Inconsequentes escrita por bellsp


Capítulo 3
Capítulo 3 - Primeiro sonho.


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores! Voltei mais cedo do que eu esperava, mas eu não me seguro para postar, então, aproveitem!
Beijos, boa leitura!



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Cheguei pontualmente as três e meia para aula, e ele demorou uns 10 minutos para chegar. Abri meu livro na página que tínhamos parado ontem.

Então ele ficou me ensinando a matéria super chata, mas eu não prestava atenção.

– Então Isabella, pode me dizer a altitude e a longitude na qual você terá de posicionar isso no seu trabalho?

– Er... Não. Oh professor, desculpe, eu realmente não entendo essa matéria.

– A biblioteca não é feita para aulas particulares Mr. Cullen, receio que tenha que encontrar outro lugar para dar essa aula. Uma mulher, que deveria ser a monitora esbravejou.

Ela veio até a mesa onde estávamos.

– Tudo bem, desculpe. Ele disse de cara feia. – Venha Isabella. Chamou.

– Onde vamos ter aula, na rua? Eu ironizei.

– O que eu vou propor não é correto, mas será necessário se eu não quiser que fique em exame. Tudo bem se formos a minha casa?

Para tudo! Tudo ótimo Cullen, não quer me levar para o seu quarto também? Ah meu Deus, olha bem onde estou me metendo.

– Tudo bem para mim.

Entramos no seu carro e chegamos rápido em um prédio grande. Entramos e ele me guiou até seu apartamento. O apartamento não era grande, nem muito organizado, mas era bonito.

– Bem vinda. Ele sorriu.

– Obrigada. Eu sorri de volta, timidamente.

– Então, vamos começar? Sente-se aqui. Onde estávamos mesmo?

Eu sentei em uma cadeira, e coloquei meu livro sobre a mesa.

– Nós estávamos na parte em que eu não sabia altitude e longitude.

– Ah, sim.

Ele seguiu me explicando, e quando faltava uns 10 minutos para acabar a aula, ele começou a conversar comigo, então tomei coragem para perguntar algo que eu queria muito saber.

– Você mora sozinho? Eu perguntei, tímida.

– Ah, sim, eu não tenho companhia, namorada ou coisa assim.

– Oh, sim.

– E você? Mora com sua mãe e seu pai?

Meu sorriso desapareceu. Essa era a parte torta na minha vida.

– O que houve? Ele perguntou.

– Eu morava com minha mãe em Phoenix, mas ela não ficava feliz tomando conta de mim em casa, quando podia estar viajando com o novo marido, e nós tínhamos uma relação relativamente horrível. Então eu vim para Seattle, morar com meu pai, que não da muita bola para mim. Sei que me ama, mas não tem tempo para demonstrar muito isso.

Eu já estava falando demais da minha vida pessoal para um quase desconhecido.

– Sinto muito. Ele disse, com compaixão.

– Ah, tudo bem.

Ele sorriu. - Aceita um suco, refrigerante ou água?

– Não, estou bem. Agradeci.

Ele se sentou na cadeira de novo.

– Sobre o que aconteceu naquele dia na escola... Eu não sei o que dizer, me desculpe Bella. – Todos te chamam assim, posso chamar também não é?

– Claro. Tudo bem, a culpa foi minha. Assumi.

– Não, foi minha também.

Esse assunto deixava o imã que me puxava para ele mais forte. Queria beijar aquela boca. Tocar aquela nuca. Encostar minha cabeça em seu ombro. Eu queria ele perto de mim. Mas eu não podia. Isso traria consequências horríveis para ele, e para mim.

– Quero que você fique ciente de que isso não pode se repetir. Eu não sou a pessoa certa para você. Você tem a vida pela frente, e eu sou só um professor desgraçado. Sem ninguém.

– Como se eu tivesse muitas opções na vida. Eu disse, mal humorada.

– Não fale assim, faz parte da sua fase da vida. Errar, acertar. Mas minha querida, você não pode tomar nenhuma decisão tão grande como essa.

– Do que estamos falando? Que decisão?

– A decisão de ficar com alguém como eu.

Ótimo, agora ele achava que eu era uma adolescente inconsequente, apaixonadinha pelo professor gato. Eu não estava apaixonada. Eu somente o desejava. Somente queria tocá-lo. Mas isso não era para mim. Nessa parte ele estava certo.

– Ah, sim. Foi a única coisa que saiu da minha boca.

– Eu tenho que ir, meu pai vai estar em casa daqui a pouco, e eu ainda não sei avaliar o que ele faria se descobrisse onde estou agora.

– Ok. Não se esqueça, amanhã no mesmo horário, aqui. Eu vou ser responsável por te ensinar história também. E matemática.

– Nossa, quanta coisa. Revirei os olhos. Ele era um tanto irritante.

Ele me guiou até o portão e eu saí. Peguei um taxi, porque não saberia chegar em casa. Então só dei o endereço e ele me deixou, bem na frente.

Ufa, meu pai não tinha chegado ainda. Comemorei internamente.
Entrei e fui direto para o meu quarto. Abri os livros e fiz o dever. Guardei tudo.

Quando terminei eram 18 horas. Meu pai chegou. E quando eu o olhei, ele estava abatido. Resolvi ir conversar com ele.

– Pai, você tá bem?

– Aham Bella, tudo bem. E com você filha? Fez tudo direitinho?

– Sim pai, está tudo bem. Onde andou? Estou te achando meio abatido.

– Eu... fiquei na delegacia.

– Então tá. Eu vou fazer a janta. Resolvi deixa-lo.

– Obrigada filha.

Então ele fez algo que eu nunca esperei que ele fosse fazer, me deu um abraço. Mas daqueles bem sinceros.

– Eu te amo. Ele disse.

Outra coisa que pensei que nunca fosse ouvir.

– Eu te amo também. Murmurei no abraço.

E pude sentir que ele chorou. Senti dó dele. E pude encontrar uma razão para ele beber. Ele é sozinho. Sempre foi, desde que minha foi embora e me levou junto.

– Desculpa por não estar aqui com você pai. Eu disse.

– Eu que tenho que pedir desculpa Bella. Ele me abraçou mais forte.

E quando todo aquele momento acabou, eu fui fazer a janta. Fiquei pensando no professor Cullen, pensei no meu pai. Pensei na minha mãe, e nas coisas que ela poderia estar fazendo.

– Fiz omelete, espero que goste.

– Obrigada filha.

Queria saber o que deu hoje no meu pai, porque ele tinha sido finalmente um pai.

Subi as escadas e liguei meu computador. O pessoal da escola havia me convidado, aceitei todos. Não nego que eu fui procurar para ver se achava o professor Edward Cullen, e achei. Mas não convidei, o que ele pensaria de mim? Que eu era uma oferecida. O beijo, agora isso? Não, eu não iria mesmo convidar. Sorri ao lembrar do modo como ele segurava minha cintura. Do modo como eu poderia me encaixar facilmente nos seus braços. E do modo como sua boca invadia a minha.

Mas eu não sou isso. Na verdade, só tive um namorado, que quebrou meu coração profundamente. Então eu não acreditava muito nisso de amor, mas me esforçava.

Desliguei meu computador e fui para a cama. Dormi rapidamente, devia de ser por causa que eu estava mentalmente exausta.

E essa foi a primeira noite em que sonhei com Edward Cullen.



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Notas finais do capítulo

COMENTEM MUITO, É IMPORTANTE! ESPERO QUE TENHAM GOSTADO... BEIJOS.



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