Quando Ichigo esta andando pela rua a procura de pistas sobre o Toushirou e de onde ele pode ter levado a Rukia ele encontra uma garota loira o chamando do outro lado da rua.

–       Kurosaki, eu sei que isso pode ser besteira, mas ela esta acenando para você, certo? – Diz Ishida completamente confuso.

–       Parece que sim, vamos nessa, não temos tempo para ficar falando com qualquer pessoa que aparece.

 Assim que o Ichigo vira para frente ele sente alguém o acertando um tapa na cabeça, mas quando se vira é a mesma garota que estava acenando.

–       Como você chegou aqui tão rápido? – Pergunta Ichigo com uma cara de espanto.

–       Primeiro, não fique agindo como se eu não fosse ninguém, afinal, eu posso te ajudar mais do que pensa. Segundo, quando alguém acena para você pelo menos demonstre que esta prestando atenção.

–       Qual é, veio só para reclamar dos meus modos.

–       Se quiser assim, esquece. Mas eu te garanto que Hitsugaya não vai ficar feliz com isso.

 Ao ouvir ela pronunciar o nome do Toushirou, Ichigo a segura pelo braço e olha fixamente para os olhos dela.

–       O que você quis dizer com isso?

–       Meu nome é Matsumoto Rangiku, sou a ajudante do detetive Hitsugaya.

–       O que? (Mas não podem ser a mesma pessoa, quer dizer que tem mais uma).

–       Se me soltar eu posso te levar até o Hitsugaya.

–       Por que você faria isso?

–       Porque ele me pediu para levar Kurosaki Ichigo até ele para dar mais uma chance de salvar sua amada Rukia.

 Ichigo segue o caminho que Rangiku o leva, mas ainda fica pensando sobre o porque ele quis fazer isso.

 Quando Ichigo percebe chegou em um beco sem saída, mas quando ele ia para cima da Rangiku para acertar um soco direto na cara dela, Ishida o segura.

–       Calma, Kurosaki.

–       Ela nos enganou. Toushirou não esta aqui ela nos levou para cá para nos matar.

–       Mais uma vez se deixa levar pela sua raiva, na outra vez o seqüestrador levou a Rukia e agora quase que você acaba morrendo. – Diz Rangiku apontando para o Ichigo uma adaga que ela tinha preparado para caso ele a atacasse.

–       Sua maldita, onde esta o Toushirou.

–       Eu não esperava vê-lo assim. – Diz Toushirou da entrada do beco levando a Rukia acorrentada ao seu lado.

 A imagem da Rukia acorrentada deixa um Ichigo furioso com o Toushirou pelo que ele fez, mas ao mesmo tempo irritado consigo mesmo por acreditar que se ele não fosse tão fraco ela não estaria em uma situação dessas. Essa crise mental consome Ichigo até que ele cai de joelhos no chão, na frente dos dois.

–       Não imaginava que você, ao ver a Rukia desse jeito, fosse se irritar tanto que acabaria se ajoelhando na minha frente.

–       Toushirou, por favor, liberte-a. Eu farei qualquer coisa, mas liberte ela.

–       Não acredito nisso, Matsumoto te falou, eu te chamei para te dar outra chance.

 Ichigo se levanta ainda sem vontade de lutar, mas Toushirou não desiste e puxa a corrente que segurava e derruba a Rukia.

–       Maldito.

–       Enfrente aquele que te derrotou.

–       Eu não quero saber de enfrentar ninguém quero apenas poder levá-la embora.

–       E se eu te disser que quem te derrotou era uma espiã que havia entrado na escola, e se fez de sua amiga.

–       Quer me dizer que...

–       Missão cumprida, Hinamori.

–       Obrigada, Hitsugaya. – Hinamori muda sua expressão e caminha até o Toushirou.

 O fato de ter confiado em Hinamori perturba tanto o Ichigo que quando ela passa ao lado dele, ele a segura pelo braço e a joga contra a parede.

–       Hinamori.

–       Não me interessa o que o Toushirou quer, ou o que a Matsumoto deveria fazer ou se fui derrotado por uma garota. Mas o que eu não vou perdoar é que você tenha entregado a Rukia para ele e ainda tenha se feito de boazinha.

–       Quem diria, agora quer lutar.

–       Não.

 Ichigo acerta um soco contra a parede quase acertando o rosto de Hinamori, o soco acaba sendo tão forte que Ichigo quase quebra sua mão e acaba com toda a coragem que Hinamori ainda possuía.

–       Não pretendo lutar. Desta vez eu vou acabar com isso.

 Ichigo tenta acertar um soco, mas Hinamori escapa, mas quando ela ameaça um golpe Ichigo acerta um chute nela que a joga de corpo contra a parede de novo. Toushirou continua a ver a luta enquanto a Rukia não sabe se olha e pede para a luta parar ou se continua a assistir seu namorado agir como um monstro sem alma.

 Ichigo continua a acertar contra-ataques, e Hinamori começa a sangrar de tanto que ela já foi atingida.

 Mas quando ela tenta um soco contra o Ichigo o mesmo segura sua mão e a esmaga.

–       Não me diga que isso é tudo o que pode fazer.

–       Ichigo, eu sei que esta com raiva, mas pega leve. – Diz Ishida querendo acalmar um pouco o Ichigo.

–       Fica quieto. Isso não tem nada a ver com você, ela me usou, me manipulou, me fez acreditar que podia confiar nela. Eu não vou deixar que ela saia ilesa dessa.

 Toushirou começa a temer pela vida de Hinamori, Ichigo não consegue lembrar de mais nada além do fato dela ter enganado ele e o levado até essa cilada. Toushirou deixa sua mão tão solta que a Rukia consegue fugir e ir até o Ichigo.

–       Ichigo, pare com isso.

 Rukia, em uma situação desesperada fica entre ele e Hinamori.

–       Você já venceu. Vamos embora agora.

–       Não. Eu vou fazê-la pagar por tudo o que fez.

–       Ichigo me perdoe por isso.

Rukia acerta um golpe encima de um ponto onde Hinamori tinha atingido antes e quando ele abaixa sua cabeça ela dá um golpe no pescoço e Ichigo desmaia.

–       Muito obrigada. – Diz Hinamori olhando para a Rukia que apenas observa o Ichigo deitado.

–       Não me agradeça, só fiz isso porque eu não queria ver ele virando um assassino, e também eu quero perguntar umas coisas para vocês.

 Ichigo acorda na mansão Kuchiki com a Rukia ao seu lado.

–       O que foi que houve? – Diz o Ichigo querendo se levantar.

–       Eu tive que parar você antes que você matasse a Hinamori.

–       Desculpe-me por isso, é que eu ficava lembrando o quanto eu fui idiota em confiar nela que eu perdi o controle.

–       Não se culpe. Eu teria feito o mesmo no seu lugar. Agora que você acordou que tal ver uma coisa.