01: Saint Seiya - Guerra Galáctica escrita por Tarsis


Capítulo 7
07: Athena Versus Poseidon - Primeira Parte


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo, os Generais Marinas de Poseidon iniciam seus confrontos contra os Cavaleiros de Athena! Grandes batalhas sacodem as arenas do Santuário e os Guerreiros de Athena enfrentam novos Generais do Deus dos Mares! Os primeiros dois combates serão:
Helena de Cabeleira de Berenice contra Tétis de Sereia!
Shiryu de Dragão contra Tríton de Dragão Marinho!



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Athena X Poseidon

Os Cavaleiros de Bronze contra os Novos Generais Marinas!

Na Tribuna de Honra (Um pouco antes de soarem as trombetas anunciando o início dos combates):

Julian Solo, ou melhor, Poseidon, se dirige à Saori à sua esquerda, com uma expressão intrigada no belo rosto:

- Cara Athena, foi deveras interessante a luta entre aqueles... - ele faz uma pausa significativa, observando atentamente enquanto os maqueiros retiravam cuidadosamente aquele a quem o povo aclamava como "Guerreiro de Cabelos Brancos". Aliás, ele não desviara o olhar dele um segundo sequer durante a luta, assim como ocorrera no dia anterior, lançando também disfarçadamente olhares curiosos em direção a Ares, tomado de um forte pressentimento, embora ainda indefinido. - ....aspirantes. A propósito, se me permitis a pergunta...

- Sim? - indagou Saori, cujos olhares ansiosos, já se dirigiam à arena nº 2, embora ela tentasse disfarçar.

- Tem certeza de que aquele rapaz... Malek, não é? - ao aceno afirmativo de Saori, ele continuou. - Bem, tem certeza de que ele é mesmo, ou era, um simples aspirante? Pela segurança com que ele lutou, senão pelo Cosmoenergia formidável que dele emana, eu diria que ele já era um veterano Cavaleiro de Ouro!


Saori franziu a testa, incomodada.


- De fato, ele é um guerreiro excepcional, mas isso não é à toa: Malek foi treinado pessoalmente por Hipólita de Leão e várias outras Amazonas de Ouro, incluindo Ying de Gêmeos, que o senhor já conhece. Na verdade, não é de admirar que ele já tenha alcançado tamanho nível.

- E agora se tornou de fato um Cavaleiro de Ouro... - ele coçou o queixo, enquanto tornava a fixar a arena nº 1, agora já vazia. - Interessante... Muito interessante... - ele lançou um olhar de soslaio à Hipólita, na tribuna ao lado direito deles. - E conveniente também... - ele sussurrou para si mesmo. - Athena, esse é um conselho de alguém mais experiente; não que eu queira lhe dar lições, afinal você não é a deusa mais ladina do Olimpo à toa, mas... Se estivesse em seu lugar, eu tomaria muito cuidado com aquele jovem.

- E posso saber por que diz isso, Poseidon? - estranhou Saori.

- Por nada, quero dizer, pode não ser nada, mas... Não sei, pode ser só uma impressão, mas ele me pareceu um tanto... Altruísta demais em seu gesto de devolver à Armadura de Pégasus ao jovem Seiya, o qual aliás, não é nem de longe aquele que foi buscá-la com tanto empenho, junto com seus companheiros no Grande Suporte Principal de meu templo submarino. O que houve com ele? Nada mais é hoje do que o pálido reflexo do guerreiro formidável que me venceu no passado! Como ele pôde perder sua própria armadura?! Se a abandonou para assumir a Armadura de Ouro de Sagitário definitivamente, não deveria ter sido derrotado tão vergonhosamente!

Saori remexeu-se em seu lugar, irritada por Julian estar falando de Seiya daquela maneira, por mais que fosse verdade.

- Em virtude dos terríveis acontecimentos que já se anunciam. - disse ela, impassível, se referindo à iminente vinda de Hades. - Meus Cavaleiros têm passado por momentos... Difíceis, particularmente o Seiya... Mas isso é uma longa história e a luta de nossos guerreiros já está pra iniciar-se. Quanto a Malek... Bem, ele ainda terá muitas chances de provar que merece minha confiança.

- Entendo... - murmurou Julian/Poseidon, de maneira vaga. - A senhorita é quem sabe, afinal, são seus Cavaleiros. Mas, mudando de assunto... Será que poderia vos pedir um favor, ou melhor dizendo, uma gentileza?

- Pois não? - indagou, curiosa.

- Bem, é que uma vez que a senhorita deve estar lembrada de que vossos Cavaleiros, quando se encontravam em meus domínios, tomaram cada qual à sua escolha, o rumo de um pilar diferente, portanto, sendo eles a escolherem os adversários, eu gostaria que desta vez meus Generais Marinas pudessem ter a honra de escolherem seus adversários. O que me diz?

Saori o encarou, um tanto surpresa, mas logo se recompôs, aquiescendo:

- Bem... Não vejo porque não. Muito bem, que seja. - e ordenou a Tatsumi, sempre perto dela, que avisasse aos juízes.

- Eu a agradeço, Athena. - disse Julian, fazendo uma mesura graciosa.

- Não me agradeça, Poseidon. Pode ser que seus Marinas estejam escolhendo apenas o próprio instrumento de sua derrota.

- Pode ser... - ele deu um sorriso maldoso. - Mas muitas vezes as coisas nem sempre são aquilo que parecem ser... - murmurou ainda pensando no recém sagrado Cavaleiro de Ouro de Capricórnio. - Veremos quem será derrotado dessa vez...



Arena nº 2 - Expectativa:

Continuavam ainda de pé, aguardando o início das lutas, cada um na frente para a urna fechada de sua respectiva armadura, uma vez que só deveriam envergá-las na hora da luta.

- O que está acontecendo? - estranhou Helena, que acabara de chegar e observava, intrigada, a confabulação entre os Generais Marinas. - O sinal de início já soou. O que tanto eles conversam?

- Acho que a ordem dos combates e a escolha dos adversários não serão por sorteio desta vez - disse Hyoga, simplesmente.

- Por que diz isso, Cisne? - perguntou Seiya.

- Ele pode ter razão... - murmurou Shiryu, com uma expressão concentrada no rosto. - Ou já saberíamos a essa altura contra quem iríamos lutar.

- Pfff... - bufou Shun. - Que diferença faz, afinal? De qualquer forma, teremos que lutar de novo para agradar à nossa adorada deusa.

- Shun!! – exclamou Hyoga, chocado. - Sei que você nunca gostou de lutar, mas isso não é justificativa para se referir à Athena dessa maneira. Isso sem falar da maneira com que você a vem tratando desde ontem à noite! Afinal de contas, o que há com você?

Ele se voltou para o Cavaleiro de Cisne, lentamente. Mas definitivamente não estava preparado para a reação dele. Nunca antes Shun o olhara daquela maneira tão fria. Hyoga não reconhecia mais nele aquele rapaz tão doce e caloroso, a quem tanto amava como a um irmão mais novo. Sua expressão era tão dura e fria quanto o mais poderoso dos seus kens.

- Isso não é da sua conta. Mas já que quer tanto saber, digamos que eu cansei de bancar a marionete de uma garota mimada... Deusa? Pois sim...

- Shun... – Murmurou Hyoga, atônito.

- Shun, você já está indo longe demais... - ia dizendo Shiryu.

- Quietos!!! - sibilou, Helena, irritada com aquela discussão. - O que há com vocês? Eu os treinei para trabalharem unidos, como um time! Vocês querem pôr tudo a perder agora? Shun, eu entendo sua raiva pelo que aconteceu ao Ikki... - disse, lembrando que custara um pouco a chegar porque, depois de conversar com Saori e ir buscar sua armadura, foi ver Ikki no hospital, para lhe dizer que iria lutar em seu lugar. - Mas isso não justifica essa sua atitude. Não macule sua honra de Cavaleiro, Shun de Andrômeda! Todos vocês! Lembrem-se que somente unidos como os cinco fios de uma corda teremos força suficiente para superar os obstáculos. Este não é um torneio qualquer! Somente o reforço que o sangue de Athena dará às nossas armaduras nos permitirá ter alguma chance contra o Senhor do Submundo ou todas essas divindades não estariam aqui competindo por intermédio de seus respectivos guerreiros sagrados! Agora, atenção! Eles estão vindo para cá.


O sistema de alto-falantes anunciou que os Generais Marinas de Poseidon teriam o direito concedido por Athena de escolherem seus oponentes pelo velho estilo dos torneios medievais.


- Não entendi! - exclamou Seiya, coçando a cabeça.

- Ssshhh!!! Você verá. Lá vêm eles! - sussurrou Shiryu.


Quatro homens e uma mulher, uma guerreira sem máscara, vestindo armaduras magníficas, parecendo constituídas de escamas douradas avançaram lentamente, andando lado a lado. Cada um, então, se postou diante de um dos Cavaleiros e apontou para o símbolo gravado na urna da armadura do adversário escolhido, anunciando seu nome e título e lançando seu desafio:


- Eu, Tétis de Sereia, desafio Helena de Cabeleira de Berenice. Seremos as primeiras a lutar!

- Eu, Tríton de Dragão Marinho, serei o segundo e desafio Shiryu, o Cavaleiro de Dragão. - bradou um rapaz alto, de cabelos negros longos como os de Shiryu, e olhos verdes e frios.

- Eu, Mikhail, General de Kraken, desafio Hyoga de Cisne. - disse um rapaz loiro de cabelos curtos e olhos azuis rasgados e límpidos como um céu azul. Contrastando com minha a expressão séria e concentrada de Hyoga, exibia um largo sorriso, como se estivesse simplesmente o convidando pra dar um passeio na praia.

- Eu, Kíron de Cavalo Marinho, escolho Seiya... de Pégasus, como meu adversário. - disse, de má vontade, um rapaz de pele bronzeada, cabelos loiros, tão rebeldes quanto os de Seiya, na altura dos ombros e olhos verdes penetrantes. A hesitação dele em mencionar seu título de Cavaleiro não passou despercebida a Seiya, o que o fez fechar as mãos em punhos, com raiva.

- E, finalmente, eu, Balarama de Krisaor, desafio Shun de Andrômeda. - disse o que parecia o mais velho de todos, um verdadeiro gigante de 1,95m, pele clara e cabelos castanho-claros e olhos cinzentos, que fitavam Shun, duramente, como se pudessem enxergar em seu interior...E podiam!

- Uma vez os adversários escolhidos – Soou a voz de Athena, perfeitamente audível por toda a extensão da arena. - Podemos dar início aos principais combates deste segundo dia das Guerras Galácticas. Boa sorte a todos. Lutem com honra e que vença a melhor equipe!


Uma estrondosa ovação da numerosa platéia saudou as palavras da jovem Saori Kido, a encarnação de sua idolatrada deusa Athena. Soaram as trombetas. Os combates iriam começar!

"Espero que sejam vocês, meus queridos amigos!" – pensou ela consigo, lançando um olhar muito doce para os 4 rapazes e a jovem Amazona de Prata. - "Shiryu, Shun, Hyoga, Helena... e Seiya..."– seu olhar se tornou especialmente terno quando se fixou neste.

O pobre Cavaleiro de Pégasus pensou que fosse explodir de tanta força que sentia naquele olhar, que durou apenas uma fração de segundo, embora lhe parecesse ter perdurado por eras. Depois daquele instante que mais parecia ter pertencido ao domínio dos sonhos, ele se sentia capaz de derrotar Hades em pessoa! Então, olhou desafiador para Kíron, que lhe retribuiu o olhar, com um movimento disfarçado do polegar da mão direita por sua própria garganta, indicando o que pretendia fazer com ele se toda aquela marra fosse apenas uma exibição inútil de orgulho desmedido.


Arena nº 2 - Poder Feminino

Ao ver quem iria lutar com Helena, Sheena deixou seu lugar entre as outras Amazonas e se encaminhou rapidamente para a arena. Precisava dizer uma coisa à Helena, antes que esta entrasse em combate... E também queria olhar bem nos olhos de Tétis... Ah, se Athena permitisse, ia adorar terminar aquela luta deixada inacabada no Templo de Poseidon! Mais havia mais de uma maneira de se fritar um peixe...

- Helena, espere um pouco! - disse Sheena, chegando quando a outra estava prestes a pisar na arena.

- Sheena? O que foi? Veio me desejar boa sorte? Não me parece muito do seu feitio. - disse Helena, com um sorriso meio irônico meio indagador, oculto por trás da máscara.

- Você não precisa de sorte, minha amiga. - ela disse, calmamente, ignorando a ironia da outra. - É só se manter atenta, embora essa daí não seja grande coisa... - acrescentou, lançando um olhar de desdém que Tétis, já dentro da arena, sentiu, protestando, irritada.

- O que vocês duas estão cochichando? Está dando umas dicas à sua amiguinha de Santuário? Por que não sobe aqui para terminarmos aquele nosso "assunto" inacabado?


Sheena nem se mexeu e continuou falando.


- De qualquer forma, Hipólita sempre nos ensinou que não devemos subestimar nossos adversários, mas sei que não preciso dizer isso a você... Em todo caso... Ela olhou pro céu e soltou uma frase no mínimo inusitada num momento como aquele:

- Belo dia pra uma pescaria, não acha? - disse, brincando com uma mecha do cabelo de Helena.


Helena ficou olhando atônita enquanto Sheena se retirava, retornando ao seu lugar. Só que antes esta parou e encarou Tétis que continuava a lhe dirigir seu Cosmo agressivo.

As duas ficaram se fitando por alguns segundos numa espécie de "duelo de olhares". E mesmo oculto pela máscara o de Sheena - ou o seu cosmo– venceu, pois Tétis foi a primeira a desviar o olhar, recuando um passo, involuntariamente.


Creio que me enganei...– Sheena pensava, enquanto voltava ao seu lugar. - Acho que esta vai ser uma luta mais difícil do que eu pensava... Essa não é a mesma Tétis de antes... Espero que Helena tenha me compreendido.

- Bem... - Helena sacudiu a cabeça, com desdém, e vestiu sua armadura de prata. - Vamos acabar logo com isso! - e deu um salto, caindo dentro da arena, em guarda. - Essa é por você, Ikki!! - pensou.


Tétis sorriu, erguendo um dos cantos da boca pequenina num esgar irônico que Helena achou irritante.


- Heh... Você está achando que vai ser fácil me vencer, não é mesmo? E porque eu deveria respeitá-la, ou a qualquer uma de vocês, Amazonas? Sempre veladas por essas máscaras ridículas... Que espécie de deusa é Athena que não permite às mulheres lutarem abertamente por ela sem ter de esconder sua feminilidade?


Na tribuna de honra, Athena apertou o báculo levemente mais forte em sua mão direita. Ares deu um leve sorriso e Poseidon ergueu uma das sobrancelhas, contrariado. Não apreciava muito aquele tipo de tática, apesar de poder surtir seu efeito, pensou ele, observando Helena atentamente. Na tribuna ao lado, Hipólita se ergueu, embora seu rosto permanecesse impassível, ainda que oculto por trás da máscara, seus olhos chisparam de ódio por aquela atrevida, embora o que ela dissesse, no fundo, fosse verdade...

Nas arquibancadas e por toda parte onde Amazonas assistiam a luta houve protestos de indignação. Helena, no entanto, permanecia impassível.


- Acabou? - disse simplesmente, ainda em posição de ataque.

- Como?!

- Olha, não me interessa sua opinião a nosso respeito. Mesmo porque, me atrevo a dizer que concordo com você em parte, mas tudo tem seu tempo... Afinal se Ying pôde se abster da máscara por seus méritos, um dia todas nós também poderemos e é isso que importa. Mas chega de conversa! Vocês tiveram o privilégio de escolher contra quem gostariam de lutar. Então, se você se recusa a me atacar, eu farei as honras! - gritou, mudando rapidamente de postura. - Punho Sussurrante!!!


Movimentando-se com uma velocidade impressionante, apesar de dar a impressão de não sair do lugar como se executasse um kata, Helena lançou toda a potência das ondas de choque contra a Marina de Sereia. Só que algo estranho aconteceu...


- O que?!! - Helena exclamou.


A imagem de Tétis parecia se multiplicar e tremular num estranho movimento fluido como o correr da água. Várias Marinas cercavam a Amazona de Prata agora. O golpe de Helena, comedido e direcionado num único ponto para resguardar a platéia acabou se perdendo; batendo contra a amurada de proteção, felizmente.

Ora, ora, o que temos aqui? – pensou Helena, surpresa e intrigada. - Uma combinação de repouso e movimento, já ouviu falar de técnicas assim, mas nunca pensei que veria isso aqui... Mas que som é esse?

Um som suave e melodioso, hipnótico, na verdade, se espalhava ao seu redor, parecendo confundir-lhe os sentidos.


- Ah, então é isso? Convenhamos, Sereia, que coisa mais previsível! Acha mesmo que isso funciona contra mim?

- Bom, você não me acertou. - a outra respondeu com aquele sorrisinho irônico.

- Pfff... - Helena bufou, desapontada. - Pensei que fosse uma técnica mais refinada, mas isso? Francamente!

- Ah, é? - a outra afinal se posicionou para atacar, flexionando as pernas. - Vamos ver se gosta disso!!


Ela saltou sobre Helena, que não se fez de rogada e saltou ao seu encontro. Seguiu-se mais uma daquelas seqüências de golpes super-rápidos, que não podiam ser acompanhados por pessoas comuns.


- Afinal, o que está acontecendo? - perguntou um dos espectadores de boca aberta.

- E eu sei lá? - respondeu outro. - Faça como eu e acompanhe no telão de câmara lenta.


- Puxa, Não me lembro de Tétis ser assim tão rápida antes! - exclamou Seiya, impressionado.

- As duas são muito rápidas, na verdade. - comentou Shiryu, estreitando os olhos e franzindo a testa. - Parece que Tétis andou treinando também...

- Humpf... Só espero que Helena tenha a decência de representar meu irmão condignamente ou não irei perdoá-la... - sibilou Shun, sombrio.


Seiya e Shiryu não prestaram atenção ao que Shun dissera, concentrados que estavam na luta, mas Hyoga o ouviu muito bem. Shun estava muito diferente, já sentira isso antes, na mansão, mas agora estava pior... Algo estava errado com ele, uma sensação de urgência, algo sufocante e pesado tomava conta do ambiente... Uma sombra maligna crescia, absorvendo o meigo Shun de Andrômeda que ele conhecia e amava... Como aconteceu com Seiya... Não... muito pior...

Estava imerso nessas conjecturas quando os gritos do público me chamaram a atenção: Tétis havia sido atirada violentamente contra a amurada de proteção à nossa esquerda. Helena aterrissava habilmente na arena, embora também não parecesse ilesa. Ela arfava bastante e cuspia sangue, comprimindo uma das costelas.

Cisne se aproximou da arena, preocupado.


- Helena, você está bem?


Ela fez um gesto impaciente, dispensando-o.


- E você acha que aquela sereia insignificante seria páreo pra mim? - disse ela, limpando o sangue do canto da boca, que já escorria pelo queixo, com a costas da mão. - Se bem que ela tem uma rabanada e tanto... Agora saia daqui, a luta ainda não acabou.

- O que?! - exclamou Hyoga, surpreso.


De fato, Tétis retornava à arena, parecendo furiosa e apenas levemente cambaleante.

- Você é forte... Parece que a subestimei... - ela arfava um pouco. - Esse chute seu me pegou de surpresa, mas meu “Canto da Sereia” acrescido ao efeito da minha “Cilada de Coral”, meu golpe paralisante de ataque, creio que vai acalmar um pouco esse seu ímpeto agressivo...

Helena não respondeu. Irritada, concluiu que realmente durante a seqüência de golpes no ar, sentira algo como o seu “Maldição de Tróia” a atingindo, o qual, mesclado aquele som anestesiante que não cessava, a deixava um pouco lerda. O telão, reprisando a seqüência de golpes, confirmou seu pensamento. Mesmo assim, ela sorriu e replicou:


- Eu poderia dizer o mesmo, Tétis. Ou acha que fiquei desperdiçando energia à toa com você?

- Oh!! - fez Tétis, sentindo seu corpo ficar dormente e suas forças se esvaindo pouco a pouco. - Sua...

- Olha a boca!! - alertou Helena, zombeteira. - Não se esqueça de que estamos sendo observadas!


Tétis ergueu o olhar involuntariamente para seu senhor Poseidon e empalideceu. Sabia a importância de fortalecer as escamas de sua armadura com o sangue de Athena, embora no fundo acreditasse que o sangue de seu deus ainda fosse mais poderoso, mas o que queria mesmo era impressioná-lo, provar a ele ser digna de estar sempre ao seu lado, ao invés daquele pomposo do Sorento...


- Se acha que vai me deter com isso... - Tétis falou, enquanto uma luz esverdeada surgia brilhante à sua volta - Prepare-se para lutar, Amazona!!


Ela se preparou pra saltar de novo, mas Helena conseguiu se antecipar.


- Não tão rápido, Sereia! CABELEIRA DE BERENICE!!


Perplexa, Tétis ainda conseguiu ver quando os fios dourados e longuíssimos dos cabelos de Helena pareceram criar vida e, num milésimo de segundo, a aprisionaram no ar como uma mosca numa teia...Ou melhor, um peixe numa rede!!

Helena lançou um olhar cúmplice na direção de Sheena nas arquibancadas, como se dissesse: “Era isso que queria?” Sheena sorriu, anuindo e levantou o polegar pra cima, baixando-o lentamente a seguir, indicando o que deveria fazer em seguida com sua presa.


- Bem, Sereia, você está presa e sem chance de escapar. Se não quiser que a corte em fatias agora mesmo acho melhor se render, admitindo sua derrota. O que me diz? – Falou Helena, aumentando a tensão dos fios.


Sentindo dolorosamente aqueles fios de cabelos, cortantes como aço, se aprofundarem cada vez mais em sua carne e ainda sentindo os efeitos da "Maldição de Tróia", lhe minando as energias, Tétis sentiu-se perdida, mas não queria, não podia deixar isso acontecer diante de Poseidon!! Não de novo!


- Você... Não... vai...me fazer... desistir!! Nunca!! Nunca, está ouvindo?

- Desista!! Sabe que sou mais forte que você!

- Isso é o que veremos! - Tétis gritou.


A luz esverdeada de seu Cosmo tornou a se intensificar e Helena, bestificada, viu os fios de sua cabeleira se soltarem um a um.


- Agora vamos ver!! Essa é minha técnica mais secreta, você terá a honra de experimentá-la em primeira mão! RECIFE ASSASSINO!!

- O que??!! - exclamou Helena, atônita, com a reviravolta da situação.


Sem ter tempo de se esquivar, Helena se sentiu como se fosse um navio tendo seu casco perfurado por um recife oculto. Tétis, surgindo do nada, a atingia em cheio em pleno abdome, deixando-a inteiramente sem ar.


Helena caiu, parecendo inconsciente.


- NÃÃOOOO!!! - gritaram Hyoga, Seiya e Shiryu.


O juiz, um oficiante do Santuário, iniciou a contagem. O público delirava, a maioria clamando que a Amazona de Prata se levantasse, outros aplaudindo a Marina. A contagem se aproximava do fim e Tétis já sorria pro seu deus, antegozando a vitória, quando ouviu a voz de Helena, atrás de si.


- Como disse antes: Não tão rápido!


Ela estava de pé! Só Athena sabia como, mas estava! A contagem foi interrompida no 9!


- Acabou, Marina de Sereia... - O cosmo de Helena brilhava como o sol na palma de suas mãos. - Mas pra você, não pra mim... FULGOR DE BERENICE!!


Uma gigantesca esfera de energia cósmica a atingiu sem chance de esquiva. Tétis caiu fora da arena e lá ficou imóvel até o "dez", sendo levada inconsciente e bastante ferida pro hospital. Helena vencera a primeira luta!

Lentamente, ignorando os aplausos e gritos da platéia, Helena voltou pra junto de seus entusiasmados companheiros. Agora era só esperar que o treinamento dado a eles surtisse efeito e a equipe de Athena fosse pra final. Só esperava que ela ou Ikki estivessem em condições pra poder lutar também.


Tétis, você estava lutando por seu homem e, apesar disso ser uma vergonha para uma Amazona, admito que também estava lutando pelo meu... e eu venci! Ikki, meu amor, fique bom logo. Acho que vou ao seu encontro antes do que esperava...– e desmaiou.


Instintivamente, Hyoga correu e a amparou nos braços antes da chegada dos maqueiros. Olhando pra ela, naquele estado, tão frágil e indefesa, lembrou-se de sua Ying. Ele a viu por um instante em seus braços como Helena estava: inconsciente e ensangüentada. E temeu por ela e por sua criança.

Oh, Ying... Por favor, Athena, proteja - os!! - pensou, olhando tristemente para o céu, enquanto Helena era levada pro Hospital.


- Agora, nós, Dragão de Athena! - bradou, Tríton de Dragão Marinho, apontando pra Shiryu. - Venha, é a nossa vez!



O Desafio dos Dragões

Imperturbável, Shiryu vestiu sua armadura e subiu na arena, dizendo, calmamente:


- Você parece muito ansioso pra quem acaba de ver sua equipe perder o primeiro combate. Está querendo vingar sua companheira? Foi uma luta justa afinal.

- Ora, não fale asneiras! - disse o outro, cruzando os braços e olhando na direção da tribuna dos Cavaleiros de Ouro. - Tétis teve o que mereceu. Aquela tola deveria ter deixado o Sorento lutar em seu lugar ou até mesmo aquele imbecil do Proteu de Ryumunades ou Glauco de Scylla. Mas não, insistiu que já estava preparada, só pra agradar ao Imperador Poseidon... - ele deu um sorriso irônico. - Mas tem razão, Dragão de Athena, estou ansioso... Ansioso pra mostrar a verdadeira força do Dragão Marinho, embora preferisse lutar diretamente contra aquele que me usurpou as Escamas... - Ele lançou um olhar fulminante na direção de Kannon de Gêmeos, que o devolveu, impassível. - Mas já que tenho que passar antes por você, que sejamos rápidos. Vou mostrar a vocês cavaleiros de Bronze a verdadeira força dos novos Generais Marinas do Imperador Poseidon!!


- Que cara mais convencido! - falou, Seiya, aborrecido. - Gostaria de fazê-lo engolir essa marra toda!

- Olha só quem fala... - murmurou Shun, malicioso.

- O que você disse, Shun? - Seiya perguntou, olhando intensamente para o Cavaleiro de Andrômeda.

- Eu?! Nada... - Shun tornou a sorrir, um sorriso que mais parecia um esgar irônico...

- Humpf... - fez Seiya, irritado.

- Parem vocês dois! - disse Hyoga, impassível, sem tirar os olhos de Shun. - A luta já vai começar!

- Hã?! - fez Seiya, que já agarrava Shun pela gola da camisa. - Sim, tem razão! - e se aproximando mais da arena, gritou: - Dá-lhe, Shiryu!! Mostre a ele quem é o verdadeiro Dragão!


Sorrindo levemente, com o olhar confiante e sereno, Shiryu se voltou para seus amigos, fazendo sinal de positivo, mas logo voltou a concentrar-se inteiramente em seu adversário. Ele sentia que aquela não seria uma luta qualquer...

Tríton riu.


- Heh... Sim, Shiryu, isso mesmo... Venha me mostrar quem é o verdadeiro Dragão... Se bem que eu é que pretendo mostrar isso!


Erguendo orgulhosamente a cabeça em direção ao céu, ele levou uma enorme concha em forma de trompa aos lábios e soprou com toda força, produzindo um som impressionante que se espalhou por todo o Santuário: o urro furioso de um dragão.

Mas aquilo não era apenas pra intimidar! O tremendo deslocamento de ar provocado pelas ondas sonoras, de repente perfeitamente direcionado para Shiryu foi forte o suficiente para arrancá-lo do lugar onde estava e arremessá-lo para o alto, sem chance de defesa tal a surpresa.


- Shiryu!! - gritaram Hyoga e Seiya, perplexos.


A potência foi tão grande que Shiryu só conseguiu parar quando se chocou violentamente contra a amurada das arquibancadas, deixando uma marca perfeitamente delineada na camada espessa de tijolos devido ao choque de seu corpo contra a parede, caindo ao chão em seguida.


- Miserável... - Shiryu sibilou, se levantando, um tanto atordoado. - Aquela trompa... Sim, eu me lembro da lenda de Tríton, O Arauto de Poseidon. - pensou Shiryu. - Diziam que ele era capaz de provocar terremotos com ela. Acho melhor tomar cuidado com ele.

Com um salto, ele retornou ao círculo central.


- Muito bem, Dragão Marinho, você já teve a sua chance. Agora é a minha vez de atacar! Receba agora o meu...CÓLERA DO DRAGÃO!!!



A aura de um gigantesco dragão branco-esverdeado surgiu por trás de Shiryu e subiu aos céus, urrando enraivecido, partindo direto na direção do Marina de Dragão Marinho, que parecia achar aquilo muito entediante e até se deu ao luxo de bocejar!


- Humpf... Você acha mesmo que esse show pirotécnico de Ano Novo Chinês pode me fazer algum mal? Quanta ingenuidade... Pois veja como domo seu débil dragãozinho!


Ele tornou a soprar a trompa, cujo som ensurdecedor tornou a reverberar por todo lugar, mas o efeito verdadeiramente extraordinário foi que, além de deter a força do golpe de Shiryu, para a perplexidade de todos, principalmente do próprio Cavaleiro de Dragão, fez com que toda a cosmoenergia envolvida retornasse ao seu dono!!


- NÃÃÃÃOOOO!! - gritou Seiya. - SHIRYU!!!!


Como isso é possível ?– pensou Hyoga, atônito. - Ele conseguiu fazer toda a potência do Cólera do Dragão se voltar contra Shiryu usando somente o poder do deslocamento de ar das ondas sonoras produzidas por aquela trompa! Incrível!!

Shiryu caiu após ser violentamente tragado pelo turbilhão de energia cósmica. Tinha a nítida impressão de estar com todos os ossos do seu corpo esmigalhados. Respirar era uma dificuldade tremenda. Sua cabeça girava e sua visão principiava a turvar-se.


Eu não posso perder a consciência... - pensou ele, ouvindo o início da contagem. - Não posso me deixar ser derrotado por meu próprio golpe!!


Seu corpo principiou a brilhar cercado uma luz azulada, inicialmente suave, aumentando para um brilho fulgurante.


- Não pense.. que me dei por vencido, Dragão Marinho! Vamos ver se pode deter este golpe! Dragão Nascente!!

Shiryu pareceu reunir toda sua cosmoenergia nesse golpe. Dessa vez, Tríton parecia preocupado.


Como ele ainda pode atacar desse jeito após ter recebido toda aquela força tremenda de seu primeiro golpe em cheio? Esse sujeito fará mesmo jus ao nome de Dragão? Tolice!! Vou duplicar minha força e veremos o que sobrará dele depois... - ele sorriu maldosamente, antes de soprar a trompa mais uma vez. Um ligeiro tremor de terra sendo sentido por toda a área.


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- Shiryu!! - foi a exclamação agoniada de Shunrei nos Cinco Picos de Rozan, onde ela rezava por seu amado, junto ao Mestre Ancião de Libra em seu lugar costumeiro junto à grande cachoeira. - Oh, Mestre! Sinto que algo terrível aconteceu com Shiryu!!

- Acalme-se, menina. - murmurou o Mestre Ancião, sereno como sempre. - Confie nele sempre, Shunrei. Shiryu não é do tipo que desiste fácil. Ele ficará bem.

Oh, Deus!! Espero que tenha razão...– ela pensou, aflita.


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­­ - Bom, juiz - disse Tríton, impaciente. - O que está esperando pra iniciar a contagem? Se bem que isso é inútil. É melhor poupar tempo e me declarar vencedor de uma vez por todas!

- Ma - ma - Mas, senhor!! O Cavaleiro ainda está de pé! Veja por si mesmo!

- O que??!!!


De fato, Shiryu, embora bastante ferido e ofegante, ainda se encontrava de pé e se aproximando inexoravelmente do General Marina. O telão mostrava no replay o que havia se passado. Shiryu saltara milésimos de segundo antes do impacto. Ele não havia sido atingido dessa vez.

- Você realmente tem um excelente contragolpe contra minhas técnicas mais secretas e poderosas, mas que tal vermos se é bom no mano a mano?

- Hah! acha ainda que tem forças pra isso? Olhe pra você, Shiryu!! Mal consegue ficar de pé!

- Ainda tenho energia suficiente pra quebrar a sua cara! – Retrucou Shiryu, cerrando os punhos em posição de guarda.

- Muito bem! Vamos lá!!

- Essa não!! De novo? - fizeram os simples espectadores, que não tinham como acompanhar a olho nu os movimentos ultra-rápidos dos dois combatentes.


Já os aspirantes e demais Cavaleiros deliravam com a seqüência interminável e alucinante de chutes, socos e esquivas. Alguns tinham a nítida impressão de verem dois dragões se digladiando pelos céus do Santuário.


Finalmente, se separaram. Ambos pareciam cansados, mas determinados a continuar lutando até o fim!


- Parabéns, Shiryu de Dragão. - disse o General Marina, ofegante, mas com um sorriso no rosto frio e cruel. - Jamais um adversário me deu tanto trabalho antes.

- Você também é um oponente formidável, Dragão do Mar. - respondeu Shiryu. - Realmente desejo que seja não nosso inimigo, mas nosso aliado na guerra que se aproxima.

- Veremos, Shiryu, veremos... Só posso lhe dizer que onde estiver nosso grande Imperador Poseidon, eu estarei ao seu lado!

- É um homem digno e honrado, pelo visto.

- E nunca duvide disso! Mas chega de conversa! Agora é pra valer, Dragão de Athena, receba meu golpe mais poderoso!! Que o poderoso Dragão Marinho sele o seu destino!! - bradou Tríton, cercado por seu fulgurante cosmo. – FÚRIA DO DRAGÃO MARINHO!

Ele pareceu crescer infinitamente e se transmutar numa formidável serpente marinha, de aparência tão impressionantemente real que quase evacuou a platéia de tanto pavor que evocava.


Então esse é o legendário Dragão dos Mares! - pensou Shiryu, atônito.


- Shiryu!! - Gritaram Hyoga, Seiya e até mesmo Shun, que aparentemente abandonara aquela estranha indiferença e ironia, e parecia ser o mesmo de antes, levada pelo calor da luta e a preocupação com o amigo em apuros.


Shiryu, no entanto, não perdeu o sangue-frio, como era de se esperar. Ele fechou os olhos, cerrou os punhos erguidos e concentrando sua cosmoenergia em torno de si, criou um escudo cósmico que impediu a aproximação do Dragão Marinho.


- Legal!! - gritou Seiya, eufórico. - Valeu aquela carrasca da Helena treiná-lo exaustivamente para afastar a água do lago da mansão só com a força do cosmo!! Ele conseguiu bloqueá-lo!!


Ainda bem que nem Helena e nem o Ikki estão aqui... – Pensou Hyoga, revirando os olhos de impaciência ao ouvir o “elogio” de Seiya.


Tríton pareceu encolher e voltar ao normal, visivelmente furioso agora.


- Ora!!! Mas como você conseguiu bloquear meu golpe mais arrasador?!! Isso não vai ficar assim!


Ele ia levando a trompa novamente à boca. Nesse meio tempo, uma frase voltou à mente de Shiryu com uma nitidez impressionante: "Precisamos trabalhar sua velocidade, Shiryu... Excalibur é um golpe valioso demais para ser desperdiçado.", dissera Ying quando lutaram contra os Cavaleiros de Prata ressuscitados.


Esta é a hora, Shura de Capricórnio!! - pensou Shiryu, determinado, esticando simplesmente o braço direito como quem empunha uma espada. - EXCALIBUR!!!


- O QUE?!!! - exclamou Tríton perplexo, vendo sua preciosa trompa de concha se partindo em duas, junto com parte das escamas de sua armadura. - NÃÃÃÃOOOOO!!!!

- Farei o mesmo com seu corpo se não se render agora! - ultimou Shiryu.


A princípio, Tríton cerrou os punhos até quase arrancar sangue das palmas, mas depois de um longo instante, relaxou e um discreto sorriso se transformou numa estrondosa gargalhada que parecia não ter fim.

- Render - me?! Oras... Bom, eu sei reconhecer quando encontro alguém mais forte... Que seja, então... Eu aceito!


A platéia, Seiya e os outros Cavaleiros de Bronze e até mesmo os deuses reunidos na tribuna de honra pareciam perplexos, com exceção de Poseidon, que parecia já esperar por aquilo da parte de seu general.

Tríton se aproximou de Shiryu, após este ter sido proclamado o vencedor da segunda luta, e lhe deu um vigoroso aperto de mão.

- Você é mesmo surpreendente, Shiryu de Dragão! Foi uma grande luta!! Espero poder lutar lado a lado com você nessa guerra contra Hades! Você é realmente digno de portar o honrado título de Dragão. Meus parabéns e boa sorte daqui pra frente!

- Obrigado, Dragão Marinho...Mas... pensei que quisesse me derrotar pra poder assim enfrentar Kannon de Gêmeos!!

- E ainda quero. - seu olhar recuperou o brilho frio e cruel. - Mas tudo tem sua hora... Pra dizer a verdade, quero lutar com ele num lugar sem tanta gente pra não precisar conter tanto a minha energia... Mas ainda assim eu digo, meu caro, sei reconhecer o mais forte e você parece um Cavaleiro honrado. Isso basta pra mim por hora... - tornou a sorrir, enigmático. - Mas não pense que eu sou bonzinho, Shiryu de Dragão... - ele falou diretamente com a mente de Shiryu antes de se separarem. - Deixe eu lhe dar um aviso: Estamos vivendo tempos estranhos, Shiryu, tempos de guerra... E em tempos de guerra, temos de estar atentos sempre... Mesmo contra aqueles que aparentam ser nossos maiores amigos e, portanto, julgamos inofensivos...

O que você quer dizer com isso? - estranhou Shiryu.

- Você vai entender. - o outro disse simplesmente e virou as costas, se afastando em direção à sua equipe, enquanto Shiryu era proclamado vencedor.


Continua no próximo capítulo...


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Notas finais do capítulo

Capítulo escrito por e por yingdegemeos (http://fanfiction.com.br/u/248968/s)



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