Blood Promise Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada, queria agradecer as recomendações de netinhacosta e Aline!! Meninas, adorei o que vcs falaram, fiquei mesmo muito feliz com as palavras de vcs!!!!

Agora, segue mais um cap que não tem no livro, pura invenção minha kkkk

bjs



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“O quê?” Eu perguntei, incrédulo. Um misto quente e frio percorreu por meu corpo. Eu realmente não sabia como me sentir. Ansiedade? Nervosismo? Não, não, Rose não podia estar aqui. Tão perto e me procurando. Isso era ao mesmo tempo empolgante e apavorante.

“Isso que eu lhe falei.” Ele ainda tentava se recuperar dos golpes que eu lhe dei. Eu o ergui, de forma que ele ficou balançando suas pernas no ar e eu pude olhar em seus olhos. Eu queria saber mais, eu precisava tirar aquela história a limpo e eu sentia uma ânsia ter aquela informação.

“Quero detalhes. Tudo que essa sua mente fraca puder lembrar. Fale!”

“Ela estava com aqueles dhampirs malditos.” Ele falou com dificuldade. Eu imediatamente soube de quem se tratava. Eram dhampirs que andavam pela noite cassando Strigois à sua maneira. Eles não tinham a marca da promessa e não eram guardiões. Agiam como bem entendiam, não tinham que dar satisfação de seus atos a ninguém. Há algumas semanas, eles tinham intensificado seus ataques e matado muitos Strigois. Agora eu podia imaginar o porquê disso. Rose estava com eles. Ela era absolutamente fatal quando se tratava de Strigois. E ela estava atrás de mim. Estava me caçando, eu sabia disso. Provavelmente não aceitava meu estado atual.

“Continue.” Eu rosnei, querendo saber mais. “Onde você a encontrou.”

Ele continuou se agitando, mas não tinha forças para se soltar de mim. “Estava em Novosibirsk. Bem próximo daqui. Aqueles dhampirs estão cassando você. Especialmente ela. Todos os últimos Strigois mortos recentemente foram por causa disso. Você está marcado para morrer, Belikov. Se não por eles, por nós. Galina nunca permaneceria com alguém que representa esse perigo. Aquela garota irá lhe encontrar, de uma forma ou de outra, eu vi isso em seus olhos.” Ele deu um sorriso malicioso. “Ela se referiu a você como se você ainda fosse um dhampir.” Seu olhar de satisfação cresceu, mas eu mantive minha expressão neutra. De forma nenhuma eu queria demonstrar para ele que aquilo me interessava mais do que devia. “Você precisava ver o rosto dela quando eu lhe disse que você andava por ai matando pessoas.”

O rosto de Rose passou em minha lembrança como um filme. Era como se eu ainda pudesse ver em minha frente cada traço perfeito, cada feição bem desenhada. Eu lembrava de como a achava bonita, exceto que agora era diferente. Algo havia mudado. Algo que eu ainda não sabia definir. Eu também a queria e à medida que eu pensava nela, o meu desejo aumentava mais. Era um sentimento de posse quase incontrolável e que começava a me cegar. O resquício de uma voz racional repetia em minha mente que não deveria ir atrás dela, que deveria me manter o mais distante possível, mas aquela necessidade de encontrá-la estava me tomando quase que por completo.

Eu lancei para Charles um olhar mortal e apertei meus dentes, eu quase podia sentir a raiva saindo pelos meus poros. “Quando anoitecer, você irá me levar exatamente ao local onde a encontrou.” Eu endureci ainda mais o meu rosto e tenho certeza que a minha voz tomou o tom de um perigo extremo. “E não fale para ninguém sobre ela e nem sobre o que aconteceu com você.”

Eu diria que o rosto dele empalideceu, se isso fosse possível. Mas provavelmente era apenas impressão minha. De qualquer forma, seu olhar de pânico indicou que algo estava errado. “O que foi?” Eu exigi saber, com plena consciência que tudo em mim naquela hora era absurdamente pavoroso. O pânico dele cresceu ainda mais.

“E-eu já re-reportei i-isso a Galina.” Ele tropeçou em suas palavras que saíram baixas como um sussurro, quase como se desculpasse. Eu não podia acreditar naquilo. Ele já havia contado a Galina? Como ela não havia mencionado nada disso?

“O que você disse a ela?” Eu rosnei com raiva.

“Que os malditos dhampirs er... estavam atrás de você...” Sua voz era extremamente cautelosa. Eu senti a fúria me invadir, mesmo assim consegui manter a racionalidade e minha mente funcionou incrivelmente. Eu estive há poucos minutos com Galina e ela não falou nada sobre isso. Era óbvio. Tudo se tornou claro. Galina iria encontrar Rose. Eu não podia deixar isso acontecer, de jeito nenhum. Eu tinha que me antecipar. Eu soltei Charles e ele lutou para permanecer em pé, mas caiu no chão. Eu o olhei por cima de toda a minha altura.

“Quando anoitecer, você me levará onde a encontrou.” Minha voz soou como uma ordem incontestável. Ele apenas assentiu e eu me retirei. Eu precisava planejar isso. Não podia deixar que as circunstâncias fossem conduzidas para outro caminho. Agora ainda mais eu sentia a urgência de encontrar Rose. Pensar em tê-la, imaginar o gosto de seu sangue em minha boca, era algo fantástico, inebriante. Os minutos se passavam lentamente e eu traçava mentalmente o meu plano. Eu iria despertar Rose e convencê-la a se tornar minha aliada contra Galina. Ela era forte e inteligente, seria um reforço excelente e a ideia de tê-la ao meu lado não me soava mal. Ao mesmo tempo, eu tinha que convencer Galina a não matar Rose. E esse era o problema. Eu mesmo não sabia como iria resistir ao desejo de possuir a sua vida.

Quando a noite caiu, eu saí com Charles. Ninguém podia estranhar isso, já que era a hora dos Strigois ganharem as ruas para se alimentar. E também era quando eu resolvia os assuntos de Galina e seu império. Ela lidava com tudo que gerasse dinheiro e poder. Não é preciso mencionar que atividades ilícitas estavam no topo da lista, por isso, nada incomum que se tratasse durante a madrugada. Nós caminhamos até o local onde Charles apontou. Era uma estranha sensação, saber que Rose podia estar pelas redondezas, inclusive, me espreitando. O perigo que vinha dela era excitante. O jogo de presa e predador me animava. Meus olhos varreram os arredores. Não havia sinal de Rose. De repente me ocorreu que agora era a minha vez de caçar. Ter essa nova perspectiva me encheu de ânimo. Foi como se a própria atmosfera tivesse mudado, como se o ar tivesse ficado mais leve. Eu iria encontrá-la, ah, sim, em breve.


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