– nada, nada – Eduardo respondeu – só vou ter que ir no dentista amanhã pra poder dar um jeito nesse dente e nesse sorriso lindo, olha – ele sorriu, e mostrou dois buracos nos dentes da frente. Todos riram.

Ele pegou minha mão, e juntou nossos dedos. Emilio olhou desconfiado para ele, mas não disse nada.

Entramos no carro, e dessa vez Emilio dirigiu.

Ficamos calados o tempo inteiro, até que chegamos na minha casa. Descemos do carro, e eu entrei em casa, com eles logo atrás.

A sala estava limpa, sem sangue do Eduardo no chão. Ouvi gritos, e fui até a porta que dava na piscina. Estavam todos nadando, e brincando.

– Chegamos – falei, tirando minha blusa e indo me sentar na cadeira de sol. Emilio veio logo atrás, e Eduardo foi conversar com os amiguinhos dele.

– Ju...

– oi? – respondi, olhando para ele.

– Se num sabe o que eu fiz...

– o que Emilio? – perguntei.

– Contei pro Eduardo...

– Contou o QUE? – arregalei os olhos.

– Que a gente já ficou... – ele abaixou a cabeça

– Cara, você é maluco, tá se atirando no poço...

– É, eu sei...

– Bom, eu não posso fazer nada ne...

– É. Mas eu não estou ligando, se ele falar com alguém falou. Eu gosto de você, isso que importa...

– Emilio, e minha mãe?

– Eu amo sua mãe, mas eu te amo. Amo as duas – ele olhou pra cima.

– Olha, você não pode amar nós duas ao mesmo tempo...

– Mas eu quero. Eu tenho certeza que vou conseguir... – ele sorriu.

– Se você acha... Só não quero ser culpada por nada – me levantei, e sai andando até dentro de casa. Entrei na cozinha, eu pretendia beber alguma coisa. Abri a geladeira, e peguei uma coca cola. Coloquei em cima da bancada, e peguei um copo.

Olhei para trás, Emilio estava parado na porta da cozinha me observando.

– Ah menino, que susto! – falei, colocando a mão no peito.

– Desculpa... – ele veio até mim – o que está fazendo? – sorriu, e passou sua mão no meu braço.

– Emilio!

– O que? – ele passou a mão mais de leve sobre meus braços.

Olhei pra ele e levantei uma sobrancelha.

– Não posso tentar te seduzir não? – ele me olhou com um olhar malicioso, e eu dei uma risadinha.

– Não, não pode... – falei tirando sua mão.

Ele colocou as mãos na minha cintura agora.

– Emilio, já falei!

– Ah vai, não custa nada... Quero só um beijo. – ele sorriu, e apoiou o queixo nos meus ombros.

– Emilio, eu to falando serio, não faz isso!

– Ah Julia, você ultimamente está se tornando uma garotinha tão difícil, será que eu – apertou minha cintura com força – vou ter que começar a apelar de novo? – ele fez biquinho.

Eu mereço ¬’

– Não Emilio, eu simplesmente não posso alimentar sua traição.

– Mas, você gosta, eu gosto, por favor Ju, só um beijo.

– Só um?

– Só um...

– Mas aqui não da... – falei, tirando sua mão.

– Já sei então – ele segurou minha mão, e saiu me puxando. Entrou dentro do banheiro, e me colocou lá dentro, fechando a porta.

– Agora pode – ele disse. O olhei assustada.

– Emilio, você tá me deixando com medo – disse arregalando os olhos enquanto ele se aproximava de mim.

– Assim que eu gosto – ele me empurrou na parede, e começou a passar a mão no meu braço.

– Emilio, eu estava brincando, acha que eu falava serio quando disse que ia te beijar?

– Acho... – ele começou a beijar meu pescoço de leve. Me arrepiei.

– Mas eu não falei serio cara! – o empurrei, mas ele voltou, e me encostou com mais força na parede.

– E eu também... – ele deu uma mordida de leve no meu queixo, e eu comecei a pensar que não iria conseguir sai dali mesmo.

– Cara, não posso fazer isso... – resmunguei.

– Pode sim, agora diz assim: Emilio, me chama de Iphone e Touch Me – pausa – que eu obedeço – ele mordeu os lábios e olhou pra mim.

Tá bom, agora essa foi a pior de todas! Touch Me? Iphone? Tá bom, essa eu fui lá na lua e voltei de tão terrível.

– Não Emilio, eu não vou te dizer isso! Que ridículo, ideia de jerico essa sua!

– Mas fala que minha cantada não seduz muito? Eu sei que agora você está morrendo de vontade de falar ela pra mim, só pra eu obedecer – ele segurou minha cintura, e me apertou mais na parede.

– Seu idiota sem noção! – falei alto.

– Não fala assim que eu fico estressado contigo – ele disse, apertando seu corpo contra o meu na parede.

– Como quer que eu fale?

– O que eu mandei... – apertou mais – vamos...

– Ah Emilio, para ne?

– Não paro... – apertou mais. Não estava mais aguentando, estava difícil até de respirar.

– Tá bom tá bom... – pausa – contra minha vontade... – pausa – Emilio, me chama de Iphone e Touch Me? – disse franzindo meus lábios para evitar um beijo e fechando os olhos rápido.

Ao contrario do que eu esperava, ele me continuou me apertando, e começou a beijar meu pescoço. Foi descendo, e beijando meu ombro. Eu fiquei com os olhos fechados, esperando alguma reação e recebo isso? Ah, vai a merda Emilio!

O empurrei, e ele olhou pra mim.

– Ah Julia, qual é? – ele olhou me fuzilando.

– Qual é que você não tá fazendo certo! – falei o encarando.

Ele fez uma cara maliciosa.

– E como é certo? – ele me olhou, e eu mordi os lábios e fiz um olhar sexy.