Mudança De Vida escrita por lovelikepercy


Capítulo 6
Uma arma para uma filha de Zeus


Notas iniciais do capítulo

esse capitulo eu tive que dividir em dois, ok? Ele era muito grande.



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Assim que deixei a Casa Grande, vi Avis me esperando sentado na grama. Quando me viu, ele ficou em pé e caminhou até mim.

- Aquele cara é doido. – falei. – E desculpe por sair correndo daquela maneira. Aquele menino me irritou.

- Todos os deuses são, de certa maneira. Desculpas aceitas, ele tem esse efeito em algumas pessoas. – ele respondeu sorrindo e me entregando a armadura que eu tinha deixado na enfermaria – Coloque-a.

- Serio? Por quê? Algum monstro entrou no acampamento e querem que eu voe e atraía ele para a estrada mais próxima para atropelá-lo? – perguntei, irônicamente.

- Claro que não. – respondeu dando uma risada – Monstros não podem entrar no acampamento, que ideia idiota Anya. A gente vai jogar alguma coisa, não sei o que. Vamos para o arsenal.

- E eu preciso de armaduras e armas para jogar? – perguntei, mas aí eu me toquei. Eu estava em um acampamento que treinava crianças e adolescentes para batalhar. Os jogos não podiam ser tipo “monopoly” ou “O jogo da vida”.

- Bom, se você não quiser morrer ou ficar seriamente machucada. Pronto, chegamos. – entramos no arsenal que era bem maior do que parecia. Todas aquelas armas mortais me deram calafrios. – Escolha a sua.

- Escolher uma arma? – olhei para ele assustada – Eu nunca toquei em uma! – apontei para uma espada. – E duvido que consiga segurar alguma coisa como aquilo!

- Não precisa ser uma arma grande se você souber usar direito. Annabeth Chase, esposa de Percy Jackson que também lutou com ele, usava uma adaga. Não é uma escolha muito frequente. – ele contou. Odiava o fato dele viver fazendo citações sobre pessoas que eu nunca havia ouvido falar, mesmo assim, me interessei por Annabeth.

- Certo, o que você sugere? – perguntei. Passei os olhos pelas armas, mas nada chamou minha atenção.

 – Hmm... Vamos ver. – ele se esticou para alcançar uma espada menor que as outras. – Aqui, veja se essa é boa para você. – disse me dando.

- Leve demais. – respondi, medindo o peso da arma.

- É uma pena que Anaklusmus esteja sendo usada no momento. – a voz não era de Avis, então eu olhei para a porta e vi Quíron. – Quer dizer, não está realmente sendo usada. Ela sempre volta para o bolso de seu dono... – o rosto de Quíron se tornou mais sério, diria até mesmo triste.

- Me deixa adivinhar... Percy Jackson? – perguntei.

Quíron assentiu.

- Mas eu tenho a arma perfeita para você. – ele passou por mim e por Avis e pegou uma caixa empoeirada. – Só pode ser usada por um filho de Zeus ou Júpiter. Como nem Thalia e nem Jason quiseram, ela ainda está aqui.

Quíron tirou da caixa uma espada magnífica. O lugar de pegar era talhado em ouro e o tinha uma pequena águia em alto relevo. Sem conseguir me conter, estiquei a mão e peguei. Quando a peguei senti uma eletricidade passando pelo meu corpo. Ela não era nem muito leve, nem muito pesada. Era perfeita para mim.

 – Bronze celestial, como toda arma grega. – Avis falou. - Mas essa é especial a usou para matar a hidra, o primeiro de seus doze trabalhos. Estou certo, Quíron? – o centauro fez que sim com a cabeça.

- Agora só preciso aprender a usá-la. – falei ainda admirada.

- Não vai demorar tanto assim. – Avis disse pegando um arco e uma aljava. – Filhos de Zeus tem certa facilidade para aprender a lutar com armas mortais.

- A única arma que eu peguei antes dessa foi uma arminha de brinquedo de Simon. Eu não acho que vou me dar bem com isso.

- Tenta ao menos. – ele falou, me consolando.

Hesitei, mas decidi ficar com a espada.

- Então, vamos aos jogos? – perguntou Quíron, quebrando o gelo.

- O que vai ser? – perguntou Avis

- Um jogo novo. Eu vou explicar lá fora, vamos.

Ele saiu do arsenal e o seguimos. Reunimos-nos com pelo menos uns 400 campistas, cada um com um aspecto diferentes e vestidos da mesma forma, exceto pela cor das penas do capacete. Quando chegamos todos começaram a olhar para mim e sussurrar de novo. Avis apertou meu braço de leve, o que me fez corar.

- Heróis! – gritou Quíron e todos calaram a boca – O jogo de hoje será diferente, algo que vocês nenhum herói nunca jogou.

Vários sussurros explodiram pela arena. Nesse momento, Avis olhou para mim e sussurrou dizendo que ia se juntar aos seus irmãos. Eu ia pedir para ele ficar, mas Quíron gritou:

- Silencio! – todos se calaram novamente – Como estava dizendo, o jogo vai ser diferente. Algum de vocês já jogou caça ao tesouro?

Muitos “sims” foram ditos.

- Vai ser mais ou menos isso. Chalé por chalé. O ganhador fica até o final do ano sem as tarefas diárias. – mais vários murmúrios agitados e animados. - Tem dois tesouros, um verdadeiro e um falso. – Quíron continuou. - O chalé que achar o verdadeiro ganha e o que achar o falso vai ter que lavar a louça por uma semana. A primeira pista está...

- Espere, Quíron. - uma voz familiar interrompeu o centauro. Era o filho de Poseidon, Nate. – Eu vou fazer sozinho?

- Claro que não. Você e Anya formarão um time. - respondeu Quíron e eu fiquei um pouco irritada. – Como Anya é novata, um filho de Ares e um de Atena junte- se a eles. Algum voluntário?

                Um garoto de cabelos azuis escuros levantou a mão. Deveria ter 17 anos, um pouco mais alto que Avis e tinha olhos cinzas. Ele me lembrava algum personagem de desenho animado, mas não sei muito bem qual. 

- Certo, de Atena temos então Damon. Algum voluntário vindo do chalé de Ares? – Quiron perguntou, mas ninguém se pronunciou. – Certo, então eu escolho. Skylar, é com você. 

                Skylar era pequena porem musculosa. Não tinha mais de 14 anos e seus cabelos pretos batiam em sua cintura. Tinha uma expressão de eu-vou-te-matar-enquanto-estiver-dormindo, mas eu resolvi ignorar.

- E se eu disser não? – Skylar perguntou, apoiando seu peso em uma espada maior que minha perna. Como ela conseguia aguentar o peso daquela arma, era um mistério.

- Então você fica fora do jogo e vai lavar a louça junto com o chalé que achar a pista falsa. – Quiron falou.

                Sem esconder o desgosto, Skylar andou até onde Nate, Damon e eu estávamos. Dei uma olhada no filho de Poseidon e, tenho que admitir, Nate estava extremante atraente com as roupas de batalha. Talvez mais bonito que Simon. Só talvez. Por que todos os meninos desse acampamento eram bonitos?

Quíron ia falar mais alguma coisa, quando o irritante do Aidan apareceu e sussurrou algo em seu ouvido. Por um momento, Quíron hesitou, mas por fim anunciou:

- O filho de Hecate, Aidan, irá se juntar ao grupo recém formado.

Uma onda de raiva passou pelo meu corpo. Procurei Avis na multidão, porque achava que ele ia se voluntariar também, mas não. Não tive nem tempo de protestar a união de Aidan, porque Quíron voltou a falar:

- Serão 3 dicas para o tesouro. Na verdade, serão 5, por causa das falsas. Se você começar com a pista errada, você está fora. Prestem atenção, pois vai parecer obvio, mas não é. Vocês terão 15 minutos para se reunir com seu chalé, ou grupo, e discutir.

                Nesse momento, Nico apareceu no meio da arena. Todos ficaram em silêncio absoluto e olharam para ele, que sorriu e disse:

- Relaxem, eu só não queria perder a diversão. Além disso, vim dizer as regras. Regra um: se vocês acharem alguma das dicas, vocês deixem-a onde está. Outro grupo, eventualmente, vai chegar a ela. Regra dois: se dois chalés chegarem ao mesmo tempo na dica, vocês tem que definir dois heróis para lutar, um de cada time, para lutar entre si. O vencedor fica com a dica, enquanto o grupo perdedor tem que dar uma volta pelo acampamento.

 - Um volta pelo acampamento? Por quê? – perguntei.

- Para atrasar. – Quíron respondeu com um tom de que isso já era obvio – Aqui vai a primeira dica: “ninguém”

Meu primeiro pensamento: ele só pode estar de sacanagem. Dicas de caça ao tesouro sempre tem a ver com o lugar onde a dica esta. Meu segundo pensamento foi a certeza que alguém iria perguntar o que ele queria dizer com isso.

Mas, não... Todos os chalés se reuniram, ansiosos para começar.


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