Os 7 escrita por Killer
Notas iniciais do capítulo
Oioioi gente. Bem, eu acho que só vou postar esse e mais um hoje. Então, divirtam-se.
A casa em que Daniel ficava tinha um aspecto meio velho, mas era bem bonitinha. Entramos e sentei-me no sofá, que parecia bastante com o que estava na casa deles.
- Está com fome? – ele perguntou à mim.
- Um pouco. Que horas são?
- Onze e meia. – ele respondeu. Abriu um armário, pegou um saco de salgadinhos e jogou na minha direção.
- Obrigada. – falei, pegando o saco. Observei o armário – Você só tem porcarias aqui.
- Aqui não tem energia, estamos no meio da floresta, o que você quer!?
- Desculpa. – falei na defensiva.
Ele pegou uma cadeira e colocou-a perto do sofá. Sentou-se e disse:
- Agora eu quero respostas.
- Diga. – falei colocando um salgadinho com gosto de queijo na boca.
- Por que todos te perseguem?
- Eu realmente não sei. – falei. – Só sei de uma coisa.
- O que?
- O médico, quando eu estava quase pra acordar, cochichou com uma enfermeira que eu não podia ter acontecido. – senti um arrepio ao lembrar daquele dia – Ele disse que eu era perigosa. Depois eu soube que também era uma 7.
Abaixei a cabeça, esperando que ele falasse alguma coisa, ou me expulsasse da casa dele, mas ele apenas disse:
- Conta comigo, quero dizer, conosco para o que precisar.
Sorri e encarei-o. Ele retirou uma mecha de cabelo que estava tapando meu rosto, e jogou-a para trás da minha orelha. Fiquei um pouco sem graça, e acho que ele também ficou.
- Como construiu isso aqui? – perguntei a ele, tentando desviar o assunto.
- Eu estava outro dia por aqui e achei esse lugar. Ele é perfeito para o que eu faço.
-Aqui é bem silencioso.
- Eu gosto. Me ajuda a pensar. – ele disse.
- Mia que não ia gostar disso. – falei.
- É incrível isso.
- Isso o que?
- Como em menos de uma semana, você tem mais intimidade com a minha irmã do que eu.
- Você quase não para na sua casa. – eu disse – E quando para nem dá atenção a ela, ou então briga com ela.
- Quando os meus pais foram viajar, eles me deixaram tomando conta de Dylan e da Mia. Eu tinha 14 anos.
- Quantos anos você tem?
- 18. – ele respondeu. – Desde então eu tinha que cuidar deles e de mim. Até que desapareci por aqui. Assim que acordei naquela tarde, a primeira coisa que pensei foi em ir pra casa. Mas no caminho eu comecei a pensar em mim. Pela primeira vez eu estava pensando em mim mesmo, e não nos meus irmãos. E eu concluí que, se eles sobreviveram muito bem sem mim durante dois dias, conseguiriam durante mais tempo.
“Todos os dias” – ele continuou e eu não o interrompi nem um segundo sequer – “Eu vinha pra floresta. Uma amigo meu me dera esse ‘cigarro’ e eu vinha pra cá pra pensar, ficar sozinho. Então achei essa casa. Estava inabitada, sem nada dentro, a não ser esse sofá. Só precisei limpá-la para descobrir que essa casa pertencia aos meus pais.”
- Como sabe? – perguntei. Essa história estava ficando interessante.
Ele olhou para a porta. Em cima dela, havia alguma coisa escrita em uma letra bem bonita. Levantei-me do sofá e fui ver o que era.
Casa de Helena e Michael Parker.
- Ah. – foi a única coisa que consegui dizer.
- Eu retirei a poeira que estava aí em cima e consegui ler. Foi assim que descobri.
- Se sente mais próximo deles aqui?
- Um pouco. – ele disse.
Voltei para o sofá e ele sentou ao meu lado.
- Você é a primeira pessoa que eu trago aqui. – ele falou depois de um tempo.
Sorri com isso, mesmo me sentindo um pouco desconfortável. Não sabia se isso era bom o ruim.
- Por quê? – perguntei.
- Porque por algum motivo eu confio em você.
- Obrigada. – falei envergonhada.
Ficamos conversando o resto da tarde. Quando deu umas 4 horas, Daniel disse que era melhor voltarmos. Concordei e fomos.
Assim que avistamos a casa, Daniel foi ficando mais devagar até parar, uns cem metros da casa de madeira.
- Você não vem?
- Não, eu venho mais tarde.
- Promete?
- Prometo.
Sorri e me despedi dele. Entrei na casa e Mia e Dylan saíram do corredor e falaram:
- Feliz aniversário.
- Obrigada – falei abraçando-os.
- Isso é pra você Abby. – Mia me entregou um embrulhozinho.
Agradeci e a abracei. Abri e me deparei com uma correntezinha prata. Nela havia um pingente com o número 7.
Ri com aquilo e falei:
- Obrigada, é linda. – coloquei e fiquei admirando o pingente.
- Onde esteve o dia todo? – Dylan perguntou.
- Com Daniel. – falei sem tirar os olhos do pingente. Olhei pra eles e percebi que eles se entreolhavam sorrindo. – O que houve?
- Nada – falou Mia – Agora a gente pode comer o bolo que fizemos?
- Fizeram bolo?
- Sim.
- Então tá, vamos comer então.
E assim fomos pra cozinha.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gostaram? Se gostaram comentem, se não gostaram também hahaha ;)
bjs