em relação a Nathan.

Decido falar com Sam e Dean. Não faço ideia de como os convencer de me dizer algo mas tenho que tentar, afinal, é meu irmão caçula, sou a única que ele tem.

Quando apareço no hotel deles Dean parece se assustar e derruba seu hamburger.

-Vim em missão de paz – falo com as mãos pra cima imitando um rendimento.

-O que você quer? Estamos um pouco ocupados – Dean fala devorando seu lanche.

-Então –falo me sentando na cama ao lado de Sam - que tal me contarem como vão tirar meu irmão da zona de ataque?

Eles sempre ficam quietos quando falo do meu irmão.

-Eu sei que vocês querem matar ele mas poxa, ele é só uma criança e a única família que tenho. Vocês tem que pelo menos tentar tirar ele de lá.

Eles continuam em silencio parecendo pensar no que dizer.

-Dá pra falar alguma coisa? Verdade de preferência! Eu sei que vocês estão escondendo algo grave de mim em relação a Nathan, e quero que saibam que eu posso aguentar qualquer coisa, ele é meu irmão mais novo e não tem ninguém pra cuidar dele, e eu não posso fazer nada se vocês não me contarem o que está acontecendo.

Finalmente Sam fala:

-Isso é complicado, não podemos chegar lá e pegar seu irmão, temos que ter um plano muito bem formado.

-Eu sei disso, mas eu posso ajudar, eu faço qualquer coisa pra ter meu irmãozinho de volta. – Sinto minha garganta doer e lágrimas pretas escorrem no meu rosto.

-Aquele lugar deve ter magia, seus poderes não funcionariam. Já te dissemos isso, não podemos chegar lá sem ter tudo planejado.

-Pra mim parece que vocês não estão nem aí para o meu irmão. Ele é só uma criança e os demônios estão fazendo sabe Deus o quê com ele e vocês nem parecem se importar.

-Nós nos importamos, e é por isso que estamos trabalhando para que tudo dê certo.

-Me digam o que vocês tem até agora.

-Nós sabemos onde ele está, precisamos da ajuda de um amigo só que ele não atende nossas ligações... –Dean começa a falar.

-Quem é esse amigo?

-O nome dele é Castiel, ele pode ser bem útil, só que ele não nos responde.

-Então insistam.

Chego mais perto de Sam e olho o que ele está pesquisando, realmente me interesso pelo trabalho deles, digamos que sempre fui apaixonada por misticismo, além de isso ser ótimo para manter as pessoas afastadas de mim já que elas tinham medo dos símbolos, roupas e maquiagem que eu usava regularmente.

-Qual é o caso? - Não consigo disfarçar o entusiasmo, qual será o monstro de hoje?

-Não temos certeza, ainda estamos investigando.

-Nenhuma suspeita de que monstro é?

-Não podemos afirmar, tem muitas possibilidades. – Sam diz olhando para a tela do notebook. Apenas vejo sua boca mexer o que prende meu olhar por alguns segundos. Volto para a realidade e continuo:

-Então todos os monstros que dizem por aí existem? Quero dizer, bruxas, vampiros, lobisomens, gnomos, fadas, sereias, todos eles?

-Claro que não, muita coisa é invenção, e os que existem as vezes são um diferente do que dizem, as sereias por exemplo, não vivem na água e muito mais cruéis do que nas lendas.

-Isso é tão legal, como descobriram dessas coisas todas¿

Consegui deixar eles sem palavras de novo. Sam apenas disse:

-É uma longa história.

-Ok, foi mal. Eu to saindo, mas vou ficar de olho em vocês. Quando resolverem fazer algo pelo meu irmão avisem, mas se demorarem eu resolvo sozinha.

-Nem pense nisso! –Dean fala um pouco assustado.

-Parece que eu não tenho ajuda.

-Quando você vai entender que se você entrar lá não vai sair?

Como se eu não soubesse disso, mas eu só estava ameaçando para ver se eles agilizavam logo o trabalho assim como fiz com Bobby.

-Espero que eu não tenha que fazer isso.

E sumi. Surgi na frente do Bobby. Não deveria fazer isso com velhinhos, mas foi um acidente. Depois de ver a cara de assustado dele fiquei o imaginando caçando. Bom, ele devia caçar antes da cadeira de rodas. Ele não deveria se assustar tão fácil. Mas ele simplesmente continuou seu caminho desviando de mim, como se estivesse me evitando. Tudo bem, ele deve estar bravo com a discussão de antes, logo passa. Apenas fui ler mais daqueles livros de criaturas, preciso ficar atualizada sobre os demônios.



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Notas finais do capítulo

Tio Lú falou pra deixarem comentários é melhor obedecer...