- Então somos dois. Também sou louco por você – ele sorriu, e segurou em minha cintura, me levantando.

- Tudo bem?

- Ótimo e você?

- To mais ou menos ne... O Dudu foi embora, ai tá meio osso, ele era... – pausa – meu amigo.

- Ah, mas vai dar tudo certo ne – ele sorriu e me abraçou de lado. Fomos andando até a escola conversando, e entramos, dessa vez, juntos.

Ficamos andando abraçados e as pessoas cochichavam algumas coisas. Assim que passamos por Emilio, ele soltou logo uma bomba.

- Nossa, foi só o pirra ir embora que a Julia já correu pra outro – Emilio disse para um dos seus amiguinhos, e eles riram.

- Ne Emilio, igual a você – sussurrei perto dele, e continuamos andando.

- O que deu no Emilio? – Gabriel perguntou olhando pra trás, ele estava com cara de tacho e os amigos rindo dele.

- Sei lá, você sabe que ele ama atrapalhar a gente, e que ele é doido comigo ne? – perguntei e ele riu.

- É, sei disso – ele riu – melhor eu tomar cuidado, senão ele toma você de mim – ele disse.

- Nunca vai tomar seu lugar, nunca – disse e nós rimos.

- Eu nunca ficaria feliz – ele riu – tá, ficaria sim, se você estivesse feliz, eu estaria feliz – ele sorriu – minha felicidade depende da sua.

- Eu dependo de você – disse me aproximando e roçando nossos narizes.

Depois disso, a sirene tocou e cada um foi para sua sala.

Cheguei, e me sentei no lugar de sempre. Dessa vez a Rafa se sentou comigo.

- E ai Ju, o que vai fazer agora? – ela perguntou, assim que o professor entrou na sala.

- Não sei, mas tipo, você quer dizer fazer o que?

- Vai ficar com o Gabriel ne?

- Bom, se ele tomar alguma iniciativa, eu vou ficar com ele sim – sorri.

- Você quer dizer, se ele te pedir em namoro?

- É, porque junto a gente já tá. Agora estou apenas com ele, já que o Dudu foi embora...

- Mas vocês são tão lindos juntos – seus olhos brilharam.

- Se você acha – dei um riso, e o professor chamou nossa atenção. Permanecemos caladas o resto das aulas, até o recreio.

Sai da sala sozinha, e fui andando. Gabriel me agarrou pela cintura, e nós quase caímos.

- Louco – disse rindo.

- Nem vou mais falar pelo que sou louco ne? – ele sorriu me dando um selinho.

- Não, ainda não – disse o afastando, e nós rimos.

- Por que não?

- O Emilio cara, tá doidão, deixa a poeira abaixar – falei assustada.

- Tudo bem então – ele sorriu, e ficamos conversando o resto do recreio enquanto comíamos balas.

As outras aulas também foram um saco, até o sinal tocar e eu finalmente ir pra casa.

Cheguei em casa, comi, e depois fui dormir, eu estava um pouco cansada.

Acordei ás 15:00 com o interfone tocando. Fui atender, e dou de cara com Emilio.

- Oi Ju – ele sorriu.

- O que você quer?

- Te convidar pra dar uma volta

- Uma volta você quer dizer aonde?

- Hm, não sei – ele sorriu – podemos ir ao parque, tomar sorvete. O que acha?

- Hm, não sei...

- vamos tomar um sorvete comigo. – ele fez cara de cachorrinho pidão.

- O que deu em você?

- Vontade de sair oras, e eu te convidei – ele sorriu.

- Tá, eu vou – sorri – mas espera que eu tenho que tomar um banho – abri mais o portão para ele entrar.

- Tudo bem, eu espero – ele sorriu, e fomos para dentro de casa. Ele ficou sentado na sala vendo TV, e eu fui para meu quarto.

Tomei um banho e me arrumei. Depois peguei minhas coisas, meu iPhone e coloquei no bolso, junto com o dinheiro. Desci as escadas, Emilio estava me esperando ainda sentado vendo TV.

- Vamos? – sorri.

- Vamos e... – pausa – que linda.

- Obrigada – sorri, e sai andando. Ele veio logo atrás. Entramos no carro, e ele dirigiu em silencio até a pracinha onde haviam um monte de crianças brincando, e suas babás, e velhinhos, e pessoas caminhando, cachorros, e uma grama muito verde. Saímos do carro, e nos sentamos na grama.

- Eu não entendi ainda o que deu em você... – disse.

- Ah, sei lá. Saudade de sair com você...

- A gente nunca saiu junto – disse assustada.

- Ah, já sim, não?

- Eu não me lembro de nada – sorri.

- Ah, mas é bom sair com você as vezes...

- Só que você não tem jeito Emilio...

- Jeito?

- É... Você é um galinha cara – disse, e ele riu.

- Nem sou.

- Então o que me explica da traição, da esfregação, cada hora com uma?

- Hm, acho que vou te explicar ne...

- Explica então. Você fez aquilo ontem na minha frente só pra me deixar com ciúmes? – eu ri.

- É, tipo isso. – ele disse, desviando os olhos de mim e eu parei de rir de imediato – é que eu gosto muito de você Ju. E, você parece que só quer brincar comigo. Primeiro a historia de escolher entre você e outra pessoa.

- Mas eu estava certa, você acha que é bonito você estar com uma e com a filha dela ao mesmo tempo? Não.

- É, mas... 

Essa fic vai se chamar HOJE NÃO É MEU DIA DE SORTE e diferente da outra os personagens e o nome já estão decididos...

Férias de verão. A época mais esperada pelos estudantes mundiais. Estou certa? Claro que sim. Bom, eu não sou exceção. As férias para mim significam visitar meu avô numa cidadezinha pequena no interior de New York, rever minha amiga, meu antigo melhor amigo e paixão, a melhor sorveteria de todas e sem esquecer-se do pequeno e travesso detalhe que vou ter que tomar conta, meu querido irmão Sam. Nas ultimas férias ele meio que me salvou então eu aceitei levar ele comigo dessa vez. Mas para não entrar muito em detalhes digamos que quase fui fichada, apenas quase e graças ao meu irmãozinho eles me liberaram e não avisaram minha mãe.

-Alexis, se apresse e traga suas malas para baixo. – era minha mãe, me avisando que estamos, mais uma vez, atrasados para o embarque na rodoviária. Como morávamos no estado da Pensilvânia e mamãe não iria com a gente, seriamos obrigados á enfrentar uma rodoviária pulguenta e barata para chegar ate o vovô.

-Já estou chegando. – disse descendo as escadas com cuidado, afinal estava com duas malas um pouco pesadas. Decidi que este verão seria diferente, não começaria com o meu azar logo de cara. Mas estava precipitada.