Leah P.D.V

Quando ele olhou nos meus olhos ficou mudo, por um momento pude enxergar a surpresa em suas íris verdes. Então no outro segundo ele pareceu sair de um transe, e voltou a se apresentar.

- Bem... Meu nome é Vincent Argeneau, mas me chamem somente de Vincent ou professor, por que senhor Argeneau me faz sentir um tanto velho.- a classe riu, por que com certeza ele não parecia nem um pouco velho.

Ele continuou a falar, mas a todo instante me dirigia um olhar, que me fazia ficar desconfortável e me dava, ao mesmo tempo uma vontade louca de ataca-lo (no bom sentido). E não sei por que, mas essa vontade de agarrá-lo me fazia sentir culpada, como se estivesse traindo Jacob, o que não fazia sentido, pois nem juntos estamos, não nos falamos a quase um mês - e ele deve estar muito ocupado com Nessie para seguer pensar em mim, de qualquer maneira -.

A aula passou dessa forma, eu não conseguindo prestar quase nenhuma atenção no que ele falava, somente observando-o; e ele sempre me lançando olhares, que me faziam sentir louca. Até o final da aula foi assim.

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Quando a aula acabou, eu sai o mais rápido que pude da sala e fui direto pra o meu dormitório. As meninas não haviam chegado ainda, então eu me deitei, na tentativa frustrada de conseguir dormir.

Eu não conseguia parar de pensar em Vincent. Nos olhos que desde nosso primeiro encontro no clube me perturbavam de uma forma que eu não entendia. Mas também não conseguia fazer a imagem de Jacob sair da minha mente. O olhar que ele me lançou quando nos despedimos, quando eu o beijei. Um olhar tão desolado, que me fez querer voltar e me jogar em seus braços.

Estava enlouquecendo. Não sabia o que sentir em relação a Vincent, uma mistura de desconfiança e, talvez, desejo. Não conseguia tirar os olhos verdes magníficos da cabeça, os cabelos negros e de aparência sedosa, que me faziam querer enroscar meus dedos por sua madeixas enquanto o abraçava e sentia seus músculos -que tinham ficado bem visíveis na camisa que ele estava usando hoje-....

“Chega Leah.” Me repreendi internamente. Eu não podia ficar pensando coisas de alguém que eu não conheço direito, e ainda por cima é meu professor.

Eu fechei os olhos, em uma tentativa-que dessa vez  funcionou- de dormir; em alguns minutos eu já estava em um sono profundo.

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