Powerfull - Session 01 escrita por Amanda Ragazzi, LiKaHua


Capítulo 11
Capítulo 11 - Desavenças


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, em primeiro lugar gostaria de agradecer ao Lucão 12 pela recomendação, fico muito feliz que esteja gostando da história.
Gostaria também de avisar que a fic vai atrasar ainda mais, eu estou passando por um momento delicado da minha vida e meu tratamento está em uma fase séria.
Este capítulo está um pouco misterioso... É narrado pela Jessica, tentem descobrir o que há de errado com a Sharon!



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POV Jessica

- Como é que é???

Perguntei alterada quando Lauren veio até a enfermaria passar para Calleb e eu as informações prestadas na nossa chegada à Charles Davis. Soltando uma lufada de ar ela me olhou com aparente irritação diante da minha reação à notícia que dividiria com Sharon Blackmore o mesmo quarto.

- Ok Jessica, faça um favor para o bem de todos está bem? Tente ignorar a Sharon e evitar mais prolemas pra gente, acabamos de chegar e eu já to cansada da criancice de vocês! Apenas vá e finja que ela não está lá!

- Como se fosse fácil ignorar a filha do conde Drácula!

- Vá por mim tem gente aqui bem mais assustadora que ela!

Aquilo literalmente não podia estar acontecendo. Levantei da cama com a ajuda de Calleb, Lauren nos mostraria onde ficavam os quartos. Ao contrário do que imaginei quando soube que o colégio fora construido em um castelo, nada ali parecia com Harry Potter, era monotonamente real e ao mesmo tempo estranhamente encantador. Os corredores largos tinham enormes frestas que pareciam sacadas individuais que davam vista à diversas áreas do lugar, era iluminados e espalhado por todos os lugares haviam tapeçarias e estandartes antigos. Um em especial chamou minha atenção, nele havia um símbolo peculiar que eu nunca havia visto, parei por um segundo para memorizá-lo com nitidez, era um círculo e dentro uma estrela de cinco pontas abertas, bem ao centro uma espada e uma inscrição que não consegui identificar.

- Jessica! - Lauren, já muito longe, gritou para que eu me apressasse.

- To indo!

Falei correndo para acompanhá-la. Calleb me olhou de um jeito estranho no meio de um bocejo, só então percebi que Lauren conversava com ele sobre algo:

- Uma das minhas colegas de quarto falou que... Há algo errado com a magia da Sharon...

- Como assim? - Calleb perguntou.

- Eu não sei... De qualquer forma precisamos ficar atentos.

- Ah qual é, a Sharon? Perigosa? Isso deve ser coisa da garotinha assustada. - Calleb falou dando de ombros.

- Eu nunca confiei muito nela. - Falei finalmente.

- Isso é notável desde o dia em que se viram Jess. E a Sophie não pareceu assutada quando me disse aquilo, mas sim preocupada, como se houvesse algo que estivesse tentando esconder, como se a magia da Sharon não fosse novidade e não fosse algo bom.

- Ok, vamos parar de falar daquela gótica insuportável?

- É sério Jessica, não faz ela sair do sério de novo, só por precaução. - A voz de Lauren parecia preocupada e por um segundo eu desconfiei. - Ta bom... Desde que ela não se meta comigo também!

Chegamos a um saguão onde havia vários lances de escada, era amplo condecorado com vários quadros antigos, pinturas que presumi serem da era Vitoriana. Era deslumbrante. Lauren apontou um corredor para Calleb entregando-lhe uma chave, como se já soubesse do que se tratava ele apenas assentiu e se despediu caminhando para seu quarto.

- O que? - Perguntei confusa quando ela me olhou.

- Vamos.

Rindo Lauren continuou caminhando e subimos ainda alguns lances de escada até chegar ao corredor dos nossos quartos. Era largo, havia assim como nos corredores de baixo uma vista deslumbrante das dependências do castelo. Ela parou de frente pra mim e me olhou séria e calma com aquele jeitinho responsável e meigo que era típico dela:

- A Sharon tá ai dentro, não saiu desde que chegamos então por favor, sem confusão tá?

- Lauren relaxa. Não vai ter briga se ela não provocar.

Ela me entregou a chave e eu caminhei até a porta. O quarto era enorme, dividido igualmente em dois, era um dormitório literalmente duplo, a minha surpresa foi imediata quando avistei a parte da minha colega de quarto completamente pintada de preto e decorada com pôsteres estranhos de bandas que eu nunca ouvi falar. Contrastando com a minha parte do quarto ainda branca e sem adereços. Fuzilei-a com o olhar por um instante, mas ela não me deu atenção continuou paralisada como uma estátua sentada na cama escrevendo alguma coisa conectava naqueles fones de ouvido, eu ainda não entendia aquela raiva que eu sentia por ela, mas entendia que ela era a última pessoa que eu queria ver viva sobre a face da terra.

Comecei a desarrumar as minhas coisas e decidi pintar minha parte do quarto de vermelho, decorado com vários desenhos de grafitte. Passei o resto do dia trabalhando nisso enquanto a múmia da Sharon continuava na mesma posição fazendo a mesma coisa como se aquela maldita folha não tivesse fim ou ela não tivesse nenhuma sensação de cansaço humano, se é que ela era humana.

- Uma coisa é você me odiar de graça, outra bem diferente é ficar olhando pra mim com essa cara de aberração. - Ela falou em um tom de voz irritantemente calmo. Tentei falar com ela telepaticamente, ver o que ela estava pensando, mas não consegui. Era como se houvesse um bloqueio em sua mente.

- E não é isso que você é? Uma aberração?!

- Isso é o que você acha. E por favor não perca seu tempo com a minha mente. Eu tenho um escudo muito eficaz.

- Faz parte do seu vu doo?

Nesse instante ela me lançou um olhar feroz levantando-se em minha direção e parando sobre a linha de divisão dos dois quartos:

- Se está querendo ter certeza que eu sou uma bruxa vou te dar essa certeza transformando essa sua carinha de barbie em coro de sapo! Você não sabe nada sobre mim então limite-se ao seu mundo cor-de-rosa e não se atreva a entrar no meu caminho.

Enquanto ela falava as coisas a nossa volta começaram a tremer, o olhar fixo dela sobre mim era desafiador, cruel. Os ventos se tornaram violentos e parecia que estava havendo um terremoto.

- Escuta bem garota...

Comecei a falar, mas fui cortada como se o olhar dele tivesse fechado a minha garganta me fazendo sufocar, eu não conseguia me defender levei as mãos ao pescoço enquanto tentava inutilmente respirar. Lauren entrou no quarto nesse momento:

- Sharon!

A garota assustou-se olhando pra mim como se acordasse de um transe. Comecei a tossir com violência tentando recobrar o ar e ela saiu do quarto. Lauren se aproximou de mim correndo abaixando-se de frente pra mim:

- Tudo bem?

Assenti.

- Tem alguma coisa errada com essa garota...

- Isso não vai ficar assim... - Falei com voz falha.

Eu ainda me lembrava dos olhos penetrantes de Sharon em mim, como se estivesse lendo cada reação do meu corpo, algo fluía nela, algo ruim, estranhamente perturbador.


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