Confessions Of a Broken Heart escrita por sakura_princesa


Capítulo 3
eu te amo tanto...que da raiva,henrique.


Notas iniciais do capítulo

músicas do capt : I WANT TO KNOW WHAT LOVE IS - MARIAH CAREY e GOSTAVA TANTO DE VOCÊ - TÂNIA MARA.
COLOQUEM PARA OUVIR NA HORA Q FOREM LER NA ORDEM QUE QUISEREM, AS DUAS DESCREVEM O CAPT.



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CAPITULO 03


 


Eu corri até a porta que se abria, mas quem eu encontrei lá não era quem eu esperava.


- Sam!- o grito de Luciana me acordou, ela me abraçou mostrando que estava muito preocupada, abaixei a cabeça e não retribui seu abraço.


- você está louca? Faltar a faculdade e não dar nenhum aviso, não atende meus telefonemas, nem me liga e nem nada do tipo!- começou a falar Luciana- e simplesmente finge que não está em casa quando as suas amigas vem, eu agradeço aos céus que o Henrique tenha deixado uma cópia da chave comigo!


Eu estava atordoada, Luciana parecia procurar algum ferimento grave ou indícios que eu tive um coma e por isso faltei a faculdade...mas não era nada disso.


- Luciana...rebobina um pouco.- eu pedi ainda confusa.


Ela enrugou a testa e falou.


- ahn...Henrique deixou uma cópia da chave comigo?- ela falou incerta.


Eu arregalei os olhos.


De repente eu comecei a perguntar por que e várias coisas e a xingar sem parar...em japonês.


Luciana me olhava confusa, então eu senti o cansaço tomar conta de mim e parei de falar, me sentei na poltrona e juntei minhas forças, estava muito fraca, para falar.


-por...que?- falei tão fracamente que ela quase não escuta.


Ela se ajoelhou na minha frente e tocou no meu pulso.


- como pode estar tão fraca assim?- ela se perguntou.


- eu vou...tomar um banho.- eu falei tentando mudar o assunto, mas ao me levantar eu senti uma tontura tomar conta de mim e caí, Luciana conseguiu me segurar -com dificuldade óbvio- ,


- Sam? O que aconteceu? – ela perguntou confusa.


Eu não queria contar, não conseguia contar, eu respirei fundo, não conseguiria enganar Luciana.


- estou grávida.- falei calmamente, engolindo o choro.


Luciana deu um grito “O Que?” típico de sempre quando falávamos algo que ela nunca esperaria, logo ela começou a falar milhões de coisas sem sentido, até que ela parou e me olhou, eu sentia as lágrimas caírem como óleo quente pela minha face, os soluços tentando sair, ela então me abraçou e disse.


- vá tomar um banho, eu vou lhe fazer algo para comer.- eu sorri fracamente.


Eu assenti.


Luciana com dificuldade me ajudou a chegar até o banheiro, então ela saiu, eu me despi e entrei debaixo do chuveiro, a água fria tocou na minha pele me fazendo tremer...


E eu chorei.


Foi como se ela tirasse todo o muro que eu coloquei em minha volta, eu comecei a chorar deixando toda a tristeza sair de dentro de mim.


Demorei no mínimo uns quarenta minutos naquele banho, sendo que em trinta deles eu fiquei só chorando.


Quando eu saí estava com a minha blusa branca de manga curta e folgada e um short folgado também.


 


Quando saí do quarto um cheiro veio até mim e me deixou com um pouco de fome, andei lentamente até a cozinha e vi um prato de comida com um copo de suco na mesa, dei um fraco sorriso e me sentei na cadeira começando a comer, não sabia que estava com tanta fome assim até começar a comer.


- nossa, você estava mesmo com fome, não era?- eu olhei para o lado e vi Luciana, dei um pequeno riso.


- bem, estou grávida não é?- eu falei, ela respirou fundo.


- vai demorar para eu me acostumar. – ela admitiu- mas aposto que o Henrique está muito feliz.


Abaixei a cabeça e deixei de comer um pouco.


- ele não sabe ainda.


Os olhos de Luciana quase saíram de seu rosto e ela disse.


- como é? Você tem que contar para ele!- ela falou se sentando.


Eu virei o rosto.


- vou esperar ele voltar, ainda estamos brigados e...eu não estou muito afim...estou com medo.


Luciana caminhou rapidamente até a cadeira ao lado da minha e me olhou com uma certa pena que eu ignorei, mas me senti incomodada, odiava que sentissem pena de mim.


- sam, eu estou preocupada com você, não dá para simplesmente parar tudo.


Eu abaixei a cabeça e não disse nada.


Nem mudei a expressão do rosto.


- todos estão preocupados, olha, eu sei que você não quer contar para o Henrique agora, mas uma hora ele mesmo vai perceber quando olhar a sua barriga!


- ela não vai aparecer tão cedo! – eu falei olhando-a – eu posso engana-lo.


- ele tem o direito de saber, sam. – defendeu-o Luciana.


Eu a olhei com raiva.


- essa criança está na minha barriga, Henrique está pouco se importando comigo agora!- eu falei me levantando – no fundo...acho que ele nunca se importou.


Antes que Luciana, que estava perplexa, falasse algo eu peguei meu prato de comida e os talheres e saí para o meu quarto me trancando.


Corri para a cama e coloquei o prato lá com os talheres e me deitei.


Eu sempre amei o Henrique, eu sempre o perdoei não importava o que ele havia feito, eu sempre fui fiel, passei por todos os obstáculos para tê-lo, me preocupei com ele, me arrumei para ele, se precisasse...eu mudaria por ele...ISSO NÃO FOI O BASTANTE?


Eu deixei as lágrimas rolarem pelo meu rosto e uma lembrança recente vir a minha mente...


-aonde você estava?- eu ouvi minha própria voz na lembrança falar, era como se eu estivesse assistindo aquilo novamente.


Henrique me olhando assustado, desviou o olhar e falou.


-trabalhando.


Eu respirei fundo na lembrança, eu via meu rosto com as marcas das lágrimas, eu sentia novamente aquela raiva e tristeza.


- sozinho?- eu perguntei sem olhá-lo.


Ele ficou em silencio por um tempo e logo falou.


- eu e Isadora tínhamos que resolver algumas coisas na Empresa. - eu o olhei.


- então estavam...vocês dois...de novo...naquela PORCARIA DE EMPRESA?- eu gritei me levantando.


Ele me olhou sério.


- só estávamos lendo contratos.


- por acaso estavam a luz de velas também? – eu perguntei sarcástica.


Ele me olhou ficando com raiva, bufou e começou a andar para o quarto, eu o segui falando.


- ela está afim de você, a piriguete ta se jogando para cima de você e VOCÊ ESTÁ ACEITANDO!


Ele se virou para mim e gritou.


- E SE EU ESTIVER? VOCÊ TAMBÉM NÃO TÁ COM AQUELE IDIOTA DO LEONARDO? O CARA É DOIDO POR VOCÊ E VOCÊ DA BOLA!


Eu o olhei com ódio, estava cansada daquela tal de piriguetezinha, aquela filha da puta dando em cima do meu namorado e ele ainda ACEITANDO!


-O LEO NÃO TEM NADA HAVER COM A HISTÓRIA! ALÉM DE QUE EU NÃO FICO ATÉ ONZE E MEIA DA NOITE AO LADO DELE QUANDO POSSO ESTAR COM VOCÊ!


Ele me olhou sério e desabotoou a camisa preta, tirando-a e jogando-a na cama, ele me olhou sério.


- claro, você realmente fica comigo quando pode ficar com ele, seeeempreeee!- ele falou sarcástico.


Eu o olhei séria, andei até ele e senti novamente o nó na minha garganta, eu me aproximei bem e o olhei.


- é isso que você acha? – perguntei chorosa. – pois está ERRADO!


- eu não ESTOU ERRADO!- ele falou me olhando. – além de que eu nunca fiquei te esperando até onze e pouco da noite só porque você saiu com o Leonardo.


Eu ri.


- talvez porque eu NUNCA tenha saído só com o Leonardo, mas o seu horário de trabalho terminava às SETE! Sabe o que é SETE e o que é ONZE E MEIA?


- ERAM PROCESSOS IMPORTANTES! – ele esbravejou.


- eu SEI quais os processos que você e aquela filha da puta estavam FAZENDO! – eu falei apontando para ele.


- NÃO APONTA PARA MIM! – ele gritou empurrando meu dedo.


Foi aí que eu percebi, tinha um cheiro estranho nele, um nó veio na minha garganta na lembrança e agora, não...NÃO...NÃO! ESSA PARTE NÃO!


Na minha lembrança eu me aproximei e cheirei seu pescoço, ele deu um gemido sem querer mas eu ignorei isso, havia um cheiro nele.


- eu podia perguntar de quem é esse perfume, mas eu nem preciso...- eu me afastei um pouco e falei isso.


Eu senti as lágrimas quentes rolarem na lembrança e agora, eu não queria ouvir o que eu tinha dito, não queria ver como eu era flexível, como ele me dominava...não queria, NÃO QUERO!


Na lembrança eu sabia o que ia vir, mas era como se eu não tivesse o controle de uma televisão e os botões do manual não funcionassem, eu senti meu mundo começar a cair, guardei as lágrimas e fiz algo que nunca imaginei que faria.


PLAFT.


Minha mão queimava pela dor do tapa que eu dei nele, o rosto dele havia ficado vermelho.


- VOCÊ ME TRAIU! – eu gritei.


Ele continuou sério, olhando para o lado, de repente a expressão dele começou a mudar e eu vi lágrimas encherem seus olhos.


As minhas caiam desesperadamente e eu soluçava, Henrique começou a virar o rosto e a me olhar.


- sinto muito. – ele falou sem olhar nos meus olhos.


- CANALHA!- eu gritei me aproximando e batendo nele.


Ele nem se defendia, pois não surtiam efeito nele, ao invés disso tentou segurar meus braços e conseguiu.


Ele segurava os meus pulsos e eu chorava e tentava me livrar.


- canalha. – eu repetia.


Eu abri os olhos e vi pequenas lágrimas descerem pelo rosto dele e ele dizer.


- para.- ele falou tão baixo, eu o olhei.


- não, eu CONFIEI em você!- eu gritei enquanto chorava.


Então ele me puxou e me deu um beijo, do nada, eu o empurrei e o estapeei de novo.


- EU NÃO QUERIA.- ele gritou. – eu realmente não queria, ela...eu não queria.


Ele me puxou para perto, eu tentei me afastar mas ele segurou meu rosto.


- sam, você sabe que eu te amo desde a primeira vez que eu te vi à sei lá quantos anos atrás.- ele começou a falar e eu a parar de me debater. – você sabe que não há nada que não faria só para ver seu sorriso, que eu atravessaria o inferno só para ver seu rosto de longe, que o meu amor por você é maior que a distancia do sol com o urano, na verdade...essa distancia é somente...um milésimo do que eu realmente sinto por você.


Eu não preciso dizer que eu havia parado de me debater e estava boba com as palavras dele, porque por mais raiva que tivesse naquele momento, o olhar desse me dizia que era verdade.


- você me traiu- eu murmurei.


Ele deixou algumas lágrimas pequenas caírem.


- eu sei, e foi errado, foi o momento e...ela me deu um tapa quando eu chamei ela de samantha. – ele falou me olhando.


Eu o olhei com um pequeno sorriso nascendo nos meus lábios.


- verdade?


Ele sorriu e assentiu.


- você ta chorando. – eu falei, ele assentiu e disse.


- acho que eu sou chorão demais. – eu ri, ele me olhou e disse.- um chorão que te ama.


Então me puxou para um beijo, dessa vez eu me deixei levar, como uma boba, quando vi nós estávamos deitados algum tempo depois juntos, felizes, eu havia feito amor com ele..


Ele me olhava carinhosamente e disse.


- eu vou viajar amanhã.- eu sorri levemente.


- eu sei, você já me disse, quanto tempo vai ficar fora? – eu perguntei.


- um mês. – ele respondeu, eu fiz bico.


No dia seguinte ele estava no banho quando tocaram a campainha, eu fui atender e vi Isadora( a piriguete argh) me olhando com um sorriso falso e dizendo.


- o Henrique esqueceu isso ontem e...diga que eu amei a.- ela foi interrompida pelo meu tapa.


- isso é pra aprender que se chegar perto do meu marido outra vez...vai ganhar muito mais que só um tapa.


E fechei a porta e joguei a maleta do Henrique que ela havia trago e andei até o quarto, ele já estava se vestindo.


- quem era? – ele perguntou.


- adivinha. – falei séria.


Ele me olhou assustado.


- se chegar perto dela outra vez nem fale comigo, só pegue suas coisas e vá embora.- eu o ameacei.


Ele assentiu e terminou de se vestir pegando a mala, andou até mim e me deu um beijo leve.


- eu não quero viajar brigado.- ele falou.


- não estamos brigados. – eu menti.


Ele me olhou sério e disse.


- então sorri. – eu sorri falso. – fala sério, nem o papaleguas acredita nesse.


Eu ri com isso.


- eu te amo. – ele falou.


Eu o olhei e disse.


- eu também... amo tanto que chego a...ter raiva. – ele sorriu e saiu, me olhou antes de entrar no elevador.


Eu fechei a porta e me escorei nela caindo no chão sentada.


- MALDITO! – eu gritei.


A frase daquelazinha vinha na minha cabeça, eu respirei fundo e minha lembrança foi sumindo.


Eu me levantei e andei até a porta destrancando-a, Luciana estava sentada olhando as fotos do álbum.


Ela me olhou e eu corri para ela, ela me abraçou e eu chorei.


- eu o amo, Luciana, o que eu faço? – eu perguntei.


Ela sorriu de leve.


- seja a garota forte que você sempre foi, porque eu acredito, sam, que você pode vencer tudo isso, o amor supera tudo. – ela falou


Eu a olhei e sorri de leve, ela sorriu e tocou na minha barriga.


- o fruto do amor de vocês está aqui.


Eu sorri tocando na minha barriga também.


- e eu amo essa criança demais, mais do que achei que poderia. – eu falei.


Ela sorriu e falou confiante.


- seja forte por ela.


Eu assenti,


Eu ia ser forte...mas eu preciso de você....preciso de você, Henrique.


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Notas finais do capítulo

gostaram?
eu demorei...mas valeu a pena né?
Henrique aparece no próximo capt! ( FINALMENTE!)
mil bjs pessoal e...REVIEWS!



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