Laila escrita por Solidão


Capítulo 7
VI


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal. Este capitulo quase que não sai, hein?! Por pouco este, que vos fala, quase não virou pavê de asfalto nessa tarde. Seria bem trágico.
Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas, deixando de lado essa quase tragédia, eu queria dizer umas palavrinhas: Minha querida Natália Merlker quer recomendar a minha fanfic e ela me disse que poderia fazê-lo se eu fosse bem convincente. Pois bem, olhe eu aqui. Natália, faz a recomendação! Eu tenho certeza que a minha história merece ser recomendada porque, além de bem escrita, ela ... Ah, ela é legal hahaha E também porque eu nem mesmo conheço você, mas já te considero uma amiga virtual (isso é muito estranho? você acha, Natália?) e eu queria MUITO ter uma recomendação especial de uma menina fofa como você.
Foi convincente? É, eu sei que não... Não tenho muito poder de persuasão.
Pois bem. Aqui está o novo capitulo, antes que eu resolva morrer de verdade.



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Uma hora da tarde de uma sexta-feira chuvosa, e Laila ali, naquele corredor vazio, com um livro velho e gasto nas mãos e uma pontada de esperança de que a professora de educação física faltasse.

Ela deu mais uma olhada pelo corredor, mas não viu ninguém. Revirou os olhos, era melhor continuar a leitura. Ela precisava montar o roteiro para a peça o quanto antes e ainda tinha que mandar as escritas para o restante do grupo gravar falas e ensaiar.

–Oi, Laila – ouviu alguém lhe chamando. Levantou a cabeça, e viu Thiago.

O que ele está fazendo aqui? Não tinha que estar com os amigos, no refeitório?, pensou e simplesmente deu um sorriso encabulado para o menino.

–Oi, Thiago – afastou-se um pouco – Senta aqui.

Ele sorriu-lhe de volta e sentou no chão de concreto encerado da escola. Ali, no terceiro andar, não havia nem uma alma viva. As amigas de Laila desceram no intuito de comprar lanches para a tarde e o restante da sala não fazia educação física naquele horário.

Ela ainda queria saber por que Thiago não estava com os amigos.

–Então, o livro está legal? – ele perguntou.

–Ah, mais ou menos – ela respondeu prontamente – É um pouco chato de vez em quando, mas em outras partes é bem engraçado.

Ele assentiu. Esticou as pernas no chão encerado e suspirou. Laila gostaria de saber o que estava passando na cabeça do garoto. Na verdade, ela sempre quis ter o poder de ler a mente alheia.

Ela fechou o livro e o guardou.

–Então, Laila – Thiago puxou assunto. Se dependesse dela, isso nunca aconteceria (ela é tímida demais, como todos sabem) – Eu estou adorando o livro que você me emprestou.

–Ah! Está? – por um momento ela esqueceu-se de que havia emprestado o terceiro livro de Deltora Quest, intitulado A Cidade dos Ratos – Esse livro é bem legal. Na verdade, a série inteira é.

Ele sorriu.

–É sim. Eu estou gostando...

E os dois ficaram em silêncio. Laila pensando no que poderia conversar com Thiago, imaginando como seria se ela não fosse tímida e, interiormente, torcendo para as amigas e a professora chegarem logo. Ela se sentia sobre pressão com o garoto ali, do lado.

Ele podia ir embora, me deixar sozinha para ler em paz, pensou terrivelmente.

Sim, nossa protagonista é uma menina bem estranha. Ela é muito tímida, muito austera. Uma pessoa muito reservada. Laila adora ficar perto das amigas e de conversar com elas, mas sente um terrível medo ao ficar perto de pessoas meramente desconhecidas, ou quando está perto de Abelardo.

Laila, no fundo de seu coração, se sente desconfortável na presença de pessoas desconhecidas. E perto de Thiago, ela sentia um estranho nó no estômago.

Será que eu gosto dele?, refletiu, Não! Eu gosto do Abelardo.

Ela também era dada a sentimentos repentinos, impulsivos. Sentia que seu cérebro, sua mente perturbada, geralmente lhe pregava peças. Manipulava o coração e mudava os sentimentos.

Suspirou.

Ela queria que ele fosse embora.

Então, como que para salvá-la daquele martírio, as meninas surgiram subindo a rampa enquanto riam, conversavam e gesticulavam espalhafatosamente.

Laila sorriu. Luna viu a protagonista e sorriu de volta.

O sorriso de Luna é tão bonito, ela pensou repentinamente.

As amigas, então, avistaram Thiago ao seu lado, olhando com uma expressão meio... Boba para o nada. Na verdade, Laila achava que ele tinha aquela cara de bobo desde sempre, e que, no fundo, era bem feio.

Mas ele era legal.

–Oi, Thiago – as meninas disseram num uníssono.

Laila respirou fundo e levantou-se do chão de concreto. Estava aliviada em ver as amigas ali, salvando-a de ficar perto de Thiago sem ao menos dizer uma palavra. Aquilo estava se tornando constrangedor.

–Laila, a professora faltou – Cíntia comunicou – Ela ficou doente, sei lá.

A protagonista assentiu solenemente – e um pouco agradecida – e pegou a mochila.

–Tchau, Thiago – ela disse. Virou-se para as amigas – Vamos?

Elas assentiram e logo o grupo estava descendo as rampas da escola. Serena e Cíntia faziam um escarcéu por causa de Thiago, o qual, aliás, ainda estava sentado no chão de concreto do terceiro andar.

–Se deu bem, Laila, se deu bem? – elas implicavam.

Laila revirava os olhos. Ela afastou-se um pouco do grupo. Queria ficar um pouco sozinha, mas Luna aproximou-se dela.

–Ele estava te incomodando, não é?

Laila sorriu. A amiga sempre compreendera seus sentimentos de uma forma um tanto sobrenatural.

–Sim.

Luna abraçou Laila e as duas voltaram a descer a rampa.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Natália, eu sei que o que eu disse não ficou nada convincente. Pode me matar, se quiser.
Espero por comentários construtivos e sobre o que acharam deste capitulo. Lembrando que nada é meramente inútil! Cada detalhe importa para a trama.
Obrigado pela paciência e até a próxima segunda.