Sophie

 O Prescher nojento apareceu na porta do meu quarto e a pior parte é que ele me viu chorando, aquilo que ele falou da minha vó não me aguentar doeu.

 Ele veio pedir desculpas pelo que disse na casa dele mais cedo e disse também que eu tenho que acordar para a vida. Idiota, não sabe de nada.

Ah, e para melhorar mais ainda tem a droga do café da manhã que vou ter que ir com a minha mãe amanhã. Quem é o idiota que marca café da manhã em um domingo? E ainda mais de trabalho? Pelo visto esse povo com quem a minha mãe trabalha, pelo amor de Deus vão dormir que vocês ganham mais!

[...]

 Estou indo para o bendito café da manhã com a tipíca cara the walking dead de todas as manhãs.

 Fomos em direção a saída da cidade e depois de muito tempo rodando e não chegando em lugar nenhum estou começando a achar que MEU DEUS DO CÉU, ELA VAI DAR UM FIM EM MIM!!

-Vai demorar?

-Não, já estamos quase lá.

 Estamos fora da cidade, praticamente no meio do nada e eu sou uma filha que todos querem ter então eu acho que é isso ai, fim da linha para mim, irei conhecer Jesus.

-É ali. -Ela falou e entrou com o carro por um portão e parou o carro em um estacionamento em uma espécie de chacára.

 Do lado do estacionamento tem um salão enorme e para aonde ela começou a andar em direção e eu fui atrás.

[...]

 Aguentei 10 minutos, cadê a comida? Sério, brotou gente do chão para me dar oi, abraços e etc, teve até gente vindo perguntar dos namoradinhos.

 Falando em comida, que é a única coisa boa aqui,  montaram uma mesa gigante com um monte de aperitivos. Peguei uma cadeira e coloquei do lado da mesa.

-Sophie, educação. -Minha mãe falou dando um tapa na minha mão quando eu estava indo pegar um negócio que nãoo sei nem oque é. Fiquei olhando para ela tentando entender a definição de educação dela. -Coloca a cadeira no lugar e pegue só um pouco de comida e não a mesa toda.

 Tive que obedecer e uns 15 minutos depois já não estava aguentando comer mais nada, agora é só achar um lugar para dormir e vou ficar feliz. No carro a Christina não deixa, ela acha o que? Que eu vou ligar o carro ligando os fiozinhos igual nos filmes e vou fugir pro México? Bom, oremos para que nesse lugar tenha um lugar dormivel.

 Na frente do salão tem umas piscinas só que agora tem sol lá, indo para a esquerda tem só a entrada por onde viemos, atrás do salão é uma quadra de basquete e do lado dela tem um campo de futebol gigante e do lado que sobrou do salão e de frente para o campo fica um parquinho ou seja não tem onde dormir mas, no parquinho tem um menino de uns 9 anos  brincando na areia e não é segredo para ninguém que eu amo crianças, pelo menos não vou ficar sozinha e ainda mais ele é ruivo, não conheço ninguém ruivo. 

 -Oi. -Falei para ele enquanto me agachava na frente dele e ele jogou areia na minha cara, e entrou na minha boca e nos meus olhos.

-SUA PESTE RUIVA! -Eu gritei.

 Ele me empurrou e como eu estava agachada me desequilibrei e fui de cara na areia de novo.

 Quando consegui enxergar de novo e cuspir toda a areia ele já tinha fugido mas claro que eu vou me vingar.

 Fui andar e vi seu cabelo vermelho no meio de umas árvores e de umas plantas que formam uma espécie de cerca em volta desse espécie de chacára. Quando cheguei perto o capetinha ruivo correu e toda aquela comida e minhas pernas curtas de anã me deixaram em desvantagem.

 Demos uma volta em torno do salão, não sei como consegui, até a hora que ele finalmente parou perto das piscinas.

-Te peguei. -Falei triunfante agarrando o braço dele e ele se sacudiu todo até que acabamos caindo na água e tenho que contar uma coisa: eu não sei nadar. 

-S...SO...SOCORRO...SOCORR..S...-Eu gritava quando conseguia colocar a cabeça para fora da água e sacudia os braços e as pernas na esperança de que isso acabasse ajudando.

 O salão não fica muito perto do salão,  fica a uns 50 metros porque de ali tem uma parte do estacionamento. Isso ai, tomara que o menino saiba nadar porque caso contrário nos fodemos.

 Morri, deixo tudo para o meu cachorro.