POV Justin

Ah, Rick... O encontro não poderia ter sido melhor! Estou nas nuvens! Enquanto ensaio com Carol, só consigo pensar no Rick.

- Ai, meu pé! – Carol reclama me tirando do transe – O que houve? Você está completamente distraído.

- Desculpa, Carol. Acho que já ensaiamos demais hoje, não é? – Sorrio. – Que tal comermos alguma coisa? – Sugiro – Já são 18h30.

- Tá.

Vamos até a cozinha, comemos omelete e vamos pra sala assistir um filme. Titanic acabou de começar, então resolvemos ver.

- Eu nunca vi Titanic – Carol comenta.

- Não brinca? – Fico boquiaberto – Todo muito já viu Titanic!

- Menos eu – ela ri.

Assistimos ao filme e assim que o navio afunda, ouço soluços ao meu lado. Me viro e Carol está chorando.

- Ah, não chore, Carol – a abraço.

- É terrível – ela chora mais – Saber que esse filme foi baseado em uma história verdadeira, e que tantas pessoas morreram. Já imaginou que sofrimento seria? E o desespero dessas pessoas todas! Deve ter sido horrível! – ela soluça.

- Mas já passou, Carol. Não chore, por favor – a abraço mais forte.

Ela olha pra mim com os olhos cheios de lágrimas.

- Mas às vezes isso acontece. Continua acontecendo, Justin. Alguns navios acabam batendo também, e afundam. E o mesmo desespero das pessoas que estavam no Titanic, é o desespero das pessoas que sofrem com isso hoje em dia.

Coloco seu rosto no meu peito e ela vai se acalmando aos poucos. O filme acaba, e percebo que ela está dormindo. Pego-a no colo e a levo até seu quarto. Dou um beijo na sua testa, e saio. Entro no meu quarto, e James está dormindo. Pego meu notebook e vou pra sala.

Coloco no VH1 e deixo como música de fundo enquanto mexo no notebook. Entro no facebook e te uma solicitação de amizade, e uma mensagem. As duas de Rick... Aceito sua solicitação, e vou ler a mensagem.

Rick Thompson

Oi, Justin. Gostei muito do nosso, hm... encontro, talvez? Espero que tenhamos mais desses. Gostaria de sair muito mais vezes com você. E outra vez, sozinhos. E dessa vez, em um lugar que não seja público. Estou esperando que você me aceite para conversarmos (:

Oh meu Deus! Ele quer sair comigo de novo! E pra um lugar que não tenha gente! Estou com os olhos arregalados. O que responder, o que responder?!

Justin Becker

Oi Rick, tudo bem? Já te aceitei. Também gostaria de sair de novo com você. Gostei muito do nosso encontro.

Rick Thompson

Ah, que bom que quer sair de novo! Dessa vez, você escolhe o lugar. Aonde gostaria de ir?

Justin Becker

Eu realmente não sei... Ah, escolha você. Você me levou a um parque lindo. Gostei de ter ido lá.

Rick Thompson

É realmente um lugar muito lindo. Então tá, se você não sabe aonde ir, eu posso pensar... Ah! Meus pais vão viajar amanhã. Que tal vir na minha casa?

Ele está me chamando pra ir na casa dele!! Puta que pariu! E agora, o que eu faço? Mantenha a calma, Justin! Mantenha a calma! E responda o garoto!

Justin Becker

Tudo bem então. Que horas eles vão viajar?

Rick Thompson

De manhã.

Justin Becker

Então eu passo ai depois da faculdade.

Rick Thompson

Okay! Vou ficar te esperando (:

Justin Becker

Lá pras 15h eu estou ai. Onde você mora?

Ele me passa o endereço e eu anoto em um papel. Digo que vou jantar, e nos despedimos. Desligo o notebook e vou comer alguma coisa. Estou faminto. Faço um bife e como ele inteiro. Pronto, agora já estou satisfeito! Será que devo acordar James e Carol pra comerem? Não. Vou deixá-los dormirem.

Volto pro notebook e fico mais uns 20 minutos nele. Olho pro relógio. 23h. Melhor eu ir dormir. Amanhã é quarta-feira e eu ainda tenho aula. Ainda bem que sexta-feira acaba o tormento do meio do ano! Subo as escadas, entro no meu quarto e coloco minha calça de moletom. Deito na cama e durmo.

Acordo, tomo banho e como alguma coisa. Eu e James entramos no carro e vamos pra faculdade. A aula acaba e vamos almoçar no Mc Donald’s de novo.

- Ah, já ia me esquecendo – digo – Pode me levar na casa do Rick? O endereço é esse – lhe entrego o papel.

- Uau, o negócio tá ficando sério mesmo! – Ele sorri enquanto pega o papel. – Levo sim.

- Obrigado – sorrio.

Terminamos de almoçar e ele me deixa na casa do Rick. Bato na porta e espero ele abrir. Assim que ele abre, o vejo apenas de bermuda. E... Meu Deus. Ele tem um abdômen definido...

- Oi – ele sorri.

- Oi – sorrio de olhos arregalados.

- Entra – ele me dá passagem e solta uma risadinha.

- Com licença – entro e ele fecha a porta.

- Pode deixar sua mochila em cima da mesa – ele me aponta a mesa.

Vou até lá, deixo a mochila e me viro pra ele. Ficamos nos encarando por um tempo, quando ele finalmente quebra o silêncio.

- Quer comer alguma coisa? Eu já almocei, mas se você quiser...

- Ah, não. Eu já comi – sorrio.

- Quer se sentar? – Ele pergunta.

Vamos até o sofá e nos sentamos. Resolvo começar um assunto.

- Então, você já está de férias, não é?

- Sim, ainda bem. Pretendo não repetir mais. Até o final do ano, vou conseguir aumentar minhas notas. E você?

- Minhas aulas só acabam na sexta.

- Ah sim – ele diz.

Ficamos sem assunto, e ele se ajeita no sofá, ficando mais perto de mim.

- Eu gostei de ter saído com você – ele sussurra.

- Eu também. – Minha voz quase não sai, de tão baixo que eu falei.

Ele se aproxima devagar, e eu fecho meus olhos. Seus lábios se encostam aos meus e começamos um beijo calmo. Ele coloca as mãos no meu rosto e eu coloco um dos braços no sofá, e o outro em suas costas. Ah, Rick... Você está mexendo comigo. E eu não quero que pare de fazer isso. É uma sensação nova e ótima. Acho que já me acostumei.

- Rick... – digo entre o beijo.

- Hmm – ele diz.

- Eu sou gay.

- É muito bom saber disso – ele sorri e continuamos a nos beijar.

Ele coloca uma das mãos na minha perna, e fica indo e vindo com a mão. Ele sobe mais um pouco a mão, e minha perna treme.

- Espasmo involuntário – digo com vergonha.

Ele ri e desce a boca pro meu pescoço. Deixa chupões e mordidas lá. Fecho meus olhos, abro a boca e fico apenas aproveitando. Com a outra mão, ele segura meu cabelo e morde meu lóbulo. Suspiro, coloco a cabeça pra trás e a encosto no sofá. Ele sobe mais a outra mão e encosta no meu pênis sobre minha calça. Meus quadris se elevam e ouço sua risada bem perto do meu ouvido. Ele continua mordendo e beijando meu pescoço, e me aperta por cima da calça. Solto um gemido abafado. Estou excitado. Ele aperta de novo minha ereção e eu seguro o sofá com uma das mãos.

Ele volta a me beijar, e sussurra no meu ouvido:

- Diga pra eu parar quando não quiser que eu faça alguma coisa, certo?

Meu corpo estremece todo, e sinto-o abrindo meu zíper. Oh, céus. Será que eu quero isso? Ah, quem eu quero enganar? Eu quero...

Ele abre o botão e coloca a mão por baixo da minha calça. Ele abaixa minha cueca e segura meu membro.

- Hmm – deixo escapar um suspiro.

Ele tira meu membro da minha calça e começa a me masturbar. Tem uma mão me masturbando! E não é a minha! Ah, é muito melhor quando é outra pessoa fazendo isso por você!

Ele me beija enquanto me masturba, e eu não consigo evitar deixar escapar alguns gemidos. Meu Deus, estou tão excitado! Isso é tão bom! Ele começa a fazer mais rápido, e contraio meu corpo levando-o pra baixo. Estou jogado no sofá, com um cara me masturbando, e eu estou mais excitado do que nunca. Ele para o beijo e começa a descer o rosto. Ah, não. Ele vai fazer aquilo... Devo mandá-lo parar? Será que devo?

Fecho meus olhos com força e jogo minha cabeça pra trás. Não quero ver isso...

Ele segura meu membro com força, e sinto sua boca em mim. Aperto mais os meus olhos e ele o morde.

- Ah! – grito.

Isso é completamente prazeroso! Eu estou tremendo por inteiro... Eu deveria mandá-lo parar, mas eu não quero! Tudo isso é muito novo pra mim, mas eu não ligo! Eu nunca fiquei tão excitado, e não vou acabar com esse momento só por medo! E afinal, é isso que os gays fazem, certo? Até os héteros fazem isso! Nenhuma garota fez isso em mim, mas se eu fosse hétero, elas fariam do mesmo jeito!

Ele continua a me masturbar, mas mesmo assim não para o que está fazendo. Ah, sinto como se todas as veias do meu corpo fossem estourar. Me seguro firme no sofá e aperto os olhos com força.

- Rick... – Sussurro. – Ah! – Grito de novo.

Meu corpo todo relaxa, e eu sinto a melhor sensação do mundo. Eu acabei de ter um orgasmo. Que sensação gloriosa! Por que não podemos ter orgasmos o tempo todo? Eu me sinto no paraíso...

Crio coragem, e abro meus olhos. Rick veste minha calça e olha pra mim sorrindo.

- Você... – começo.

- Não deu tempo de tirar a boca – ele ri.

Fico com a boca aberta, mas não consigo falar nada. Estou surpreso. Talvez enojado? Talvez. Mas mesmo assim, estou relaxado. Ele volta pro sofá e me beija.

- Não sei se posso fazer o que você faz, Rick... – sussurro.

- Shh... Se não quiser, não faça. Não estou te obrigando a nada. Eu disse para que você me mandasse parar se não quisesse. E você não mandou parar – ele sorri.

- É, não mandei – rio envergonhado – E... Não me arrependo.

Ele me dá um beijo calmo e me abraça.

Passamos a tarde vendo televisão. Comemos alguns pedaços de bolo que a mãe dele fez antes de ir viajar, e eu digo que tenho que ir pra casa.

- Ah, mas já? – ele faz uma cara triste.

- É melhor eu ir agora antes que o James e a Carol destruam a casa – rio.

- Verdade. Vai a pé?

- Vou. É bem perto da minha casa.

- Ah, então tá bom... – ele me beija – Até qualquer hora – ele sorri.

- Até – sorrio e abro a porta.

Saio da casa dele, e ando até minha casa. Ainda não estou acreditando no que aconteceu lá...