O Namoradinho Da Minha Mãe escrita por Woonka Horan


Capítulo 40
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

Me digam o que acham do Gabriel, quero muito saber ok?

3/3



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Corri pro armário, e tirei a roupa. Tá, eu vou ter que usar isso 

Fui pro banheiro, escovei os dentes, e soltei o cabelo.

Voltei pro quarto e terminei de vestir a roupa .

Voltei pro banheiro e passei a maquiagem de leve – afinal eu não sabia usar direito – mas acho que ficou bom. Passei só blush e rímel. Finalizei com o gloss.

Voltei pro quarto e peguei os óculos e o Ipod, coloquei dentro do bolso e pendurei o óculos na blusa. Soltei o cabelo e me olhei no espelho, é, estava razoável. Tirando a parte da vergonha, é.

Desci correndo as escadas, eram 13:40 já.

Fui na garagem procurar a bosta do patins.

Abri a porta do quartinho de bagunça, nada. Entrei lá dentro e acendi a luz. Nada também. Abri a porta do armário, e joguei tudo pra fora. Não achei. Empurrei o armário um pouco, e ele estava lá atrás dentro da sacola de plástico, coitado, caiu.

Peguei ele, e balancei o máximo para ver se não tinha nenhum bicho lá dentro.

Ele era preto, mas em compensação, estava praticamente branco de poeira. Bati o plástico e tirei a poeira, pegando o patins na mão. Fui até a lavanderia e peguei um pano molhado e passei por fora dele.

Estava pronto, amarrei um cadarço junto com o outro e pendurei os dois patins no meu ombro.

– Tchau mãe! – berrei, passando pela cozinha.

– Aonde via mesmo?

– Por aí, to com o telefone, fica tranquila – abri a porta e sai.

– Cuidado! – ela gritou. Terminei de sair, e passei pelo portão.

Ok, agora é ir pra pracinha.

Fechei o portão, e me virei. Olhei na rua, nenhum movimento.

De repente, um carro para. Conheço esse carro.

Emilio desceu e olhou pra mim de cima abaixo.

– Aonde vai?

– Não te interessa – me virei e continuei andando.

– Interessa sim, você tem que me dar satisfações do que vai fazer. – ele bateu o pé no chão.

Me deu vontade, muita vontade de rir da cara que ele fez.

– Acha que pode dar sermão em mim? A HÁ, perdeu doidin – me virei de volta, e sai andando.

– Eu posso sim tá bom, eu devo! Porque você é mais nova que eu, e eu não quero saber de você saindo por aí com esses garotinhos, porque você não é deles, você não pode sair assim sem dar satisfações, você não pode me trair desse jeito, ouviu dona Julia? – Emilio revoltado, que isso, surtou.

Não respondi, e continuei andando. Virei a esquina.

– Oi amor, o que foi? – ouvi a voz da minha mãe de longe, e o resto num quero nem saber.

Parei e estiquei o olho para enxergar alguma coisa.

Só consegui escutar alguns resmungos, e minha mãe puxando ele pra dentro.

Tudo bem, esse ataque de “ciúmes” do Emilio foi o pior de todos, o que deu nesse garoto? G.G’

Continuei andando, até chegar na pracinha. Me sentei debaixo da arvore.

Senti uma mão gelada tampar meus olhos, e um perfume que fez meu nariz coçar, mesmo assim, delicioso.

– Adivinha quem é?

– Não sei... – mentira, eu sabia.

– Não me diga que esqueceu de mim de novo?

– Não ne seu bobo – tirei suas mãos, e olhei pra ele.

Seus olhos me encantavam.

– Tudo bem amor? – ele segurou minha mão e me ajudou a levantar.

– Tudo ótimo – sorri – e você?

– Também... Vamos?

– Vamos, mas aonde é?

– Aqui pertinho, vamos andando – ele segurou minha mão e fomos andando.

– Mas então ne, me conta um pouco sobre você Ju – pausa – posso te chamar de Ju ne?

– Pode... Ah, o que quer saber?

– Sei lá, quantos anos tem?

– Dezesseis.

– Namorado?

– Não.

– Peguete? – sim, infelizmente x.x

– Não,

– Nome completo?

– Julia Wood Fiorenze

– Virgem?

– Não, câncer – ele riu, eu também. – e você?

– Aquário – deu uma gargalhada. – Melhores amigos?

– Luiz e Rafaela.

– Serie?

– Primeiro ano.

– Como se sente sendo entrevistada por mim?

– Honrada – e começamos a rir. – Um bate volta nunca é demais...

Nossa, entrevista total. Mas foi divertido.

– Agora sua vez, me responda isso tudo – sorri.

– Ok, vejamos... tenho 16 anos, solteiro, sem peguete, nome completo Gabriel Henrique Loiola, não sou virgem sou de aquário, melhores amigos ficaram pra trás, estou ou pelo menos estava no primeiro ano. Agora nem sei mais, to sem escola – ele riu. – E é muito legal ser entrevistado.

Começamos a rir, até que chegamos numa rua, na verdade, uma pista, que servia pra andar de skate, com uma ciclovia e tal. Tinha umas pessoas fazendo caminhada, e logo á frente ao lado do playground havia uma pequena pista de skate. Ok, eu nunca tinha visto isso aqui, e ele que é novo e descobriu essa área já? Nossa .-.

– Chegamos – ele disse, e fomos andando até um banquinho que havia lá.

Me sentei e tirei meus tênis, colocando do meu lado. Calcei o patins, e me levantei, me apoiando nele.

Ele pegou seu skate e jogou no chão, pisando em cima.

– Vamos – ele me puxou, e eu sai deslizando.

Era divertido ficar dando voltinhas com ele pra lá e pra cá. Íamos lá na frente, e voltávamos, passando no meio dos velhinhos caminhando, que nos olhavam com os olhos brilhando, que romântico – não.

Ele largou o skate e segurou em minhas mãos. Me puxou de leve.

– Gabriel, não me dou muito bem com isso, vou cair – disse, rindo.

– Se cair vamos cair juntos – ele segurou mais forte, e saiu me puxando.

Ele estava de costas, e não viu o degrau da calçada.

Só percebi quando ele tomou um tropeço e caiu de bunda no chão, e eu logo em cima dele.

– Ai socorro! – gritei antes de cair.

Ele começou a rir, e eu também.

– Ai minha bunda – ele resmungou.

– Gabriel seu maluco! – eu estava entre as pernas dele com o queixo apoiado na barriga dele, rindo. Ok, sem malicias .q

Estávamos rindo e ele se ajeitou se sentando. Eu me ajeitei, e me levantei.

– Nossa Julia, você me esmagou! – ele riu.

– Tá me chamando de gorda é senhor Gabriel?

Ele olhou pra mim e deu um sorriso malicioso.

– Não não – sorriu de orelha a orelha. Começamos a rir.

Ele segurou na minha mão, e se levantou.

– Vamos pra lá – ele apontou pra pista pequenininha de skate.

Fomos até meu tênis e seu skate, e eu peguei as minhas coisas. Ele jogou o skate no chão e saiu andando, foi do seu lado.

Cheguei e me sentei no banco de frente pra pista, e tirei meus patins. Ele foi pra lá, e ficou fazendo umas manobras, e conversando com uns garotos que tinha lá. Fiquei olhando pra eles, e sorrindo junto com o Gabriel toda vez que ele olhava para mim.

Coloquei meus fones de ouvido e uma musica qualquer. Fiquei tentando prestar atenção na letra, e me deitei no banco, apoiando meus pés. Fechei os olhos.

Nem vi o tempo passar, acho que dei uma cochilada.

Meu nariz coçou, senti o perfume inconfundível do Gabriel. Abri os olhos, e vi dois dedos passando de um lado pro outro sobre meus olhos.

Comecei a rir.

– Bela adormecida, vamos acordar? – ele disse, rindo.


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Notas finais do capítulo

Ultimo de hoje, comentem e ate a próxima!! Malikisses =3

#woon