O Amigo Do Meu Irmão escrita por Malu


Capítulo 39
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

OIEEEEEEEEEEEEE GALERAAAAAAAAA!!!! COMO VÃO??
Esse capítulo tem muitas emoções!!!!!!!! Não me matem!!!!!!!!!
Espero que gostem!!!!!!!!!!
Boa leitura!!!



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POV James

Acordo com Carol ao meu lado e sorrio. Ah, essa menina me faz muito feliz. Me levanto com cuidado e vou pro banheiro. Tomo um banho rápido e coloco uma bermuda jeans. Carol continua dormindo. Não vou acordá-la. Ainda está cedo. Desço as escadas e vou comer alguma coisa na cozinha. Estou morrendo de fome. Passo manteiga em um pão, e coloco queijo. Me encosto na pia. Estou quase colocando o pão na boca, quando vejo Kate do outro lado da rua. O que ela faz aqui? Deixo o pão na mesa e saio correndo em direção à porta.

- Kate? – pergunto quando abro a porta.

Ela vem em direção a casa, e me olha quando eu a chamo. Ela já estava vindo pra cá. Ela dá um sorriso forçado e triste, e fica de frente pra mim.

- Oi – ela sussurra.

- O que faz aqui? – Vou direto ao assunto.

- Desculpe por ter vindo tão cedo, mas eu só vim aqui pra te dar uma notícia. Acho que vai te deixar bem feliz – ela abaixa a cabeça – Eu abortei.

- O que?

- Fiz isso por que... O bebê não era seu.

Sinto um alívio tamanho percorrendo meu corpo inteiro.

- Ah... – Só consigo dizer isso. E parece mais um suspiro.

Ela levanta a cabeça e olha pra mim. Ela está chorando.

- O bebê era do meu pai.

Arregalo os olhos e abro a boca sem conseguir pronunciar nenhuma palavra. O que?

- Ele sempre me violentou... – ela coloca as mãos no rosto e chora muito.

A única coisa que consigo fazer é abraçá-la. Afago suas costas e ela se afasta.

- Bem. Só vim pra dizer isso mesmo. Acho que você está bem contente – ela sorri forçado – Ah, eu soube do incidente no navio. Sinto muito. Mas é bom saber que todos vocês estão bem.

- Como soube disso? Não contamos pra ninguém.

- Passou na televisão. Nossos amigos disseram que era o navio que vocês estavam. Agora tenho que ir. Até logo – ela se afasta devagar e vai embora andando.

Fico observando-a ir embora. De repente, um sorriso largo aparece no meu rosto, e eu fecho a porta às pressas.

- Justin! – Grito e subo correndo – Justin!

Entro no quarto dele e vejo ele e Sam dormindo abraçados.

- Acordem! – balanço-os.

Eles acordam assustados.

- Vocês não vão acreditar no que acabou de acontecer!

- O que foi? – Justin senta na cama correndo e fica com uma expressão mais calma quando vê que eu estou sorrindo como um idiota.

- Kate veio aqui e me disse que o filho não era meu!

Eles arregalam os olhos e me abraçam.

- Isso é ótimo! – Sam sorri.

- Mas então de quem é o bebê? – Justin pergunta curioso.

- De quem era. Kate abortou – digo.

- O que? – eles perguntam assustados.

- É. Mas eu acho que ela fez certo. O filho era do pai dela. Ela disse que ele a violenta.

- Como?! E você não disse pra ela falar pra polícia, sei lá? – Justin fica sério.

- Eu não consegui! Fiquei tão feliz e tão surpreso, que não consegui falar nada.

- Ela precisa de ajuda.

Carol aparece na porta do quarto e mudamos de assunto. Vamos pra cozinha tomar café da manhã. Comemos e conversamos, e noto que Carol está um pouco cabisbaixa.

- Gente, nós vamos dar uma volta – Sam avisa, e ele e Justin saem de casa.

Carol senta no sofá e fica olhando para os próprios dedos.

- O que foi? – pergunto preocupado.

Ela vira o rosto pra mim. Ela faz uma cara de quem está tentando não chorar, e começa a falar:

- Olha James... Eu não sinto como se fosse verdadeiro, tudo bem?

- Não estou entendendo – franzo o cenho.

- Só escuta. Tá bom? – ela segura minhas mãos.

Assinto. Ela suspira.

- Você nunca disse que me ama. Você já disse até pro Justin que o ama! Mas nunca disse pra mim. Eu fico pensando aqui... Você nunca disse isso porque não me ama. Você no máximo só está namorando comigo porque gosta de mim. Mas não porque me ama. Eu senti que quando transamos, pra você, foi só mais uma transa. Mas pra mim não. Pra mim foi especial. Porque eu amo você – ela aperta minhas mãos e começa a chorar – Eu não sei se esse amor é recíproco, porque você não me diz. Mas eu não quero que você diga sem ter certeza se você sente algo realmente forte por mim. Eu só quero saber. Mas eu quero que você pense primeiro.

- Tá terminando comigo? – Pergunto em um sussurro.

- Não! Claro que não. Eu te amo e não conseguiria ficar sem você. Não seria capaz de fazer isso. Eu só quero que você pense sobre o que você realmente sente por mim, e depois me diga. Demore o tempo que for. Eu posso sofrer esperando, ou não. Mas eu quero a verdade.

Ela me beija, se levanta e sobe as escadas. Fico sentado no sofá. Imóvel. Sem conseguir acreditar no que ouvi agora.

Eu gosto muito dela. Isso é verdade. Mas eu já disse várias vezes que eu não sei o que é o amor de verdade. Um amor de amigo, tudo bem. Eu sei o que é. Até porque Justin é meu melhor amigo. Mas passei pouco tempo muito rápido com a Carol. Acho que faz um mês que nos revemos. E olha tudo o que já aconteceu! Tudo está indo muito rápido. Eu só não queria apressar as coisas, mas ela me conquistou. E sei que pode ser um pouco difícil pra uma garota esperar uma resposta muito importante. Mas acho que ela vai ter que esperar um pouco. Ela é uma menina linda e me faz muito feliz.

Fiquei desesperado quando a vi pendurada no navio. Será que esse sentimento de desespero é o amor? Claro que não. Dizem que amor é outra coisa. Que você sabe quando aconteceu. Aquilo foi medo. Medo de ver Carol morta. Além de meu pai e de Rick também, apesar de não ter falado muito com ele. Me lembro que deixei o colar da Carol na gaveta. No navio. É melhor que ela tenha ficado sem ele. Garanto que depois daquilo, ela não vai querer nenhuma lembrança daquele navio.

O telefone toca. Atendo.

- Por que não me atenderam?! Liguei a semana toda! – Sra. Becker grita pelo telefone.

- Estávamos viajando – respondo tentando manter a calma.

- Olha, vocês são uns irresponsáveis mesmo! Me deixaram preocupada! Tenho que voltar ao trabalho. Depois eu volto a ligar pra falar com meus filhos – Ela enfatiza a palavra “meus” e desliga o telefone.

Coloco o telefone na mesa e passo as mãos pelo cabelo. Eu estava tão bem, tão feliz, quando recebi a notícia de que não vou ser pai. Então Carol me aparece com isso... Me deito no sofá e fico encarando o teto. Fecho os olhos e me perco nos meus devaneios. Levanto do sofá quando ouço Carol na cozinha fazendo o almoço. A ajudo a cozinhar e comemos em silêncio. Olho pra ela.

- Sabia que você pode falar comigo? – Começo a conversa.

- Só estava esperando você falar alguma coisa – ela ri.

Comemos e conversamos, assistimos a um filme juntos, nos beijamos, passamos o dia inteiro colados. Justin chega e sobe correndo. Sam espera na porta. Olha pra nós e sorri. Justin desce com a mala do Sam. Eles se beijam, Sam se despede de nós dois e vai embora.

- James, você pode subir aqui rapidinho? – Justin aponta pra escada e sobe.

Beijo Carol e a deixo vendo televisão na sala sozinha. Subo as escadas e entro no quarto do Justin. Fecho a porta e sento na cama ao lado dele.

- E ai? Como foi? Vocês passaram o dia inteiro fora, hein... – Sorrio.

- Ai, James... Foi lindo! Ele me levou pra passear, depois fomos pra casa dele. Os pais deles não estavam em casa, então... Você sabe – ele ri sem graça.

- Você finalmente perdeu esse cabaço? – Pergunto animado.

- Não estraga o momento fofo falando isso – ele bate no meu braço e rimos – Foi... Ah, James. Foi tão mágico! Ele me tratou tão bem... Ontem estávamos falando sobre isso. Ele disse que eu talvez pudesse estar apressando as coisas, mas ele nunca tinha transado com o cara e estava animado com isso também. E ele disse que eu era o cara certo – ele sorri largamente – Você não imagina o quanto fiquei feliz!

- Fico muito feliz por você – sorrio.

Ele me abraça de surpresa, e rimos.

No dia seguinte, Sra. Becker ligou e conversou com Justin. Ela queria voltar pra casa, mas não podia. A semana passou muito rápido. Justin tinha feito aula de direção há um tempo, e no início da semana ele foi chamado pela demora. Mas mesmo assim aceitaram que ele fizesse o teste. Fui até uma concessionária e comprei um Audi A5 na cor prata pra ele. Assim que ele saiu da autoescola dizendo que tinha conseguido a carteira, entreguei pra ele as chaves.

- James... Não posso aceitar esse carro.

- Eu vou ficar muito chateado se você recusar – levanto uma sobrancelha.

Ele sorri e me abraça. Voltamos pra casa dele e eu passo o dia lá. Batem na porta e Justin abre. É a Sra. Becker. Nem eu nem Carol falamos muito com ela, mas a cumprimentamos por educação. Carol ainda está com raiva pela festa.

Mais uma semana se passa. Ainda estou pensando no que Carol me disse. Ela parece muito preocupada e curiosa pela resposta, mas eu continuo pensando.

Estou no sofá assistindo televisão afastado da Carol. Sra. Becker não sabe que estamos namorando, e como Carol disse: Ela não precisa saber. Vejo Justin puxar a mãe pra cozinha e eles se sentam à mesa. Continuo vendo televisão, mas às vezes olho pra lá. Justin sussurra algo, e Sra. Becker se levanta incrédula e chocada.

- Eu não consigo acreditar no que eu ouvi! Como você pôde fazer isso comigo?! Sabe o desgosto que é ter um filho como você?! Eu não quero ver você nunca mais na minha frente! Saia da minha casa AGORA! – Ela grita com Justin, que começa a chorar.

- Ei, ei! O que está acontecendo?! – Saio correndo pra cozinha com Carol.

- Saia da minha casa você também! Fora! – Ela olha com os olhos pegando fogo pra mim.

- O que você tá fazendo, mãe?! – Carol grita.

- Eu estou fazendo o certo! Não quero filho gay na minha casa! E muito menos ele – ela aponta pra mim –, que deve estar influenciando meu filho nessas coisas!

- Não, mãe! Ele não está influenciando em nada! Até porque ele é meu namorado!

O rosto dela começa a ficar mais vermelho do que já estava, e ela dá um tapa no rosto da filha.

- Mãe! – Justin grita.

- EU NÃO SOU SUA MÃE! – Ela grita e corre até as escadas – Saiam da minha casa! – ela olha pra Carol – Menos você, mocinha. Quero ter uma conversa muito séria com você.

- Eu não vou ficar aqui! – Carol chora - Se você não quer o Justin como filho, eu também não vou ser mais sua filha! Você não é mãe! Você trata seu filho de um jeito que ninguém merece só por ser gay! Você não foi na minha festa de aniversário!

- Não fui por causa do meu trabalho!

- FODA-SE o seu trabalho! – Carol grita séria.

- Como é que é?! Desde quando você fala palavrão, Caroline?! São eles que estão te ensinando isso! – Sra. Becker cerra os olhos.

Justin passa atrás de mim chorando, e eu puxo Carol pelo braço pra fora de casa.

- Ela fica! – Sra. Becker berra.

- Eu nunca mais vou voltar! Pode se considerar agora uma mulher sem marido e sem filhos! Você está livre agora! Pode trabalhar o quanto quiser! – Carol cospe as palavras.

Nós três saímos e batemos a porta com força atrás de nós. Entramos no carro do Justin e os dois choram no banco de trás. Eu dirijo até meu apartamento e nós ficamos lá. Como ela pode fazer uma coisa dessas? Isso não é coisa que uma mãe faça! Isso não é coisa que ninguém faça!

Ligo pro Sam, e nós passamos o dia inteiro ao lado de Carol e Justin, que não param de chorar. Estou muito preocupado com eles. Preocupado com isso tudo. Agora sim sabemos que tipo de mãe ela é. O tipo que não merece ser mãe. Sam me chama pra conversar na cozinha.

- Se preferir, Justin pode ficar na minha casa.

- Não. Seria melhor até se você viesse pra cá. Eles vão precisar de amigos agora – digo sincero.

Ele assente e liga para os pais. Eles entendem e deixam que ele fique. O levo até a casa dele pra ele pegar suas coisas, e vamos até a casa da Sra. Becker. Ela abre a porta e quando me vê, quase fecha.

- Viemos buscar as coisas deles – digo.

- Quem é esse? – Ela se refere ao Sam – Outro?

- Com licença, se a senhora permitir – Entro na casa fingindo ser educado.

Sam pega as coisas do Justin, e eu pego as coisas da Carol. São muitas coisas, então temos que subir e descer as escadas umas três vezes. Depois de colocar tudo no carro, saímos sem avisar e voltamos pro meu apartamento.

- Por que demoraram tanto? – Carol pergunta com lágrimas nos olhos.

- Fomos buscar as coisas do Sam, e de vocês.

- Voltaram lá? – Justin pergunta.

- Sim. Mas nunca mais vamos voltar. Nenhum de nós.


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Notas finais do capítulo

POR FAVORRRRRRRRR NÃO ME MATEM! SOU SÓ UMA ESCRITORA INOCENTE!
GOSTARAM DO CAPÍTULO?????? (Imagino que não, mas tudo bem... Eu supero :/)
JUSTIN E SAM TRANSARAM ♥
A PUTA DA MÃE DELES EXPULSOU O JUSTIN DE CASA!!!!!!!!!! AQUELA VADIA MALCOMIDA!!!!!!! TO COM MUITA RAIVA DELA!!!!!!!!!
ESPERO QUE ESTEJAM GOSTANDO DA FANFIC!!! Sinto muito em dizer que essa é a última semana dela ): Mas não fiquem tristes, por favor! Talvez eu vá a escrever outras, mas como eu vou viajar nesse final de semana, e minhas aulas voltam depois do carnaval, não sei se vou ter tempo pra escrever. Eu preciso me focar na escola. Tenho mais três anos pela frente, e não quero continuar tirando notas baixas.
MEU ANIVERSÁRIO ESTÁ CHEGAAAAAAAAAANDO!!! É no dia 8! Vou fazer 15 anos!!!!!! Eu já sou uma princesa (modéstia a parte), mas eu vou me sentir realmente como uma na minha festa!!!
COMENTEM, SEUS LINDOS!!!!!!!! SEUS COMENTÁRIOS ME DEIXAM FELIZZZZZZZZZ!!!!!!! :3 :3 :3 :3
ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO!!!!!!!!!!!!!!!! xx



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